Tuesday 25 February 2014

Diplomacia (Cooperacao?) Municipal : Depois de Atlanta, Washington, Nova York e Antigua City, Manuel de Araujo escala Paris e Lille!

A convite das autoridades Francesas o Presidente do Municipio de Quelimane, Manuel de Araujo iniciou ontem, Segunda feira, dia 24 de Fevereiro uma visita a Franca. A visita que termina a 2 de Marco, enquadra-se no Programa Futuros Lideres, que foi criado em Marco de 1989 e esta sob a jurisdicao do Centro de Analises, Planificacao e Estrategia do Ministerio dos Negocios Estrangeiros da Franca. A visita inclui encontros com membros do Governo responsaveis pelas areas de desenvolvimewnto e da Francofonia, deputados da Assembleia Nacional, candidatos a presidencia de varios municipios, incluindo o municipio de Paris e Lille, empresarios,  Professores universitarios (Michel Cahen), jornalistas, membros seniores do Ministerio dos Negocios Estrangeiros e do Interior da Franca, da Direccao Geral da Mundializacao, Desenvolvimento e Bens Publicos Mundiais, da  Direccao de Governacao Democratica, Mudancas Climaticas, Saude, Genero e Seguranca Alimentar, e responsaveis das areas de Eleicoes e Descentralizacao dentre outras. Anualmente, atraves deste programa, o Ministerio dos Negocios Estrangeiros Frances convida cerca de 85 personalidades estrangeiras e membros de organizacoes internacionais com idades que variam dos 25 a 45 anos de idade. O programa habilita os convidados, que na optica do MNE Frances, 'sao individuos destinados a exercer posicoes de relevo nas cenas  politica, academica, comunitaria, sindical e economica dos seus paises ou em relacao a Franca'. O obejctivo do convite 'e fazer com que estas personalidades melhorem o seu conhecimento sobre a Franca em todos aspectos, criando lacos especiais com a Franca'. Ate a data 1,605 personalidades de 133 paises, 25 das quais trabalhando em organizacoes internacionais participaram no programa. Destes, 37 % sao da Comunidae de estados Independentes (Antiga Europa do Leste), 18% da Asia-Oceania,  12,5% da America do Norte, 12% da America Latina, 10% da Africa do Norte e Medio Oriente e 9% de Africa. Manuel de Araujo e o quarto Mocambicano a ser convidado para este programa.

Monday 24 February 2014

Parabens Gurue Parabens a nossa Suica de Africa


Atualização de estado
De Diario Zambezia
Gurué celebra 42 anos com água a conta gotas
.José Aniceto, edil daquela autarquia assume e diz que a responsabilidade ultrapassa as capacidades locais

Quelimane(DZ)- A cidade Gurué, norte da Zambézia, celebra esta segunda-feira, o seu 42o aniversário de elevação a categoria de cidade. Foi a 24 de Fevereiro de 1972 que então a Vila Junqueiro, nome de um proprietário duma das unidades de produção, foi transformada em Gurué.
Abastecimento de água, desafio do futuro
Aos 42 anos de Gurué, ter água ainda é um bico de obra, visto que a cidade encontra-se numa zona montanhosa onde este precioso líquido só pode vir das nascentes.
O Presidente da autarquia, José Aniceto, já em fim do mandato esperando apenas a tomada de posse do eleito Orlando Janeiro, olha o passado com alegria, mas não deixa de lado este assunto de abastecimento de água. VER NA EDICAO DE HOJE EM PDF.

Sunday 23 February 2014

Carta de Repudio a Comissao Politica a Frelimo e aos G41

De um amigo recebi esta carta que desde ja informo que nao e da minha autoria! A ultima vez que postei uma outra carta recebi muitas chamadas e mensagens pro e con contra a carta porque muitos pensavam que fosse da minha autoria! Quando as cartas sao minhas assini-as! Neste blog, o cidadao Manuel de Araujo publica artigos pelo seu valor, independentemente de com eles concordar, ou serem a favor ou contra  qualquer que seja o partido, incluindo o MDM! MA

REPÚDIO DIRIGIDO À COMISSÃO POLíTICA E AOS G40 (com enfonque para Alexrandre Chivale, Isâlsio Manhajane, Amorirm Bila, Gustavo Mavie, Rafael Shikhane, Filimão Suaze, Edson Macuacua, Galiza Matos Júnior, Eurico Nelson Mavie, Egídio Vaz)

Antes de mais, saudamos aos ilustres.
Apreciamos a vossa interpretação jurídica conforme os Estatutos do Partido FRELIMO, a respeito da decisão de somente os três précandidatos selecionados pela Comissão Política serem candidatos,
da qual será eleito o candidato do partido `a Presidente da República.
Conforme a vossa tese, a decisão da Comissão Política juridicamente  conformase com os Estatutos do Partido, e os ilustres socorremse do nº 3 da j) do artigo 61.
Assim, para o efeito, antes gostariamos que os ilustres respondessem as seguintes perguntas:
1. Conforme rezam os Estatutos do Partido, entre a Comissão Política e o
Comité Central qual é o órgão hierarquicamente superior?
2. A luz dos Estatutos do Partido, é ou não o Comité Central quem decide quem serão os membros da Comissão Política?
3. A Comissão Política elaborou ou não o perfil dos précandidatos do partido `a Presidente da República, conforme o consenso junto do Comité Central, antes de decidir apresentar publicamente os três
précandidatos?
4. É lícito e idóneo um órgão da dimensão da Comissão Política, que constitui reserva moral do glorioso partido FRELIMO delibere por todo um glorioso partido FRELIMO?
5. Conforme consagrado nos Estatutos do Partido é ou não o Comité Central, quem para além de apreciar, aprova ou não a proposta dos précandidatos do partido `a Presidente da República?

