Friday, 30 April 2010

BOM FIM DE SEMANA!


No último quinquénio - Criadas em Moçambique 38 instituições de ensino superior

21 são privadas

Num encontro do Banco Mundial com a Educação, foi apresentada a proposta do “Regulamento de Licenciamento e Funcionamento das Instituições do Ensino Superior”, que apesar de ainda não ter sido publicado já foi aprovado pelo Conselho de Ministros, e a “Proposta de Regulamento e Inspecção do Ensino Superior”. O “desporto no ensino superior” foi outro objecto de discussão.

Maputo (Canalmoz) - No período compreendido entre 2004 e 2009, foram construídas no território moçambicano 38 instituições do ensino superior. Deste universo, 21 (55%), são escolas propriedade de privados.
Estes dados foram publicados pelo Ministério da Educação por ocasião da realização, ontem, 29 de Abril, do Conselho do Ensino Superior que reuniu parte significativa dos funcionários da Educação, agora sob direcção do ministro Zeferino Martins.
O mesmo relatório refere que o país possui, juntando os sectores público e privado, um universo de “75 457 estudantes dos quais somente 29 106 são do sexo feminino, o que representa 38,5 % do total.

Não obstante o facto de as instituições públicas serem em número reduzido, o relatório revela que, por diversos motivos, regra geral o elevado custo de propinas nas instituições do sector privado, o Governo continua a aglomerar nas suas instituições de ensino superior parte significativa do total de alunos.
“O ensino público apresenta 58 643 alunos. Em todo o país, satisfaz 77 por cento dos moçambicanos que demandam o ensino superior”.

Das 29 106 alunas do ensino superior 21 770 estudam em instituições de ensino público, mas só 37 % das estudantes, tem acesso ao ensino superior no país.
Em termos gerais, o Ministério da Educação que se congratula com o seu desempenho, reconhecendo, no entanto, os desafios que possui na questão da melhoria da qualidade e acessos do ensino no país, aponta, no relatório de avaliação do ensino superior, que “a população estudantil cresceu significativamente, variando de 7 022, em 2004, para 75 547, em 2009”.

Foi destacado pelo Ministério da Educação a melhoria da qualidade do ensino. Diz que para o efeito foram criados vários mecanismos e instituições: “formação de professores de ensino superior; a conclusão do processo de construção das instalações da universidade do Zambeze, em Mocuba; o início dos processos de construção das futuras instalações dos institutos superiores politécnicos de Tete e de Lionde, este em Gaza”.

“Importa destacar que ainda há e continuam a chegar pedidos de várias entidades nacionais e estrangeiras para a criação de instituições de ensino superior em Moçambique”, referiu na ocasião o ministro de Educação, Zeferino Martins.
Neste evento, que congregou representantes do Banco Mundial e do Governo de Moçambique, foi apresentada a proposta do “Regulamento de Licenciamento e Funcionamento das Instituições do Ensino Superior”, que apesar de ainda não ter sido publicado já foi aprovado pelo Conselho de Ministros, bem como a “Proposta de Regulamento e Inspecção do Ensino Superior”. O “desporto no ensino superior” foi outro objecto de discussão.

(Inocêncio Albino)
2010-04-30 06:28:00

“Uria Simango – Um homem, Uma Causa” voltou às livrarias de Moçambique

3.ª edição de livro polémico de Barnabé Ncomo

Maputo (Canalmoz) - O polémico livro “Uria Simango-Um homem, Uma causa” já se encontra novamente nas livrarias em Moçambique, desta feita, na sua terceira edição. Tornado público pela primeira vez na segunda metade de 2004, o livro acabaria por levantar polémicos debates com tendências que piscam para um revisionismo da história oficial. Essa tendência tende a encontrar espaço pela sustentação e argumentação com que obras como as de Ncomo e João Cabrita (“Mozambique: The Tourtuous Road to Democracy”, Palgrave,2000) se apresentam.
Contactado pelo Canalmoz, Barnabé Lucas Ncomo afirma que a terceira edição agora a venda apresenta-se muito melhorada comparativamente à primeira e segunda edições.
De facto, embora o conteúdo em tudo se pareça com as edições passadas, a terceira edição do Uria Simango-Um homem, uma Causa, tem nele incorporados novos dados para além de muitas melhorias em termos de redacção. Por exemplo, embora nos bastidores da opinião pública se afirme que houve violação dos Estatutos do movimento logo depois da morte de Mondlane, em nenhum momento os historiadores em Moçambique e no mundo apresentaram o instrumento que sustentasse tal facto. Os Estatutos da Frente de Libertação de Moçambique eram omissos quanto a essa matéria. Pela primeira vez na historia de Moçambique o autor do livro trás, a páginas 210, a pista esclarecedora que os historiadores deliberadamente contornaram, que ilustra de facto uma grosseira violação da norma então estabelecida: o artigo 40 do Regulamento Interno do movimento.
Segundo o autor, pela primeira vez na história de Moçambique se exibe, na página 358 do livro, a imagem fotográfica de um “herói esquecido”, Jaime Rivaz Sigauke.
Dados colhidos pelo autor indicam que, em parceria com Filipe Samuel Magaia, Sigauke era dos homens que desequilibravam a balança de debates no Comité Central “a ponto de Mondlane se aborrecer”. Ambos acabaram assassinados um atrás de outro. As imagens de Joana Simeão, Agostinho Cosme e outros dois a serem “arrastados” por Samora Machel no “julgamento” de Nachingwea, em Maio de 1975, também constam desta terceira edição do livro. “Infelizmente o preço do livro, 750,00Mt “é salgado para muitos bolsos de moçambicanos”, afirma o autor. “Não tive a sorte que teve Sérgio Vieira”.
De notar que o livro de natureza histórica recentemente publicado por Sérgio Vieira – “Participei, por isso testemunho” – está a venda ao público por 450,00Mt. Teve o patrocínio de “gigantes económicos” no país como o BCI, Cahora Bassa, LAM, MCEL e a TERMINAIS, empresas, algumas das quais públicas.

(Redacção)
2010-04-30 06:31:00

Election debate: David Cameron wins third leg


Aggressive Brown fails to revive faltering campaign as leaders clash over economy, immigration and estate tax

Patrick Wintour and Polly Curtis
The Guardian, Friday 30 April 2010


David Cameron, Nick Clegg and Gordon Brown during the final live leaders' election debate. Photograph: Jeff Overs/BBC. Watch highlights from the debate here Link to this video

Gordon Brown last night appeared to have failed in his daunting mission to change the course of the general election during an ill-tempered leaders' debate in which he repeatedly rounded on David Cameron and warned that Conservative spending cuts would imperil the fragile recovery.

The prime minister's aggressive tone, however, did not destabilise Cameron, and his perceived negativity may have backfired with voters, who gave the debate to the Tory leader in all the instant polls.

Nick Clegg, the Liberal Democrat leader, seemed to struggle to impose himself for the first time in the three TV debates, and was caught in a pincer movement over his party's policy on immigration.

Brown's pitch from the start was to claim that Cameron represented the "same old Tories", returning to the hardline policies of the 1930s and 1980s that left millions unemployed. He then rounded on Cameron for offering tax breaks for the banks and millionaires, saying that this was no way to build a fair society. Speaking of his rivals, Brown said: "They are not ready for government, because they have not thought through their policies."

The Tory leader, initially forced on the defensive over the fairness of his tax plans, countered hard. "What you are hearing is desperate stuff from a man in a desperate state," he said, adding that Brown should be ashamed of himself for trying to frighten people.

Clegg repeated his claim that only the Liberal Democrats could offer real change. "We need to do things differently to build a new, stronger and fairer economy. The way they got us into this mess is not the way out. Of course, they will tell you tonight that these things can't be done. I think we have got to do things differently to deliver the fairness, the prosperity and the jobs that you and your family deserve."

Three instant polls, however, showed that Cameron had triumphed, with Clegg in second, and Brown trailing third. But a Guardian/ICM poll gave victory to Cameron on 35%, with Brown in second place on 29%, and Clegg on 27%.

The polls suggest that Cameron – by offering a reassuring performance – had been correct not to be provoked by Brown's direct and pointed attacks.

The Tory leader ended with a deliberate pitch to the centre ground. "There's something you need to know about me, which is I believe the test of a good and strong society is how we look after the most vulnerable, the most frail and the poorest.

"That's true in good times but it's even more true in difficult times. And there will be difficult decisions but I want to lead us through those to better times ahead."

Lord Mandelson, the business secretary, insisted that Brown had given a barnstorming performance and the prime minister punched hard in the opening half on the economy, trying to pin down an elusive Cameron on spending, corporation tax and efficiency savings.

In some of the most highly charged exchanges, Cameron also for the first time really rounded on Clegg, accusing him of wriggling over his offer of an amnesty to illegal immigrants that he said would allow 600,000 people who came here illegally to stay, as well as bring their families.

Brown too joined in to criticise the Lib Dem leader. Under pressure Clegg, no longer the novelty act of a fortnight ago, hit back at Cameron, saying: "Let's save time and assume that every time you talk about our policy you are simply wrong."

Demanding a yes or no answer, he challenged Cameron to admit that his planned cap on immingration would have no impact on migrants from the European Union. He also appealed for all three parties to come together after the election to agree the scale of the deficit and how to tackle it. With the final debate focused on the economy, deemed to be Brown's strongest suit, the dramatic 90 minutes was seen as the Labour leader's last, best chance to revive his campaign, and even prevent his long political career ending ignominiously in the immediate wake of next Thursday's poll. Polls before the debate started showed the Tories narrowly ahead, but with the gap not widening.

In the personal and political test of his lifetime, Brown had to launch his big attack on the day after he had been enveloped in a disastrous encounter with a Rochdale pensioner, Gillian Duffy, when he was caught describing her as a "bigoted woman". Duffy had challenged Brown over the threat posed by immigrants from eastern Europe. In his opening address, the prime minister addressed the issue head-on, saying: "There is a lot to this job and, as you saw yesterday, I don't get all of it right. But I do know how to run the economy, in good times and in bad."

In an attempt to convince voters that the election should be a judgment on Britain's economic future and not a referendum on his personality, Brown said: "It's not my future that matters. It's your future on the ballot paper next Thursday, and I am the one to fight for your future."

He battled time and again to portray the Tories as the party of the rich and described as immoral the Conservatives' plans to cut tax credits but "at the same time give an inheritance tax cut to the 3,000 richest people in the country. Now that's not fairness, that's the same old Conservative party – tax cuts for the rich and cutting the child tax credits for the very poor. It's simply not fair."

Cameron said the taxpayer was having to pay "more and more and more".

Thursday, 29 April 2010

Parceiros discutem doença do coqueiro

A NECESSIDADE de proceder ao diagnóstico dos prejuízos provocados na cultura do coqueiro, pela doença do amarelecimento letal, constitui motivo de uma reunião nacional a ter lugar próximo mês na cidade de Quelimane. O encontro irá juntar à mesma mesa sensibilidades relevantes no sector, nomeadamente cientistas e investigadores, sociedade civil, bem como representantes do Governo, dos camponeses e organizações não-governamentais que operam na área.
Maputo, Quinta-Feira, 29 de Abril de 2010:: Notícias

A produção de copra na província da Zambézia, outrora maior palmar do mundo, caiu de mais de 500 mil toneladas por ano para cerca de 100 mil toneladas há cerca de cinco anos, reflectindo, em grande medida, a morte de cerca de seis milhões de coqueiros devido à conjugação da doença do amarelecimento letal e os danos causados pelo insecto oryctes que tem como hospedeiro os caules secos dos palmares.Este encontro, organizado pela Millennium Challenge Account Moçambique (MCA-Moçambique), em coordenação com o Governo Provincial da Zambézia, tem em vista reforçar as actividades actualmente em curso para o controlo da doença mediante o estabelecimento de um “cordão sanitário” para evitar o seu alastramento.
De acordo com Josef Pudvitr, coordenador do projecto de Apoio à Renda do Agricultor na MCA-Moçambique, o objectivo do encontro, a decorrer entre 12 e 13 de Maio, é procurar envolver os camponeses no abate e queima dos coqueiros doentes, ao contrário do que acontece actualmente, em que esse trabalho está a ser levado a cabo apenas pelo grupo Madal, empresa contratada para o efeito.
Tendo em conta a gravidade da devastação dos palmares na província da Zambézia e o facto de a cultura de coqueiro constituir a principal fonte de renda dos camponeses, sobretudo da zona costeira e da economia da província, Josef Pudvitr não põe de lado a hipótese de propor ao Governo a decretação de um estado de calamidade na zona.
Embora o projecto de controlo da doença do amarelecimento se incida exclusivamente no sector familiar, Josef Pudvitr defende a necessidade dos privados colaborarem fazendo a sua parte, nomeadamente controlando o amarelecimento letal e assim evitar que o fenómeno se propague para as machambas dos camponeses

Corte na fibra óptica

A EMPRESA Telecomunicações de Moçambique (TDM) registou corte na sua fibra óptica, uma avaria considerada grave e que está a provocar restrições nas comunicações da rede fixa e móvel no norte do país.
Maputo, Quinta-Feira, 29 de Abril de 2010:: Notícias


Segundo um comunicado da TDM, a avaria, registada na madrugada da passada segunda-feira passada numa zona entre Vilankulo e Beira, está a afectar os serviços de transmissão de voz, internet e outro tipo de dados. A reparação da avaria poderá durar cerca de um mês. A empresa diz que terá de recorrer ao estrangeiro para trazer um barco especializado destinado a realizar esse trabalho. Enquanto isso, a TDM decidiu utilizar todas as suas rotas alternativas de modo a garantir a mínima comunicação dos seus clientes

Governo aprovou transformação do Aeródromo Militar de Nacala em Aeroporto Internacional

Maputo (Canalmoz) – A transformação do Aeródromo Militar de Nacala em Aeroporto Internacional foi decida durante a 15.ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, que se realizou esta semana.
Nesta sessão de terça-feira, o Conselho de Ministros aprovou ainda a resolução sobre a política dos monumentos, com que se pretende assegurar a conservação e a gestão dos monumentos no país.
Foi também aprovada a resolução sobre a política dos museus, que vai facilitar a qualificação da qualidade museulógica nacional, através de uma colaboração com base na comunicação, cooperação e partilha de responsabilidades, assegurando a preservação e valorização do património cultural.
Foram ainda aprovadas resoluções sobre Estratégia Nacional de Segurança Social Básica, ratificação do Protocolo de Cooperação e Acordo de Crédito entre o Governo e os seus parceiros.

(Bruna Chabane e Egídio Plácido)
2010-04-29 07:05:00

Editorial do Canal de Moçambique - Na rota da ganância por dinheiro e poder, o crime é vencedor

1 – O Presidente da República, o senhor Armando Emílio Guebuza, voltou a deixar-nos convencidos de que possa andar perdido à frente do Estado que os moçambicanos – ainda que apenas cerca de um quarto do total da população activa e com capacidade eleitoral – lhe disseram, em eleições, para governar. Parece que anda esquecido que é sua obrigação, como chefe do Estado, tratar por igual e com respeito, e, pelo menos na sua presença, exigir que os outros o respeitem como o mais alto magistrado da nação, mesmo que entre ele e eles exista, em ambientes privados e de intimidade pessoal, condições para farra.

Na presença do Presidente da República, no pavilhão de desportos na Malhangalene, ao reunir-se com jovens da cidade de Maputo, no último sábado, no contexto da “presidência aberta”, logo, em funções de Estado e não partidárias, o senhor Armando Emílio Guebuza permitiu, sem qualquer reparo público, que houvesse quem para lá fosse dar vivas à Frelimo – o seu partido. Perguntamos: se para lá fosse alguém dizer “Abaixo a Frelimo”, não teríamos assistido a uma cena desagradável? Que respeito quer um Presidente da República que lhe tenham como “presidente de todos os moçambicanos”, se ele, na sua ambição cega de poder, se esquece de que, quando está em funções de Estado, deve tratar de forma cordial e por igual todos os moçambicanos, e não permitir que se confunda aquilo que seria legítimo numa actividade partidária com aquilo que é inadmissível numa actividade de Estado?
Não é a primeira vez que coisas destas acontecem. E não há quem chame a atenção do Senhor Presidente da República que estas coisas têm de acabar? A nossa parte está feita.

O que terão pensado os outros jovens moçambicanos que estiveram a ouvir o que supunham ser o seu Presidente, o “presidente de todos os moçambicanos”, quando viram o senhor Armando Emílio Guebuza a aceitar atitudes discriminatórias vindas dos seus correligionários, atitudes que ofendem até os que nem sequer querem ter partido?
O presidente Joaquim Chissano já tinha compreendido que não se deve, em democracias sérias, misturar actividades partidárias com cerimónias de Estado. Quando foi votar nas eleições que precederam o seu último mandato, foi num carro particular, obviamente com a segurança que é indispensável a um Presidente da República, mas sem o aparato de Estado habitual. Foi o cidadão que foi votar, não foi o chefe do Estado. Deu assim sinais de se estar a querer, em Moçambique, começar a caminhar, finalmente, pelo trilho certo.

Parece que com Guebuza estamos a andar para trás. É pena!
É frequente vermos não só o Presidente da República como os ministros irem a actividades partidárias em viaturas do Estado. Isso não será uso ilícito de bens e património do Estado para fins particulares? De quem não sabe onde começa o mau exemplo, o que se pode esperar?
Será que alguém pode considerar o comportamento do senhor Armando Emílio Guebuza, que confunde a chefia do Estado com chefia do seu partido, exemplo de bons costumes democráticos? Não foi ele que deu vivas à Frelimo, mas foi ele que levou consigo àquele encontro as pessoas que o fizeram. Será que anda a escolher más companhias? Então que se afaste delas. Não será? “Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és”, reza um velho ditado.

O senhor Armando Emílio Guebuza não é um cidadão inculto. Se está realmente comprometido com a construção de uma Democracia em Moçambique, seria bom que nos demonstrasse com gestos criteriosos.
Quem não se dá ao respeito, não pode esperar que o tratem com a dignidade que é devida a um chefe do Estado.

O Presidente da República é um órgão do poder de Estado, instituído na Constituição da República, e, por isso, é um símbolo nacional. Goste-se ou não de quem exerce o cargo, nessas funções todo e qualquer cidadão tem o dever de respeitar essa figura. Mas que respeito se pode ter por quem exerce o cargo da mais alta magistratura de um país, quando esse alto dignitário permite que, na sua comitiva em funções de Estado, publicamente andem pessoas a dar vivas a um partido, promovendo com isso a discriminação dos demais moçambicanos que simplesmente queriam falar ou ouvir o Presidente do seu país?
As “presidências abertas” são do Estado ou são do partido Frelimo? Quem paga a conta? Se é o Estado, por que razão até os agnósticos da política têm de ouvir vivas a “A”, “B” ou “C”? Para os outros é a morte? Que Estado é este?


2 – Foi assassinado, esta segunda-feira, mais um alto quadro do Estado, desta vez das Alfândegas. Orlando José. Provou-se mais uma vez para onde o abandalhamento da governação nos está a levar.
Só é possível a insegurança estar a chegar ao ponto a que chegou, porque quem governa não o faz convenientemente.
É caso para se perguntar que respeito lhe poderão ter realmente – não apenas a fingir – os seus subordinados, quando há dúvidas sobre a isenção desse governante, relativamente a assuntos privados perante os quais esse mesmo dignitário de uma Nação é suposto aparecer como defensor dos interesses públicos e da legalidade, na qualidade de representante do Estado?
A promiscuidade entre o que é público e o que é privado está a levar o país para a catástrofe.

As autoridades andam a tratar de questões privadas, usando meios do Estado. Isso está claro para toda a gente. E há ajuda internacional a ser desviada do essencial, para fins esquisitos. Até que ponto é que já chegou a promiscuidade?
O crime está a crescer, e não vemos as autoridades a porem ordem no país, porque não têm tempo para isso.
Todos os dias ouvimos histórias que ilustram bem a promiscuidade entre funções de Estado e negócios privados.
Quem pode acreditar que haja quem honestamente tem vontade de combater o crime organizado, quando se ouvem todos os dias histórias que ilustram como se tem vindo a tecer a teia que está a destruir o Estado?
A morte de Orlando José não pode deixar a sociedade civil indiferente.
A sociedade civil tem de mostrar-se ao lado da família de quem deu a vida no combate à corrupção e à perversão.

O comportamento do Estado perante esta morte bárbara de um dos seus mais dignos servidores vai dar certamente para, pelo menos, se aferir até que ponto há de facto vontade política para se combater o crime organizado.
Será que o Governo não começa a ter de explicar ao país o que é isto?
E como poderá ser interpretado o silêncio absoluto do partido Frelimo, o partido que está no poder, sobre a onda de criminalidade que tem arrasado a ordem e tranquilidade públicas?
Cabe ao senhor ministro das Finanças vir dizer aos contribuintes e demais gente honesta de quem eram as viaturas de luxo que entraram no país sem pagar direitos. O que Orlando José foi impedido de dizer ao país, diga-nos o Governo. É chegado o momento de o Governo explicar ao país o que se está a passar.
Como é possível, coisas destas acontecerem sem que um único governante apareça a sossegar o país? Como é possível que estejam a morrer altos dirigentes das Forças de Defesa e Segurança sem que um único membro do Governo apareça a fazer um diagnóstico sério do que está por trás disto tudo?

Como é possível impunemente, da maneira como temos insistentemente visto, agentes do Estado serem mortos como coelhos dentro do território nacional?
A ganância pelo dinheiro é assim tanta, que o país se pode tornar um quintal ocupado pelo poder do crime organizado sem que o Governo consiga fazer algo para acabar com esta bandalheira?

(Canalmoz / Canal de Moçambique)
2010-04-29 07:11:00

Wednesday, 28 April 2010

A Opiniao de Isaac Biggio sobre as eleicoes britanicas

Cleggmanía



Este es el título de la portada del Standard, el Diario más popular de Londres. Ello refleja un fenómeno inédito en la reciente historia británica.

Todas las últimas elecciones generales británicas se han polarizado entre los conservadores y los laboristas. Todo parecía que ello volvería a producirse hasta que el jueves antepasado se produjo el primer debate televisivo de candidatos a gobierno en la historia del Reino Unido. Allí un outsider, Nick Clegg, el líder del liberalismo, se convirtió en el gran ganador.

En el siguiente debate televisivo del jueves pasado él supo torear las embestidas de sus rivales. El resultado de ello es que él ha desplazado por primera vez en más de dos tercios de siglos al laborismo al tercer lugar en una elección general.

La prensa nacionalista le acusa a Clegg de ser poco británico, pues tiene sangre holandesa y eslava y su esposa y 3 hijos son españoles, además de pedir una forma muy limitada de amnistía a casi un millón de indocumentados.

La fuerza de Clegg radica en que él promete acabar con el bipartidismo de dos partidos desgastados que se han alternado en el poder, en renovar el sistema electoral y en hacer un giro del presupuesto militar (retirándose de Iraq, pero no de Afganistán, y de eliminar los carísimos submarinos nucleares).

Para el primer ministro laborista Gordon Brown y para quien estaba seguro de que le iba a substituir en el cargo (el conservador David Cameron) la irrupción de Clegg les ha caído a su cara como un egg (huevo en inglés).

A ambos les ha privado de poder obtener una mayoría absoluta en el parlamento. Por primera vez este país podría tener un sistema tri-partidista y tener que pasar de la época de constantes gobiernos de un solo partido a iniciar una basada en coaliciones de dos partidos que superen no solo el 50% de los curules, sino también de los votos.

Los detractores de Clegg quieren reventarlo como un ‘egg’. Laboristas y conservadores le acusan de ser demasiado pro-EU, pro-amnistía a los irregulares, arriesgar la seguridad interna con una forma de desarme nuclear unilateral y no tener claros programas económicos. Sin embargo, todos ellos han quedado fritos como huevo tras que él les ha quitado la posibilidad de gobernar solos.

El partido de Clegg, que lleva como su color el de la yema de un huevo, se viene convirtiendo en el árbitro que decida quién será el nuevo gobierno.

A Opiniao de Isaac Bigio sobre as eleicoes britanicas!

ANALISIS GLOBAL

Columnas que examinan las principales notas de la coyuntura mundial por Isaac Bigio, articulista de varios diarios iberoamericanos.
28- Abril-2009

La paradoja Brown


Gordon Brown llegó a ser primer ministro británico sin que hubiese ganado una sola elección a nivel nacional ya sea en su partido o en su país. Esto es algo distinto a su predecesor Tony Blair quien primero ganó una elección interna para ser nominado líder del laborismo y luego encabezó a los ‘rojos’ a ganar 3 elecciones generales consecutivas.

Hoy, cuando Brown por primera vez lidera a los ‘rojos’ en una elección general, las encuestas pronostican que él hará que los laboristas pasen del primer al tercer lugar. Esto es algo que nunca había pasado desde que en la I postguerra mundial el laborismo se convirtió en uno de los dos partidos que tradicionalmente se alternaba en el poder con los conservadores.

Debido al sistema electoral inglés que no se basa en la representación proporcional es posible que Brown, pese a que quede detrás de sus dos rivales, acumule más escaños que sus oponentes.

La reina usualmente invita al líder del partido que saca más parlamentarios a que forme un gobierno. Si Brown saca la primera mayoría él debería ser el nominado. No obstante, Clegg, el líder liberal, ha dicho que él no podría participar de un gobierno dirigido por alguien quien haya quedado tercero en las urnas (algo inaudito en la historia nacional).

Esto podría conducir a un escenario impredecible. Los laboristas a fin de mantenerse en el poder podrían ‘sacrificar’ a Brown para remplazarlo con Johnson u otro de sus jerarcas e incluso hasta aceptar que Clegg sea el nuevo primer ministro. Ambas posibilidades tampoco tienen precedentes. Lo usual es que el nuevo primer ministro sea el líder del partido ganador y no alguien que no fue uno de los contrincantes (un posible substituto de Brown) o que haya quedado tercero en número de bancas (algo que, gracias al sistema electoral británico, ha de pasar con el liberalismo por más que salga segundo en las urnas).

A casi una semana de los comicios del 6 de Mayo Brown puede que ya no tenga posibilidades de salir primero, pero el solo hecho de quedar segundo le permitiría sobrevivir e, incluso, retener el premierato.

Todas esas contradictorias son propias de una de las democracias más antiguas que hay, pero también la que tiene las formas electorales más arcaicas.

Sunday, 25 April 2010

África Surge et Ambula

Dormes! e o mundo marcha, ó pátria do mistério.
Dormes! e o mundo rola, o mundo vai seguindo...
O progresso caminha ao alto de um hemisfério
E tu dormes no outro o sono teu infindo...
A selva faz de ti sinistro eremitério
Onde sozinha à noite, a fera anda rugindo...
Lança-te o Tempo ao rosto estranho vitupério
E tu, ao Tempo alheia, ó África, dormindo...
Desperta! Já no alto adejam negros corvos
Ansiosos de cair e de beber aos sorvos
Teu sangue ainda quente em carne de sonânbula.
Desperta! O teu dormir já foi mais que terreno
Ouve a voz do Progresso, este outro nazareno
Que a mão te estende e diz: África, surge et ambula!

Rui de Noronha

Discovering a 'lost forest'

Mount Mabu, in northern Mozambique, is a vast forest untouched by the modern world.

Scientists from London's Royal Botanic Gardens came across it after looking at satellite images on Google Earth.

Intrigued, they set off on what they believe is the first expedition. Once there, they discovered what are thought to be some new species.

The expedition leader was Jonathan Timberlake.

Falando da Expedicao sobre o Zambezi do Dr. Livingstone

Talking about The Zambesi Expedition - Google Books
Ontem jantei em casa de um amigo americano amigo de Mocambique! alias ele viveu em Mocambique e ajudou-nos bastante na concepcao das nossas estrategias de re-construcao do pos-guerra.

E a conversa acabou girando, como nao deixaria de ser a volta de Mocambique! Falei-lhe dos meus sonhos e ele dos seus, da sua ligacao a Africa, e naturalmente do amor que tem por Mocambique! E acabamos descobrindo uma paixao comum- os mapas! Na sua residencia o meu amigo tem varios mapas de Africa! Perdemo-nos em varios deles! Os mapas sao tao detalhados, quer em termos geograficos como geologicos! Mas essa nao foi a unica surpresa: ele tenha duas obras primas sobre o Zambese, incluindo a legendaria obra de Livingstone (Ex-Consul Britanico em Quelimane) e uma outra que nao conhecia de Daniel Rankin, The Zambesi Basin and Nyasaland, 1893! Nao conseguia tirar meus olhos daqueles mapas e muito menos de sair daquela casa ate que a esposa se apercebeu e prometeu enviar alguns scans dos mapas! E esta manha ao acordar o meu amigo surprendeu-me! Encontrei um email dele com links sobre as duas obras. E para vosso deleite, aqui vao, usufruam:


For David Livingstone, Expedition to the Zambezi, 1865 --

http://books.google.com/books?id=Um5F4oOmCucC&printsec=frontcover&dq=david+livingstone+"expedition+to+the+zambezi"&source=gbs_book_other_versions#v=onepage&q&f=false

For Daniel Rankin, The Zambezi Basin and Nyassaland, 1893 --

http://books.google.com/books?id=afETAAAAIAAJ&printsec=frontcover&dq=daniel+rankin+zambesi+basin&source=bl&ots=RfXsJEedQ-&sig=1XfsuKCGJCJCss8PN9UNe-eiulM&hl=en&ei=MinUS_y0NJT-9ASGibzGDw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CAsQ6AEwAA#v=onepage&q&f=false

White House! Casa Branca, simbolo do poder americano.

A Grande Muralha da China! Simbolo do poder da China!

Friday, 23 April 2010

Debate sobre: “IDENTIFICAÇÃO CIVIL E CIDADANIA EM MOÇAMBIQUE: O PAPEL DO ESTADO”

PROGRAMA

HORAS ACTIVIDADE INTERVINIENTE

15.30h ------ Chegada e registo dos participantes - Protocolo

15.45h-15.55h - Boas vindas e Problematização - Paulo Muxanga (CEMO)

15.55h-16.20h -Apresentação do Tema - José Manuel Caldeira (Jurista)

16.20h-16.50h - Comentários

Painel Principal

João C. Colaço (Sociólogo)
Salomão Moyana (Jornalista) - TBC
Janete Assulai (Jurista)

16.50h-17.30h - Comentários da Plateia/Convidados

18.00h -Considerações Finais e Agradecimentos------Paulo Muxanga (CEMO)

Mais detalhes em cemo-mozambique.org

Debate sobre: “IDENTIFICAÇÃO CIVIL E CIDADANIA EM MOÇAMBIQUE: O PAPEL DO ESTADO”



COMUNICADO DE IMPRENSA

O Centro de Estudos Moçambicanos e Internacionais (CEMO) organiza um debate público, sob o tema “IDENTIFICAÇÃO CIVIL E CIDADANIA EM MOÇAMBIQUE: O PAPEL DO ESTADO”. No dia 27 de Abril de 2010, Terça-feira, pelas 15.30h, no Anfiteatro d’A Politécnica, sita na Av. Paulo Samuel Kankhomba 1011, com o objectivo discutir o papel que o Estado deve desempenhar na garantia da concretização da cidadania dos seus nacionais, tanto dentro, como fora de suas fronteiras, bem como reflectir sobre o significado e impacto da concessão da emissão, a privados, do Bilhete de IdentidadeI e do Passaporte. O debate terá como orador, o Jurista José Manuel Caldeira, tendo como comentadores, João Colaço (Sociólogo), Salomão Moyana (Jornalista) - TBC e Janete Assulai (Jurista).

O Governo de Moçambique decidiu introduzir, seguindo tendência internacional e regional, um novo formato (biométrico) do Bilhetes de Identidade (BI) e do Passaporte, através do Decreto-lei 58/2008, de 30 de Dezembro. A execução desta medida implicou a transferência (concessão) das competências do Estado, de emissão destes documentos, para privados. O argumento é de que se pretende conferir, ao processo de emissão dos documentos em causa, maior eficiência e eficácia. Contudo, disto resultam diversas questões que continuam por esclarecer. De entre elas, está o facto de a concessão ter transformado, documentos essenciais, como o BI e o Passaporte, em produto mercadológico de elevado valor económico, que apenas uma minoria insignificante de moçambicanos terá capacidade financeira que suporte os custos de sua aquisição. Ao proceder desta forma, o governo moçambicano exonerou o Estado das suas obrigações constitucionais (políticas e sociais) de garantir cidadania aos seus nacionais, remetendo o País para a idade média, onde havia cidadãos (aqueles que podem pagar pela sua identidade) e os não-cidadãos (os que não podem pagar pela sua identidade).
Não se recusa a necessidade de melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo Estado ao cidadão, mesmo que isso passe pela sua concessão a terceiros, no entanto, em nenhumas circunstâncias, tal deverá implicar a isenção do Estado das suas obrigações políticas e sociais, em prejuízo do cidadão. O governo moçambicano, ao permitir que o BI passe a custar 180,00MT e o Passaporte 3.000,00MT, denega, a muitos moçambicanos, de forma inequívoca, o acesso a cidadania. Por exemplo, Moçambique está inserido numa zona de integração regional (SADC) que tem procurado promover um maior contacto entre os seus povos, através da supressão de vistos, continuando, no entanto, o Passaporte a ter sua validade e pertinência para o dia-a-dia da população. Nisto, importa realçar que existem milhares de Moçambicanos espalhados pelos Países da região, como África do Sul, Namíbia, Suazilândia, Botswana, Lesoto, Zimbabwe, Zâmbia, Tanzânia, Malawi, etc., cujo contacto, entre si, só pode ocorrer com recurso ao Passaporte. Entretanto, o custo de aquisição deste Passaporte pode afectar negativamente o direito de livre circulação dos moçambicanos na SADC, ao mesmo tempo que elitiza um direito fundamental.
Maputo, aos 21 de Abril de 2010

2008 foi “ano negro” para os direitos humanos em Moçambique

Maputo (Canalmoz) – O assassinato de quinze cidadãos por agentes da Polícia da República de Moçambique, em 2008, actuação essa que é definida como “execuções sumárias”, faz deste ano um “ano negro” para a história dos direitos humanos no país. Esta é a interpretação da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos (LDH), que ontem apresentou o seu relatório anual sobre os Direitos Humanos em Moçambique, referente ao ano 2008.
Luís Bitone Nahe, um dos directores da publicação anual da Liga, disse, momentos depois de apresentar o relatório ao público, que estes dados são preocupantes para um Estado de Direito que se rege pelo respeito dos direitos fundamentais dos cidadãos. E lembrou que o direito à vida é o mais sagrado direito reconhecido aos seres humanos.
Luís Nahe anunciou que, no ano de 2007, a Liga registou entre três a cinco casos de execuções sumárias, dados que dispararam no ano seguinte, em 2008, atingindo 15 casos de cidadãos mortos pela Polícia.
Apesar deste “cenário negro”, o representante da organização presidida por Alice Mabota diz que ficou relativamente satisfeito com a resposta dada pelas instituições da Justiça e pelo Governo, face à matança executada pela Polícia.
“Há esta nota positiva de que os tribunais conseguiram julgar e condenar alguns responsáveis pelas execuções sumárias”. E pela parte do Governo, houve esta liberdade de entregar os agentes culpados à Justiça. O que havia antes era uma total impunidade e até a tentativa de defender os agentes responsáveis pelos assassinatos”, disse Nahe.

Outras áreas abordadas no relatório

O relatório da Liga aborda cinco áreas diferentes. Para além das “execuções sumárias”, avalia o acesso dos cidadãos à Justiça, Alimentação, Saúde e Educação.
Em todas estas áreas, a Liga diz que houve sinais de melhorias, mas que as “metas planificadas não foram atingidas”.
No que diz respeito ao acesso à Justiça, a Liga aponta o Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica (IPAJ) como um exemplo do esforço do Estado em garantir o acesso à Justiça pelos cidadãos, mas surge um obstáculo que é a ocorrência de cobranças ilícitas praticadas pelos membros do IPAJ aos cidadãos a quem assistem juridicamente.
“O director do IPAJ reconhece esta situação, tendo adiantado que a solução para este problema passa necessariamente pelo pagamento de salários condignos aos assistentes e técnicos jurídicos do IPAJ”, lê-se no relatório.
As custas judiciais enfrentadas pelos cidadãos que recorrem aos tribunais em busca da Justiça, constituem outro obstáculo.
“Apesar de o Código das Custas Judiciais prever isenção de pagamento de custas e taxas para cidadãos que provem ser realmente pobres, o problema é que este mecanismo ainda não é muito transparente, porquanto cidadãos há que, apesar de ostentarem certidão de pobreza, não beneficiam da tal isenção”, refere a Liga, no seu relatório.
A Liga fala também da morosidade processual existente na Justiça moçambicana.

Ministra da Justiça reconhece

A Ministra da Justiça, Benvinda Levy, que foi o membro do Governo que esteve presente neste acto, reconheceu os dados apresentados no relatório da Liga, e diz que é tarefa de todos os moçambicanos trabalharem para alterar este quadro.

Vem aí outro relatório

Questionado sobre o actual estágio dos direitos humanos no País, já que o relatório apresentado reporta acontecimentos de 2008, Luís Nahe disse que houve “melhorias e retrocessos”. Para mais pormenores, o representante da Liga mandou-nos aguardar pelo relatório de 2009, que será publicado “já no segundo semestre deste ano”.

(Borges Nhamirre)

MDM FORMA BANCADA NA ASSEMBLEIA DA REPUBLICA

Renamo vota contra
Constituída bancada do MDM

Maputo (Canalmoz) – Os oito deputados do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) já estão, desde ontem, constituídos em bancada na Assembleia da República (AR), o que lhes confere a possibilidade de integrarem as comissões de trabalho parlamentares. A Assembleia da República aprovou, nesta quarta-feira, a revogação do número 2 do artigo 39 do seu regimento, que fixava em 11 o número mínimo de deputados que um partido ou coligação de partidos devia ter para constituir bancada parlamentar.

A proposta foi aprovada pelo voto maioritário da Frelimo. A Renamo votou contra a proposta, alegando inconstitucionalidade.
A AR alterou igualmente o número 1 do artigo 48, para que as comissões parlamentares sejam constituídas por um mínimo de cinco e um máximo de 17 deputados, observando-se o princípio da representatividade parlamentar.


É uma inconstitucionalidade

A Renamo não concorda com a alteração do número 1 do artigo 48, porque, conforme argumenta, somente permitirá à Frelimo aumentar mais um deputado nas comissões, daí que havia sugerido que o limite fosse para além dos 17 deputados por comissão.
A alteração acomoda os deputados do MDM mas não acrescenta lugares para os deputados da Renamo nas comissões.
Reagindo à situação, o deputado da Renamo, Manuel Pereira, disse que “ao proceder deste modo, estamos perante uma inconstitucionalidade, porque a Lei Fundamental manda, no seu artigo 34, tratar de forma igual o que é igual”.
Aquele parlamentar da Renamo, que nas últimas eleições autárquicas na Beira, concorrendo pela Renamo, foi derrotado pelo engenheiro Daviz Simango, que posteriormente viria a ascender à presidência do MDM entretanto criado, acrescentou que, “se aumentar o número de deputados nas comissões, esse aumento deve abranger todas as bancadas, segundo o princípio da proporcionalidade”. “Assim sendo”, acrescentou o deputado do partido liderado por Afonso Dhlakama, “à Renamo está a ser negado o direito de integrar mais um deputado nas comissões”.


Respeitámos a Constituição

Por seu turno, o partido Frelimo, na pessoa do deputado Alcido Ngwenha, disse que “não há nenhuma inconstitucionalidade”. “Pelo contrário, agindo daquela maneira pretende-se respeitar estritamente a Constituição, pois os requisitos, na actual composição da AR, não permitem garantir a todas forças politicas o exercício da prerrogativa prevista no número 1 do artigo 196 da Constituição, bem como a plena observância do princípio da representatividade parlamentar na constituição das comissões de trabalho”, acrescentou.
Nguenha explicou ainda que o Regimento da AR é uma lei ordinária, feita pela própria AR, e reflecte a vontade do órgão, devendo adequar-se à realidade actual. “É uma questão constitucional, e não só de vontade política. Portanto, está-se respeitar a lei”, defendeu.
Em relação à proposta da Renamo, aquele parlamentar disse que não se podia aumentar para além de 17 deputados em cada comissão, devido a questões orçamentais, porque, para esta revisão ter lugar, há um enquadramento orçamental que se deve ter em conta.

(Matias Guente)

Wednesday, 21 April 2010

A Opiniao de Adelino Buque

Contradições do Dr. Sérgio Vieira

Reflexão de: Adelino Buque
Muito obrigado, caro coronel, escritor e intelectual moçambicano, Dr. Sérgio Vieira, pelo seu mais recente livro publicado a 10 de Março do corrente ano, com o título “Participei, Por Isso Testemunho”. Trata-se de um contributo que o senhor faz para um melhor conhecimento da nossa história, que, quanto a mim, tem sido muito maltratada por interesses hostis ao povo moçambicano e por aqueles que nunca aceitaram de forma aberta a sua liberdade e a auto-determinação.
Como em tudo, existem reparos a fazer no livro do Dr. Sérgio Vieira, sobre o seu posicionamento em relação à recente situação geopolítica da região austral, caracterizada por um regime minoritário de Ian Smith, na antiga Rodésia do Sul, e pelo regime do “apartheid”, na África do Sul. O que pretendo escrever aqui e agora não retira, de forma alguma, a admiração que tenho pelo livro que, segundo a Imprensa nacional, já esgotou no mercado. Isto revela o quão constitui um grande contributo para todas as camadas sociais da nossa pátria, desde o simples cidadão, aos estudantes dos ensinos médio e superior, políticos e académicos com interesse na nossa história.

Notei, nesta obra, alguma contradição no posicionamento pessoal do Sr. Sérgio Vieira em relação àquilo que deve caracterizar os moçambicanos nas relações com os inimigos de ontem. Contudo, no seu livro encontramos vezes sem conta uma apreciação de carinho e de respeito por alguns agentes do regime minoritário de Ian Smith e do regime do “apartheid”. Para o Sérgio, a posição é uma, mas à sociedade no geral recomenda outra. Este é, quanto a mim, o primeiro aspecto a notar neste livro. Para ilustrar o que digo, vamos aos factos: na página 456, no 3º parágrafo, pode se ler o seguinte:
“A propósito do assassinato de Ruth First, em Abril de 1982, quando a sós pescávamos na Baía de Maputo, afirmou-me em 1984 de que se tratava, referindo-se ao caso, de mais uma burrice (blunder) desses tipos. Nunca os meus serviços cometeriam esse tipo de asneira”. A pessoa que se encontrava a pescar com o Sérgio Vieira é nada mais nada menos que o General Ian Cotzee, na altura comandante da Polícia Sul-Africana.
Reporta-se ao período do auge do regime segregacionista do “apartheid”. Pelo relato depreende-se facilmente que Sérgio Vieira mantinha uma relação de amizade com um dos braços de opressão do sistema de Pieter W. Botha. Outro segredo que nos revela nesta conversa a sós e a pescar na Baía de Maputo é a de que a Força Aérea Real Britânica teria feito uma ponte aérea para a transferência da RENAMO sob direcção do Orlando Cristina da tutela rodesiana para a sulafricana.
Nada mau!
Relativamente à Rodésia de Ian Smith pode se ler o seguinte, na página 440, 2º parágrafo: “Com Ken Flower estabeleci uma relação muito amistosa e algumas vezes o visitei e à sua esposa na sua residência, num alto, donde se via a nossa fronteira”. Infelizmente, neste caso não especifica em que momento o visitou, mas pode se ler que as visitas eram recíprocas. Trata-se de alguém que sustentou o regime da minoria do Smith. No entanto, veja o que sente o Sérgio Vieira em relação aos seus concidadãos. Passo a citar, página 466, 6º parágrafo:
“Repugna-me que alguns compatriotas entrem em negócios com uma escória que merece o máximo de ostracismo. Esses refugos do apartheid infestam hoje as empresas privadas de segurança, inclusive em Moçambique”. Esta é quanto a mim a grande contradição que encontrei no livro “Participei, Por Isso Testemunho”. O Senhor Sérgio Vieira recomenda uma coisa e ele na prática faz outra. Talvez valendo-se do princípio de que “faça o que eu digo e não o que eu faço”. Espero ter citado correctamente. Aliado a esta contradição, numa das passagens do livro aconselha a que não se procure a nível interno as causas do acidente de Mbuzine, que assumamos que tenha sido obra exclusiva do regime segregacionista da África do Sul. A questão que coloca é: as promiscuidades entre os agentes desses regimes com o nosso compatriota Sérgio Vieira como se explicam!? Não pretendo, de forma alguma, levantar fantasmas. Estou a fazer observações da contradição que encontrei ao ler o livro “Participei, Por Isso Testemunho”, do Dr. Sérgio Vieira.
Espero abordar outros assuntos que encontrei na próxima reflexão.
CORREIO DA MANHÃ – 19.04.2010

Tuesday, 20 April 2010

ANGOLA: Executivo formado por primos, cunhados, e esposas de amigos

Londres - Um levantamento de dados da conta que foram nomeados como membros do novo governo, cunhados, primos, e irmãos e esposas de amigos de altas figuras do MPLA. foram identificados mais de 11 governantes que estão nesta categoria dentre os quais três dirigentes próximos a família do Presidente, José Eduardo dos Santos (JES). Não se esta em condição de se confirmar se essas promoções representam sinal de nepotismo ou de competência dos mesmos.

O Ministro das Finanças, Carlos Alberto Lopes é esposo de uma irmã da primeira dama, Ana Paula dos Santos. Já o Ministro da Defesa Nacional, Cândido Pereira dos Santos Van-Dúnem é apresentado como primo do PR. Um outro elemento próximo a família presidencial é o Vice-Ministro do Ordenamento do Território, Manuel Francisco da Silva Clemente Jr que esta casado com uma sobrinha de JES que é filha de Marta dos Santos. Clemente Jr esteve antes a trabalhar no Gabinete de Obras especiais com o general Kopelipa.

No gabinete de JES acaba de ser nomeada uma Secretária para os Assuntos Sociais, Rosa Escórcio Pacavira de Matos que é apresentada como sobrinha do esposo de Marta dos Santos, irmã de JES. O tio de Rosa Pacavira Matos é no meio da família presidencial tratado por “Ti Pacas”.

O Vice-Presidente do MPLA, Roberto de Almeida, também não fica atrás. Tem no governo, um sobrinho, Adão Correia de Almeida colocado como Vice-Ministro para os Assuntos Institucionais e Eleitorais. O Ex-Secretario Geral dos “Camaradas” e vice presidente da Assembléia Nacional, João Lourenço tem a sua esposa, Ana Afonso Dias Lourenço como Ministra do Planeamento.

O Membro do Bureau Político do MPLA, general Antonio “Ndalu” esta familiarmente conotado no governo com Maria de Fátima Monteiro Jardim que é irmã da sua esposa. Outro general influente do regime com parentes no executivo é o Ministro de Estado, Manuel Vieira dias “Kopelipa”, que esta familiarmente ligado ao Ministro da Saúde, José Vieira Dias Van-Dúnem e o recém nomeado, secretário para os Assuntos Locais do Presidente da República, André Rodrigues Mingas Júnior.

Nito Teixeira, o director do Gabinete de JES na sede do MPLA tem, no governo, a sua esposa a exercer o cargo de Ministra do Ensino Superior e Ciência e Tecnologia, a acadêmica Maria de Cândida Pereira Teixeira. Esta por sua vez é irmã gêmea da governadora da Lunda sul, Cândida Narciso cujo esposo é o administrador municipal do Cazenga, Tany Narciso.

O recém nomeado Director de Gabinete de Quadros dos presidência, Aldemiro Vaz da Conceição é irmão do deputado do MPLA, Gustavo da Conceição. Ambos tem um outro irmão, o adido de defesa na embaixada angolana em Portugal, Fernando Vaz da Conceição "Mussolo".

Ainda no gabinete presidencial, o recém nomeado Secretário para os Assuntos Diplomáticos e de Cooperação do Presidente da República, Carlos Alberto Fonseca é irmão do embaixador angolano na Singapura, