Mensagem do Presidente do MDM por Ocasião dos Trinta e Cinco Anos da Independência Nacional
Compatriotas,
P e r m i t a m - m e tomar esta oportunidade para em nome do Movimento Democrático
de Moçambique, endereçar uma mensagem amiga nesta data especial, a todas Moçambicanas e Moçambicanos por ocasião da celebração dos trinta e cinco anos da
Independência Nacional, uma Independência Nacional de moçambicanos para
moçambicanos.
Celebramos trinta e cinco anos duma nação, aglutinadora de uma moçambicanidade, que se vai construindo todos os dias, com os milhões e milhões de braços em torno dos objectivos comuns dentro da nossa diversidade sociocultural, que sirva mais os
moçambicanos e moçambicanas, na defesa dos seus direitos cívicos, económicos e políticos.
A nossa manifestação neste acto é o sinal de reconhecimento de país uno, do Rovuma ao Maputo, razão pela qual milhares de moçambicanos unidos em torno da Pátria, pelos objectivos comuns, a Independência de Moçambique, se dirigiram, organizados de várias
formas rumo à Luta de Libertação Nacional, com conceitos claros da liberdade, da igualdade, da tolerância, convivência politica, religiosa e cultural.
Conceitos estes negados por uns e aceites por outros, razão pela qual, o Acordo de Paz trouxe aos moçambicanos uma oportunidade de nos reconciliarmos e vivermos sob os conceitos negados aos moçambicanos, pese os caminhos ainda sinuosos por percorrer que requerem, de todos nós, actos humanos universalmente aceites. Tomamos o compromisso de mãos dadas, erguermos um Moçambique sem discriminação nem domínio das
maiorias sobre as minorias ou vice-versa.
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Volvidos trinta e cinco anos, festejamos o êxito dos homens e mulheres. A nossa sociedade ainda enfrenta desafios, a serem ultrapassados por todos nós, tais como a HIV/SIDA, Pobreza, o Desemprego, o Crime, trafico de influência, a falta de
transparência na gestão da coisa publica, a Desigualdade e Exclusão Social tomada por muitos, como arma de arremesso.
A unidade nacional não pode subsistir, de forma sustentada, com a discriminação política. Por isso o Movimento Democrático de Moçambique encoraja e apoia
sempre, as medidas que promovam a inclusão, pois, só assim se manterá a unidade nacional e se desenvolverá o nosso país.
Convidamos aos nossos concidadãos que aproveitemos, esta celebração a reflectir para, de facto com consciência tranquila e por amor ao próximo, verificarmos
o que cada um de nós está e deve estar contribuindo, do modo a estarmos unidos em torno da Constituição da República, da Bandeira Nacional e do Hino Nacional.
Vamos todos trabalhar para o crescimento da Nação, e na construção de uma economia que gere Postos de Trabalho, e imprima outra dinâmica nas nossas vidas, fazendo Moçambique uma nação ganhadora.
Aos Jovens, apesar das dificuldades que enfrentam no seu dia-a-dia, apelamos para que pautem por uma vida sã, esforçando-se por estudos, por uma educação religiosa,
pela prontidão de dignificarem Moçambique em cada momento e em cada lugar onde estiverem. Vós sois a riqueza moçambicana por excelência.
A todos parceiros de cooperação Nacionais e internacionais vai o nosso apreço pelo apoio multissectorial tem vindo a dar para o desenvolvimento do nosso pais, e da
vida das nossas comunidades.
Queremos, finalmente, desejar a todos continuação de boas festas. Cumprimentemo-nos e abracemo-nos uns aos outros, como símbolo de solidariedade, paz e união pelos esforços da construção da nação dentro da diversidade.
Festa Feliz, Parabéns! Moçambique para Todos.
Beira,25 de Junho de 2010
Presidente
Daviz Mbepo Simango
Friday, 25 June 2010
Movimento Democrático de Moçambique (MDM)
A Opiniao de Richard Pithouse (*)
África do Sul: a degenerescência do ANC
Agora percebe-se, em todos os níveis do partido, que ele é um meio para a incorporação pessoal numa determinada minoria que se aproveita das crescentes desigualdades da sociedade.
Pretoria (Canalmoz) - A degenerescência do Congresso Nacional Africano (ANC) (*1) chegou a um ponto tal que, hoje, ele representa um perigo para a integridade da sociedade.
Julius Malema (*2) é um dos exemplos mais ilustrativos da maneira como um movimento empenhado na libertação nacional se tornou, nas palavras de Franz Fanon, «um instrumento de progresso pessoal». Mas Malema não é o único. O Communication Workers Union (sindicato das comunicações) tem toda a razão quando diagnostica um “Keeble-ismo profundamente enraizado” dentro do ANC [em referência a Brett Keeble, um homem de negócios sul-africano de reputação demoníaca, NDT].
Há pouco tempo soube-se que Nonkululeko Mhlongo, mãe de dois filhos de Jacob Zuma (*3), dispõe de contratos de vários milhões de rands [a moeda nacional sul-africana, NDT] para o abastecimento do KwaZulu Natal. A mulher e a filha de Zweli Mkhise ganharam uma licitação de 3 milhões de rands do Departamento dos Serviços Correccionais. Este tipo de coisas acontece desde há anos e não se pode atribuir a alguns indivíduos problemáticos. Ao contrário, em casos como o do negócio de armas e o jogo duplo de Valli Moussa entre o Eskom [a companhia eléctrica nacional da África do Sul, NDT] e o Comité de Angariação de Fundos do ANC, era a organização no seu todo que estava profundamente comprometida. Esta também se comprometeu colectivamente por se recusar sempre a tomar uma posição clara contra os indivíduos envolvidos em práticas duvidosas.
Pode ser verdade que o peixe começa a apodrecer pela cabeça, mas é essencial compreender que a degenerescência do ANC não resulta apenas do aumento do poder de uma elite predadora dentro do partido. Houve um tempo em que se acreditou que o poder era um projecto político colectivo que iria transformar a sociedade de baixo para cima. Agora percebe-se, em todos os níveis do partido, que ele é um meio para a incorporação pessoal numa determinada minoria que se aproveita das crescentes desigualdades da sociedade. De certo modo, este processo, mesmo que conduzindo a uma desracialização da hegemonia, não deixa muito espaço para a esperança numa sociedade melhor, se a isso limitarmos as nossas aspirações.
O ANC abandonou a linguagem da justiça social em favor da ilusão de uma linguagem pós-política de “distribuição”. Essa linguagem considera que o Estado só está obrigado a satisfazer as necessidades mais básicas da sobrevivência e que se trata de uma simples questão de eficiência técnica. O problema com a linguagem da distribuição é que a distribuição é as mais das vezes, em si mesma, uma estratégia de contenção das aspirações populares, mais do que uma estratégia para se atingir a prosperidade humana universal. Atirar com as pessoas para ”oportunidades de habitação” em guettos periféricos onde pouco mais há a esperar do que alguma assistência para as crianças ou a possibilidade de um emprego precário, contribuindo para evitar que as pessoas se manifestem na rua, promove o desenvolvimento no sentido mais perverso do termo.
O segundo problema é que a ilusão de que o desenvolvimento, sendo uma questão pós-política de o governo trabalhar mais depressa, mais afincadamente e mais inteligentemente, não leva em linha de conta as realidades políticas profundas que enformam qualquer projecto de desenvolvimento. Há que tomar decisões políticas sobre questões como a de saber se, sim ou não, o valor social dos terrenos e dos serviços deve prevalecer sobre o seu valor comercial. Quando essas questões não são politicamente consideradas, o “fornecimento de serviços” só podem ser canalizados para as margens da sociedade, com o resultado de se tornarem um processo de efectiva marginalização.
Mas a natureza política inevitável do desenvolvimento não diz respeito apenas à competição entre os interesses dos pobres de um lado e, do outro, o poder dos ricos e das empresas. Há também um jogo político entre as pessoas que estão no terreno e as elites locais do partido. É frequente ver os funcionários locais tentando, de boa fé, seguir as directivas dos dirigentes políticos, mas verem os seus esforços para implementar um desenvolvimento tecnocrático desviados pelas elites locais do partido para seu próprio proveito. Nem sempre se trata de simples pilhagem. Muitas vezes, a atribuição de uma casa e de serviços, como todos os contratos envolvidos nesse processo, é submetida aos sistemas de clientelismo e de apadrinhamento com os quais, frequentemente, o ANC consolida o apoio político ao partido ao nível local. Em muitos casos, os projectos de desenvolvimento, justificados em nome da satisfação das necessidades do povo, tornam-se projectos basicamente orientados para a consolidação de alianças nas micro-estruturas locais do partido. Os diferentes comités, incluindo o comité executivo do ramo local, estão povoados por uma multidão de mini-Malemas.
Segundo a análise de Franz Fanon, é inevitável haver um autoritarismo subjacente que acompanha a degeneração de um partido num “instrumento de progresso pessoal”. Escreve ele que o partido «ajuda o governo a subjugar o povo. Torna-se cada vez mais claramente antidemocrático, uma ferramenta de coerção». Um partido que diz, e que tem de continuar a dizer, que aquilo que faz é para o povo mas que, de facto, se tornou um instrumento de progresso pessoal graças às cumplicidades de dominação, terá inevitavelmente de soçobrar na paranóia e no autoritarismo, ao tentar resolver a quadratura do círculo, pretendendo, para si próprio e para toda a gente, que o enriquecimento privado é de certo modo o verdadeiro fruto da libertação nacional.
Na África do Sul contemporânea, não é nada inabitual encontrar pessoas que vivem no temor dos conselheiros locais e dos seus comités executivos. De facto, não é exagero afirmar que nós desenvolvemos um sistema político a dois terços, com direitos políticos liberais para as classes médias e restrições cada vez mais severas aos direitos políticos básicos dos pobres.
Os movimentos políticos dos pobres têm sido, desde há muito tempo, objecto de uma repressão ilegal e violenta por parte das elites políticas locais. Mas, ao normalizarem-se, tornaram-se cada vez mais descaradas. O apoio entusiástico de figuras-chave do ANC local e provincial aos ataques contra o Abahlali base Mjondolo em Durban, em Setembro do ano passado, constitui um dos pontos mais baixos a que desceu o ANC na África do Sul pós-apartheid. Mas o que aconteceu a Chumani Maxwele4, o jogger da Cidade do Cabo sobre quem se abateu a paranóia por vezes lunática do ANC, conseguiu, mais do que qualquer outro acontecimento, expor publicamente o autoritarismo paranóico que se entranhou profundamente no ANC.
Claro que há pessoas e tendências no partido que se opõem ao modo como se tornou uma excrescência predadora da sociedade. Mas o ANC deixou de ter uma efectiva visão política e desconfia, profunda e por vezes violentamente, de qualquer acção política que surja de baixo – seja ela originada dentro ou fora do partido. Pode fazer declarações contra a corrupção, mas a verdade é que a máquina política que lhe permite ganhar eleições assenta por sistema no nepotismo, no clientelismo e na corrupção. Por isso não pode opor-se a isso sem fudamentalmente de opor àquilo em que se tornou. E não parece, de todo, que haja qualquer perspectiva real de que a organização possa desenvolver uma verdadeira visão política que lhe permita mobilizar-se contra si própria – contra aquilo que o Sindicato Nacional dos Metalúrgicos designou como “o gangue dos saqueadores” que comprometeu o ANC a todos os níveis. Se há alguma possibilidade de propor uma visão política alternativa, é bem possível que tal venha a incumbir aos sindicatos, aos movimentos do povo pobre e às igrejas que já se tornaram a consciência da nossa sociedade.
Notas do tradutor
(*) - Richard Pithouseé professor de política na Universidade de Rhodes. Este artigo foi publicado originalmente em inglês por The South African Civil Society Information Service, aqui.
(*1) - O African National Congress [ANC] foi fundado em 1912 com o nome South African Native National Congress (SANNC) para lutar pelos direitos das populações nativas. Foi ele que conduziu todo o movimento de libertação que viria a conseguir, em Abril de 1994, o estabelecimento de uma democracia parlamentar não-racial, de que o primeiro presidente foi a sua figura mais emblemática, Nelson Mandela. Desde então governa o país, numa aliança tripartida com o COSATU (Congresso dos Sindicatos Sul-Africanos) e o SACP (Partido Comunista da África do Sul).
(*2) - Julius Malema, de 29 anos, actual presidente da organização de juventude do ANC, é conhecido pelo seu estilo de vida opulento, que contrasta com as suas retumbantes e polémicas declarações acerca das diferenças entre ricos e pobres.
(*3) - Jacob Zuma é presidente do ANC desde 2007 e presidente da África do Sul desde 2009. Figura muito controversa, tem estado envolvido em diversos escândalos e processos judiciais de fraudes e corrupção. Zuma é polígamo, o que é permitido na África do Sul.
(*4) - Em Fevereiro último, Chumani Maxwele, um estudante de 25 anos, estava a fazer joggingquando na estrada passou a caravana automóvel do presidente Zuma. O jovem terá protestado contra o barulho e feito algum gesto obsceno na direcção das viaturas. De imediato foi preso e levado num BMW dos seguranças. Ficou detido 24 horas, sofreu interrogatórios e maus tratos, a sua casa foi toda revistada por polícias à paisana, e só foi libertado, sem julgamento, depois de assinar um pedido de desculpas ao presidente. (Richard Pithouseé / Tradução: Passa Palavra)
A OPINIAO DO CANAL DE MOCAMBIQUE
Editorial
Moçambique: 35 anos de Independência
O povo merece outros governantes
Maputo (Canalmoz) - Amanhã, 25 de Junho, Moçambique cumpre mais um aniversário como Estado soberano e independente.
Há 35 anos, os que assistiram à celebração da despedida da administração colonial portuguesa do território nacional – simbolizada pelo arriar da Bandeira lusa e o hastear da nossa primeira Bandeira Nacional – alimentavam as esperanças mais díspares, mas todos sentiam orgulho e uma enorme satisfação por passarem a ter uma Pátria soberana. Nem todos puderam desfrutar. Uns ainda tiveram de continuar a oferecer o seu melhor, e alguns até as suas próprias vidas, para que a liberdade de ser diferente deixasse de ser negada.
Para os que acreditavam na retórica salazarista segundo a qual este território só era Moçambique porque era Portugal, aqui está a resposta que o tempo se encarregou de dar. Moçambique é Moçambique e é independente do País que o colonizou.
Neste período de 35 anos foram muitas as contrariedades e grandes as controvérsias. Os traços comuns prevaleceram, apesar das enormes diferenças que irão persistir entre os moçambicanos.
São hoje bem visíveis grandes avanços relativamente ao momento em que Moçambique se desvinculou de Portugal, com uma particularidade que hoje não se pode descurar: os próprios portugueses manifestam-se orgulhosos por serem mais independentes sem as suas ex-colónias.
O mundo que fechou as portas a Portugal voltou a abrir-lhe as mesmas portas, quando constatou que profundas mudanças tinham ocorrido. E muitos dos moçambicanos que se insurgiram contra a colonização até são, hoje, aficionados ferrenhos de clubes portugueses e fervorosos apoiantes da selecção portuguesa no Mundial de Futebol, que decorre aqui ao lado na África do Sul.
O tempo encarregou-se de provar que os extremismos não são um bom caminho.
Muita coisa mudou nestes 35 anos que nos separam da zero hora de 25 de Junho de 1975. Mas nem tudo correu bem após a proclamação da Independência. Teve ainda de correr muito sangue, para que a moçambicanidade se tornasse um bem comum.
“A Frelimo sujou as conquistas da Independência com as suas políticas devastadoras”, afirma hoje, em retrospectiva, o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, a propósito da celebração dos 35 anos da Independência Nacional.
“Toda a gente abraçou a Independência por ter lutado por ela, e, com a saída dos colonos, os nacionalistas já se podiam afirmar, mas, surpreendentemente, o Governo da Frelimo veio a piorar a situação e, em muito pouco tempo, matou muitas pessoas, mais do que durante os quinhentos anos da colonização portuguesa. A Frelimo negou a democracia. Matou quem se arriscasse a pensar de maneira contrária à sua ideologia marxista-comunista. Quem pensasse de forma diferente era morto. Muitos moçambicanos foram fuzilados por serem acusados de anti-independência”, resume assim a sua visão o homem que liderou a luta que visava pôr termo à usurpação do poder por aqueles que passaram a negar aos outros moçambicanos o direito de pensarem de maneira diferente, acreditarem em coisas diferentes, serem simplesmente diferentes, sendo tão moçambicanos como quaisquer outros.
Tudo o que diz Dhlakama parece pertencente ao passado, mas não é, pois essa usurpação do poder parece ser mais intensa do que nunca.
Também não pode pertencer ao passado que aceitemos, sem nos preocuparmos, que nos tenham andado a enganar, décadas a fio, com a história do assassinato do presidente Eduardo Chivambo Mondlane no seu escritório da Frente de Libertação de Moçambique, quando, de facto, ele terminou os seus dias assassinado na casa de Betty King, bem longe dos escritórios da Frelimo, ainda que também em Dar-es-Salaam.
Dizer-se, como o disse há dias, na Beira, o coronel Sérgio Vieira, ex-ministro do SNASP, que os que levantam essa questão da casa de Betty King querem retirar “repelência” ao assassinato de Mondlane, ou querem confundir as pessoas, fazendo crer que ele tinha uma relação íntima com a senhora, isso é próprio de quem não dorme descansado com a sua consciência e sofre de uma obstrução mental preocupante. Só pode!
Quando se trata do local onde houve um assassinato, o que está em causa não são supostas relações íntimas. Levantar essa questão é uma manobra de diversão vinda da parte do próprio coronel. É uma tentativa de atirar poeira para os olhos. Quando se trata do local de um assassinato, o que está em causa são as pistas sobre o percurso percorrido pelos assassinos. É a diferença entre o percurso para os escritórios da Frente de Libertação de Moçambique e o percurso para a casa de Betty King. É esse percurso que se pretende esconder, assim como encobrir quem fez um percurso e não o outro?
A grande questão foi, é e continuará a ser sempre a mesma: porque terá alguém necessidade de contar, décadas a fio, uma história como tendo-se passado num determinado local, quando, de facto, tudo se passou noutro local? O que se terá pretendido esconder? O que se continuará a querer esconder?
As circunstâncias em que foi assassinado Kennedy alguma vez poderão servir para explicar as circunstâncias da morte de Samora?
Uma bomba que explode nos escritórios da Frelimo é uma coisa, e outra coisa é uma bomba explodir em casa de alguém onde só algumas pessoas conhecem bem o que lá se passava, quais eram ali as intimidades, os ódios, as paixões, as opções, as fidelidades, as traições que por lá haveria. Quem poderia saber que Mondlane iria àquele local, àquela hora em que a vida lhe foi ceifada numa residencial que nesse dia até estava encerrada para folga do pessoal? Porque se disse que o tal livro explodiu no escritório de Mondlane, na sede da Frente de Libertação de Moçambique na capital tanzaniana, quando afinal foi muito longe dali?
Ainda hoje continuam a encher-nos a cabeça com mentiras atrás de mentiras. Dados estatísticos viciados para os moçambicanos acreditarem em sucessos que não são como se conta, são a outra face da mesma moeda de quem se habituou a mentir.
Proclama-se que estamos a vencer a pobreza absoluta quando se sente que há cada vez mais pobreza à nossa volta.
A nossa moeda nacional já desvalorizou mais de 30% de há um ano para cá, mas só se fala de sucessos económicos, de crescimento económico.
Porquê continuar um povo inteiro a crer em gente que não escreve por linhas direitas?
Em nosso modesto entender, temos que nos libertar o mais urgentemente possível de gente que anda, há anos, a pretender fazer-nos crer que sem eles não conseguiremos viver. Esta é a mesma conversa do antigo regime colonialista português: sem eles não conseguiríamos viver.