6. Conforme rezam os Estatutos do Partido, a deliberação sobre os três précandidatos `a Presidente da República feita pela Comissão Política antes de tornada pública, deve ou não ser apreciada e aprovada pelo
Comité Central?
7. Conforme estatuídos nos Estatutos do Partido, onde está consagrado que uma simples deliberação sobre os précandidatos do partido `a  Presidente da República da Comissão Política constitui uma decisão a
ser cumprida integralmente pelo Comité Central?
8. Em 2002, foi a Comissão Política do Partido FRELIMO que selecionou o actual Presidente da República, Armando Guebuza `a candidato do Partido FRELIMO para concorrer `a Presidência?
9. A luz dos Estatutos do Partido, se historicamente o Glorioso Partido Frelimo sempre teve poder único, Presidente do Partido e Presidente da República, quais as motivações para existência de um Presidente do
Partido e outro Presidente da República?
Na nossa modesta interpretação jurídica dos Estatutos do Partido FRELIMO, logo a prior os ilustres mostram que tão somente estão a procurar dar razão a Comissão Política do partido, sem nenhum
argumento jurídico, mas sim com base no interesses políticos pessoais, como sempre tem feito, de dar razão ao Presidente Guebuza e o seu “grupo” dentro da FRELIMO, para serem promovidos rapidamente `a
altos cargos políticos no Estado Moçambicano. Mas, tanto dentro, como fora do Partido FRELIMO, todos estão bem atentos das vossas ambições políticas tão ingénuas e bastante inocentes. Ilustres no lugar de
pensar que estão a promoverem-se, estão a ir ao mais fundo do precipício, pois, muitos já sabem que os ilustres nunca debatem ciência, mas sim política, e de forma mais medíocre que têm-se visto.
Ilustres podem usar todas as vossas artimanhas baratas acomodação no Partido FRELIMO, no Presidente da República, Armando Guebuza e o seu “grupo”, para ganharem altas posições no Estado Moçambicano o
mais rápido possível, não vão vós valer em nada. Ilustres se esquecem que a FRELIMO e Sua Excelência Armando Guebuza, apenas estão na gestão da República de Moçambique até Dezembro. Mais, ilustres
esquecem-se que Presidente Armando Guebuza, depois de Janeiro de 2015 não estará na Presidência da República de Moçambique, e possivelmente o seu “grupo” e talvez o partido. E então quanto tempo há
para promover os ilustres? Ilustres não podem e nem devem escamotear a verdade em nome dos vossos interesses pessoais. Ilustres devem debater os factos da sociedade moçambicana, com base em argumentos
académicos e científicos, e não na base de alucinações emocionais motivados por paixões políticas baratas. Ilustres têm sido recorrente nos debates da comunicação social, fazerem falsas análises e de forma muito
apaixonada sempre a busca de acomodação no partido FRELIMO, com palavras como se estivesse com delírios, mesmo que quando a razão prova o contrário.
Para o vosso consumo, ilustres, os membros do glorioso Partido FRELIMO, que impugnam a deliberação da Comissão Política sobre os três précandidatos, não o fazem motivados por ambições pessoais, mas
devido a procedimentos jurídicos juridicamente ilegais praticados pela Comissão Política, tãosomente
para satisfazer interesse pessoal do Presidente Armando Guebuza, de pretender continuar a governar a
República de Moçambique depois de Janeiro de 2015, como Presidente do Partido FRELIMO, mesmo sem ser Presidente da República, de forma a proteger a riqueza que acumulou nos dois mandatos como
Presidente da República. No glorioso Partido FRELIMO, TODOS, MAS TODOS MESMOS, já se aperceberam que o Presidente Armando uebuza, quer continuar a controlar a governação da República de Moçambique a todo custo, mesmo não sendo Presidente da República. E para tal, Presidente começou a preparar a sua estratégia, fazendo com que no 10º Congresso do Partido FRELIMO em Pemba, no ano 2012, o Comité Central fosse integrado maioritarmente por militantes do seu “grupo”, incluindo até familiares seus e da esposa, cujo tempo de militância no partido se questiona, de forma a fabricar uma Comissão Política, na prática controlada pelo Presidente Armando Guebuza. Assim, o Presidente Armando Guebuza, conseguiu ter indicados José Pacheco, Alberto Vaquina e Filipe Nhussy, que são militantes do seu “grupo” e membros influentes do seu Governo, como alegados précandidatos da Comissão Política, para esta por sua vez impor a todos no glorioso Partido FRELIMO. Daí, consumada a victória como Presidente da República nas eleições gerais de Outubro de 2014, de um destes três como candidato do Partido FRELIMO, Sua Excelência Armando Guebuza como Presidente do Partido FRELIMO, facilmente daria ordens no novo Presidente da República, que praticamente não teria nenhuns poderes de decisão. Ai, o Presidente Armando Guebuza, continuaria a governar na mesma a República de Moçambique nos próximos 10 anos.
Mais, para o vosso consumo, TODOS, MAS TODOS MESMOS no glorioso Partido FRELIMO, estão bem informados que o Presidente Armando Guebuza, usou o cargo de Presidente da República de
Moçambique, para:
1. Impor Sua Excelência Armando Guebuza, familiares e serventes como accionistas de todos grandes mega projectos ligados a recursos minerais e indústria extrativa, que o Governo de Moçambique autorizou (inclui mega projectos de petróleo, gás, carvão mineral);
2. Impor Sua Excelência Armando Guebuza, familiares e serventes como  accionistas de todos grandes projectos, que o Governo da República de Moçambique aprovou;
3. Impor as empresas e joint ventures de Sua Excelência Armando
Guebuza, familiares e serventes como prioritárias nos grandes contratos
aprovados pelo Governo de Moçambique.
Ilustres, nestes termos, será que o Presidente Armando Guebuza e seu
“grupo” que ilustres tanto defendem, tem moral e ética suficiente para
continuarem a dirigir o Glorioso Partido FRELIMO e a Nação Moçambicana? É uma pergunta para a vossa reflexão ilustres.
Ilustres, vossa defesa cega dos procedimentos praticados pela Comissão Política do Partido FRELIMO, com base em argumentos  jurídicos vagos de substância formal e material, consubstanciada com os
argumentos infundados do Camarada Secretário Geral, Filipe Chimoio Paunde e com base nas falácias de um artigo num jornal de maior circulação, de um historiadorjornalista de um “media independente”, de “argumentos disputas geracionais, tribais e de alas”, no mínimo revela vossa ignorância jurídica como catalogados juristas e advogados, pois, a amiúde vem pôr a prova as vossas consultorias, procuradorias e sindicâncias na classe jurídicolegal.
Os argumentos do Camarada Secretário Geral, Filipe Paunde, juridicamente são infundados, ao
subscrever que só e só exclusivamente os três précandidatos são definitivos `a concorrência na Presidência da República. Tão somente o Camarada Secretário Geral, está desesperadamente a procurar defender
o Presidente Armando Guebuza/ grupo, e mais do que isto, manter o seu posto de Secretário Geral
do Comité Central do glorioso Partido FRELIMO e as mordomias dai decorrentes. As infundadas disputas
geracionais, tribais e de alas, no mínimo estão despidas de qualquer argumento jurídico, não passam de argumentos completamente descabidos. Pois, pergunta-se se a Antiga Primeira Ministra da República de Moçambique, actualmente Presidente do Conselho de Administração do Barclays Bank, Mestre Luísa Dias Diogo, que nasceu na província de Tete (centro da República de Moçambique) e que cujo pai e a mãe desta
são da província Inhambane (sul da República de Moçambique), sendo competente não é elegível para ocupar qualquer cargo no Estado Moçambicano? Igualmente, que se responda se o Antigo Primeiro Ministro da República de Moçambique, actualmente Deputado do glorioso Partido FRELIMO na Assembleia da República, Licenciado Bonifácio Aires Aly, que nasceu na província do Niassa (Norte da
República de Moçambique) e que cujo pai e a mãe deste são da província Inhambane (sul da República de Moçambique), sendo competente não é elegível para preencher qualquer cargo no Estado Moçambicano? Mais, se questiona, se os combatentes da libertação da pátria, Sérgio Viera, Jacinto Veloso/outros, que nasceram na República de Moçambique e que cujo os pais e mães nasceram na República Portuguesa, sendo competentes não são elegíveis para preencher qualquer cargo no Estado Moçambicano? Concluindo, com que base Sua Excelência Armando Guebuza, foi chancelado pelo maravilhoso povo Moçambicano para o cargo de Presidente da República, sendo Presidente Guebuza nacional Macua, que nasceu na província de Nampula (norte da República de Moçambique), e que cujo pai é nacional Ronga, que nasceu na província de Maputo (sul da República de Moçambique) e cuja mãe é nacional Changana, que nasceu na província de Gaza (sul da República de Moçambique)?
O alinhamento de ilustres com as propaladas disputas geracionais, tribais e de alas, é o vosso assumir de que o glorioso Partido FRELIMO desde a sua fundação em 1962, sempre foi dirigida e controlada por
moçambicanos naturais ou com suas origens nas províncias de Gaza, Inhambane e Maputo (sul da República de Moçambique)? Por conseguinte, os ilustres anuem que as riquezas da República de
Moçambique sempre beneficiaram os moçambicanos naturais ou com suas origens nas províncias de Gaza, Inhambane e Maputo (sul da República de Moçambique)? ILUSTRES PARTILHAM DA TESE QUE O
PRÓXIMO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, DEVE SER IMPERATIVAMENTE MOÇAMBICANO NATURAL OU COM ORIGENS NO NORTE OU CENTRO DE MOÇAMBIQUE?
Ilustres assumem que, o Cinquentenário Partidão FRELIMO não deve ser governado pela geração 25 de Setembro? Mais, ilustres são inequívocos na menção de que saudoso Presidente do glorioso Partido FRELIMO, Doutor Eduardo Mondlane foi ala “capitalista ocidental” (19621969)?
Ilustres são lacónicos na referência que o saudoso Presidente do glorioso Partido FRELIMO e da REPÚBLICA, combetente Samora Machel foi ala ”marxista lenista” (19701986)?
Também anuem que o Presidente, o combatente Joaquim Chissano foi ala “deixa andar”
(1986-2004)?
E por fim mostra-se que são acérrimos defensores de que o actual Presidente, combatente Armando Guebuza é ala “auto estima” (2004-2014)?
Ilustres, a governação da República de Moçambique pelo glorioso Partido FRELIMO, desde os primórdios privilegia equilíbrio de gerações, tribos seja ela o que fôr e consenso sem alas quaisquer. Daí, que o vosso
alinhamento com as propaladas disputas geracionais, tribais e de alas, não passam de uma falsa questão. Ilustres, o que os militantes conscientes do glorioso Partido Frelimo, apenas pretendem é repor a
legalidade sobre os procedimentos da Comissão Política na escolha e decisão impositiva dos três précandidatos, e nada mais. A questão central não é per si, se os três précandidatos são da “geração 25 de
Setembro”, “geração 8 de Março” ou “geração da viragem”. Igualmente, a questão central não é se os précandidatos são ou não do Sul, Centro ou Norte da República de Moçambique. Por fim, a questão central não é de os précandidatos serem de “alegada” “ala deixa andar” ou “ala auto estima”. Mas sim, a questão central é escolher LEGALMENTE por CONCENSO os pré-candidatos e do mesmo modo encontrar um candidato de consenso do glorioso partido FRELIMO que tenha chaces de vencer a Presidência da República de Moçambique.
Ilustres, se conseguirem reflectir sobre as nove (9) perguntas que se apresentam na introdução do presente, poderão ficar esclarecidos de uma vez por todas. Assim, Conforme rezam os Estatutos do Partidão:
1. Entre 10º Congresso de Pemba 2012 e o próximo, o Comité Central é o órgão hierarquicamente superior a Comissão Política. Daí que, a Comissão Política em toda sua plenitude, e em todos seus actos
subordina-se ao Comité Central, e juridicamente deve legalmente obediência ao Comité Central e ponto final. Até a véspera, há ilegalidade, insubordinação e usurpação de poderes e competências nos actos da
Comissão Política. Por isso, os militantes conscientes do glorioso Partido FRELIMO, juridicamente reservam-se ao direito de impugnar tais actos e procedimentos ilegais a luz estatutário.
2. O facto de ser o Comité Central com poder de decidir sobre os membros a tomarem parte da Comissão Política, per si já o corporiza como órgão colegial máximo do partido. Isto só para dar mais vigor a tese de que quem de facto toma decisão é o todo-poderoso Comité Central e não a Comissão Política.
3. Antes de avançar com a decisão definitiva de indicar os três précandidatos, a Comissão Política, cabia conforme instruída, elaborar o perfil dos pré-candidatos do partido `a Presidente da República, e
remete-los para apreciação e aprovação pelo Comité Central, antes de decidir publicamente os três pré-candidatos como sendo definitivos. Isto, traduz uma clara violação dos princípios morais, éticos e deontológicos do glorioso partido. Logo, per si constitui um acto jurídico nulo e sem o devido valor jurídico tanto formal como material, sendo-lhe imputável a devida impugnação.
4. Decorrente da colocação antecedente, os actos e procedimentos da Comissão Política, no mínimo não são lícitos, idóneos e de reserva moral do glorioso partido FRELIMO, ao procurar deliberar por todo um glorioso partido FRELIMO, fora do circuito jurídico-legal.
5. Conforme consagra nº 3, j) do artigo 61 dos Estatutos do Partido é o Comité Central quem para além de apreciar, aprova a proposta dos pré-candidatos do partido `a Presidente da República. Assim, inequivocamente fica mais do claro que a decisão definitiva da aprovação de todos pré-candidatos
tanto propostos pela Comissão Política e pelo próprio Comité Central, compete exclusivamente ao Comité Central.
6. Conforme rezam os Estatutos do Partido, a Comissão Política antes de tornar pública a deliberação sobre os três pré-candidatos `a Presidente da República, devia ter anuência do Comité Central. Mais, do que nunca, a atitude da Comissão Política, revela tamanha falta de responsabilidade e cometimento com os supremos interesses do glorioso partido e da República de Moçambique.
7. Conforme estatuídos nos Estatutos do Partido, não está/estão consagrado(s) que uma simples deliberação sobre os pré-candidatos do partido `a Presidente da República da Comissão Política constitui uma decisão a ser cumprida integralmente pelo Comité Central no espírito e letra. Pois, como no articulado supra, por força da posição hierárquica superior, somente as decisões do Comité Central são vinculativas `a
Comissão Política. Daí, que estes actos e procedimentos da Comissão Política não têm quaisquer relevâncias de força jurídica.
8. Ilustre, temos que vós recordar que em 2002, o actual Presidente da República, Armando Guebuza, que nem sequer fazia parte da lista inicial dos pré-candidatos do Partido FRELIMO para concorrer `a Presidência propostos pela Comissão Política do Partido FRELIMO, mas por força do peso de poder de decisão, o Comité Central propôs o então Secretário-Geral do partido como pré-candidato, facto que se traduziu na sua eleição como candidato do glorioso Partido FRELIMO e culminou com a sua eleição como Presidente da República em 2004. Deste modo, dá-se aso de que, de facto e de júri, a Comité Central na anterior, como na presente vigência, tem toda liberdade de acolher ou rejeitar os pré-candidatos
propostos pela Comissão Política, e ademais tem liberdade de propor por si outro (s) précandidato
(s), sem nenhum impedimento de ordem jurídico-estatutário.
9. A luz dos Estatutos do Partido, e historicamente o Glorioso Partido Frelimo sempre teve poder único, Presidente do Partido e Presidente da República. Daí, a engenharia em moldes avançados para existência de
um Presidente do Partido e outro Presidente da República, durante a vigência do Presidente Armando Guebuza, nos seio de TODOS, MAS TODOS MESMOS no glorioso Partido FRELIMO e FORA, É ENCARADA COMO FORMA DE PERPETUAÇÃO NO PODER E PROCTEÇÃO DE
PATRIMÓNIO EMPRESARIAL E DE FURTUNA PESSOAL E FAMILIAR.

