Tuesday 30 September 2008

Talento assusta!!!

Recebi de um amigo um email que se enquadrado no nosso contexto político pode ajudar a explicar a sorte de Daviz Simango, Eneas Comiche, Ismael Mussá e Colaço. Leiam-no:

O artigo que se segue tem mais de 25 anos. Foi escrito no extinto Jornal da Bahia (Brasil), em 1979. É tão actual que parece que foi redigido hoje. O autor é José Alberto Gueiros.

"Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar o seu discurso de estreia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembleia de vedetas políticas. O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal: "Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa.Isso é imperdoável. Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligencia que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta." E ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pode dar ao pupilo que se inicia numa carreira difícil.
A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas são medíocres e tem um indisfarçável medo da inteligência. Não é demais lembrar a famosa trova de Ruy Barbosa: "Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que as vezes fico pensando que a burrice é uma Ciência."
Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres sâo mais obstinados na conquista de posições. Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam o apetite do poder. Mas é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têem o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar.
Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis as legiões dos lúcidos. Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do Elogio da Loucura de Erasmo de Roterdam, somos forçados a admitir que uma pessoa precisa fingir de burra se quiser vencer na vida.
É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social. Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota automaticamente a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras a simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar. Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas, enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender.
É um paradoxo angustiante. Infelizmente temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida. Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues: "Finge-te de idiota e terás o céu e a terra." O problema é que os inteligentes gostam de brilhar. Que Deus os proteja."In JORNAL DA BAHIA - Sábado, 23/09/79
Imagem tirada

Live Champions League Update in 22"Update now




Aalborg BK 0 - 2 Manchester United Rooney 22’; Berbatov 55'

Villarreal 0 - 0 Celtic

Fiorentina 0 - 0 Steaua Bucharest

Arsenal 3 - 0 Porto van Persie 31’, 48’
Adebayor 40’

Fenerbahce 0 - 0 Dynamo Kiev

Bate Borisov 2 - 2 Juventus Kryvets 17’
Stasevich 24’Iaquinta 29’, 45’

Bayern 1 - 1 Lyon Zé Roberto 52’Demichelis 25’ (o.g.)

Zenit St Petersburg 1 - 2 Real Madrid Danny 25’Gubocian 4’ (o.g.)
van Nistelrooy 31’

DO HOTEL CHUABO


Direcção do Meio Ambiente rouba energia

Ha duas semanas que não se trabalha por falta de energia, mas o director, Armindo Pancrácio, diz que não sabe o que se passa alegando viagens constantes.

Quelimane (DZ)- Até parece uma simples ficção quando se diz uma direcção provincial como a da Coordenação pa Acção Ambiental na Zambézia, esta sem energia eléctrica a sensivelmente duas semanas.

Um grupo de funcionários que denunciou esta irregularidade, diz que apenas chegam de manha como é habitual e saem as 15 horas sem fazer nada porque o sistema de energia pré-pago ainda não foi carregado. Ou seja, a instituição não tem dinheiro para comprar energia.

Ainda mais, aqueles funcionários dizem que o mais grave é que o único local que tem energia eléctrica é o gabinete do director provincial, Armindo Pancrácio. E sabes porque?-Questionaram os trabalhadores ao nosso repórter. É que o director mandou ligar energia a partir do Hotel Chuabo, visto que o seu gabinete esta delimitado com uma parte daquela unidade hoteleira.

Esta crise, segundo soubemos, não é nova, aliás, aquele grupo de funcionários que não quiseram dar a cara por temerem represálias junto da chefia, diz que nos últimos anos a direccao provincial para Coordenação Ambiental, tem vindo a passar maus bocados. Por outro lado, as nossas fontes acrescentaram que este cúmulo de irregularidades vem se acumulando, e tudo começa do sector financeiro onde foi instalado um "bando" de funcionários que apenas se preocupam com os seus ganhos em detrimento da outra parte dos funcionários.

Aliás, chegamos de perceber que para além de energia eléctrica, também viaturas ficam sem combustível, mesmo sabendo que há orçamentos para tal.

O mais grave disso tudo, apercebemo-nos que uma equipa de perítos da Polícia de Investigação Criminal (PIC), esteve naquela direcção recentemente e recolheu consigo todas guias referentes as viagens. Quando tentamos ir ao fundo desta questão de guias, os nossos informadores, claro os mais lesados disseram que naquela direcção são emitidas guias de viagens por um período de 10 ou 15 dias, e por vezes ate 20, mas no concreto ninguém efectua as tais viagem para as quais foram emitidas guias. Resultado, os dinheiros são processados e vai para lugar incerto.

Por volta das 12 horas desta quinta-feira, quando o nosso repórter deslocou-se a direcção provincial do Meio Ambiente, fomos infomados que de facto a situação é real. Aliás, a mesma fonte, disse mais que a energia que consomem de facto vem do Hotel Chuabo. Para ser mais concreta, a fonte disse que ate esta manhã, todos departamentos estavam ligados por via ilegal.

Num outro desenvolvimento, a fonte disse não ter mais dados, mas a verdade é que as coisas não esta bem.



Pancrácio foge responsabilidade e remete-nos a chefe do DAF

Ora, as 14 horas fomos de novo bater a porta do director provincial, Armindo Pancrácio. Quando indagado pelo nosso repórter sobre a crise de energia que se abate naquela direccao, Pancrácio disse e citamos: "Eu não tenho conhecimento do assunto, visto que viajo muito"-sublinhou o director, para depois acrescentar que "mas...podes falar com a minha chefe do Departamento da Administração e Finanças para te esclarecer este assunto"-rematou.

Após o nosso homem ter ido ao DAF, informaram-lhe que a tal chefe não veio ao serviço, por motivos que não soubemos.

De novo ao gabinete do director, este nem sequer mudou de idéia. Pancrácio continuou a bater com o pe no chão que não sabia o que estava acontecer, porque ele viaja muito.

Mesmo com estes ping-pongs todos, o DZ, ficou, a saber, de fontes próximas da empresa Electricidade de Moçambique (EDM), que este acto é um roubo e tem penalizacoes muito drásticas.

Esta fonte da EDM, prometeu accionar, alias, já houve uma multa emitida pela infraccao.

Refira-se que caso deste de roubo de energia não é novo. Pode-se dizer que até esta ganhar moda. Enquanto a EDM ataca os cidadãos pacatos, do outro lado há instituições do estado como esta do MICOA que ainda continua a usar energia duma forma ilegal. A Policia também já experimentou roubar energia, no seu posto localizado na praia de Zalala.

Um Poema de Inoque Matangalane

Nyandayeyouuu! !!

Gostaria de falar
Estou cansado de calar
Torna-me dificil fingir de sego
é dificil fingir de mudo,
Estou cansado de ver
tanta podridão
que encaminha o povo a elusão
estou cansado de ouvir
e engulir promessas falsas
quero vestir a verdade,
mas não tenho calsas
Gostaria de retirar
a dor que sinto dentro de mim
preciso expressar
o que realmente vem do fundo de mim
apenas dessa maneira, a minha dor terá fim

Nyandayeyouuu! !

Preciso dum emprego
quero trabalhar
pra não robar
Preciso de sucego
mas quando encontro
o tal emprego sou escravisado
despresado e mal pago
racismo ainda existe
Vivo um pesadelo
Gostaria de falar,
mas sinto-me afogado
sinto me fora do mundo dos vivos
sinto um tiro na minha testa
Sinceramente, esta vida não presta
Moçambique Pais da marrabenta,
afinal qual será o ponto final?
de tanta dor, de tanto luto, de tantas lágrimas?

Nyandayeyouuu! !!

Gostaria de ser alguem
pra lutar contra a pobreza absoluta
pra lutar contra a corrupção
contra a prostituição, sem cartão
que predomina no pais como combustão
falo assim porque sou carvão
Mas não tenho condições
meu sonho era estudar
mas por fim ao cabo vou assaltar
roubar e matar
peço esmola na rua,
durmo por baixo da ponte a luz da lua
mas ninguem solta uma simples moeda
limitam-se a olhar-me e chama-me de merda
alguns chamam-me maluco
mas na verdade, eu sou xibhuku
das realidades do povo Moçambicano.. .


NB: Xibhuku = Espelho
Nyandayeyo = Socorro


Escrito por:
Inoque Matangalane
29/09/2008

LAM certificada pela IATA como operacionalmente segura


Maputo (Canal de Moçambique) – A LAM acaba de ser certificada pela IATA como empresa de aviação operacionalmente segura. Com a sua companhia aérea de bandeira a ostentar esta atestação, “Moçambique passa a fazer parte de uma lista restrita de seis países da SADC com companhias aéreas detentoras da certificação, e a única de um país africano falante da língua portuguesa”.
De acordo com um comunicado enviado pela LAM-Linhas Aéreas de Moçambique à nossa redacção, o certificado da IATA-Associação Internacional dos Tansportadores Aéreos, atesta a LAM como “uma empresa que cumpre e observa todos os requisitos de excelência em termos de segurança operacional, através do seu programa IOSA- IATA Operational Safety Audit”.
No comunicado da empresa enviado ontem à nossa redacção pelo Gabinete de Comunicação e Imagem da LAM assinado por Adam Yussof, “a IOSA é um programa de auditoria definido pela IATA e reconhecido internacionalmente, que preconiza os melhores padrões de segurança operacional e no qual são auditados 928 requisitos, em particular os processos de gestão e procedimentos operacionais das companhias aéreas”.
A LAM refere ainda que “os operadores aéreos que não cumprirem os requisitos definidos pela IATA, através do seu programa IOSA, um ano após a primeira auditoria, correm o sério risco de perderem o estatuto de membros da IATA, com todos os prejuízos daí inerentes”.

Arco Norte: um projecto virado para o turismo


Nampula (Canal de Moçambique) - O vice-ministro moçambicano do Turismo, Rosário Mualeia, anunciou no último fim de semana, no posto administrativo de Chocas Mar, no distrito de Mossuril, província de Nampula, à margem das festividades da semana mundial do Turismo, que a região norte do país, vai beneficiar de um projecto designado «Arco Norte», que se dedicará ao estudo e divulgação das potencialidades turísticas existentes na região.
Orçado em cinco milhões de dólares americanos, o projecto, cujas primeiras actividades já estão em curso na região norte do país, vai-se basear, dizem-nos, em actividades de planificação, ordenamento territorial, zoneamento, parcelamento e estudo das zonas com elevado potencial turístico, com destaque para as reservas, o Lago Niassa, coutadas e praias em Cabo Delgado, bem como praias novas e Chocas Mar, Nacala-a-Porto e Ilha de Moçambique na província de Nampula”.
Igualmente a fonte sublinhou que no mesmo projecto serão erguidas estâncias hoteleiras e outros pequenos locais para alojamento de turistas.
O vice-ministro do Turismo acredita que com o projecto «Arco Norte» as condições turísticas na região norte do país poderão melhorar significativamente, tendo em conta que a partir do momento em que o projecto findar serão divulgadas e conhecidas as potencialidades turísticas das províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula.
Mundial de futebol
Uma das maiores expectativas que o sector do turismo em Moçambique alimenta relaciona-se actualmente com a realização do Mundial de Futebol de 2010 na vizinha África do Sul, tendo em conta a avalanche de adeptos que se imagina estejam interessados aproveitar a sua estadia na região sul de África para conhecerem ou revisitarem os demais países da África Austral e, como tal, Moçambique espera com isso estar na rota da procura de destinos.
De acordo com informações oficiais, as autoridades sul africanas ligadas ao sector, pediram à sua congénere moçambicana a reserva de disponibilidade de um total de trinta e cinco mil camas, mas Moçambique reagiu afirmando ter apenas capacidade para disponibilizar vinte e cinco mil.
Foi dito na circunstância que em média cada província do país tem apenas disponíveis mil camas.