Temos que encontrar outra gente, agruparmo-nos em redor de gente com valores que não passem por exercícios cachimbados de salão, a troco de migalhas que ofendem quem acredita profundamente que o respeito é devido às instituições, mas que acredita também que a soberania é de facto uma questão muito séria, que não pode continuar nas mãos de quem mente, além de não se dar ao respeito, como se infere das companhias que o tempo se encarrega de nos mostrar que não são boas para qualquer mortal que se preze e se auto-estime. É bem conhecido o provérbio que, nesta hora, muitos gostariam de esquecer: “Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és”.
Tentemos, ao menos, chegar aos 40 anos da Independência Nacional com outras perspectivas. Tenhamos a coragem de arejar o terreiro. Basta de nos envergonharmos com os desavergonhados que querem continuar a enganar-nos. O país merece gente com nariz menos levantado, gente com mais qualidade humana. Essa gente existe. É preciso que se acredite! E existem condições para isso.
(Canal de Moçambique)
Sector petrolífero contribui com 55% para o PIB
ANGOLA
Pretoria (Canalmoz) - O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Abraão Gourgel, revelou que o sector petrolífero contribui actualmente com 55% para o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Citado pela agência de notícias oficiosa, ANGOP, o governador do banco central disse ainda que após o sector petrolífero surgem o sector do comércio/serviços, com uma participação de 20% para o PIB e o da pecuária/pescas com 10%.
Ao falar na sessão de encerramento do V Encontro de Juristas Bancários de Angola, aberto segunda-feira, Abraão Gourgel realçou que o peso da produção petrolífera no PIB do país ainda é bastante significativo e acrescentou que para alterar o quadro actual está em curso o programa de desenvolvimento sectorial do governo, que estabelece como prioridade os sectores da agricultura, agro-indústria e construção civil.
Referiu que a aposta nestes três sectores se deve ao facto de serem os que maiores condições de geração de emprego e de rendimentos, a curto prazo, garantem, além de contribuírem para a redução das importações de bens de consumo.
Tendo como base anos de 2005 a 2009, disse que a taxa de crescimento do PIB foi, neste período, de 15% por cento, enquanto as taxas reais médias de crescimento dos sectores agrícola, industrial e da construção civil foram de 16, 24 e 26 por cento, respectivamente. (Redacção / macauhub)
China fora do mundial mas presente em vuvuzelas
QUE ENCANTAM RAS E O MUNDO
(Xangai) Os trombones plásticos, popularmente conhecidos por vuvuzelas, e que estão a ser massivamente soprados no decurso dos jogos do Campeonato Mundial de Futebol em curso na Africa do Sul, são produzidos na China por uma empresa designada por Guang Da Toys localizada em duas províncias chinesas, nomeadamente Guangdong e Zhejing.
O proprietário destas duas fábricas, Lin Xiaosheng, diz que se inspirou no
tradicional trombone sul-africano, ou seja vuvuzela, feito de chifre de Kudu, um animal bravio, e que era usado para convocar os residentes de certas comunidades a fim de participarem em determinados eventos, tais como festas e outro tipo de cerimónias.
Em declarações esta semana ao “Daily Times”, um jornal chinês editado na língua
inglesa, Lin Xiasheng revelou ter iniciado a produção em série de vuvuzelas a pedido de um cliente sul-africano, que lhe garantiu ser um bom negócio.
”Agora vejo que o homem tinha razão.
Confesso que nessa altura não imaginava que viessem a ser tão populares como agora”,
disse Lin.
Contudo, Lin reconhece a justeza das reivindicações das pessoas que contestam as
vuvuzelas nos estádios de futebol porque, de facto, são muito barulhentos.
Ele explica que para conquistar o coração da maioria dos adeptos decidiu colorir as vuvuzelas com as cores das bandeiras de todo o mundo.
Assim, os adeptos compram as vuvuzelas em função da bandeira dos seus países de origem, ou então das cores das suas equipes preferidas.
Lin diz que esta decisão trouxe os frutos muito acima das suas expectativas e
a prova disso é o facto de estar a vender em media 150 mil vuvuzelas por dia desde
Novembro último, tendo vendido até ao presente mais de um milhão de unidades.
Diz que no Mundial de 2006, vendeu apenas 200 mil, para de seguida explicar o facto do Mundial de Futebol estar a decorrer precisamente na terra onde este tipo de instrumento sempre teve um uso massivo, mesmo quando ainda era feito de chifres de animais, teve o condão de catapultar as vendas.
A produção destes trombones plásticos pela China é vista por alguns peritos como sendo mais uma revelação do carácter omnipresente da nação chinesa nos dias que correm, e da sua capacidade e habilidade de copiar tudo o que outros povos descobrem ou inventam. Também têm a capacidade de introduzir melhorias que acabam atraindo
mesmo os compradores do produto original.
Actualmente, a China lidera a lista dos países cujos povos são capazes de copiar tudo o que se inventa no mundo, algo que explica o impressionante crescimento económico deste gigante asiático, bem como a sua rápida modernização e urbanização.
Wu, gestor da Fábrica de Produtos Plásticos Jiying, uma unidade fabril concorrente e que também produz vuvuzelas, diz que tenciona produzir vuvuzelas numa outra versão
que sejam menos polémicas e que tenham aceitação na China, para que possam ser usados para exaltar os atletas chineses nos Jogos Asiáticos a ter lugar em Novembro próximo.
Wu diz que as suas vuvuzelas são as mais preferidas, porque tem um toque mágico mais atraente. Por isso, são mais preferidas pelos clientes que compram via Internet, como a famosa empresa Alibaba e Taobao.
Moçambique em 1º lugar na protecção de investidores
NOS 178 PAÍSES ANALISADOS PELA PESQUISA DO BANCO MUNDIAL
FILIMÃO SAVECA
Moçambique ocupa o primeiro lugar num ranking de 178 países analisados por uma pesquisa realizada pela International Finance Corporation (ICF), do Banco Mundial (BIRD), e na 162ª posição na classificação sobre Emprego.
A Singapura liderou o ranking de facilidade para se fazer negócio, tendo Moçambique
ficado no 134º lugar no mesmo indicador por serem ainda necessários
42 dias para o registo de propriedade, de acordo ainda com resultados da
pesquisa da ICF.
Já os resultados da pesquisa realizada pela Agência dos Estados Unidos da América
para o Desenvolvimento Internacional (USAID) consideram que Moçambique é um
país que pratica elevados custos para obtenção do crédito bancário e onde há
restrições no acesso ao financiamento.
Carga fiscal e transporte aéreo Sobre a matéria, as conclusões da ICF indicam que
investidores em Moçambique têm vindo a enfrentar “uma carga tributária
relativamente alta, mas quando o Código dos Benefícios Fiscais é aplicado,
o regime fiscal em Moçambique é competitivo”, como resultado da reforma fiscal em curso que incide sobre impostos, cujas taxas cobradas são tidas como altas.
No concernente ao Transporte Aéreo, as conclusões da pesquisa da ICF prognosticam
um aumento do crescimento económico de 20%, caso o sector seja liberalizado
na sua plenitude, não somente em Moçambique como também em toda a região
Austral da África.
O aumento daquela percentagem significaria que mais 500 mil visitantes estrangeiros
escalariam a região para fazer negócios e turismo.
EFEMÉRIDES
Principais acontecimentos registados no dia 24 de Junho:
1497 – As terras da América do Norte são vistas pela primeira vez pelo explorador John Cabot, ao largo da actual Halifax, Canadá.
1793 – França adopta a primeira Constituição Republicana.
1812 – As forças de Napoleão começam a invasão da Rússia.
1875 – A França arbitra, a favor de Portugal, o conflito com o Reino Unido sobre a soberania da baía de Lourenço Marques e os territórios a norte do Ambriz, na foz do Zaire.
1948 – A URSS inicia o bloqueio de Berlim, impedindo o tráfego rodoviário e ferroviário entre a cidade e o Ocidente.
2007 – O Supremo Tribunal do Iraque condena à morte três altos responsáveis do antigo regime de Saddam Hussein, pela morte de 182 000 curdos nos anos 80 – Ali Hassan al-Majid, primo de Saddam, conhecido por Ali o Químico, Hussein Rachid al-Tikriti
e Sultan Hachim Al-TAI, antigo ministro da Defesa.
MENSAGEM DO PARTIDO FRELIMO POR OCASIÃO DAS COMEMORAÇÕES DO 35º ANIVERSÁRIO DA INDEPENDÊNCIA NACIONAL
Celebramos hoje o 35º Aniversário da Independência Nacional 9 dias
após a homenagem aos Mártires de Mueda por ocasião da comemoração
dos 50 anos do Massacre de Mueda.
A celebração do 35º Aniversário da Independência Nacional, é um
momento de festa, de reflexão, de exaltação da nossa história, de
celebração das nossas conquistas, momento de consolidação do espírito
de unidade nacional, da cultura de paz e do espírito de auto estima.
A FRELIMO saúda o Presidente Armando Emílio Guebuza, símbolo da
unidade nacional, pela sua sábia direcção orientada para a defesa,
valorização e consolidação dos princípios, valores e ideais da gesta do 25
de Junho de 1975 através da sua clarividente e visionária liderança em
prol da:
- Defesa da nossa Independência e da nossa soberania;
- Consolidação da Unidade Nacional e da paz;
- Luta contra a pobreza e a promoção da cultura de trabalho, do espírito
de auto estima e de auto confiança;
- Promoção do desenvolvimento equilibrado, económico, social do país;
-Consolidação do Estado de Direito Democrático e de Justiça Social e
- Edificação de uma sociedade de justiça social e a criação do bem-estar
material, espiritual e de qualidade de vida dos cidadãos;
2
Ao celebrarmos o 35º aniversário da Independência Nacional
homenageamos os moçambicanos da Geração do 25 de Setembro que
elevaram a luta secular de resistência anti colonial a uma fase
qualitativamente superior e uniram o povo moçambicano em torno de
um objectivo comum libertar a terra e os homens. É esta geração heróica
que com firmeza e determinação enfrentou e venceu o colonialismo
conquistando a Independência Nacional.