ILUSTRES SAIBAM DE UMA VEZ POR TODAS: AS VOSSA VÃS DEFESAS SEM O DEVIDO MÉRITO, SOMENTE EM BUSCA DE PROMOÇÃO PARA ALTOS CARGOS NO ESTADO MOÇAMBICANO, NO MAIS RÁPIDO ESPAÇO DE TEMPO, CONFIGURA TAMANHA
AMBIÇÃO PELO ASSALTO AO PODER DO ESTADO MOÇAMBICANO.
MAS SAIBAM ILUSTRES QUE, DENTRO E FORA DO PARTIDO FRELIMO ESTÃO ATENTOS A VOSSA INGÉNUAS TENTATIVAS.
Unidos , a Victória é certa!
Os Militantes Conscientes do Glorioso Partido FRELIMO.

Tuesday 4 February 2014

Discurso do Presidente do Municipio de Quelimane por ocasiao do Dia dos Herois Mocambicanos



CONSELHO MUNICIPAL DA CIDADE DE QUELIMANE
Gabinete do Presidente

Mensagem do Senhor Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Quelimane,  pela passagem do dia dos Heróis Nacionais


Caros Munícipes da Cidade de Quelimane
Minhas senhoras meus senhores.
Minhas Irmãs, Meus Irmãos, Minhas Mães, Pais, Irmãos, amigos, moçambicanos e moçambicanas residindo nos diferentes cantos deste Município da Cidade de Quelimane

É com muita consideração, honra e gratidão que homenageamos aos nossos munícipes e aos nossos compatriotas que perderam a vida no longo caminho da busca da independencia, esperança, da paz, da democracia e do bem estar no nosso Município, na nossa provincia e no nosso País. Estendemos a nossa consideração, honra e gratidão em homenagem aos nossos munícipes e aos nossos compatriotas que espontaneamente deram a vida pela busca da esperança de termos um Município e um País guiado sob os auspícios da democracia moderna, onde as liberdades individuais e colectivas, os direitos dos homens, o bem-estar fossem integralmente garantidos, respeitados e protegidos pela Constituicao da Republica, pelo Estado e pelas demais instituições nacionais e internacionais. É nestes termos que, em nome dos Munícipes da Cidade de Quelimane, em nome do Conselho Municipal da Cidade de Quelimane e em meu nome pessoal, gostaria de pedir a todos os presentes nesta cerimónia de homenagem aos nossos Heróis municipais, Provinciais e Nacionais, que concedamos um minuto de silêncio em memória os compatriotas nossos tombados nas diferentes frentes de combate travados em prol do desenvolvimento político, económico, social, cultural, religioso e que determinaram a construção da nossa moçambicanidade. Em especial, dedicamos este minuto de silencio ao jovem musico Max Love barbara e selvaticamente assassinado pelos guardas do governador Artur Verissimo no dia 21 de Novembro de 2013, data que passaremos a assinalar com o Dia das Liberdades e da Democracia Municipal.

Permitam-me dizer-vos que em qualquer canto do mundo, assim como em Moçambique, os Heróis brotam da pureza e da santidade, quer seja ela terrena ou divina. Em todo o mundo, o reconhecimento dos Heróis deve convencionar-se na aceitação colectiva de um povo e de uma sociedade. Em todos os cantos do mundo, os Heróis são indivíduos, compatriotas, cujo nome, e cujas ações estão associados/das a um conexo de princípios aliados ao processo de libertação do seu povo, ligados ao processo da democratização, da construção e consolidação dos valores da ética, da moral do bem estar e da dignidade humana. Os Heróis  são revistos nos esforços evidenciados para a criação de uma sociedade edificada com base no princípio da justiça e equidade na distribuição dos recursos nacionais, na sua entrega pelas questões de natureza filantrópica, na criação de melhores condições de vida, de saúde, de educação, no atendimento e na provisão dos serviços públicos, e na salvação da pátria.

Infelizmente o processo de construção da nossa moçambicanidade transportou um conjunto de injustiças praticadas contra alguns dos filhos honestos desta carinhosa e amável pátria. O tamanho das injustiças praticadas pelo sistema político sujeitou ao povo moçambicano aos sacrifícios imensos, revistos no volume da humilhação sofrida nas ondas de torturas, assassinatos bárbaros e desumanos e uma gananciosa exclusão dos mais visionários filhos desta pátria que, inspirados na fé profética prenunciaram que o socialismo, o comunismo, o marxismo, o monopartidarismo e a economia planificada não deveria ser a linha de orientação política e ideológica a seguir no período pós-independência. Por isso, ao celebrarmos o dia dos Herois temos a oportunidade de questionar em que medida algumas personalidades reveladas nas páginas da nossa história como valentes guerrilheiros da epopeia da libertacao nacional e da luta pela democracia e que muito cedo estiveram na frente de combate para a libertação desta pátria, e que muito cedo se dedicaram à causa da luta pela democracia e pelo respeito da vida humana, não deveriam constar na tribuna dos Heróis Nacionais.

Encontramos nos traços da nossa história uma concepção egoísta de um estado verdadeiramente que ainda teima o reconhecimento dos esforços memoráveis alcançados depois dos 16 anos de uma guerra que resultaram na edificação de um Estado democrático e protector das liberdades políticas e económicas dos cidadãos. O esforço do não reconhecimento, revela a indisponibilidade do Estado aceitar as regras modernas de um Estado inspirado nos princípios sublimes da democracia moderna. A não-aceitação das regras do Estado Moderno confirma a vontade latente para manter as estruturas retrógradas de um estado medieval cujo fundamentos da sua existência foram derrubados no início dos anos 90, quando assumimos pela Constituição que Moçambique é um Estado de Direito Democrático.  

Apesar daquela resistência, transmitimos hoje a ideia de que os verdadeiros Heróis, assim como, a base e o fundamento da heroicidade do nosso povo devem ser encontrados na pureza dos actos políticos, económicos, sociais, culturais e religiosos praticados por cada um de nós quando ainda em vida. Dai, cabe ao Estado e as instituições gestoras da heroicidade a necessidade de definição de condições objectivas, cujo fundamento é baseado na ética, na santidade, nas boas obras e na moral vivida pelos moçambicanos (independentemente das suas crenças políticas, económicas, religiosas ou culturais) que contribuíram e sacrificaram a sua saúde e suas vidas em prol do desenvolvimento desta nossa carinhosa pátria. Os processos de heroicização dos moçambicanos que hoje temos a honra e a glória de homenageá-los, precisam de ser melhor repensados. Os fundamentos do repensar que hoje lançamos como desafios, devem ser encontrados nos princípios da moralidade, da inclusão, da estabilidade, da reconciliação e da unidade nacional que queremos construir neste país.

Por isso, minhas senhoras e meus senhores, caros munícipes da cidade de Quelimane, ao celebrarmos mais um dia dos heróis moçambicanos, estamos conscientes de a ideia de heroicização, associada á luta pela independência, a luta dos 16 anos, e a luta pelo desenvolvimento que a nossa geração esta travando, podem causar uma frágil coesão nacional, colocando de fora vários moçambicanos que nas diferentes frentes puseram em andamento os programas políticos, económicos, sociais, culturais, de construção da democracia e da paz que Moçambique necessita. Por isso, para acautelar os efeitos nefastos do processo de heroicização, a nossa prateleira, a nossa galeria de Heróis Nacionais deve ser preenchida por todos aqueles que se tornaram no nosso guiao da paz, no nosso horizonte da consolidação da democracia, nos nossos condutores das reformas da administração pública e do desenvolvimento económico local. Os nossos Heróis Nacionais, devem ser todos aqueles que hoje lutam pelo equilíbrio do nosso sistema político e que veem o desafio da não paridade na constituição dos órgãos eleitorais como um perigo á legitimidade das instituições e dos resultados eleitorais. Os nossos Heróis Nacionais são todos aqueles que não se cansam de travar uma luta em prol da meritocracia no funcionamento da máquina administrativa do Estado, de uma justiça livre, e independente. Os nossos Heróis Nacionais são todos os que se posicionam em favor da equidade na distribuição da riqueza nacional, da protecção social, e da mitigação do sofrimento cada vez mais aglutinado nos grupos vulneráveis da nossa sociedade. Os nossos verdadeiros Heróis Nacionais são os moçambicanos que tombaram na luta pela construção de um estado mais justo depois de uma brutal traição dos seus colegas de trincheira que sem dó nem piedade os retiraram a vida a luz dos cânticos revolucionários. Entretanto, porque a missão filantrópica percorre com tenacidade as veias dos seus filhos amados nesta pátria, estes não se deixaram levar pelos cobardes do regime. Por isso, hoje continuam a erguer o sonho dos seus pais que, em diferentes cantos deste país, lutaram em prol da construção de uma sociedade fundada no princípio da justiça social que ainda esta demorando chegar aos moçambicanos. Os nossos Heróis Nacionais, são todos aqueles que não se poupara ao esfoço na criação de espaços e oportunidades para descoberta da vacina contra a malária, ao tratamento e cura do HIV/SIDA que, de forma impiedosa, tem ceifado a vida de muitos moçambicanos.  