(Aunício Silva)

A Opinião de Celso Manguana

Do poder da Comunicação Social ao poder do dinheiro

Maputo(Canal de Moçambique) - Na semana findou, o jornalismo independente moçambicano viveu um facto, de alguma forma, inédito. A última edição do jornal «Zambeze» foi praticamente “retirada das bancas” - estou a citar o semanário «Savana» - aparentemente por figuras que se sentem visadas nos artigos que o jornalista Luís Nhachote tem estado a publicar no semanário «Zambeze» sobre os “contornos do narcotráfico em Moçambique”.
Como já deve ser público sofreu ameaças pelos referidos artigos. Inclusive remeteu uma queixa à «PGR- Procuradoria Geral da República». Mas fora o que foi acima dito o que mais intriga o autor destas linhas é o nível de baixaria de quem “retirou o jornal Zambeze das bancas”. Os indivíduos foram ao ponto de comprar o jornal em causa, retirar as páginas que lhe interessavam, e devolver os mesmo exemplares aos ardinas que lhes venderam. Estes últimos na sua ingenuidade voltaram a colocar o mesmo jornal, sem algumas páginas, no mercado.
Que algumas pessoas tenham dinheiro para comprar o número de jornais que lhes convêm é com elas. Mas tamanha baixaria deve ser um indício de que os artigos de Luís Nhachote estão a incomodar, como razão, determinadas pessoas que acreditam que o poder do seu dinheiro pode incomodar o poder da comunicação social. São os que não tiveram tempo para saber que a comunicação social também é um poder.
E agora que a «PGR» está com a cara mais ou menos limpa, com a detenção do ex-«super ministro» do governo de Joaquim Chissano, Almerino Manhenje, e dos seus oito colaboradores, facto que devolveu, de certo modo, algum crédito à instituição dirigida por Augusto Paulino, penso que a mesma tem obrigação de investigar quem são as pessoas a quem os artigos de Nhachote incomodam. E porquê?
Nem que seja para que os cidadãos mais comuns não continuem a perguntar no «Chapa-Cem»» como é que proprietários de minúsculas tabacarias circulam em carros do último grito e vivem em mansões de sonho!?...

(Celso Manguana)

A OPINIAO DE RONDINHO CALAVETE



O AZAR DE SER ZAMBEZIANO -Zambézia “Centro de expulsão” dos membros da RENAMO

Para quem não conhece o historial de liderança do PARTIDO RENAMO, pode ficar admirado pelas coisas que acontecem no partido acima em destaque. Quando publicamente a RENAMO surgiu como um Partido alternativo deste País, eu fui uma das pessoas que aplaudiu porque de facto o processo democratico funciona com muitos
partidos, acima de tudo partidos serios com metas bem definidas e principios bem preconizados em defesa do povo que os elege. Mas para o nosso caso está me parecer
ser tudo diferente do que imaginamos.
Estamos perante um Partido desorganizado, sem rumo, sem, metas, sem posição, hoje fala isto amanhã fala outra coisa, um partido que até parece ter dirigentes que sofrem de psicose aguda. Em fim, um Partido que devia ser alternativa mas virou um
ninho de discordias entre eles.
O que muito admira, é que a RENAMO arrecadou intelectuais bem invejaveis como é o caso dos Drs João Colaço, Manuel de Araujo, Eduardo Namburete, Benjamim Pequenino, Ismael Mussa, Dionisio Quelhas, entre muitos que até alguns são dirigentes séniores na Frelimo (mas militam clandestinamente para não entornarem o caldo),
que na minha óptica segundo o que dizem e como se apresentam, me parecem ser homens
trabalhadores, serios e competentes.
Mas nem com isso! Está uma autêntica desorganização que só eles é que sabem justificar. Mas na verdade, este País precisa de uma oposição seria; uma
oposição com agenda; uma oposição construtora e não uma oposição de famintos, como o que nos parece transparecer a RENAMO. Mas no meu entender, aliás, daquilo que sei,
os tais invejáveis intelectuais que até a FRELIMO os quer ter, todos tem as suas vidas bem arrumadas; Noutras palavras: NÃO SÃO FAMINTOS; VIVEM BEM E NÃO ESTÃO NA
RENAMO PARA ANGARIAR DINHEIRO NA CASA DO POVO.
Então, onde está o problema da RENAMO?
Mas o meu tema de hoje não tem nada a ver com famintos da Renamo porque também na
Frelimo está cheio de famintos e lambe-botas.
O meu assunto está virado para as expulsões na RENAMO que só são feitas na Zambézia
muito em particular na cidade de Quelimane. Quer dizer que, quando Dhlakama entende
expulsar seus membros, o “centro sem vergonha” que ele acha ser o melhor sítio, é
Zambézia.
Mas que coisa, meu DEUS! Mas que mal o zambeziano fez, para merecer esse castigo?
Pobreza é na Zambézia; desorganização do Partido Frelimo, é na Zambézia; Governo incompetente, é na Zambézia; Juventude sem dirigentes, é na Zambézia;
chineses que fazem necessidades maiores nos plasticos e o preto vai deitar as fezes do patrão no rio dos bons sinais, é na Zambézia; inveja, traição, destruição em massa de lares em troca de dinheiro, é na Zambézia; candidato que é morto antes das eleições, é na Zambézia; Administradores que morrem em massa num único distrito(Maganja da Costa), é na Zambézia; trabalhadores públicos expulsos em massa
porque não se deram com este ou aquele chefe, é na Zambézia; onde estava exilado o nosso primo e ambicioso do poder - camarada Mugabe, é na Zambézia(foi Professor na
Escola 25 de Setembro).
Mas que mal cometemos, meu Deus?!
Eu quando escrevo dizendo a verdade, dizem que sou um descontente. Mas eu não sou
nenhum descontente.
Se eu fosse um descontente, nem estaria preocupado com a minha província e muito menos havia de comungar ideias a favor da Frelimo porque o que foi feito para muitos zambezianos, só Deus é que sabe e um dia os maldosos acabarão pagando porque “Ca se
faz ca se paga”.
Galileu Galileia, foi morto por pessoas que lhe achavam incorrecto por dizer a verdade e ter defendido uma tese. Hoje, após a sua morte, todos nós
concluimos que afinal, o homem tinha razão!
Um dia, você que está a ler este artigo vai-se recordar dos meus textos, se de facto você é um cidadão que acompanha o mundo de hoje.
Então, qual é a sua definição?
E-mail: rocavil@gmail.com
rondinhoviligueia@yahoo.com.br

A Opiniao de Inacio Chire

“Se Daviz Simango tem algum projecto político
“em manga”, que consiga realiza-lo”
Inácio Chire, analista político e membro fundador do PCN

Beira (O Autarca) – Inácio Chire é conhecido analista moçambicano sobretudo politico; também já foi actor político nacional quando juntamente com a família Simango e outros institucionalizaram o Partido de Convenção Nacional (PCN), por conseguinte acaba sendo uma personalidade com algum convívio com o actual edil da Cidade da Beira, Daviz Simango – uma figura que certa análise acabou considerando-o controversa, outra desafiadora e outra até chamouo rebelde, pela sua candidatura independente que levou a sua expulsão da Renamo que em 2003 o elegeu para o cargo
que agora pretende recandidatar-se “sozinho”.
Sendo as qualidades de Inácio Chire elegíveis para uma abordagem sobre a figura de Daviz Simango, com ele travamos um breve diálogo, começando por perguntar na altura em que ambos faziam parte do mesmo partido PCN, qual era o papel de cada um?
Inácio Chire (IC): Daviz era um membro do PCN quando sai do Partido em 2004. Não sei que papéis desempenhou depois porque como sabe andei fora do Pais durante muitos anos. Então pode ter havido mudanças de que não tive conhecimento.
O Autarca: Como era a relação entre você e Daviz Simango e em relação desde que ele tornou-se Présidente do Conselho Municipal da Beira?
IC: Faz muitos anos que não vejo Daviz Simango nem Lutero Simango. Se não me engano nos últimos anos cruzei com Daviz uma vez na Beira. Num jantar. Que me lembre só deu para nos cumprimentarmos rapidamente porque ele estava conversando com umas pessoas.
Mas foi um cumprimento cordial.
Aliás não podia ser diferente. Não há motivos.
O Autarca: Quando começou a “confusão” em relação a decisão da Renamo e a reacção de Daviz Simango, o que esperava nessa altura?
IC: Não esperei nada. Fiquei curioso e atento para ver como o caso se iria desenvolver. Que decisões a Renamo iria tomar. Neste momento todo mundo está esperando para ver que passos o Daviz vai dar. Eu também.
O Autarca: Qual o futuro que não gostaria desejar a Daviz Simango?
IC: Que futuro não gostaria para Daviz? Eu preferia falar do que gostaria.
Só posso desejar que ele consiga materializar todos seus projectos e ideais. Se
tem algum projecto político "em manga", que consiga realiza-lo.
Mas acredito que como muitas das coisas na vida, vai exigir dele e de sua equipa muito trabalho.
O Autarca: Agradecemos a sua atenção.
IC: Obrigado eu. Mandem sempre._ (Falume Chabane)

CARTAS DE PROFETA A TERRA CHUABO

Vindas do fim do Mundo : Carta número 159, ao meu amigo
“Mavirigano”!

Aló querido irmão Mavirigano!
Hei! Vender arma pela primeira vês é como manter relações sexuais pela primeira vês.
É tão agradável que ate nem se nota o quão amargo é o sofrimento das vítimas dos
baleamentos das mesmas. É tão agradável que só se pensa nas avultadas somas de
dólares ou libras esterlinas e mais nada. Os azarados são aqueles que são julgados
inocentes pelo uso destes materiais bélicos e sortudos são aqueles que só acompanham
os países em chamas pela TV transmitidas doutro mundo.
(Quer interagir no Mavirigano? Escreva
para: mavirigano@gmail.com

O RISO NAO PAGA IMPOSTOS

O policial do 190 atendeu o telefone e foi anotando o pedido de socorro: - Por favor,
mandem alguém urgente, entrou um gato em casa !! - Mas como assim? Um gato em casa? -
Um gato!!! Ele invadiu minha casa e está caminhando em minha direção!!! - Mas como
assim? Você quer dizer um ladrão? - NÃO ! Estou falando de um gato mesmo, desse que faz 'miau, miau', e ele está vindo em minha direção!!! - Vocês têm que vir agora !!!! - Mas o que tem de mais um gato ir na sua direção ? - Ele vai me matar, ora bolas !!! E vocês serão os culpados !!! - Quem está falando? - O papagaio,
porra !!!

CONVITE PARA PALESTRA

ESTIMADOS,

PEÇO A VOSSA PRESENÇA NA PALESTRA DO INTELECTUAL JOSÉ PACHECO PEREIRA, HOJE, TERÇA FEIRA, 30 DE SETEMBRO, NA SEDE DA ASSOCIAÇÃO DOS ESCRITORES MOÇAMBICANOS (AEMO), PELAS 18 HORAS. O TEMA É “IMPORTÂNCIA DO LIVRO NA ÉPOCA CONTEMPORÂNEA”.

DE RECORDAR QUE O PALESTRANTE POSSUI A MAIOR BIBLIOTECA PRIVADA DE PORTUGAL.


ABRAÇOS, ATÉ LÁ

Domi Chirongo

DUELO GOVERNO-TAMEGA?


Governo ameaça rescindir contrato com construtora portuguesa por atrasos em obra
A Administração Nacional de Estradas rescindirá o contrato com a Construtora do Tâmega se a empresa portuguesa não concluir até Dezembro a reconstrução de dois troços da principal estrada do país, afirmou sexta-feira em Maputo o seu director-geral.
Eusébio Siquela, para quem o ministro das Obras Públicas moçambicano, Felício Zacarias, remeteu quaisquer declarações sobre o assunto, disse à agência noticiosa portuguesa Lusa que "não haverá uma nova extensão do prazo de conclusão das obras".
Siquela lembrou que "a Tâmega devia ter concluído as duas empreitadas" (troços Namacarrua-Nampevo e Nampevo-Alto-Molócue, na província da Zambézia, centro) em Dezembro de 2007, tendo esse prazo sido já alargado até Dezembro de 2008.
A intenção do Governo moçambicano tinha já sido expressa na semana passada pelo vice-ministro das Obras Públicas e Habitação moçambicano, Gabriel Muthisse, que indicou estarem a decorrer negociações com a Tâmega para uma "rescisão amigável" do contrato.
De acordo com o governo moçambicano, a necessidade de rescindir o contrato com a Tâmega resulta da empreitada ter por base acordos de cooperação entre a União Europeia e Maputo.
(macauhub) - 29.09.2008

Monday 29 September 2008

Congresso chumba plano de Bush!


Stocks tumble as bailout plan fails in House By TIM PARADIS, AP Business Writer
6 minutes ago

NEW YORK - Wall Street plunged precipitously Monday, at one point sending the Dow Jones industrials down more than 735 points as investors feared that the failure of the government's financial rescue plan in the House will force the country into a worsening credit and economic credit risis.

As the vote was shown on TV, stocks plunged and investors fled to the safety of the credit markets, worrying that the financial system would now keep sinking under the weight of failed mortgage debt.

"Clearly something needs to be done, and the market dropping 400 points in 10 minutes is telling you that," said Chris Johnson president of Johnson Research Group. "This isn't a market for the timid."

While investors had some worries that the vote would be close, many on Wall Street appeared to believe it would ultimately pass. The proposal wasn't been seen on the Street as a panacea for the deepening problems in the financial sector that have led to the failure of Lehman Brothers Holdings Inc. and Washington Mutual Inc. and the forced sale of Merrill Lynch & Co. and Wachovia Corp. — and that still pose a threat to many other banks.

The markets turned highly volatile as it became clear the measure wouldn't find the necessary support. The Dow regained ground then fell back again, trading down 686.49, or 6.16 percent, to 10,456.64. At its low, it was down 735.36, beyond its previous record for an intraday drop, 721.56, set during the first trading day after the Sept. 11, 2001, terror attacks. Still, in percentage terms, the decline remained well below the more than 20 percent drops seen on Black Monday of October 1987 and the Depression.

Broader stock indicators also tumbled. The Standard & Poor's 500 index declined 95.53, or 7.88 percent, to 1,117.74; the decline on the day represented a paper loss of more than $700 billion, S&P said.

The technology-heavy Nasdaq composite index fell 173.06, or 7.93 percent, to 2,010.28.

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LISTA DOS DEPUTADOS DA ASSEMBLEIA ANGOLANA

LISTA DOS DEPUTADOS ELEITOS NAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS DE 2008

CÍRCULOS PROVINCIAIS

I – BENGO

1 Jorge Inocêncio Dombolo - MPLA
2 Adão Cristóvão Neto - MPLA
3 Elvira Peregrina de Jesus Van-Dúnem - MPLA
4 Maria José - MPLA
5 José Francisco Tingão Pedro – MPLA

II – BENGUELA

6 Jeremias Dumbo - MPLA
7 Eduarda Maria Nicolau Silvestre Magalhães – MPLA
8 Dumilde das Chagas Simões Rangel - MPLA
9 Filipe Domingos - MPLA
10 Anabela Trindade Jordão da Silva - MPLA

III – BIÉ

11 Joaquim Wanga – MPLA
12 José Amaro Tati – MPLA
13 Inês Baca Cassule Camela – MPLA
14 Sabina Napolo - MPLA
15 Manuel Savihemba - UNITA

IV – CABINDA

16 José Anibal Lopes Rocha – MPLA
17 José Mangovo Tomé – MPLA
18 Marta Beatriz do Carmo Issungo – MPLA
19 Afonso Maria Vaba – MPLA
20 Raul Manuel Danda - UNITA

V – CUANDO CUBANGO

21 João Fernando Mucanda – MPLA
22 Armando Dala – MPLA
23 Sara Luísa Mateus - MPLA
24 Meneses Clemente Cambinda – MPLA
25 Maria Isabel – MPLA

VI – CUANZA-NORTE

26 Daniel António – MPLA
27 Henrique André Júnior – MPLA
28 Maria Sebastião Inácio Jerónimo – MPLA
29 Suzana Pereira Bravo – MPLA
30 Simão Geremias Boa Carroba – MPLA

VII – CUANZA-SUL

31 Serafim Maria do Prado – MPLA
32 Maria Eulália Andrade Camilo – MPLA
33 José Augusto – MPLA
34 Rosária Ernesto da Silva – MPLA
35 Manuel Pedro de Oliveira – MPLA

VIII – CUNENE

36 Pedro Mutindi – MPLA
37 Elias Satyohamba – MPLA
38 Albertina Teresa José – MPLA
39 Josefina Pandeinge Haleinge- MPLA
40 José Mário Katiti – MPLA

IX – HUAMBO

41 Paulo Gime – MPLA
42 Maria da Conceição Wimbo Pinto – MPLA
43 Agostinho Ndjaka – MPLA
44 Edite Livila V. L. Manuel – MPLA
45 Domingos Paulino Dembele – MPLA

X – HUÍLA

46 João Marcelino Tchipingue - MPLA
47 Isabel Helena da Costa Dala – MPLA
48 Alfredo Berner – MPLA
49 Ágata Maria Florinda Mbaka Raimundo – MPLA
50 Desidério da Graça Mpingue Kalenga Wapota – MPLA

XI – LUANDA

51 Bento Joaquim Sebastião Francisco Bento – MPLA
52 Adriano Mendes de Carvalho – MPLA
53 Maria Carolina Manuel Fiel Maria Fortes – MPLA
54 Júlio Marcelino Vieira Bessa – MPLA
55 Mariana Paulo André Afonso - MPLA

XII – LUNDA-NORTE

56 Ernesto Muangala – MPLA
57 José Miudo – MPLA
58 Sónia Moisés Nele – MPLA
59 Guilherme Cango - MPLA
60 Raul José de Barcelos – PRS

XIII – LUNDA-SUL

61 Maria de Fátima Munhica António – MPLA
62 Cassongo João da Cruz – MPLA
63 António Sambuquila – MPLA
64 Fernando Jonasse – PRS
65 Tito Chimona – PRS

XIV – MALANGE

66 Cristóvão Domingos Francisco da Cunha – MPLA
67 Felisbina Bento dos Santos – MPLA
68 Ana Maria Manuel João Taveira – MPLA
69 Manuel Lourenço Rocha da Silva – MPLA
70 Monteiro Pinto Kapunga – MPLA

XV – MOXICO

71 Leonora Mbimbi de Morais – MPLA
72 Adriana Sofia Cacuassa Bento – MPLA
73 Valeriano Chimo Cassaué – MPLA
74 Víctor Pedro – MPLA
75 Carlos Francisco Conde – MPLA

XVI – NAMIBE

76 Álvaro Manuel de Boavida Neto – MPLA
77 Carolina Cristina Elias – MPLA
78 João Muatonguela – MPLA
79 Delfina Helena Inácio – MPLA
80 Sabonete Muancopotola – MPLA

XVII – UIGE

81 Pedro Diavova - MPLA
82 Catarina Pedro Domingos – MPLA
83 Júlio Tungo – MPLA
84 Albertina Cungingomoco Muxindo – MPLA
85 Panzo Joaquim – MPLA

XVIII – ZAIRE

86 Pedro Sebastião – MPLA
87 Lúcia Maria Tomás – MPLA
88 Isabel Nlandu Morena – MPLA
89 Garcia Vieira – MPLA
90 Carlito Roberto – FNLA



CÍRCULO NACIONAL

MPLA

91 José Eduardo dos Santos
92 Luzia Pereira de Sousa Inglês Van-Dúnem
93 António Domingos Pitra da Costa Neto
94 Julião Mateus Paulo
95 Joana Lina Ramos Baptista
96 Ana Afonso Dias Lourenço
97 Augusto Cachitiopololo
98 Francisco de Castro Maria
99 Gustavo Dias Vaz da Conceição
100 Ruth Adriano Mendes
101 Ana Paula Inês Luís Ndala Fernando
102 Roberto António Víctor Francisco de Almeida
103 Maria de Assunção Vahekeny do Rosário
104 Fernando da Piedade Dias dos Santos
105 João Manuel Gonçalves Lourenço
106 Cândida Celeste da Silva
107 Alice Paulina Dombolo Chivaca
108 Kundi Paihama
109 Fernando Faustino Muteka
110 Manuel José Nunes Júnior
111 João de Almeida Azevedo Martins
112 Ana Paula Cristóvão de Lemos dos Santos
113 Anabela da Graça Alexandre Leitão
114 Francisco Magalhães Paiva
115 Armando da Cruz Neto
116 João Baptista Kussumua
117 Paulo Teixeira Jorge
118 Palmira Domingos Pascoal Bernardo
119 Marcelina Huna Alexandre
120 Carolina Cerqueira
121 Maria Madalena da Costa Narciso
122 João Bernardo de Miranda
123 Emília Carlota Sebastião Celestino Dias
124 Norberto Fernandes dos Santos
125 Francisco Higino Lopes Carneiro
126 Adélia Maria Pires da Conceição de Carvalho
127 Diógenes do Espírito Santo Oliveira
128 Serafina Miguel Emília Pinto
129 Virgílio Ferreira de Fontes Pereira
130 Paulo Pombolo
131 Carlos Alberto Ferreira Pinto
132 Teresa de Jesus Cohen dos Santos
133 Maria Ângela Teixeira de Alva Sequeira Bragança
134 Frederico Manuel dos Santos e Silva Cardoso
135 Bornito de Sousa Baltazar Diogo
136 Luís Reis Paulo Cuanga
137 Yaba Pedro Alberto
138 Guilhermina Fundanga Manuel
139 Afonso Domingos Pedro Van-Dúnem
140 António dos Santos França
141 Miguel Maria Nzau Puna
142 Feliciano Lizana Ozar
143 Maria Filomena de Fátima Lobão Telo Delgado
144 Irene Alexandra da Silva Neto
145 Francisco José Ramos da Cruz
146 Aníbal João da Silva Melo
147 João Manuel Pinto
148 Mawete João Baptista
149 João Ernesto dos Santos
150 Rosa Pedro Afonso Garcia
151 Carla Maria Leitão Ribeiro de Sousa
152 Anabela Manuel dos Santos Alberto
153 José Diogo Ventura
154 Sérgio Luther Rescova Joaquim
155 Ana Maravilha Borges Alé Fernandes
156 Isabel João Miguel Sebastião Peliganga
157 Lopo Fortunato Ferreira do Nascimento
158 Julião Francisco Teixeira
159 Raul Augusto Lima
160 Francisco Sozinho Chiuissa
161 Cândida Maria Guilherme Narciso
162 Fernando José de França Dias Van-Dúnem
163 Exalgina Reneé Vicente Olavo Gamboa
164 Simão Pinda
165 Manuel Pedro Pacavira
166 Salomão José Lutheto Xirimbimbi
167 António Paulo Kassoma
168 Adriano Botelho de Vasconcelos
169 Francisca de Fátima do Espírito Santo Carvalho Almeida
170 Ana Maria da Silva Sousa e Silva
171 Victória Francisco Lopes Cristóvão de Barros Neto
172 Ana Maria de Oliveira
173 Maria Idalina de Oliveira Valente
174 Alfredo Furtado de Azevedo Júnior
175 Emílio José Homem Gomes
176 Isaac Francisco Maria dos Anjos
177 Rui Luís Falcão Pinto de Andrade
178 Pedro Domingos Peterson
179 António Francisco Cortez
180 Carlos Magalhães
181 Guilhermina Contreiras da Costa Prata
182 Eufrazina Teresa da Costa Lopes Gomes Maiato
183 Aurora Junjo Cassule
184 Eulália Maria Alves Rocha Silva
185 Welwitchia José dos Santos
186 Genoveva da Conceição Lino
187 Amaro Cacoma da Silva
188 António Daniel Ventura de Azevedo
189 Tomás Simão da Silva
190 Mateus Isabel Júnior
191 João Luís Neto
192 Victória Manuel da Silva Izata
193 Adelino Marques de Almeida
194 Faustina Fernandes Inglês de Almeida Alves
195 Victória Francisco Correia da Conceição
196 Beatriz Aurora Neves Salucombo
197 Maria Rosa de Lourdes

UNITA

198 Isaías Henrique Gola Samakuva
199 Ernesto Joaquim Mulato
200 Abílio José Augusto Kamalata Numa
201 Miraldina Olga Marcos Jamba
202 Lukamba Paulo
203 Mártires Correia Victor
204 Silvestre Gabriel Samy
205 Clarisse Matilde Munga Kaputu
206 Regina Eduardo Txipoia
207 Demóstenes Amós Chilingutila
208 Carlos de Oliveira Fontoura
209 Alda Juliana Paulo Sachiambo
210 José Manuel Chiwale
211 Almerindo Jaka Jamba

PRS

212 Eduardo Kuangana
213 João Baptista Ngandagina
214 Luís Wachihassa Maiajala
215 Sapalo António
216 Pedrito Cuchiri

ND

217 Quintino António Moreira
218 Nzola P. Mamona

FNLA

219 Ngola Kabangu
220 Nimi A Simbi

As Confidencias do General A Proposito de Mbuzine

O general na reserva, Bonifacio Gruveta, faloi numa entrevista a RM Zambezia, que esteve com Samora Machel dois dias antes da sua morte.
Gruveta sublinhou que na conversa que teve com Samora, este havia prometido que faria mudancas profundas nas FPLM, hoje FADM.
Questionado o porquë de nao ter viajado, Gruveta disse k Chipande havia pedido um encontro para tratarem de assuntos sobre a situacao da Zambezia, visto que a guerra estava acessa.

Sumico do Zambeze nas ruas: tera sido este homem o responsavel?



Traficantes de droga têm estatuto diplomático (5)


Peças do «puzzle» do narcotráfico desaguam nos “diplomatas”

Luís Nhachote

Nestes cerca de dois meses que o semanário ZAMBEZE vem tentado perceber os contornos do narcotráfico “diplomático” em Moçambique e quem mais a ele possa estar ligado, as peças do intricado «puzzle» desaguam, por associação comercial, familiar ou simplesmente de amizade, nos “diplomatas” que representam os interesses comerciais da República das Sychelles em Portugal ou Moçambique.
Em parte da proeminente comunidade asiática residente em Moçambique e a caminho da «riqueza absoluta», segundo apurou o ZAMBEZE de várias fontes, orais e documentais, há grupos com cadastro em Portugal, onde estiveram detidos devido ao narcotráfico de estupefacientes. E tudo isto já vem desde a década de 80.
O Zambeze trás hoje, no seguimento das suas investigações jornalísticas, o retrato de Mohamed Macsud Ayoob, seu passado e presente e quiçá futuro. A Procuradoria-Geral da República começou esta semana a proceder, entre quem possa estar, no seio de grupos já aqui retratados e outros afins, com fortunas não convenientemente explicadas. A sua acção, como soube o ZAMBEZE na PGR de uma das suas «gargantas fundas», tem em vista encontrar precisamente a legalidade de algumas fortunas, que nasceram da noite para o dia. Mas vejamos mais algo da história de um segmento em que há matéria que suscita grandes interrogações.

Heroína em terras lusas…

Nos anos oitenta, vários membros da comunidade de origem asiática hoje em Moçambique, já estiveram detidos em Portugal, devido ao tráfico de estupefacientes.
Segundo soube o ZAMBEZE, de Steven Russel em Joanesburgo, essas drogas eram levadas de Moçambique, para Portugal e o seu principal comprador era um tal de Faizal Abdala.
Este Faizal Adbala acabou sendo encontrado morto, em 1995, no interior da sua viatura, próximo da «Casa Branca», entre a Machava e a Matola.
Reporta a Interpol que “Faizal Abdala, era um jovem indiano, que acabou indo para Portugal, muito jovem, na década oitenta, onde se casou com uma britânica de origem asiática e enriqueceu muito rapidamente com o tráfico de drogas”.
Ele tinha contas em vários países da Europa e também adquiriu vários hotéis em Portugal, nomeadamente, o Hotel Europa, o Hotel África do Sul, o Hotel Kalomé do Areeiro e era proprietário da firma Vidrotel. Além de possuir muitos bens, Faizal Abdala tinha contas na Suiça e na Inglaterra. Steven Russel conta que Faizal “era muito inteligente. Usava sempre o nome do seu sogro nestas contas. E em 1986, quando este foi surpreendido com 3,5 quilogramas de heroína pura, tentou subornar agentes da Policia Judiciaria portuguesa, com 20 mil contos portugueses, na altura o equivalente a 400 mil dólares. Nunca chegou a ser condenado. Sempre que caiu nas malhas da polícia, voltava sempre à liberdade por insuficiência de provas, pois aparecia alguém a assumir o crime”.
Ainda em 1986, quando este esteve detido com mais três moçambicanos, um dos seus sobrinhos, de nome Mohamed Riaz, assumiu o crime, e Faizal Abdala e seus parceiros, acabaram sendo absolvidos pelo tribunal da Boa Hora, em Portugal.
A fonte do Zambeze tem a forte convicção que se Faizal estivesse vivo a Interpol já o teria prendido, porque o seu nome estava naquela altura na lista daquela Policia e em quase todos aeroportos da Europa. O ex-agente da «Scorpions», actualmente na «Scotland Yard» disse ao Zambeze que aquelas unidades policiais estavam informadas que quem teria mandado eliminar Faizal Abdala, foi um jovem que na altura era proprietário da «Electro Mundo», Mohamed Asslam.
Mohamed Asslam viria a ser assassinado em Maputo, em Abril de1997, crivado de balas, defronte do prédio onde morava, na avenida Vladimir Lenine, na fronteira entre a Coop e a Malhangalene. “Isto é assim, todos os que entram no narcotráfico sabem disso”, comenta, entretanto, o agente.
A inestimável fonte deste semanário disse que a desmedida ambição de Faizal é que lhe terá levado à morte, “por envenenamento”. Ajustes de conta estarão ligados ao seu envenenamento, que se supõe ter origem na recusa de pagamento. “Muita gente devia a ele e para se furtarem ao pagamento ele foi retirado do mundo dos vivos”. A fonte deste jornal refere que no 1 de Agosto de 1986, Faizal foi detido em Portugal, por ter recebido cerca de 3,5 quilogramas de heroína pura, com mais três indivíduos de origem asiática. “Dois deles se encontram em Moçambique e são donos de um grande shopping”.
Russel disse também que Abdala tinha fortes ligações com um outro contrabandista, de nome Aziz Khan, que vivia no Paquistão. Este Khan tinha um seu familiar que estava a viver em Moçambique e acabou também sendo envenenado, também na década 90. Disse tratar-se de Mohamed Akil, que foi encontrado morto na zona da Costa do Sol. Este Mohamed Akil, segundo a fonte, é quem entregava a droga em Moçambique e os moçambicanos é que a levavam até Lisboa, a capital lusa. Quisemos saber de Russel a história da família da «Ayoob Comercial», sobretudo os que estiveram detidos.

A detenção Maqsud Ayoob em Portugal

Os factos: No dia 25 de Julho de 1990, uma quarta-feira, um empregado da família «Ayoob Comercial», chamado Rafik Juma Suleimane, fazendo-se transportar num voo das Linhas Aéreas de Moçambique, com destino a Lisboa,
levava consigo uma mala contendo cerca de dois quilos de heroína. Rafik Suleimane, à sua chegada ao Aeroporto Internacional da Portela, às 07h30 da manhã de quinta-feira, foi imediatamente detido. Vendo-se em apuros, ele confessou que a droga vinha de Moçambique, alegando que a mesma tinha-lhe sido entregue por Omar Faruk Ayoob (NR: este é cunhado de Umar Surathia, antigo cônsul honorário da Libéria em Moçambique e actualmente nas mesmas funções mas agora em representação da República da Sychelles, e aqui várias vezes retratado).
Rafik Suleimane, no acto da sua detenção em Lisboa, disse que a droga tinha que ser entregue a Mohamed Maqsud Ayoob, residente no Largo Mouzinho da Silveira, nº 13, 4.º andar Direito, Laranjeira, Almada.
A confissão espontânea de Rafik Suleimane, não foi suficiente para convencer as autoridades portuguesas.
A Policia Judiciaria (PJ), a partir daquele momento deixou-o sair do aeroporto, mas controlando todos os seus movimentos. À sua saída do aeroporto da Portela, ele foi ao encontro de Mohomed Maqsud Ayoob. A PJ, acto contínuo, deteve imediatamente estes dois indivíduos, por crime de tráfico de estupefacientes.
O processo foi parar ao Tribunal Criminal de Lisboa, 4.º Juízo, 2.ª Secção. O número do processo é 4855/90 (559). Na época, Maqsud tinha apenas 19 anos e na altura usava passaporte paquistanês, onde a profissão constante era “gerente hoteleiro” e alegadamente exercia-a numa residencial pertença da sua família.

Do julgamento para ilibação

Maqsud Ayoob e Rafique Juma Suleimane, em Fevereiro de 1991, foram submetidos ao tribunal criminal de Lisboa, para serem julgados. No julgamento, Rafik muda de versão e diz que não sabia o que a mala continha e que a mesma tinha que ser entregue a um tal de Mohamed Anif, um dos cunhados de Omar Faruk Ayoob e Maqsud Ayoob.
Nessa produção de prova, apurou o Zambeze de fontes na capital portuguesa que foram verificar os arquivos da época dos factos atrás descritos, Maqsud jurou a pés juntos que não sabia o que a mala continha. Disse também que quem teria enviado a mala era Mohamed Anif, seu cunhado. Para o investigador Steven Russel, isto era uma jogada para se verem absolvidos. O tribunal absolveu-os, apesar da opinião contrária do Ministério Público.
Maqsud e Suleimane estiveram cerca de 210 dias nos calabouços. O Zambeze está na posse do registo criminal, que publica nesta edição.

Lavagem de dinheiro

Reincidente: No dia 26 de Março de 2002, Mohamed Maqsusd, foi surpreendido, no Aeroporto Internacional de Mavalane, com mais de um milhão de dólares em «Cash».
A Policia da República de Moçambique (PRM) e as autoridades alfandegárias, na posse de informação fornecida pela sua congénere sul-africana e da Interpol, detiveram-no imediatamente. Após a abertura e contagem, foi apurado que o valor certo era 1.015.000 dólares americanos. Hoje o equivalente a cerca de 25 milhões de meticais.

O historial da apreensão

De acordo com a fonte, após os atentados do 11 de Setembro nos Estados Unidos da América, o Federal Bureau of Investigation (FBI), (NR: Ver artigo da semana antepassada) fez uma investigação minuciosa nos Emiratos Árabes Unidos, mais propriamente na sua capital Dubai, onde se acabou por mandar encerrar várias casas de câmbio ligadas a lavagem de dinheiro. Na lista do FBI, constavam nomes de cerca de 40 indianos residentes em Moçambique, nos quais nomes da família «Ayoob Comercial», estavam nos cinco do topo – “top five”.
Esta lista do FBI foi partilhada com a Interpol. Esta lista foi entregue a Almerino Manheje, ex-ministro do Interior e também ao ex-Procurador Geral da República, Joaquim madeira. Nessa missiva as autoridades moçambicanas eram informadas que 40 cidadãos de origem asiática em Moçambique estavam a fazer lavagem de dinheiro, mas as autoridades moçambicanas não agiram. “No dia 15 de Janeiro de 2002, um agente do FBI, que estava a trabalhar em Dubai, fez-nos chegar um fax a informar que cerca de três milhões de dólares estavam a vir para Dubai, por semana. Esse dinheiro saía de Moçambique com trânsito na África do Sul”, refere a nossa fonte.
A «Scorpions» então, na base dessa informação deslocou-se à agência da «Emirates», na África do Sul, onde descobriu que todas as semanas a família «Ayoob» viajava para Dubai. “Soubemos pelas passagens aéreas o que aquela família comprava semanalmente”.
“No dia em que Maqsud foi preso, enviámos um fax, para as autoridades moçambicanas, a informar que à tarde, haveria de viajar um tal de Mohamed Salim Ayoob, na posse de muito dinheiro. O fax foi enviado às 9 horas da manhã. Até às 13h30 não tínhamos recebido nenhuma resposta de Moçambique. Tivemos que ligar para o director do SISE (NR: O falecido José Zumbire) e este tomou as devidas medidas. “Graças a ele é que foi neutralizado a pessoa e o montante”.
“Surpreendentemente ficámos a saber que não era Mohamed Salim Ayoob, mas, sim, Maqsud Ayoob. Ele estava com o passaporte do irmão”.

As rotas do movimento do dinheiro que sai de Moçambique

O Zambeze apurou que a rota da lavagem do dinheiro, era feita de várias formas. Os narcotraficantes usavam as rotas nos voos da LAM, Maputo-Comores e depois Comores-Dubai. Só que esta rota não continuou mais e depois começaram a usar Maputo-Adis Abeba- Dubai, da companhia «Ethiopia Airlines». Também usaram e segundo apurámos, ainda se usa, a via Maputo-Pemba-Tanzania, e depois Tanzânia-Quénia e Quénia-Dubai. Outra rota frequente, mas dada como “bastante arriscada” é Maputo-Joanesburgo-Dubai.

A soltura e a contraversão cambial

O Zambeze apurou junto ao Banco de Moçambique que qualquer cidadão, não pode sair do país com moeda em valor superior a cinco mil dólares em «Cash».
“Nós confirmamos que houve um depósito no valor de 1.015.000 dólares em Março de 2002, esse dinheiro foi depositado nos nossos cofres pelas alfândegas, numa apreensão feita no aeroporto. Não conhecemos o desfecho deste caso” disse fonte do BM que preferiu o anonimato.
Maqsud ao ser detido nesse dia, violou a lei cambial nos artigos 13, 15, 16, 17 alíneas a.), b.), c.), 2 e 3 da Lei do Banco de Moçambique. Alem disto, ele teria mentido ao juiz de instrução no dia da legalização da sua prisão, que o seu nome era Mohamed Salim Ayoob.
Apurámos junto do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM) que ele foi restituído a liberdade no dia 25 de Julho de 2002 mediante uma caução de 800 milhões de meticais, cerca de 32 mil dólares. Portanto ele esteve detido cerca de 90 dias. As autoridades judiciais, até hoje, ainda não se pronunciaram sobre o desfecho deste caso. Não houve qualquer sentença que se conheça.

Um milhão de dólares é muito dinheiro

Economistas contactados pelo Zambeze disseram que um milhão de dólares em «Cash» é muito dinheiro para quem se dedica ao tipo de negócio que se lhe conhecia. Um dos economistas ouvido pelo Zambeze considera que a pessoa que foi encontrada com 1 milhão de dólares é um comerciante que se dedica na venda de celulares e brinquedos e como tal “sem justificativos, esse dinheiro, em qualquer parte do mundo, é de proveniência duvidosa e pode ser ilícita”.
De recordar que Maqsud Ayoob teve como seu advogado nesse caso o advogado Máximo Dias que anos antes fora advogado de nove cidadãos indianos e um paquistanês, no famoso «Caso Trevo».

Modas Niza

Emerge entretanto, tal como outros grandes empreendimentos, na capital moçambicana, a «Modas Niza». Lá se pode encontrar Maqsud Ayoob. Aliás, há duas semanas, andámos por lá às voltas a tentar falar com ele. Sem sucesso, diga-se. Pretendíamos ouvi-lo para respeitarmos o princípio do direito ao contraditório.
A escritura da «Modas Niza limitada», na posse do Zambeze, e as suas respectivas nuances publicitadas em Boletim da República, atiçaram a nossa curiosidade. Após alterações, esta sociedade passou a denominar-se «Niza Limitada». Aquando da sua constituição, lavrada no 2º Cartório Notarial, a 25 de Novembro de 1991, a «Modas Niza», era uma sociedade composta por três irmãos sócios, nomeadamente Mohamed Maqsud Ayoob, Mohamed Khalid Ayoob e Ibraimo Ayoob. Nessa escritura ficou determinado e acordado entre os sócios que a administração e gerência da sociedade e a sua representação em juízo e fora dela, activa e passivamente seria exercida, pelo sócio Maqsud Ayoob.
Porém, Maqsud Ayoob, viria a ser surpreendido aos 26 de Março de 2002 com um milhão de dólares. No mês anterior, mais concretamente no dia 20 de Fevereiro de 2002, altera-se o pacto social e Maqsud aparta-se da sociedade, ficando apenas os seus irmãos. A alteração só foi publicitada em BR, em 2 de Outubro de 2002. E curiosamente a alteração não foi feita em Maputo mas sim na Conservatória dos Registos de Boane. Uma fonte da PGR disse ao ZAMBEZE que tiraram o nome de Macsud da sociedade mas fizeram-no depois de ele estar preso. Estes registos do notário de Boane, estão adulterados. A fonte adiantou que a PGR já mandou fazer um exame grafológico da assinatura de Macsud, para ver se a mesma confere. “Já solicitamos as cópias de Boane. Não se entende porque foram alterar o pacto social em Boane se a «Modas Niza esta baseada na cidade de Maputo. Aqui há algum mistério” disse a fonte. (Luís Nhachote)

SEMANARIO ZAMBEZE: Tiragem inteira 'esgota misteriosamente'



Eleutério Fenita
Correspodente da BBC, em Maputo

O jornal independente considera que 'alguém se sente incomodado' com a reportagem.
Uma reportagem sobre o narcotráfico e seus meandros em Moçambique, parece ter estado por detrás da compra à boca da gráfica da última edição do semanário independente Zambeze.
O jornal acredita que se tratou de uma tentativa de impedir que o mesmo chegasse às mãos do público, à qual respondeu com uma nova edição posta na rua esta Sexta-feira.

A reportagem em causa terá já originado ameaças de morte ao seu autor.

Inédito

Não foi fácil chegar à fala com os normalmente afáveis ardinas, esta Sexta-feira entretanto pouco dados à conversa quando o assunto era o jornal Zambeze.

Não é afinal normal o que terá acontecido ao grosso, aparentemente dos 10 mil exemplares que fazem a tiragem do semanário.

”Alguém comprou na gráfica; não sei se foram deitar fora ou queimar’ disse um ardina e avançou como opinião “dizem que é por causa desta cena que saiu aqui”.


a tentativa da equipa de que faço parte é a explicação do crescimento dos impérios de lavagem de dinheiro em Moçambique


Luís Nhachote, sub-editor do jornal Zambeze

O jornal Zambeze suspeita que tudo esteja relacionado com uma reportagem sobre o narcotráfico, as suas ramificações e os seus labirintos em Moçambique e na região, e cuja quinta parte foi esta semana publicada.

Lavagem de dinheiro

O seu autor é o jornalista Luís Nhachote, sub-editor do semanário. “Pela primeira vez a tentativa da equipa de que faço parte é a explicação do crescimento dos impérios de lavagem de dinheiro em Moçambique”.

Segundo acrescentou “estamos a falar de riqueza não explicada, de proeminentes grupos que grupos que vêm exibindo a sua opulência em Moçambique e, em relação aos quais, as autoridades têm prerrogativa de proceder a investigações, o que até agora nunca aconteceu em Moçambique”.

Neste puzzle ainda faltam alguns elementos, pois não é possível que esses grupos surjam sem conivência do poder político”.

O jornal Zambeze considera que “a compra de 10 mil cópias nas circunstâncias em que teve lugar é um sinal de que alguém se sente incomodado”.

Nhachote disse á BBC que a decisão de repor a edição não tem motivações financeiras mas “é em respeito pelos leitores”.

Segundo ele recebeu ameaças anónimas relacionadas com os trabalhos que tem vindo a publicar sobre o narcotráfico em Moçambique.

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Assembleia da República



A Assembleia da República reúne-se a partir da quinta-feira, em Maputo,

na sua nona Sessão Ordinária.


A agenda dos trabalhos contempla Vinte e Três pontos com destaque

para a informação anual do presidente da República sobre o estado da

nação, as sessões de informações e perguntas ao governo e a eleição

dos membros para o conselho constitucional e para o conselho superior

da comunicação social.



A Nona sessão ordinária da Assembleia da República sofrerá uma interrupção

de um mês para permitir que os deputados possam participar na preparação

das terceiras eleições autarquicas projectadas para 19 de Novembro próximo.

INFORMACAO UTIL: FARMÁCIAS


Segunda-Feira, 29 de Setembro de 2008:: Notícias

CAPITAL - Av. Mao Tsé-Tung, 13, 48 (Aberta 24 horas)

ROTUNDA – Av. Vladimir Lénine, 2791 (Aberta 24 horas)

SOCORRO – Av. Agostinho Neto, 190 (Aberta 24 horas)

CIDADE, LDA. – Av. 24 de Julho, r/c, Interfranca (Aberta 24 horas)

FRANCA – Av. Eduardo Mondlane, 733 e 735 (Aberta 24 horas)

CHICANHANINE – Av. Julius Nyerere, bairro Laulane (Aberta 24 horas)

PIRES – B. G. Dimitrov, 5585 (Aberta 24 horas)

MALHANGALENE – Av. Vladimir Lénine, 2791, r/c (Aberta 24 horas)

XITSUNGU – Av. de Moçambique, 4153, r/c (Aberta 24 horas)

DIA E NOITE – Av. Julius Nyerere, 764 (Aberta 24 horas)

SAÚDE PÚBLICA – Rua Irmãos Roby, 44

TRI-SORTE – Av. de Namaacha, 733-D

SHUBH – Av. 24 de Julho, 3488A

HIGIENE – Av. Karl Marx, 168

P. VENDAS LEVINA – Av. das FPLM, 2461

Desenvolvimento municipal : BIRD satisfeito com PROMAPUTO


O BANCO Mundial (BIRD) avalia positivamente a execução do Programa de Desenvolvimento Municipal (PROMAPUTO), concebido há sensivelmente dois anos pelas autoridades municipais da capital do país, no quadro das iniciativas atinentes à melhoria de infra-estruturas, condições económicas e sociais da autarquia.Maputo,
Segundo aquela instituição financeira internacional, a gestão do projecto está totalmente integrado na sua estrutura, além de que promove a apropriação e uma liderança clara.

A apreciação positiva sobre o PROMAPUTO foi apresentada há dias pela gestora dos programas do Banco Mundial, Susan Hume, durante a reunião de “Revisão do Desempenho da Carteira de Projectos (CPPR)”.

O projecto PROMAPUTO, que se encontra no seu segundo ano de execução foi concebido pela edilidade para um horizonte de 10 anos, sendo que parte do seu financiamento é assegurado pelo Banco Mundial.

A primeira fase do projecto, centrada na vertente de desenvolvimento institucional, melhoria das finanças municipais e planeamento urbano integrado termina próximo ano.