Com a conquista e proclamação da independência nacional,
conquistamos a liberdade, soberania dignidade e identidade.
Nestas celebrações, homenageamos ainda os moçambicanos da Geração
8 de Março que contando com o saber, experiência e a direcção da
Geração do 25 de Setembro assumiu os desafios decorrentes da criação
do Estado Moçambicano defendendo a nossa independência, soberania e
integridade territorial, garantindo o funcionamento pleno do Estado em
todas as frentes.
A celebração do 35º aniversário da Independência Nacional, foi
historicamente marcado pelo percurso da chama da unidade que
percorreu todos os Distritos do nosso país do Rovuma ao Maputo e do
Zumbo ao Índico.
A marcha da chama da unidade foi um momento de festa, de
consolidação do espírito de Unidade Nacional, da cultura de paz e do
espírito de auto-estima, factores fundamentais para o sucesso na luta
contra a pobreza.
Ao longo dos 35 anos da nossa independência logramos atingir várias
conquistas:
- Consolidamos a Unidade Nacional
- Resgatamos a paz
3
- Alargamos o acesso dos cidadãos à saúde, a água potável, à educação,
à energia, à telefonia, móvel e fixa.
- Construímos importantes infra-estruturas económicas e sociais, como
estradas, linhas férias e pontes com destaque para a ponte Armando
Emílio Guebuza.
- Revertemos a propriedade da Hidroeléctrica de Cahora Bassa a favor do
Estado Moçambicano.
Neste momento de festa e de celebração do 35º Aniversário da
Independência Nacional a FRELIMO exorta a todos os moçambicanos a
participar massiva e activamente na luta contra a pobreza e pelo
desenvolvimento sustentável do nosso país, rumo ao bem de todos os
moçambicanos.
Unidos na Luta Contra a Pobreza
FRELIMO A FORÇA DA MUDANÇA
Maputo, 25 de Junho de 2010
Thursday, 24 June 2010
IIED
Dear Manuel
The International Institute for Environment and Develoment has just published the following new briefing.
All policy briefs are available to download free from our on-line database www.iied.org/pubs
Beyond cost-benefit: developing a complete toolkit for adaptation decisions
Cost-benefit analysis has important uses – and crucial blind spots. It represents only one of several economic tools that can be used to assess options for adapting to climate change in developing countries. The Nairobi Work Programme would best serve governments by considering not just cost-benefit approaches, but the entire range of tools. By developing a ‘toolkit’ that helps users choose from a variety of evaluation methods, we can support adaptation decisions that promote equity, put local people in control and allow for dynamic responses to climate change as it unfolds.
Download the paper from http://www.iied.org/pubs/display.php?o=17081IIED
Regards
Vanessa Mcleod-Kourie
Publications & Marketing Manager
International Institute for Environment and Development (IIED)
3 Endsleigh Street
London
WC1H 0DD
tel: + 44 (0)20 7872 7346
fax: + 44 (0)20 7388 2826
www.iied.org
A Opiniao de Isaac Bigio*
MUNDO - Tempo de África
(Londres, BR Press) - Este é o título da canção oficial do mundial de futebol que Shakira canta. É também a mensagem que a África do Sul quer dar ao mundo referente ao continente onde nasceu a humanidade e que nunca havia sido a sede de uma das 30 Olimpíadas e é hoje, pela primeira vez em sua história, o centro do esporte mais popular de todos os tempos.
Mas também quer sinalizar a idéia de que o continente negro está mudando. Até pouco tempo atrás, este era visto como sinônimo de miséria, guerras fratricidas e epidemias como a Aids. No entanto, hoje se notam certas mudanças.
Efeito China
Isso se deve, em parte, aos resultados obtidos com ajuda internacional e remissão de dívidas, bem como o aumento da demanda de muitos de seus produtos primários ( ajudado pelo crescimento chinês, sedento de bens africanos).
Segundo Paul Vallely, co-autor do relatório da Comissão para a África 2005, 10% das reservas mundiais de petróleo, 30% das de minerais e 80% das de cromo e platina se encontram neste continente.
Em 2003-2008, a economia africana cresceu num ritmo anual de 6%, mais do dobro do mundo industrializado. Nesta década, o comércio e os investimentos estrangeiros quadruplicaram; a balança comercial cresceu 30%; a quantidade de telefones celulares passou de poucos milhões de aparelhos para mais de 400 milhões e a porcentagem de crianças na escola saltou de 58% para 75%.
A África, que já tem um bilhão de habitantes, é superada levemente em população pela Índia. No entanto, neste continente outrora associado à pobreza, há mais gente de classe média (cuja renda anual supera os US$ 20 mil) do que na emergente Índia. Espera-se que, entre 2000 e 2014, a África passe de 59 a 106 milhões de pessoas que ganhem anualmente mais de US$ 5.000 do que gastam em alimentos.
Democracias
No fim da Guerra Fria, quase toda a África estava regida por ditaduras, mas hoje a maioria de seus países tem governos eleitos. O índice de violência política e guerras ao sul do Sahara caiu em 1/3. A África ainda é o único continente onde todas as suas repúblicas decidiram auto-destruir suas armas de destruição massiva (como fizeram a Líbia e a África do Sul).
Hoje, o continente passa por um boom nos setores de construção, turismo, comunicações e finanças. Para quem não representava praticamente nada na produção mundial, a África hoje possui uma produção continental que gira em torno de US$ 1,6 bilhões, quase igual à Rússia, que outrora foi uma das duas superpotências.
(*) Analista de política internacional, Isaac Bigio lecionou na London School of Economics e assina coluna no jornal peruano Diario Correo.
A Opiniao de Isaac Bigio*
Choque britânico
De Londres
Para Via Fanzine
Tradução: Pepe Chaves
Na terça-feira (22/06) o novo governo conservador-liberal britânico anunciou o maior ajuste econômico em uma geração. O choque busca reestruturar o modelo social, no qual, o Estado se retira cada vez mais da economia, enquanto o eixo do crescimento se alicerça no setor privado e em suas exportações.
Para o governo, de todo o grupo das 20 potências, o Reino Unido é a que tem o maior déficit. Enquanto a anterior administração trabalhista falava em corte de £73 milhões (US$ 110 milhões), a coalizão Cameron-Clegg pede um corte 50% maior (de £113 mil milhões ou US$ 170 milhões).
O novo secretário da economia George Osborne propõe “sanear” a economia buscando £3,5 milhões (US$ 5 milhões) através do congelamento de salários públicos, além do corte de £5.5 milhões (US$ 8 milhões) em benefícios aos doentes, desempregados e crianças, gerando £13 milhões extras com reajuste de impostos ao consumo, subindo de 17.5% para 20%, acumulando uma grande soma e eliminando 25% das despesas de todos os ministérios (com exceção de Saúde e Cooperação Internacional).
Antes das eleições de 06/05, os conservadores prometeram que não subiriam o imposto sobre as vendas e os liberais desejavam a manobra. Hoje, estes dois partidos têm lembrado que até janeiro elevarão este imposto a 20%, o que implica em um curto lapso de tempo, no qual o contribuinte vai experimentar o imposto com acréscimo de um terço (com Brown, subiu de 15% para 17.5% e com Cameron, de 17.5% a 20%).
O governo sustenta que se trata de um ajuste duro, mas igualitário, pois afetará a todos. Aceitando o postulado liberal de proteger os mais necessitados, não impõe impostos aos que recebem menos de £10,000 (US$ 15,000) anuais. No entanto, sindicatos sustentam que este reajuste promove uma “guerra de classes”, pois serão os pobres que devem sofrer mais com o imposto ao consumo, vez que, o congelamento de salários e benefícios infantis, deve gerar uma onda de demissões em massa no setor público. Por isso, os atuais e os futuros desempregados terão menos benefícios.
As previsões sustentam que a economia só crescerá 1.2% em 2010 e 2.3% em 2011 (o que implica numa taxa muito inferior à da África) e que a taxa de desemprego será de 8%. A oposição alerta que estas medidas paralisam a recuperação econômica, aumentam o desemprego em números muito superiores aos indicados e geram o risco de o país ter uma inflação de dois dígitos.
Os mercados, ao contrário, têm reagido positivamente, acreditando que tais medidas devem estabilizar a economia. O setor privado é, precisamente, quem fará o teste para ver se o novo modelo vai funcionar e, por isso, tem recebido incentivos, como isenções tributárias. Terá que experimentar, na prática, o que ocorrerá ao Reino Unido e se esta nação conseguirá se transpor rapidamente para um modelo do tipo China ou Alemanha, baseado nas exportações privadas.
Um fantasma que ameaça ao Reino Unido é uma nova onda de protestos sociais e sindicais, enquanto os trabalhistas querem aproveitar o choque para se potenciar a partir da oposição, rompendo com liberais e seus aliados conservadores.
Em Derre, Morrumbala
Enfermeiros bebem cerveja com dinheiro do cidadão
Ja há corajosos que quebraram o silêncio
Quelimane (DZ)- Um cidadão quebrou o silencio e veio ao publico denunciar o que passou no hospital de Derre, distrito de Morrumbala.
O referido cidadão contou que os enfermeiros afectos a aquela unidade sanitária, pediram lhe 120 meticais para que o seu filho pudesse ser assistido. E este valor segundo suas palavras foi posto numa barraca que fica bem perto da unidade sanitária
na compra de cerveja.
Depois de entregar o valor, o cidadão diz que o seu filho foi muito bem atendido. Mas como não tivesse explicações sobre a referida cobrança, o cidadão foi se queixar
ao chefe do posto e explicou como tudo havia acontecido.
Por seu turno, o chefe do posto aconselhou os referidos enfermeiros a devolverem o valor cobrado, por não ser justa a cobrança.
Lembrar que esta quarta-feira, celebrou-se o dia africano da função pública e em Quelimane, tudo parou, os funcionários abandonaram os gabinetes e estavam todos na rua marchando.
Um feriado não legislado…….DZ
Corruptos continuam a solta
· Ha um exemplo verídico no Posto Administrativo de Luabo
Quelimane (DZ)- Numa altura em que as autoridades governamentais deste pais, dizem
estar a combater a corrupção, há exemplo vivos de saque do dinheiro do Fundo de Iniciativas Locais, vulgos “Sete Milhões”, no Posto Administrativo de Luabo,
distrito de Chinde na Zambézia.
A denúncia veio do Conselho Consultivo Distrital (CCD), que esteve reunido esta terça-feira em mais uma sessão para analisar os projectos deste ano e a situação
dos reembolsos dos valores já entregues aos mutuários.
Os membros do CCD local, disseram na presença do administrador que os valores
reembolsados foram desviados por alguns funcionários públicos afectos aos diversos sectores naquele distrito.
Há exemplos que se podem apontar com dedos no concernente ao suposto desvio deste valor. É que o juiz do Tribunal Comunitário local é acusado de ter desviado 30
mil meticais do dinheiro proveniente dos reembolsos.
O acusado chama-se Daniel Nhakuthendo que assume ter levado este valor, mas que neste momento, afirma estar já a devolver aos poucos. O Juiz diz que não é
apenas ele, mas há outras pessoas que levaram o dinheiro dos mutuários.
Na mesma sessão os membros do CCD disseram que sumiram mais de 60 mil meticais e que ate agora, os funcionários nem sequer querem devolver aos cofres do estado.
Intervindo na referida Sessão, o administrador do distrito de Chinde, Silvério dos Anjos, disse que os membros do Conselho Consultivo devem mostrar seriedade na aprovação dos projectos. Falando concretamente deste caso de desvio de dinheiro proveniente dos reembolsos, o administrador disse que o governo vai responsabilizar os protagonistas, dai que urge necessidade de os membros do CCD apontem com clareza e
evidencias para possam serem sancionados.
Lembrar que os sete milhões tem sido uma matéria amplamente discutida em círculos de opinião, sabido que os membros dos CCDs alguns nem sabem ler e muito menos escrever, dai que as equipas técnicas montadas pelos governos distritais tem sido os protagonistas na aprovação dos projectos, outros ainda bem longe da realidade dos
distritos DZ
Trabalhadores do Estádio Nacional em Zimpeto novamente em greve
Maputo (Canalmoz) - Os 650 trabalhadores moçambicanos que operam na construção do Estádio Nacional, no Zimpeto, na Cidade de Maputo, estão desde a última sexta-feira, de novo, em greve. A última vez que os trabalhadores se rebelaram foi a 8 de Junho corrente, reivindicando, de entre outras coisas, um suplemento salarial de 20%, pagamento de uma gratificação por estarem a construir o estádio, e o fornecimento de equipamento de protecção.
Nessa altura, a Inspecção Geral do Trabalho recomendou ao empreiteiro que superasse as matérias de cumprimento obrigatório constantes das reivindicações, como sejam a montagem de um posto de primeiros socorros, a apresentação de comprovativos de salários e fornecimento de material de protecção.
Por outro lado, a Inspecção do Trabalho liderou a primeira ronda negocial, entre o sindicato e os trabalhadores, para as questões relativas ao pagamento da gratificação e do suplemento salarial exigidos pelos moçambicanos ao serviço da construtora da República Popular da China que tem a empreitada a seu cargo.
Na sexta-feira passada (18 de Junho) houve mais uma ronda negocial, na qual o empreiteiro se comprometeu a pagar uma gratificação simbólica, ou seja, abaixo dos 10 mil meticais exigidos pelos trabalhadores, e ainda garantiu que os trabalhadores moçambicanos seriam empregados no segundo projecto de construção de infra-estruturas anexas ao Estádio Nacional.
O sindicato, aparentemente, teria concordado com estas “novidades”, mas o grosso dos trabalhadores não aceita as conclusões das negociações da passada sexta-feira pelo que optou por mais uma paralisação.
Até ontem aguardava-se pela Inspecção Geral do Trabalho para, mais uma vez, tentar mediar o conflito laboral. José Pereira, do Ministério da Juventude e Desportos, disse ontem que “é lamentável o facto de em menos de um mês, os trabalhadores apresentarem três cadernos reivindicativos, cada um diferente dos restantes”.
As obras de construção do Estádio Nacional, que era suposto terem terminado antes do Mundial de Futebol que está a disputar-se na África do Sul, estima-se agora que possam terminar em Dezembro próximo.
(Helton Júnior)
Cheias no Zambeze
Pais e filhos, habituados a deixar as suas casas cedo para ir cultivar a terra, ficam em casa a olharem-se uns aos outros. Não têm nada para fazer nem para comer. A seca destruiu todas as culturas. Há fome e falta água para consumo, mas no rio há crocodilos. As poucas culturas junto às zonas ribeirinhas e ilhotas do “Zambeze” foram com a fúria das águas deste que é o maior rio do país e a semente lançada à terra no sequeiro “sucumbiu” com as altas temperaturas e a falta das chuvas.
O “Notícias” esteve lá e constatou a situação, que vai de mal a pior. O sofrimento é tal que não aconselha a discursos. Exige, isso sim, acção e medidas proactivas para minorar o drama. Há falta de quase tudo. Sem água, comida e dinheiro as populações de Tambara passam dias a fio de estômago vazio.
Mesmo com o rio Zambeze a “serpentear” o distrito de uma ponta a outra, Tambara tem problemas de água para consumo e nem consegue aproveitá-la para a irrigação dos seus campos agrícolas, deixando-a perder-se no Oceano Índico.
Contrariamente a Tambara, em povoações longínquas do “Grande Zambeze” há esforços e financiamentos para a construção de represas que ajudam na irrigação de hortícolas.
O exemplo disso vem de Buzua. Camponeses locais, apoiados pelo Governo, conseguem reter parte das águas de um riacho e com ela irrigam os seus campos.
Nhacolo, Sabeta, Nhachenge (todas estas localidades de Tambara) e outras povoações ribeirinhas assistem impotentes as águas do Zambeze a rumarem para o mar. Basta uma pequena chuva, o “Zambeze” galga as machambas e quando a Hidroeléctrica de Cahora Bassa abre as comportas inunda e desaloja.
Quando se abre poço ou furo, mesmo à beira do rio, brota água salobre, mas não há indicações de que as autoridades estejam a pensar em aproveitar a água doce do “Zambeze” para o consumo humano. É que ela precisa de ser tratada, mas não há condições, nem para captação muito menos para o tratamento.
Quando se arranja dinheiro é para abertura de poços e furos e não para o aproveitamento do potencial hídrico do Zambeze, para, de uma vez por todas, resolver a problemática de falta do chamado precioso líquido para consumo.
ALIMENTAR-SE DE RAÍZES E DE FRUTOS SILVESTRES
Maputo, Quinta-Feira, 24 de Junho de 2010:: Notícias
A CAMPANHA agrícola 2009/2010 foi um total fracasso. Cerca de 33 mil pessoas, de um total de 41.775 que habitam o distrito de Tambara, que vive basicamente da agricultura, não colheram nada na presente safra. Atravessam neste momento uma grave crise alimentar e necessitam de apoio alimentar urgente.
Das 35.557 toneladas de culturas diversas que os camponeses esperavam colher, numa área de 24.014 hectares, o distrito não conseguiu recuperar a totalidade dos esforços daqueles que viram as suas culturas destruídas pela seca.
Na sequência deste problema, os índices de subnutrição já são notórios em crianças e adultos que neste momento se alimentam de raízes e de frutos silvestres. O administrador distrital, Gilberto Canhenze, classifica a situação de “dramática”, mas foi peremptório: a nível do distrito pouco ou nada se pode fazer para mitigar a situação.
O recurso aos parceiros de cooperação é a única janela encontrada pelo Governo de Tambara para minimizar o défice alimentar no distrito. Foi neste contexto que Canhenze falou de um programa de apoio directo em géneros alimentícios que, entretanto, não poderia abranger a todos os afectados, priorizando os vulneráveis, entre idosos, doentes, crianças órfãs e deficientes.
Os apoios que têm vindo a ser canalizados, através das organizações doadoras, de acordo com a fonte, não satisfazem as necessidades de todos os afectados, que na sua luta pela sobrevivência têm vindo a apresentar a preocupação aos governantes que escalam o distrito.
Foi assim que recentemente em Sabeta uma anciã do bairro Nhauchenge, que acolhe deslocados das cheias, apresentou, num comício orientado pela governadora de Manica, Ana Comoana, frutos silvestres e capim com que se alimenta a população local por falta de comida.
Algumas das raízes, em Tambara, são venenosas. Para a eliminação da nocividade do tubérculo as autoridades locais recomendaram um processo de decantação, através da cozedura.
Aliás, conforme testemunhou a nossa Reportagem em Nhauchenge e um pouco por todo o distrito de Tambara, vive-se presentemente, momentos difíceis. Há casos de famílias inteiras que passam dias sem comer, o que provoca a debilidade física dos seus membros.
Cria-se muito cabrito no distrito, mas ninguém come sua carne (Arquivo)
PROIBIDO PLANTAR ÁRVORES DE FRUTA
Maputo, Quinta-Feira, 24 de Junho de 2010:: Notícias
CASOS de subnutrição estão a aumentar no distrito de Tambara. Não há dados oficiais, mas há sinais visíveis no terreno de que o fenómeno tomou conta da região. A fruta poderia minimizar a situação, mas a população pura e simplesmente não planta árvores de fruta. Reza a tradição local que “plantando uma árvore de fruta, basta ela começar a dar frutos o indivíduo morre”.
Em Tambara plantar uma árvore de fruta significa candidatar-se à morte. Quando isto acontece normalmente anciãos locais encontram formas de arrancar a planta, à revelia e à noite, porque deixá-la crescer equivale a aceitar a morte do indivíduo em causa.
Um exemplo concreto é a orientação presidencial de “um aluno, uma planta por ano” que, em Tambara, está a encontrar resistência. O administrador reconhece estar a enfrentar dificuldades de promover a iniciativa, uma vez que as crianças não são permitidas, pelos respectivos pais, plantar árvores de fruta.
Quando não há milho, mapira, mexoeira, batata-doce e hortícolas não há alternativa para minimizar os efeitos nefastos da fome. O pior é que em Tambara é proibido comer carne de cabrito, num distrito considerado como um dos maiores produtores de gado caprino, criando também gado bovino e suíno. De acordo com o administrador, os efectivos de caprinos são estimados em 58 mil, de bovino 3194, suínos (mais de sete mil) e ovinos (mais de dois mil).
Segundo Canheze, em Tambara não se abate nenhum daqueles animais para consumo. Diz-se, por exemplo, que comer carne de cabrito provoca azar e pode causar a morte, sobretudo entre crianças.
Satisfaz aos criadores de Tambara, segundo Canhenze, contemplar o número de cabritos, vacas ou porcos, enquanto morrem a fome e vivem em situação de pobreza extrema. Regra geral os habitantes da região alimentam-se de verduras acompanhadas de farinha de milho ou outro cereal.
O leite fresco, seja ele de cabra ou de vaca, não fazem prática dos hábitos alimentares da região, sobretudo entre as crianças. A única carne não proibida é a de galinha, o mesmo não acontecendo com os ovos desta, alegadamente porque influenciam negativamente na maturidade sexual dos adolescentes e jovens.
CASA DE ALVENARIA “GUIA” PARA A MORTE
Maputo, Quinta-Feira, 24 de Junho de 2010:: Notícias
CONSTRUIR uma casa de alvenaria e morar nela é bastante perigoso, pois diz-se que esse acto pode levar à morte. Segundo o administrador Gilberto Canhenze, esta informação faz parte do conjunto de tabus da região e transmitida de geração em geração.
Por força desse tipo de conhecimento, alguns deslocados devido às cheias recusaram-se inicialmente a receber as casas atribuídas no âmbito do programa de reassentamento, situação que viria a ser invertida após um trabalho de sensibilização feito pelas autoridades locais.
Aliás, o próprio Presidente da República, Armando Guebuza, e sua esposa, Maria da Luz, confrontaram- se com esta realidade aquando da sua passagem, em 2009, por Tambara. Na altura Guebuza pediu aos beneficiários para que acelerem o processo de participação no projecto de construção das casas, deixando para trás tabus e preconceitos que atrasam a vida dos seus habitantes.
Para além de Tambara, a fome afecta outros cinco distritos da província. Dados recentemente fornecidos pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) apontam Gondola, Machaze, Macossa, Báruè e Guro como tendo bolsas de fome. A fraca colheita verificada na campanha agrícola transacta, bem como a estiagem, aridez dos solos e a comercializaçã o desenfreada da produção da campanha passada pelos próprios camponeses são apontadas como sendo as causas.
O distrito mais afectado pela fome é Gondola, com 33.209 pessoas, seguido de Machaze com 17.141 e Macossa com 2335. Guro e Báruè somam 1355 e 1300, respectivamente.
Para acudir minimizar o drama, o Governo Provincial de Manica tem vindo a desdobrar-se em acções de mobilização de ajuda humanitária, através das organizações doadoras nacionais e estrangeiras que operam na província.
O delegado do INGC naquele ponto do país, David Elias António, disse na ocasião que para atender a população carenciada a província necessitava de pelo menos 1870 toneladas de produtos alimentares diversos, sendo 1.661.7 de cereais e 199.408 de legumes, para além de 33.223 litros de óleo vegetal.
Fora a ajuda alimentar, o Governo de Manica providenciou sementes para distribuir as 11.717 famílias camponesas, o correspondente a aproximadamente 60 mil pessoas. No global, de acordo com a fonte, foram disponibilizadas 370 toneladas de semente de milho, 320 toneladas de mapira, 144 toneladas de feijões, 707,18 quilos de sementes de hortícolas e dois milhões e 200 mil pés de marisqueiras.
Victor Machirica
O Capitão, CÉSAR MARIA DE SERPA ROSA (1899-1968)
Antigo Governador da Província da Zambézia, por Filipe Gastão de Almeida de Eça
"Serpa Rosa foi verdadeiramente um dos nossos, dos melhores, dos que um dia foram atraídos pela sedução do Ultramar e dela nunca mais se afastaram; que do Ultramar fazem a razão de ser da sua vida, assim como o Ultramar o é da vida nacional.
Penso que três grandes ilusões absorveram, desde os primeiros tempos, a vida portuguesa: o amor à terra — por vezes tão ingrata —, a atracção do mar e a paixão do Ultramar. Três belas ilusões, talvez, mas que considero que foram, são ainda hoje e serão no futuro três das maiores certezas e esperanças da nossa pátria. Se os portugueses mais responsáveis, que nas suas mãos detêm os poderes económicos e políticos, se afastassem destes ideais, trocando-os por outros porventura de mais visíveis conveniências imediatas, dias negros se poderiam avizinhar para uma velha pátria construída pelos esforços e sacrifícios de gerações de obreiros, por vezes ignorados."
Leia em: http://www.malhanga.com/flipbook/serpa.rosa/
(Grato ao Magno Antunes)
Poderá também gostar de:
Gillard becomes Australia's first female prime minister
Kevin Rudd (L) and Julia Gillard
."The next Labor prime minister, the first female prime minister of this country will be Julia Gillard," a party spokesman said.
Wednesday, 23 June 2010
Jorge Rebelo: O Xiconhoca já virou a regra
— denuncia Jorge Rebelo, antigo combatente, que diz também não entender muito bem o conceito de geração da viragem
Por Armando Nenane
O antigo combatente da Luta de Libertação Nacional, Jorge Rebelo, entende que os desafios que os jovens têm que enfrentar hoje não têm nada a ver com a libertação do país tal como aconteceu com a sua geração no passado. Falando na manhã desta quarta-feira por ocasião dos 35 anos da Independência Nacional, num encontro promovido pelo Parlamento Juvenil de Moçambique, o também antigo ministro da Informação no governo de Samora Machel defendeu que o mérito conquistado pela geração que trouxe a Independência ao país também podia ter sido alcançado pelo jovens de hoje caso tivessem vivido no mesmo contexto.
Jorge Rebelo chamou atenção aos jovens no sentido de não olharem para os antigos combatentes com tanta veneração. “Muitas vezes tenho sentido que os jovens encaram os antigos combatentes dessa forma, mas é preciso reparar que eles fizeram o que fizeram porque sentiram que a Pátria precisava deles para libertarem o país”, elucidou.
Acrescentou que hoje já não é preciso libertar o país. No passado, os jovens da Frelimo tiveram que ir à escola aprender a pegar em armas, a estudar a posição do alvo, a disparar, mas hoje os jovens devem direccionar a sua inteligência, conhecimento e coragem para outros combates, como o combate à pobreza, ao analfabetismo, a SIDA, à corrupção, a descoberta de novas formas de aumentar a produção agrícola, a comercialização, assim como criar mercados internos e externos.
Geração da Viragem vs Geração da Verdade
Rebelo disse não compreender muito bem o que é Geração da Viragem, uma vez que nunca ninguém apareceu a explicar muito ao certo se a tal viragem significa virar para onde.
“É para frente? Não percebo como é que se pode virar para frente”, disse.
Para se expressar melhor diante dos jovens, o antigo combatente recorreu a um artigo do jornalista Bayano Valy, publicado na última edição do SAVANA Rebelo concorda com muitos aspectos colocados pelo jornalista, o qual propôs, ao invés de uma geração da viragem, uma geração da verdade.
No referido artigo, Valy refere que a Geração da Verdade seria uma geração de jovens pensantes, com vontade e consciência própria, que não se preocupassem em defender as cores de seja qual fosse o partido politico, raça, religião, etnia, mas sim as cores da bandeira nacional, visando promover o bem-estar cultural, social, económico e politico.
Bayano Valy, parafraseado por Rebelo, defende uma geração que colocaria as ferramentas científicas ao seu dispor na busca constante da verdade, comprometida em promover a cidadania e alargar o debate na esfera pública, uma geração que promoveria ideias pelo seu mérito e não pela sua atracção política, religiosa, racial ou étnica.
Espírito aberto e combater dogmas
No entender de Rebelo, os jovens também podem encontrar inspiração para a construção dos seus ideais na Carta Africana da Juventude.
Jorge Rebelo avisou que é necessário que os jovens tenham um espírito aberto e que saibam aceitar as posições dos outros, mas combatendo sempre os dogmas através do questionamento constante das soluções acabadas. Isso, segundo ele, tem que ser feito da maneira mais científica possível, quebrando tabus.
“O contrário disso atrofia a análise e leva-nos a aceitar tudo o que vem como certo, incontornável e indiscutível. Aceitar tudo equivale ao lambebotismo, que é o maior mal que graça a nossa sociedade, onde as pessoas tendem a querer agradar o chefe, com todas as artimanhas possíveis”, precisou.
Rebelo disse ter aceite o convite do Parlamento Juvenil de Moçambique pelo facto de ser uma organização de jovens que tem sido conotados como rebeldes.
“Foi isso que me atraiu a vir ao debate. Primeiro porque sou um rebelde, não aceito soluções acabadas. E, segundo, porque esta é a maneira de lutar e corrigir o que está errado. Se é verdade o que se diz, que vocês são rebeldes, então estamos juntos”, disse o antigo combatente, arrancando uma enorme ovação entre os presentes.
Muito lambebotismo na Frelimo
Jorge Rebelo também abordou questões que dizem respeito ao seu próprio par¬tido. Quando se fala da Frelimo, segundo ele, a tendência é sempre dizer que é o melhor partido do mundo, que é o mais perfeito, mas também é preciso analisar porque é que somos membros da Frelimo.
“No meu caso, sou membro da Frelimo por razões históricas: já estou no partido há 50 anos. O que farei é apoiar o partido para que siga os ideais inscritos nos seus programas. Mas quanto aos outros: estão no partido por inércia?, comodismo?, oportunismo?, falta de alternativa?”, questionou, acres¬centando que é preciso não perder de vista que a Frelimo é que está no poder e é ela que deve ser o centro das atenções.
Lamentou, ainda, que há uma grande resistência à crítica no seio do partido, referindo que tal se deve ao facto de existir muito lambebotismo. “Há uma orientação no sentido de se fazerem apresentações pela positiva, nunca pela negativa”, destacou, acrescentando, em resposta à jornalista Bordina Muala, que "há muito lambebotismo e quando as botas já estão limpas não há nada a fazer".
No concernente ao combate à corrupção, Rebelo referiu que estamos em presença de uma palavra que tem que ser analisada sob ponto de vista histórico. Basta reparar que aquilo que se considerava corrupção no passado hoje já não é, o que era comportamento negativo no passado hoje é normal. “Hoje já não existe o xiconhoca, que ontem era a excepção hoje já é a regra”, demonstrou.
MDGs
As G-8 and G-20 leaders prepare to gather in Canada, new analysis issued by the Overseas Development Institute (ODI) and the United Nations Millennium Campaign finds that, in absolute terms, many of the world's poorest countries are making the most overall progress towards achieving the Millennium Development Goals (MDGs) - the set of promises world leaders made to significantly reduce extreme poverty, illiteracy and disease by 2015. Particularly relevant for G-8 countries are the findings which underline the importance of open trade and effective and timely aid in driving this success. For poor countries, political leadership, accountability and adequate budgetary allocations for the Goals are cited as key criteria to drive sustained progress.
Eleven of the 20 countries making the most absolute progress on the MDGs are amongst the poorest countries in Africa; half of African countries are on track to meet the target of halving poverty by 2015.
The analysis also finds that most low and middle income countries are making progress on most of the key MDG indicators.
"This study decisively establishes with hard evidence that much of the negative reporting on progress on the Millennium Development Goals is misleading," said Salil Shetty, Director of the United Nations Millennium Campaign. "Instead of lamenting that Africa might miss the MDG targets, we should be celebrating the real changes that have happened in the lives of millions of poor people, not least because of the unified effort between governments and citizens, supported by donors. The leaders and tax-payers of G-8 countries must now keep their aid commitments, with the confidence that their investment is making a tangible and large scale difference."
"This study seeks to broaden the debate about MDG progress. The first findings show that progress is taking place, sometimes in unexpected places," said Overseas Development Institute Director Dr. Alison Evans. "In a world where support for development is under increasing scrutiny, we hope that this work will contribute to a broader appreciation of how we assess progress to date."
The new analysis contrasts national-level progress in absolute terms, as distinct from progress relative to global MDG targets. Absolute progress measures overall progress countries have made and relative progress measures how close they have come to specific MDG targets. Progress in absolute terms at the national level gives a fuller picture of the reality on the ground because performance against MDG targets hides significant differences between countries at the starting point (baseline year 1990), as well as differences in performance between countries since the MDGs were adopted in 2000. Both measures are needed to tell the full story of progress, particularly in low income countries.
The top 20 countries in absolute and relative terms are:
The analysis focused on progress on Goal 1, which seeks to eradicate extreme poverty and hunger; Goal 4, to reduce child mortality; and Goal 5, to improve maternal health - all issues on the agenda of this week's G-8. Amongst the findings:
The largest number of reductions of deaths of children under the age of five occurred in regions with the highest initial levels of such deaths, such as sub-Saharan Africa and South Asia.
Even though the Goal of reducing maternal mortality has seen the least progress, access to maternal health services has improved in 80 percent of countries.
Countries making the most relative progress tend to be middle income countries, such as Ecuador, China, Thailand, Brazil and Egypt.
The report identified a number of additional factors that contribute to progress on the MDGs: poor countries must have consistent leadership committed over an extended period of time to reducing poverty. They must make the public sector accountable to citizens and empower local governments and communities. Furthermore, they must prioritize investment in human development and budgets for health and education.
The research was funded by the Bill & Melinda Gates Foundation and the UN Millennium Campaign. The analysis is based on the MDG database, with the exception of income poverty data for Africa, which are based on the ReSAKSS database. The data on equity - the distribution of progress within a country - are based on household Demographic Health Surveys and Multiple Indicator Cluster surveys. Where the available data permit, countries have been compared over the same time period against average annual rates of progress, irrespective of population size.
The analysis previews a fuller report to be released later this year, reviewing development progress over the past two decades, and a detailed score card on MDG performance.
Click here to unsubscribe / Copyright 2004 - 2007 UN Millennium Campaign
Eslovenia 0 Inglaterra 1
Num jogo sofrido, a Inglaterra acabou passando a eliminatoria! Os EUA acabam de marcar e tambem passam a eliminatoria!
EUREKA!
Rio Zambeze transborda
Extensas áreas de diversas culturas alimentares a jusante da bacia do rio Zambeze, nos distritos de Tambara, Mutarara, Chemba, Caia e Mopeia nas províncias de Manica, Tete, Sofala e Zambézia, respectivamente, encontram-se completamente inundadas em consequência da subida do caudal daquele curso de água, esta semana, que deriva da abertura de comportas da barragem Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB).
Até ontem previa-se ainda um incremento dos actuais 2.500 para cinco mil metros cúbicos por segundo.
De acordo com o delegado do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) em Sofala, Luís Pacheco, as descargas em curso enquadram-se nas medidas de segurança em relação à capacidade de encaixe da albufeira daquela infra-estrutura hidráulica pelo facto de se encontrar neste momento a receber um elevado volume de água proveniente a montante de alguns países vizinhos com destaque para a Zâmbia e Angola, um fenómeno pouco comum por estas alturas do ano.
Falando ontem à nossa Reportagem, a fonte acrescentou que tudo se deve ao fenómeno de alterações climáticas em que ao nível da região da África Austral o pico das cheias da última estação chuvosa se fez sentir relativamente tarde até aos passados meses de Janeiro e Fevereiro. A HCB deveria então fazer o escoamento de grande volume de água até Março passado o que apenas acontece agora.
Em Dezembro último, entretanto, a mesma barragem chegou a libertar um caudal na ordem de três mil metros cúbicos por segundo, tendo consequentemente provocado inundações moderadas a jusante do Zambeze. Na altura, não se fizeram descargas de grandes volumes pelo facto de as chuvas terem acontecido relativamente tarde no interior e a montante daquele que é um dos principais rios do nosso continente.
Mesmo assim, Pacheco tranquiliza a todos afirmando que neste momento não há qualquer motivo de alarme, pois, segundo suas palavras, o INGC e as Administrações Distritais situadas ao longo do Zambeze em Sofala já se encontram em alerta máximo com a reactivação dos Comités Locais de Gestão de Calamidades.
Consubstanciou que os activistas ligados a esta componente começaram a desdobrar-se pelas ilhas disseminando mensagens de aviso para a retirada das pessoas das zonas susceptíveis a inundações para áreas seguras como forma de evitar uma possível perca de vidas humanas. Deste modo, não se espera que haja qualquer intervenção de emergência no que tange a um provável resgate de vítimas.
Contudo, o delegado do INGC em Sofala realçou que ao nível daquela província as inundações em curso poderão afectar algumas zonas ribeirinhas dos distritos de Chemba e Caia, arrasando culturas alimentares em áreas ainda não calculadas. Por outro lado, as mesmas previsões apontam para inundações de pequena monta em algumas comunidades na região de Marromeu, caso se atinja uma leitura de cinco metros na escala hidrométrica montada naquela vila.
Sobre o assunto, o director da Agricultura em Sofala, Luís Coimbra, disse ao nosso Jornal que o seu sector está já a trabalhar em coordenação com o INGC visando a mitigação dos prejuízos resultantes desta adversidade atmosférica. Sublinhou, entretanto, ter arrancado ainda esta semana o trabalho de levantamento da área e camponeses assolados.
Por seu turno, o administrador de Chemba, António Januário, dedicou todo o dia de ontem à avaliação do impacto negativo das inundações do grande Zambeze.
fonte: Jornal Notícias
4 votes World Cup 2010 - Sarkozy to lead France inquest
Reuters - Wed, 23 Jun
French president Nicolas Sarkozy will chair a government meeting to look into the failure of Les Bleus at the World Cup and will meet team captain Thierry Henry a day later.
..France's campaign, marred by infighting and the boycott of a training session, ended on Tuesday with a 2-1 defeat by hosts South Africa that left them bottom of Group A without a win.
"Thierry Henry called the president from South Africa and told him he wanted to see him as soon as possible after his return to France," government spokesman Luc Chatel said.
Prime Minister Francois Fillon, sports minister Roselyne Bachelot and junior sports minister Rama Yade will take part in Wednesday's meeting, he added.
The squad are expected to fly back to France on Wednesday to face criticism at the end of a saga featuring poor results, the sending home of striker Nicolas Anelka for insulting coach Raymond Domenech and players walking out on a training session.
Reuters
Burocracia, corrupção e crime organizado preocupam empresariado desta província
KPMG apresenta-se em Tete
– admite Filipe Manjate
“Os empresários de Tete queixam-se, maioritariamente, da burocracia na aprovação de projectos e dificuldades no acesso ao financiamento. A corrupção é outra das preocupações do empresariado de Tete, para além do crime organizado” – Director Geral da KPMG, Filipe Manjate
Tete (Canalmoz) - A KPMG organizou um workshop de apresentação dos seus serviços na província de Tete, o qual foi marcado pela divulgação das pesquisas que a empresa de auditoria produz anualmente, nomeadamente “As 100 Maiores Empresas de Moçambique”, o “Índice de Ambiente de Negócios” e a “Pesquisa sobre o Sector Bancário”.
A província de Tete está ultimamente a conhecer um desenvolvimento considerável, sobretudo suscitado pela instalação, na zona, de grandes empreendimentos, sobretudo na área carbonífera, construção, hospedagem e restauração, e energia.
O workshop contou com a presença do governador da província de Tete, Alberto Vaquina, para além da classe empresarial da província.
Falando momentos depois do encontro, Filipe Manjate, director geral da KPMG que se deslocou a Tete para o efeito, disse que Tete é uma das províncias que nos últimos anos está a registar um desenvolvimento assinalável nos negócios, facto a que a sua empresa não ficou indiferente e decidiu expandir os seus serviços para a província.
“Tete tem uma longa experiência nos negócios, pela localização, pois beneficia da vantagem da proximidade com os países vizinhos, nomeadamente Malawi, Zimbabwe, Zâmbia e República Democrática do Congo. Esta província tem grandes potencialidades em termos de negócios a nível da região centro do país”, opinou Manjate.
Ainda de acordo com o director da KPMG, a província de Tete é a “quarta melhor do país, em termos do ambiente de negócios”. Os dados que levaram a KPMG a assim concluir são das pesquisas feitas pela própria empresa.
Sobre as dificuldades da classe empresarial de Tete, a KPMG fala da sua incidência para as pequenas e médias empresas e admite constrangimentos graves. Esses constrangimentos responsabilizam o próprio governo e permitem avaliar o desempenho que quem governa vem tendo, e da própria banca, nesta região do País, quando se está a poucos dias de Moçambique celebrar 35 anos de Independência.
“Os empresários queixam-se, maioritariamente, da burocracia na aprovação de projectos e dificuldade de acesso ao financiamento. A corrupção é outra das preocupações do empresariado de Tete, para além do crime organizado”, revelou Manjate.
(José Mirione)
Teodato Hunguana é o novo PCA da Mcel
Maputo (Canalmoz) - Tedodato Hunguana foi designado Presidente do Conselho de Administração da Mcel-Moçambique Celular S.A, em Assembleia Geral realizada esta terça-feira, e substitui no cargo
Salvador Adriano, que na nova estrutura da empresa assume as funções executivas de Administrador-Delegado.
Teodato Hunguana foi juiz do Conselho Constitucional até às últimas eleições gerais e presidenciais.
Os restantes membros do Conselho de Administração são Arlindo Mondlane, Aboobacar Chutumia, Benjamim Fernandes, Aurélio Machado, Margarida Talapa, Madalena Atanásio e Albino Ernesto Lemos.
Para o Conselho Fiscal, foram eleitos Carlos Tajú para presidente, bem como Percina Salvador Sitoe e Bernardo Cossa para vogais.
Por sua vez, a Mesa da Assembleia Geral tem como presidente Carlos Jeque e Eugénio Mangue como secretário.
(Redacção)
World Cup 2010 - Argentina send Greece home
Eurosport - Tue, 22 Jun 21:23:00
Argentina sealed top spot in Group B and sent Greece crashing out of the World Cup with a 2-0 victory at the Peter Mokaba Stadium in Polokwane.
..It took the tournament favourites 77 minutes to break down Otto Rehhagel's side who despite needing a point to have any chance of progressing were more intent on stifling their opponents.
The deadlock was broken as Martin Demichelis smashed the ball into the roof of the net.
The defender rose highest at a corner only for his first header to hit Diego Milito but he was in the right place to smash the rebound past Alexandros Tzorvas.
And substitute Martin Palermo added a second a minute from time after Lionel Messi skipped through the Greek defence.
Coach Diego Maradona made seven changes to the side that beat South Korea 4-1 five days ago with his side's progression to the last 16 all but secure.
Messi became Argentina's youngest World Cup captain as he led his country for the first time two days before his 23rd birthday but he was followed doggedly by man marker Socratis Papastathopoulos until coming alive in the closing stages.
Tzorvas made four decent first-half saves to keep Argentina at bay.
The Panathinaikos keeper turned Sergio Aguero's effort around the post after a lovely run and then tipped Juan Sebastian Veron's piledriver from distance over the top.
He also repelled a Maxi Rodriguez effort and pushed a Messi curler over the crossbar.
Tzorvas did make one mistake when he fumbled a cross but Aguero's goalbound shot was blocked by Loukas Vyntra.
It took 48 minutes for Greece to carve out a chance and it was a golden one. Georgios Samaras pulled off Demichelis and saw his first shot blocked by Nicolas Burdisso but it rebounded back to the Celtic frontman who pulled his second effort marginally past the far post.
Clemente Rodriguez had a 20-yard effort whistle wide but despite needing to score twice, Greece continued to keep men behind the ball and leave Samaras an isolated figure up front.
The sort of anti-football that became Greece's trademark in Euro 2004 continued to frustrate their opponents, Tzorvas pushing a Messi free-kick behind before holding Mario Bolatti's crisp half-volley.
But Greece have failed to keep a clean sheet in 2010 and they were undone as Demichelis netted just his second international goal.
With Messi finally released from his shackles, he began to shine, dancing past two players before unleashing a shot that came back off the inside of the post.
And he was the creator for Argentina's second as he beat two men and, although his first shot was saved by Tsorvas, 36-year-old Palermo was on hand to sidefoot home the rebound.
Palermo, who scored a crucial goal in qualifying against Peru after being overlooked by his country for 10 years, netted just nine minutes after coming on and Argentina can now look forward to a second round clash against Mexico on Sunday while Greece go home with a whimper.
Match Facts
Greece v Argentina
Goals 0-2
1st Half Goals 0-0
Shots on Target 3-10
Shots off Target 3-4
Blocked Shots 1-8
Corners 1-10
Fouls 15-8
Offsides 0-2
Yellow Cards 1-1
Red Cards 0-0
Passing Success 67.4%-91.1%
Tackles 26-17
Tackles Success 80.8%-82.4%
Possession 18.8%-81.2%
Territorial Advantage 39.6%-60.4%
Lee Walker / Eurosport
Tuesday, 22 June 2010
Letter from Michael
Dear Friend,
Today I'm inviting you to the exciting premiere of a new channel. It's called Obama's Chicago Network, and is the best place on the web for viewers to learn more about President Obama's Chicago-style politics. On Obama's Chicago Network, shady backroom deals, and strong-arm tactics are the name of the game.
This summer's lineup includes a gritty drama chronicling the White House's conflicting stories about a job offer to Rep. Joe Sestak, entitled "Job or No Job." If you like that, you'll love "The Colorado Hills," which examines a similar offer made to Andrew Romanoff. You can also watch Press Secretary Robert Gibbs perform the Potomac Two-Step around transparency questions in "Dancing with the Law," and get a peek of authentic Chicago-style politics in action in "I'm a Politician Get Me Out of Here!" starring indicted former Illinois Governor Rod Blagojevich.
It makes for compelling TV. Unfortunately, it's not TV, it's reality.
What Obama and his Chicago team are doing to this country is no joke. The President is ignoring the two biggest crises that America faces. Unemployment is at nearly 10 percent. Millions of gallons of oil are spilling in the Gulf. Americans are asking how these problems will be solved. Meanwhile, President Obama is searching for answers on the golf course.
To learn more, visit Obama's Chicago Network and enjoy our regularly scheduled programming. If you're moved, don't hesitate to make a contribution to help keep the Network going and air President Obama's dirty dealings all season long.
Sincerely,
Michael Steele
Chairman, Republican National Committee
Diamond Find Could Aid Zimbabwe, and Mugabe
JOHANNESBURG — New mining in Zimbabwe has quickly yielded millions of carats of diamonds and could help catapult the nation into the ranks of the world’s top diamond producers, according to the head of a group of experts for the United Nations-backed effort to stop the trade in conflict diamonds.
But the new wealth has provoked fears that the riches will be used to subvert attempts to bring democracy to a country that has long suffered under authoritarian rule, and also to finance conflicts.
For more details please click here
Justice Sector Reform: Applying Human Rights Based Approaches
Dear colleague,
Your assistance circulating details of IHRN's 2010 justice sector training programme to relevant contacts any relevant UNIFEM partners would be appreciated - in particular, suitable scholarship applicants.
Note: the priority for the scholarship support is to individuals working with developing world organisations active on justice sector reform.
Justice Sector Reform: Applying Human Rights Based Approaches
Dates: Monday 25 - Friday 29 October 2010
Venue: National University of Ireland , Maynooth , Ireland
This annual IHRN training programme aims at enhancing the skills of justice sector personnel, consultants, managers etc, in applying Human Rights Based Approaches to Justice Sector Reform. The programme is designed for people working in the justice sector (with state or non state institutions) or undertaking Rule of law/Governance assignments (eg UN, EC Framework Contract Lot 7 - Governance and Home Affairs) as well as justice sector personnel wishing to adapt their expertise for international consultancy work.
Knowledge and skills enhanced include:
The legal principles, policies & practice underpinning human rights based approaches to justice sector reform
The inter-linkages between justice sector roles (law enforcement, judiciary, corrections/rehabilitation, etc)
The relationship between the justice sector and related terms; 'security sector', 'rule of law', 'good governance'
Human Rights Based needs assessment, programme design, implementation, as well as monitoring & evaluation
Programming tools & checklists (including benchmarks & indicators of human rights change)
Case studies from national contexts as well as international field missions (including conflict and post-conflict)
Teamwork, advocacy, strategic partnerships and consulting opportunities
Application and scholarship details at http://www.ihrnetwork.org/justice-sector-reform_202.htm
***********************************
IHRN online expert database
IHRN is also currently updating its database of experts and interested to hear from experts with profiles across a range of human rights & Justice sector subject areas and expertise, evaluators, trainers etc. Interested individuals can enter their details by going to the following link http://www.ihrnetwork.org/work-opportunities_185.htm and recording their details.
Kind regards,
Pamela Harney
*************************************************
Pamela Harney
Administrator
International Human Rights Network
Glenboy House, Oldcastle, Co Meath , Ireland
PHarney@ihrnetwork.org
www.ihrnetwork.org
Tel: +353 49 8542934
*************************************************