Os nossos Heróis Nacionais são os médicos, os enfermeiros, os serventes, os professores, de todos os subsistemas de ensino (primário, secundário, pré-universitário e universitário), os motoristas de curto e longo curso, os e as varredoras (que apesar do seu baixo salário saem dos seus espaços habitacionais, de baixo da chuva e do sol, deixam de desfrutar o aconchego familiar e se entregam a causa do desenvolvimento municipal e nacional). Os nossos Heróis Nacionais são os operários das indústrias e outros sectores produtivos, (algumas já falidas), os camponeses fustigados pelas inúmeras intemperies (cheias, secas, pragas), os taxistas que sem nenhum apoio institucional inventaram e inovaram a taxizacao da bicicleta, lutando com seus proprios meios para provisao de meios para a sua própria sobrevivência e dos seus, os religiosos que contemplam o bem-estar assente nos princípios divinos, aos políticos, não maquiavélicos, mas sim, os inspirados nos ensinamentos de São Tomas de Aquino e no Santo Agostinho, os diplomatas, os artesãos, que sem pegar em armas de fogo, posicionaram-se nas diferentes frentes de combate contra a pobreza e consagraram suas vidas á luta pela libertação nacional, á defesa da soberania, a democracia, ao desenvolvimento e crescimento políticos, económicos, social e cultural. Os jornalistas que apesar das ameacas do regime, no dia-a-dia não se cansam na luta em prol das liberdades de expressão e de opinião, o empresariado local, os vendedores ambulantes que ao sol e a chuva, empenhados na luta titânica pela sua própria sobrevivência, os desempregados, empregados domésticos, guardas de segurança, estudantes entre outras categorias, são todos os verdadeiros Heróis Nacionais que queremos homenagear com especial destaque neste dia.

Ao celebrarmos esta data, recordamos, de entre outros, o músico Maxi Love cuja morte prematura o surpreendeu no dia 21 de Novembro de 2013, quando depois das promessas de violencia na presumida recuperacao de Quelimane, feitas por altas individualidades do Estado, viu seu corpo crivado de balas disparadas maliciosamente por um agente das forças de defesa e segurança afecto na residencia oficial do Senhor Governador da Província da Zambézia. O nome de Maxi Love ficará associado à luta pelas liberdades políticas consagradas na nossa constituição e a exaltação do nosso orgulho como munícipes desta cidadela. Os motivos que levaram a morte de Maxi Love e outros compatriotas e munícipes perecidos durante o processo eleitoral, fazem nos imaginar que ainda pode existir em Moçambique um modelo de actuação canina semelhante aos praticados nos mais brutais e selvagens regimes políticos que a humanidade conheceu e causaram o Holocausto Judeu nos períodos compreendidos entre 1939-1945; o Genocídio Ucraniano no período compreendido entre 1932-1933; o derramamento de Sangue no Camboja no período compreendido entre 1975-1979, o Massacre em Ruanda praticado em Abril de 1994, a Crueldade na Bósnia praticada no período compreendido entre 1992-1995, Terror no Timor Leste assistidos no período compreendido entre 1975-1999. Por isso, para os Munícipes da Cidade de Quelimane, a morte de Maxi Love e outros irmãos brutalmente feridos, e gazeados e  durante o pretérito processo eleitoral estarão associados ao processo de libertação deste Município.



Caros Munícipes da Cidade de Quelimane. Minhas senhoras meus senhores.
Minhas Irmãs, Meus Irmãos, Minhas Mães, Pais, Irmãos, amigos, moçambicanos e moçambicanas residindo nos diferentes cantos deste Município da Cidade de Quelimane

Hoje temos a oportunidade de apelar às instituições académicas e aos gestores da nossa heroicidade, que existe a necessidade de assumirem o desafio e o imperativo da desconstrução da heroicidade fragilmente edificados com base e propósitos político partidário altamente politizados, excludentes e sujeitos a uma forçosa manipulação da sua legitimidade. O desafio que lançamos às instituições académicas e aos gestores da nossa heroicidade devem atacar com veemência a lógica selectiva e excludente da identificação dos heróis nacionais. O desafio lançado nessa direção passa pelo processo de desconstrução do monopólio político partidário, que tem sido previlegiado pelo regime como sendo o único critério de identificação da nossa heroicidade nacional. É dentro desse desafio onde encontramos o eixo de uma intensa luta e de contradições, assim como, de perseguições que tendem a excluir de forma assassina os verdadeiros moçambicanos da galeria e ou prateleira dos herois da história deste país e fragilizam assim os esforços da reconciliação e da unidade nacional.
O primeiro desafio que lançamos aos académicos, intelectuais, filósofos e cientistas sociais, resulta da necessidade de definição consensual de uma metodologia científica e congregadora que nos ajude a caminhar na busca de consensos alargados que consubstanciam a heroicidade dos filhos desta carinhosa pátria. Tais critérios da honorificação dos Heróis Nacionais desta carinhosa pátria precisam de ser encontrados nas percepções populares ou colectivas sobre o papel, a função, os valores éticos, a dignidade revelados por cada um de nós quando ainda em vida e em serviço do povo moçambicano. O segundo desafio que lançamos nesta data, assenta na necessidade de se buscar ao nível do imaginário colectivo dos moçambicanos, as percepções colectivas, e não egoístas, de quem merece a história reconhecer, de quem merece a atribuição de estátuas, de como se deve avaliar a liberdade, a justeza, a transparência, e legitimidade popular para ser transformado em Herói desta pátria que ainda precisa de se erguer para se tornar uma verdadeira pátria de heróis. 


Caros Munícipes da Cidade de Quelimane. Minhas senhoras meus senhores.
Minhas Irmãs, Meus Irmãos, Minhas Mães, Pais, Irmãos, amigos, moçambicanos e moçambicanas residindo nos diferentes cantos deste Município da Cidade de Quelimane
O dia dos Heróis Nacionais é celebrado hoje, depois de termos percorrido 22 anos dos acordos de paz e depois de termos começado a edificar as bases e os pilares para construção da democracia, da estabilidade política, da reconciliação e da unidade nacional. Entretanto, é com muita pena que celebrarmos o dia dos heróis moçambicanos num momento em que somos fustigados por um clima de instabilidade político-militar dispensável para um pais que já se erguia dos escombros de uma guerra cruel e que tentava projectar, além-fronteiras, a imagem de ter sabido fazer com sucesso a transição da guerra para a paz; do comunismo e socialismo para o liberalismo e para a economia do mercado; do estágio de emergência para o de desenvolvimento e crescimento económico.

É dentro destes termos, que ao celebrarmos o dia dos Heróis Nacionais, precisamos de analisar com a devida profundidade o significado e as implicações dos retrocessos registados nos últimos meses colocando o Estado numa situação desconfortante entre a paz mutilada e/ou mesmo a paz voadora. A situação política deteriorante que Moçambique vive retira-nos a divisa de sermos uma verdadeira pátria de heróis, como a prosa dos discursos oficiais nos tentaram mostrar. O retrocesso político-militar e a demora na criação de um espaço de reconciliação entre as partes nele implicado, não conferem a dignidade necessária que os nossos Heróis Nacionais precisam para repousarem com a devida tranquilidade nas Pracas em que depositamos os seus restos mortais. Por isso, se quisermos retribuir aos nossos Heróis Nacionais o mérito, a dignidade, a honra que eles muito bem merecem, deveremos exigir à liderança do nosso Estado moçambicano mais humildade, mais ponderação, melhor tolerância, mais aceitação, maior inclusão nos moçambicanos na vida política nacional. Se quisermos que os nossos Heróis Nacionais aspirem a tranquilidade merecida no espaço sagrado onde os destinamos a repousar, deveremos exigir a liderança política do Estado moçambicano que não poupe esforços e energias necessárias nos caminhos da busca urgente da paz, da estabilidade e da reconciliação nacional que não para de deteriorar-se.

Reiteramos neste dia que os dirigentes do Estado moçambicano, precisam de ter a clareza e o reconhecimento dos riscos estruturais e institucionais resultantes da partidarização, politização, centralização e do monopólio da identificação dos Heróis Nacionais. Os dirigentes do Estado moçambicano e aqueles que intermediam o processo de sacralização dos nossos Heróis Nacionais precisam de reconhecer a relação inversamente proporcional entre a magnitude da maquinação ou fabricação dos nossos heróis e a deterioração da sua confiança nos meandros da sociedade. Conhecendo essa relação entre a física e a política, poderão perceber com simplicidade que quanto maior for a magnitude do processo de manipulação, fabrico egoísta, partidária dos nossos Heróis Nacionais, menor será a gravidade de consensos, menor será a determinação da aceitação e da credibilidade que os nossos Heróis Nacionais granjearão no seio dos moçambicanos.

Ao celebrarmos o dia dos Heróis Nacionais, precisamos de reconhecer que, a guerra, a arrogância, a corrupção, a intolerância, a brutalidade e a ganância desmedida, revelados no comportamento da nossa elite política e dos servidores públicos não dignificam aqueles que sacrificaram as suas vidas e tombaram, nas diferentes batalha, em nome deste carinhoso Município da Cidade de Quelimane e em nome desta carinhosa pátria. O verdadeiro sentido de reconhecimento e valorização dos nossos Herois Nacionais, só podem ser encontrado nas políticas económicas e sociais justas, que ajudam a colocar todos os Munícipes da Cidade de Quelimane e todos os moçambicanos no centro da agenda nacional. Estávamos muito certos quando definimos que o nosso lema é e continuará sendo: QUELIMANE PARA TODOS RUMO AOS BONS SINAIS, E MOÇAMBIQUE PARA TODOS RUMO AO DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO POLÍTICO E ECONÓMICO. Encontramos no nosso lema as garantias necessárias para a equidade na distribuição e acesso colectivo dos recursos existentes neste Município e neste País. Encontramos no nosso lema a melhor forma de homenagear os nossos Heróis Municipais e os nossos Heróis Nacionais.

Por isso, Caras e Caros Munícipes da Cidade de Quelimane, Minhas Irmãs, Meus Irmãos, Minhas Mães, Pais, amigos, moçambicanos e moçambicanas residindo nos diferentes cantos deste Município da Cidade de Quelimane, para jogarmos um papel importante e para valorizarmos os nossos Herois Nacionais vamos TODOS recensear e votar nas eleições Presidenciais, Parlamentares e Provinciais já marcadas para o dia 15 de Outubro de 2014.

Dinoutamaalelani abaalaga! Elabo edji djaani? Djeuu! Ontonga baani? diiyo!
Manuel de Araújo,
Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Quelimane Moçambique.