Nesta fase, conforme informações em nosso poder, foi perspectivado o início de algumas actividades de impacto imediato na área de serviços, periodizando-se a melhoria da gestão dos resíduos sólidos, sinalização vertical (semáforos), iluminação pública, melhoria do estado de algumas vias prioritárias, do saneamento e do controlo da erosão nas áreas mais vulneráveis.

Com efeito, desde finais do ano transacto a cidade de Maputo tem estado a conhecer diversas iniciativas de alguma visibilidade, nomeadamente no sector de estradas, onde muitas vias estão a beneficiar de trabalhos de reabilitação. A orla marítima da Costa do Sol também tem vindo a beneficiar de obras visando o controlo da erosão.

Recentemente foi concessionada ao sector privado a gestão dos resíduos sólidos na zona de cimento da cidade e foram assinados vários contratos com empresas comunitárias (micro-empresas) para a recolha primária de lixo nos bairros periféricos.

Depois de vários anos, a cidade de Maputo conta já com novos semáforos nos principais cruzamentos, o que vem a revelar parte do sucesso do projecto PROMAPUTO.

A segunda fase do programa, abrangendo o período de 2010 a 2016, segundo nossas fontes, continuará a aprofundar o desenvolvimento institucional, o reforço das finanças municipais, augurando-se igualmente, um crescimento significativo de intervenções na área de prestação de serviços.

Segunda-Feira, 29 de Setembro de 2008:: Notícias

OCORRENCIAS


Uma pessoa morreu devido à deterioração do seu estado de saúde num universo de 576 doentes que deram entrada no Serviço de Urgências do Hospital Central de Maputo entre a noite de sexta-feira e manhã de ontem. Para além deste caso, destaque vai ainda para o atendimento de 34 vítimas de acidentes de viação e 19 de agressões físicas, segundo dados avançados à nossa Reportagem por Mary Benjamim, chefe da equipa médica em serviço na manhã de ontem. Segundo a fonte, dos 576 cidadãos atendidos durante o período em referência naquela unidade hospitalar, 460 padeciam de enfermidades gerais e 56 de asma.

PELO menos seis viaturas, presumivelmente utilizadas para transporte de criminosos, foram apreendidas semana finda pela Polícia da República de Moçambique (PRM) na província do Maputo. Segundo dados sexta-feira divulgados, paralelamente à apreensão dos carros, as autoridades detiveram 51 indivíduos suspeitos de prática de diversos tipos de crimes. No geral, a província do Maputo registou 28 crimes, 19 dos quais contra propriedade, sete sobre pessoas e dois que perturbavam a ordem e segurança pública.

Uma jovem de 29 anos de idade chamada Rosita Machanguana foi há recentemente baleada por desconhecidos ainda a monte algures no bairro de Mavalane, arredores da cidade de Maputo, tendo contraído ferimentos graves. Desconhecem-se as razões dos disparos contra a cidadã, mas sabe-se apenas que os bandidos limitaram-se a atirar contra a vítima sem lhe tirar bens materiais após o baleamento. Até ao início da última semana, a jovem encontrava-se sob cuidados médicos no Hospital Central de Maputo.

ROUBOS e assaltos à mão armada na via pública tem vindo a ocorrer com frequência no Bairro Trevo, município da Matola, província de Maputo, facto que põem os moradores em estado de choque. Na maior parte das vezes os casos registam-se nas noites, altura em que os cidadãos regressam dos seus locais de trabalho e unidades de ensino. Segundo os residentes, os assaltos são protagonizados por indivíduos ainda desconhecidos, mas sabe-se que são jovens.

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Reactivada exportação de madeira

A EXPORTAÇAO de madeira processada como panga-panga, umbila, chanfuta, pau-preto e pau-ferro acaba de ser retomada no país para os mercados da Alemanha, Japão, Itália e África do Sul, depois de algum interregno motivado pela China, ao oferecer uma tabela de preços atraente. Para já, este último país asiático, que constituía a rota preferencial dos produtos nacionais, acaba de intensificar a exploração interna destes recursos, passados que foram longos anos de reflorestamento.

De acordo com o director nacional de Terras e Florestas, Raimundo Cossa, Moçambique regista anualmente um rendimento entre 35 e 50 milhões de dólares americanos na exportação de madeira, numa quota situada em 150 mil metros cúbicos, dos 500 mil internacionalmente autorizados.

Falando ontem à nossa Reportagem, no final da sua primeira visita de trabalho à província de Sofala, na qualidade de responsável máximo do sector, a fonte acrescentou que o país está a viver um período de transição, implicando consequentemente um embate no mercado com vista a melhorar o funcionamento da actividade.

A queda nesta exportação, segundo ele, está enquadrada na conjuntura internacional. Por outro lado, também se registou a rescisão na exploração de algumas espécies florestais, sobretudo da mondzo, missassa e panga-panga.

Consequentemente, a província de Sofala, por exemplo, registou um decréscimo na arrecadação de receitas no último semestre na ordem de 20 milhões de meticais, contra os 23 alcançados em igual período do ano passado. Para além de 7500 metros cúbicos de madeira processada, sete mil toros e 460 metros cúbicos de réguas de parquet exportadas este ano, aquela região conta ainda com mais de dois mil metros cúbicos em “stock”.

O problema de fundo é que o mercado asiático aceita com maior facilidade a exportação de madeira em toros, enquanto o Estado moçambicano defende o seu processamento para permitir maior valor acrescentado e criação de mais postos de trabalho. Trata-se, na verdade, de um grande desafio para o sector, fundamentalmente para os operadores do ramo.

Nota-se ainda no terreno muita pressão de poucas espécies, havendo necessidade de se alargar a base de explorações consideradas secundárias, designadamente, panga-panga e umbila. Neste domínio, Sofala leva a dianteira no reflorestamento, diferentemente de outras províncias na plantação de eucaliptos por privados e florestas comunitárias, cuja experiência vai ser replicada.

No entanto, operadores ligados ao sector na província Sofala são dados como estando a actuar de forma dispersa, sendo instados a avançar para o associativismo, devendo ainda cumprir rigorosamente com os respectivos planos de maneio.

Horácio João, Maputo, Segunda-Feira, 29 de Setembro de 2008:: Notícias

SAMORA COMPLETARIA 75 ANOS HOJE


Paz é inseparável da independência - visão de Samora Machel que se estivesse vivo completaria hoje 75 anos de idade

A PAZ é inseparável da independência – visão de Samora Moisés Machel, primeiro Presidente de Moçambique, figura carismática que, se estivesse vivo, completaria hoje 75 anos de idade. Peça incontornável na história da luta armada de libertação nacional, Samora Machel mostrou esta sua visão à delegação colonial portuguesa, liderada pelo então Ministro dos Negócios Estrangeiros, Mário Soares, quando em Lusaka foi proposto à Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) um cessar-fogo e consequente realização de referendo para decidir se os moçambicanos queriam ou não a independência. Samora recusou a proposta e expandiu as operações militares, facto muito propalado pela Imprensa, levando Lisboa a mudar de atitude até assinar em 7 de Setembro de 1974 os Acordos de Lusaka.

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LAM reduz preço de passagens


A EMPRESA Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) reduziu o preço das passagens aéreas em cerca de três por cento em todos os seus voos, uma medida que vigora desde semana passada.
A redução do preço das viagens resulta da diminuição em 10 dólares na taxa de combustível cobrada aos passageiros, escreve o Jornal Domingo. Recorde-se que o mercado assistiu a um aumento exponencial do preço dos combustíveis, tendo, no caso da LAM, chegado a constituir 50 por cento dos custos operacionais da empresa. A alta dos combustíveis levou ao encerramento de algumas empresas de aviação ou, na melhor das hipóteses, à adopção de medidas radicais, como redução da oferta e encerramento das rotas com baixo nível de ocupação.

LATEST FROM BIRMINGHAM


A Two-Year Council Tax Freeze

Today at Conference George Osborne announced a two-year council tax freeze to help millions of families with the rising cost of living.

The Shadow Chancellor stressed "Conservatives will not leave people to struggle with the credit crunch alone."

The freeze would be funded, in part, by a major reduction in Government spending on expensive private sector consultants and advertising.

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A VISAO DO MAYOR DE LONDRES, BORIS JOHNSON


Dear MANUEL,

Our victory on May 1st would not have been possible without the hard work and dedication of our supporters- which is why I want to say thank you. It really is no exaggeration to say we couldn't have done it without you.

It's been a hectic few months, and we're learning every day. The recent economic turmoil has thrown into a sharp light the immense challenges London faces. I will continue to stand up for London's interests, and I will do whatever I can to ease the burden including freezing council tax next year and building more high quality affordable homes.

I am proud we have already delivered several important election commitments including;

* 400 extra police officers to double safer transport teams and cracking down on disorder on buses.
* Banning the consumption of alcohol on public transport to make journeys more pleasant for everybody.
* Scrapping The Londoner newspaper, saving £6 million, and ending the oil deal with Venezuela.
* Scrapping Ken Livingstone's £25 congestion charge on large family cars, saving £10 million.
* Delivering free travel for veterans and a 24-hour Freedom Pass.

However, there is much more to do. Youth crime is my immediate priority. We have already made headway; the police now have new stop and search powers and over 2,000 knives have been recovered since May. We'll be going further in the coming months, launching a new plan that unites the police, local communities, local and central government.

I will also focus on improving Londoners' quality of life, which includes protecting and enhancing green spaces, as well as finally introducing air conditioning on parts of the tube.

Over the next four years I intend to deliver the major projects that will define our city for years to come; Crossrail, tube upgrades and the Olympics. But it's not just about that. It's also about ensuring City Hall delivers for every Londoner, not just zone 1. It's about tackling the harsh poverty that still exists in this city of plenty. Above all, it's about tackling violent crime and providing taxpayer value.

That's the change you voted for, and that is what I intend to deliver. I'll be sending you regular updates on how we're doing, and if you have any concerns, please get in touch with me at City Hall on mayor@london.gov.uk.



Boris Johnson

Sunday 28 September 2008

Helena Taipo


Cabo Delgado: Agentes económicos censuram visita de Taipo

No dia 4 de Setembro corrente a Confederação das Associações Económicas de Cabo Delgado (CAECAD),  reuniu-se para censurar a visita efectuada pela ministra Helena Taipo à província, bem como o subsequente envio de inspectores para corrigir o  mau funcionamento da Direcção Provincial respectiva e situações irregulares a nível do sector privado. Tirou  algumas conclusões que apontam para uma alegada campanha eleitoral pessoal da titular daquela pasta e critica o que considerou da actuação e postura subserviente, apática, passiva e incolor do Governo e governador provinciais.
 
Na  referida reunião houve a recomendação às empresas indiciadas de violação da Lei do Trabalho, de que as multas aplicadas fossem objecto de contestação “até às últimas consequências, já que, muitos princípios básicos do Direito foram feridos, incluindo a utilização abusiva da Polícia, fortemente armada, como forma de intimidação”. 
Em acta produzida após o encontro, que teve lugar no “Pemba Beach Hotel”, um dos locais visados pela visita de Helena Taipo e os inspectores que a seguir foram “despachados” para Cabo Delgado, os associados àquela confederação dizem que os métodos usados pela ministra e pelos seus enviados em nada abonam um ministério que se pretende do Trabalho e não apenas do trabalhador.
“Por unanimidade se concluiu que o aparato mediático de que a ministra se fez rodear e as conclusões a que chegou (tão rapidamente e numa visita tão curta) denunciam desde logo um carácter perigosamente extrovertido e uma vontade populista exacerbada”, lê-se na acta.
A confederação vai mais longe, ao concluir que a actuação da ministra do Trabalho e dos inspectores por si enviados a Cabo Delgado vai, em ultima análise, consolidar por longo tempo o estágio de atraso crónico da província, agravando a já elevada taxa de desemprego e perigando até os existentes postos de trabalho.
“A actuação da ministra e dos inspectores enviados seria bem-vinda se desde logo tivesse tido intenções educativas, visasse o diálogo e não tivesse assumido os contornos de uma verdadeira campanha eleitoral pessoal e aparente “caça” de verbas que permitissem custear as obras de reabilitação das instalações da respectiva Direcção Provincial do Trabalho e, quiçá, umas comissões de multas para os distintos inspectores”.
A confederação entende que a actuação da ministra e os seus inspectores ferem grosseiramente o princípio de igualdade de tratamento e desrespeitam abusivamente o princípio de dever, “privilegiar a educação dos empregadores e trabalhadores no cumprimento voluntário das normas laborais”.
Atacam, por outro lado, o Governo provincial e Eliseu Machava, o respectivo governador, pretensamente por terem concluído ser pertinente desaprovar, expressa e energicamente censurar a postura subserviente, apática, passiva, incolor,  que conhecendo o terreno e a realidade da província, desde logo deveriam ter aparecido a assumir uma postura de defesa da mesma, moderando a forma autocrática que caracterizou a visita da ministra do Trabalho.
Participaram na reunião treze representantes das diferentes associações filiadas na confederação e para enfatizar, as conclusões  da acta foram aprovadas com apenas uma abstenção.
COLHER FRUTOS DA VISITA
Entretanto, o director provincial do Trabalho, recentemente nomeado para aquele cargo e que já se encontra a trabalhar, em Cabo Delgado, João Motim, apresenta um panorama favorável ao cumprimento das normas e leis de trabalho, como consequência da visita da ministra e o subsequente envio dos inspectores para a correcção das situações irregulares que prevaleciam na província, encorajadas pela falta de acção da anterior direcção provincial.
De acordo com João Motim, em menos de dois meses, 9 casos  foram esclarecidos dos 19 que de tal necessitavam. Trata-se de 9  empresas que foram obrigadas a pagar a 43 trabalhadores, nomeadamente, salários em atraso, indemnizações por despedimento sem justa causa, entre outras anomalias.
“Ainda ficam por resolver 10 processos litigiosos, que devem ser esclarecidos nos próximos dias. Até Julho havia perto de 94 devedores ao Instituto Nacional de Segurança Social, esse número baixou para 82. Há correcções em curso, as empresas já atribuem equipamento de protecção aos trabalhadores, isso é positivo e é isso que visava e continua a visar o esforço que estamos a fazer no ministério, para que as leis sejam compridas em todo o país” palavras de João Motim.
Motim que tomou as rédeas do Trabalho, na primeira quinzena deste mês, era inspector-geral adjunto ao tempo em que a visita da ministra a Cabo Delgado e envio dos inspectores tiveram lugar, no órgãos centrais do ministério e hoje diz que há, inclusive, empregadores que conversam com a Direcção do Trabalho em relação a aspectos que pensam rectificar, ainda que não imediatamente.
“O exemplo é que nalguns casos, há equipamento para comprar para a protecção dos trabalhadores que não pode ser adquirido aqui na província, por isso vem pedir o alargamento do período concedido”.
Para Motim, não se pode apadrinhar empregadores que colectam as contribuições dos trabalhadores, mas que não canalizam ao sistema de segurança social. Isso é crime,  segundo ele, porque na hora de os beneficiários quiserem o benefício não haverá tempo para remendar as irregularidades.

IN Notícias, Maputo, Sábado, 27 de Setembro de 2008.

ZAMBEZE SUMIU DA ZAMBEZIA!


Agora sim.

Quando vi ontem no diario do Dr. Carlos Serra sobre o desaparecimento do Zambeze, jornal, nas bancas em Maputo, pensei que fosse apenas algo da capital. Mas recordei me logo, do que o jornalista e correspondente da RDPAfrica, Gervasio de Jesus, havia dito sobre as manchetes do Zambeze. Ele dizia que "vale a pena ler"-citacao.

Ora, a minha consciencia pesou e pedi um jovem ardina desta terra do coco que reservasse um exemplar do jornal para mim, porque ja imaginava.

Por volta das 12horas e alguma coisa, fui ao local habitual onde tenho tido acesso aos diversos jornais. Ai sim, disseram-me claramente que "ja nao ha Zambeze"-lamentou o jovem vendedor.
De seguida, o mesmo sossegou-me e disse que havia reservado um para mim. Questionei se os exemplares eram poucos, mas este nem soube explicar-me, apenas limitou-se em dizer que "ja nao havia jornal".
Levei o meu exemplar e fui me embora.
Por isso, tal como em Maputo, tambem Quelimane, nao tem jornal Zambez na rua.
Bem haja, o director Fernando Veloso, Joao Chamusse, Luis Nhachote e a equipa toda que tem sabido informar aos leitores.
Um abraco
Antonio Zefanias

PADRE LATINO BARROS ESQUENTA ZAMBEZIA


A escolha do padre Latino Barros para candidato da Renamo no municipio do Gurue continua a tirar sono aos estrategas da Frelimo. Depois do Secretario Geral da Frelimo, Filipe Paude escalar aquele ponto do pais, acaba (hoje Domingo)) de aterrar na Zambezia a Primeira Ministra do governo de Mocambique, Luisa Diogo.

O SG da Frelimo, Filipe Paude, terminou este domingo a sua visita que vinha efectuando a provincia da Zambezia, a sensivelmente cinco dias.
Este sabado, Paude apresentou publicamente o candidato do seu partido para as eleicoes autarquicas de 19 de Novembro proximo, para o municipio de Quelimane. Sem duvidas, 'e o actual edil, Pio Matos que concorre para sua propria sucessao.

Paude em campanha?

Debaixo dum sol escaldante, o SG da Frelimo, naquele campo da sagrada familia, perante membros, simpatizantes e curiosos, Paunde, iniciou a sua campanha eleitoral, pedindo votos publicamente para a Frelimo e para o edil Pio Matos.
No seu discurso, o SG da Frelimo disse aos presentes que para dar continuidade aos projectos iniciados pela Frelimo, a unica pessoa que fara face a isso 'e o Matos, visto que a Frelimo, deposita toda confianca nele.
E no fim da sua visita, aquele membro da Frelimo disse aos orgaos de comunicacao social que a Frelimo tem vitoria assegurada em todos municipios da Zambezia.

Zambezia vira capital politica

Tudo esta ao rubro. Depois de Afonso Dhlakama ter instalado na Zambezia o seu quartel general para afinar a sua maquina eleitoral e afastar o Edil da Cidade de beira, parece que a Frelimo nao quer deixar os louros em maos alheias. A Frelimo apenas muda de quadros. Este domingo enquanto Paunde seguia viagem a Maputo, Luisa Diogo, outra peca senior da Frelimo, escalava Zambezia, por um trabalho que ate agora se desconhece. Mas os mais atentos e com a licao bem estudada dizem que tudo anda em volta das eleicoes. Alias, o alvo principal destes dirigentes 'e o municipio de Gurue, la nas terras do cha, onde o partido no poder, esta com imensos receios, visto que a Renamo, embora tambem mergulhada em desorganizacao, aposta num Sacerdote, Latino Barros, que publicamente assumiu tirar a batina e seguir a politica, mas por parte da Renamo.
Os proximos dias prometem.Aguardemos.

QUELIMANE DE LUTO!


Morreu na madrugada deste domingo no Hospital Provincial de Quelimane, o proprietario da primeira escola privada da Cidade de Quelimane, Mae Africa, Pedro Arnon.
Fontes proximas do malogrado, avancaram que este nao andava bem de saude nos ultimos dias, tendo parado por diversas vezes nas enfermarias do hospital provincial. De acordo com as mesmas fontes, Arnon, sofria de diabete e trombose, facto que nao lhe deixava sossegado.
Neste momento de dor e de luto, associamo-nos a todos quanto fazem parte da familia Arnon, para enderecarmos os nossos sentidos pesames.
Paz a sua Alma

Thursday 25 September 2008

Traficantes de droga têm estatuto diplomático (5)



Peças do «puzzle» do narcotráfico desaguam nos “diplomatas”

Luís Nhachote

Nestes cerca de dois meses que o semanário ZAMBEZE vem tentado perceber os contornos do narcotráfico “diplomático” em Moçambique e quem mais a ele possa estar ligado, as peças do intricado «puzzle» desaguam, por associação comercial, familiar ou simplesmente de amizade, nos “diplomatas” que representam os interesses comerciais da República das Sychelles em Portugal ou Moçambique.
Em parte da proeminente comunidade asiática residente em Moçambique e a caminho da «riqueza absoluta», segundo apurou o ZAMBEZE de várias fontes, orais e documentais, há grupos com cadastro em Portugal, onde estiveram detidos devido ao narcotráfico de estupefacientes. E tudo isto já vem desde a década de 80.
O Zambeze trás hoje, no seguimento das suas investigações jornalísticas, o retrato de Mohamed Macsud Ayoob, seu passado e presente e quiçá futuro. A Procuradoria-Geral da República começou esta semana a proceder, entre quem possa estar, no seio de grupos já aqui retratados e outros afins, com fortunas não convenientemente explicadas. A sua acção, como soube o ZAMBEZE na PGR de uma das suas «gargantas fundas», tem em vista encontrar precisamente a legalidade de algumas fortunas, que nasceram da noite para o dia. Mas vejamos mais algo da história de um segmento em que há matéria que suscita grandes interrogações.

Heroína em terras lusas…

Nos anos oitenta, vários membros da comunidade de origem asiática hoje em Moçambique, já estiveram detidos em Portugal, devido ao tráfico de estupefacientes.
Segundo soube o ZAMBEZE, de Steven Russel em Joanesburgo, essas drogas eram levadas de Moçambique, para Portugal e o seu principal comprador era um tal de Faizal Abdala.
Este Faizal Adbala acabou sendo encontrado morto, em 1995, no interior da sua viatura, próximo da «Casa Branca», entre a Machava e a Matola.
Reporta a Interpol que “Faizal Abdala, era um jovem indiano, que acabou indo para Portugal, muito jovem, na década oitenta, onde se casou com uma britânica de origem asiática e enriqueceu muito rapidamente com o tráfico de drogas”.
Ele tinha contas em vários países da Europa e também adquiriu vários hotéis em Portugal, nomeadamente, o Hotel Europa, o Hotel África do Sul, o Hotel Kalomé do Areeiro e era proprietário da firma Vidrotel. Além de possuir muitos bens, Faizal Abdala tinha contas na Suiça e na Inglaterra. Steven Russel conta que Faizal “era muito inteligente. Usava sempre o nome do seu sogro nestas contas. E em 1986, quando este foi surpreendido com 3,5 quilogramas de heroína pura, tentou subornar agentes da Policia Judiciaria portuguesa, com 20 mil contos portugueses, na altura o equivalente a 400 mil dólares. Nunca chegou a ser condenado. Sempre que caiu nas malhas da polícia, voltava sempre à liberdade por insuficiência de provas, pois aparecia alguém a assumir o crime”.
Ainda em 1986, quando este esteve detido com mais três moçambicanos, um dos seus sobrinhos, de nome Mohamed Riaz, assumiu o crime, e Faizal Abdala e seus parceiros, acabaram sendo absolvidos pelo tribunal da Boa Hora, em Portugal.
A fonte do Zambeze tem a forte convicção que se Faizal estivesse vivo a Interpol já o teria prendido, porque o seu nome estava naquela altura na lista daquela Policia e em quase todos aeroportos da Europa. O ex-agente da «Scorpions», actualmente na «Scotland Yard» disse ao Zambeze que aquelas unidades policiais estavam informadas que quem teria mandado eliminar Faizal Abdala, foi um jovem que na altura era proprietário da «Electro Mundo», Mohamed Asslam.
Mohamed Asslam viria a ser assassinado em Maputo, em Abril de1997, crivado de balas, defronte do prédio onde morava, na avenida Vladimir Lenine, na fronteira entre a Coop e a Malhangalene. “Isto é assim, todos os que entram no narcotráfico sabem disso”, comenta, entretanto, o agente.
A inestimável fonte deste semanário disse que a desmedida ambição de Faizal é que lhe terá levado à morte, “por envenenamento”. Ajustes de conta estarão ligados ao seu envenenamento, que se supõe ter origem na recusa de pagamento. “Muita gente devia a ele e para se furtarem ao pagamento ele foi retirado do mundo dos vivos”. A fonte deste jornal refere que no 1 de Agosto de 1986, Faizal foi detido em Portugal, por ter recebido cerca de 3,5 quilogramas de heroína pura, com mais três indivíduos de origem asiática. “Dois deles se encontram em Moçambique e são donos de um grande shopping”.
Russel disse também que Abdala tinha fortes ligações com um outro contrabandista, de nome Aziz Khan, que vivia no Paquistão. Este Khan tinha um seu familiar que estava a viver em Moçambique e acabou também sendo envenenado, também na década 90. Disse tratar-se de Mohamed Akil, que foi encontrado morto na zona da Costa do Sol. Este Mohamed Akil, segundo a fonte, é quem entregava a droga em Moçambique e os moçambicanos é que a levavam até Lisboa, a capital lusa. Quisemos saber de Russel a história da família da «Ayoob Comercial», sobretudo os que estiveram detidos.

A detenção Maqsud Ayoob em Portugal

Os factos: No dia 25 de Julho de 1990, uma quarta-feira, um empregado da família «Ayoob Comercial», chamado Rafik Juma Suleimane, fazendo-se transportar num voo das Linhas Aéreas de Moçambique, com destino a Lisboa,
levava consigo uma mala contendo cerca de dois quilos de heroína. Rafik Suleimane, à sua chegada ao Aeroporto Internacional da Portela, às 07h30 da manhã de quinta-feira, foi imediatamente detido. Vendo-se em apuros, ele confessou que a droga vinha de Moçambique, alegando que a mesma tinha-lhe sido entregue por Omar Faruk Ayoob (NR: este é cunhado de Umar Surathia, antigo cônsul honorário da Libéria em Moçambique e actualmente nas mesmas funções mas agora em representação da República da Sychelles, e aqui várias vezes retratado).
Rafik Suleimane, no acto da sua detenção em Lisboa, disse que a droga tinha que ser entregue a Mohamed Maqsud Ayoob, residente no Largo Mouzinho da Silveira, nº 13, 4.º andar Direito, Laranjeira, Almada.
A confissão espontânea de Rafik Suleimane, não foi suficiente para convencer as autoridades portuguesas.
A Policia Judiciaria (PJ), a partir daquele momento deixou-o sair do aeroporto, mas controlando todos os seus movimentos. À sua saída do aeroporto da Portela, ele foi ao encontro de Mohomed Maqsud Ayoob. A PJ, acto contínuo, deteve imediatamente estes dois indivíduos, por crime de tráfico de estupefacientes.
O processo foi parar ao Tribunal Criminal de Lisboa, 4.º Juízo, 2.ª Secção. O número do processo é 4855/90 (559). Na época, Maqsud tinha apenas 19 anos e na altura usava passaporte paquistanês, onde a profissão constante era “gerente hoteleiro” e alegadamente exercia-a numa residencial pertença da sua família.

Do julgamento para ilibação

Maqsud Ayoob e Rafique Juma Suleimane, em Fevereiro de 1991, foram submetidos ao tribunal criminal de Lisboa, para serem julgados. No julgamento, Rafik muda de versão e diz que não sabia o que a mala continha e que a mesma tinha que ser entregue a um tal de Mohamed Anif, um dos cunhados de Omar Faruk Ayoob e Maqsud Ayoob.
Nessa produção de prova, apurou o Zambeze de fontes na capital portuguesa que foram verificar os arquivos da época dos factos atrás descritos, Maqsud jurou a pés juntos que não sabia o que a mala continha. Disse também que quem teria enviado a mala era Mohamed Anif, seu cunhado. Para o investigador Steven Russel, isto era uma jogada para se verem absolvidos. O tribunal absolveu-os, apesar da opinião contrária do Ministério Público.
Maqsud e Suleimane estiveram cerca de 210 dias nos calabouços. O Zambeze está na posse do registo criminal, que publica nesta edição.

Lavagem de dinheiro

Reincidente: No dia 26 de Março de 2002, Mohamed Maqsusd, foi surpreendido, no Aeroporto Internacional de Mavalane, com mais de um milhão de dólares em «Cash».
A Policia da República de Moçambique (PRM) e as autoridades alfandegárias, na posse de informação fornecida pela sua congénere sul-africana e da Interpol, detiveram-no imediatamente. Após a abertura e contagem, foi apurado que o valor certo era 1.015.000 dólares americanos. Hoje o equivalente a cerca de 25 milhões de meticais.

O historial da apreensão

De acordo com a fonte, após os atentados do 11 de Setembro nos Estados Unidos da América, o Federal Bureau of Investigation (FBI), (NR: Ver artigo da semana antepassada) fez uma investigação minuciosa nos Emiratos Árabes Unidos, mais propriamente na sua capital Dubai, onde se acabou por mandar encerrar várias casas de câmbio ligadas a lavagem de dinheiro. Na lista do FBI, constavam nomes de cerca de 40 indianos residentes em Moçambique, nos quais nomes da família «Ayoob Comercial», estavam nos cinco do topo – “top five”.
Esta lista do FBI foi partilhada com a Interpol. Esta lista foi entregue a Almerino Manheje, ex-ministro do Interior e também ao ex-Procurador Geral da República, Joaquim madeira. Nessa missiva as autoridades moçambicanas eram informadas que 40 cidadãos de origem asiática em Moçambique estavam a fazer lavagem de dinheiro, mas as autoridades moçambicanas não agiram. “No dia 15 de Janeiro de 2002, um agente do FBI, que estava a trabalhar em Dubai, fez-nos chegar um fax a informar que cerca de três milhões de dólares estavam a vir para Dubai, por semana. Esse dinheiro saía de Moçambique com trânsito na África do Sul”, refere a nossa fonte.
A «Scorpions» então, na base dessa informação deslocou-se à agência da «Emirates», na África do Sul, onde descobriu que todas as semanas a família «Ayoob» viajava para Dubai. “Soubemos pelas passagens aéreas o que aquela família comprava semanalmente”.
“No dia em que Maqsud foi preso, enviámos um fax, para as autoridades moçambicanas, a informar que à tarde, haveria de viajar um tal de Mohamed Salim Ayoob, na posse de muito dinheiro. O fax foi enviado às 9 horas da manhã. Até às 13h30 não tínhamos recebido nenhuma resposta de Moçambique. Tivemos que ligar para o director do SISE (NR: O falecido José Zumbire) e este tomou as devidas medidas. “Graças a ele é que foi neutralizado a pessoa e o montante”.
“Surpreendentemente ficámos a saber que não era Mohamed Salim Ayoob, mas, sim, Maqsud Ayoob. Ele estava com o passaporte do irmão”.

As rotas do movimento do dinheiro que sai de Moçambique

O Zambeze apurou que a rota da lavagem do dinheiro, era feita de várias formas. Os narcotraficantes usavam as rotas nos voos da LAM, Maputo-Comores e depois Comores-Dubai. Só que esta rota não continuou mais e depois começaram a usar Maputo-Adis Abeba- Dubai, da companhia «Ethiopia Airlines». Também usaram e segundo apurámos, ainda se usa, a via Maputo-Pemba-Tanzania, e depois Tanzânia-Quénia e Quénia-Dubai. Outra rota frequente, mas dada como “bastante arriscada” é Maputo-Joanesburgo-Dubai.

A soltura e a contraversão cambial

O Zambeze apurou junto ao Banco de Moçambique que qualquer cidadão, não pode sair do país com moeda em valor superior a cinco mil dólares em «Cash».
“Nós confirmamos que houve um depósito no valor de 1.015.000 dólares em Março de 2002, esse dinheiro foi depositado nos nossos cofres pelas alfândegas, numa apreensão feita no aeroporto. Não conhecemos o desfecho deste caso” disse fonte do BM que preferiu o anonimato.
Maqsud ao ser detido nesse dia, violou a lei cambial nos artigos 13, 15, 16, 17 alíneas a.), b.), c.), 2 e 3 da Lei do Banco de Moçambique. Alem disto, ele teria mentido ao juiz de instrução no dia da legalização da sua prisão, que o seu nome era Mohamed Salim Ayoob.
Apurámos junto do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM) que ele foi restituído a liberdade no dia 25 de Julho de 2002 mediante uma caução de 800 milhões de meticais, cerca de 32 mil dólares. Portanto ele esteve detido cerca de 90 dias. As autoridades judiciais, até hoje, ainda não se pronunciaram sobre o desfecho deste caso. Não houve qualquer sentença que se conheça.

Um milhão de dólares é muito dinheiro

Economistas contactados pelo Zambeze disseram que um milhão de dólares em «Cash» é muito dinheiro para quem se dedica ao tipo de negócio que se lhe conhecia. Um dos economistas ouvido pelo Zambeze considera que a pessoa que foi encontrada com 1 milhão de dólares é um comerciante que se dedica na venda de celulares e brinquedos e como tal “sem justificativos, esse dinheiro, em qualquer parte do mundo, é de proveniência duvidosa e pode ser ilícita”.
De recordar que Maqsud Ayoob teve como seu advogado nesse caso o advogado Máximo Dias que anos antes fora advogado de nove cidadãos indianos e um paquistanês, no famoso «Caso Trevo».

Modas Niza

Emerge entretanto, tal como outros grandes empreendimentos, na capital moçambicana, a «Modas Niza». Lá se pode encontrar Maqsud Ayoob. Aliás, há duas semanas, andámos por lá às voltas a tentar falar com ele. Sem sucesso, diga-se. Pretendíamos ouvi-lo para respeitarmos o princípio do direito ao contraditório.
A escritura da «Modas Niza limitada», na posse do Zambeze, e as suas respectivas nuances publicitadas em Boletim da República, atiçaram a nossa curiosidade. Após alterações, esta sociedade passou a denominar-se «Niza Limitada». Aquando da sua constituição, lavrada no 2º Cartório Notarial, a 25 de Novembro de 1991, a «Modas Niza», era uma sociedade composta por três irmãos sócios, nomeadamente Mohamed Maqsud Ayoob, Mohamed Khalid Ayoob e Ibraimo Ayoob. Nessa escritura ficou determinado e acordado entre os sócios que a administração e gerência da sociedade e a sua representação em juízo e fora dela, activa e passivamente seria exercida, pelo sócio Maqsud Ayoob.
Porém, Maqsud Ayoob, viria a ser surpreendido aos 26 de Março de 2002 com um milhão de dólares. No mês anterior, mais concretamente no dia 20 de Fevereiro de 2002, altera-se o pacto social e Maqsud aparta-se da sociedade, ficando apenas os seus irmãos. A alteração só foi publicitada em BR, em 2 de Outubro de 2002. E curiosamente a alteração não foi feita em Maputo mas sim na Conservatória dos Registos de Boane. Uma fonte da PGR disse ao ZAMBEZE que tiraram o nome de Macsud da sociedade mas fizeram-no depois de ele estar preso. Estes registos do notário de Boane, estão adulterados. A fonte adiantou que a PGR já mandou fazer um exame grafológico da assinatura de Macsud, para ver se a mesma confere. “Já solicitamos as cópias de Boane. Não se entende porque foram alterar o pacto social em Boane se a «Modas Niza esta baseada na cidade de Maputo. Aqui há algum mistério” disse a fonte. (Luís Nhachote)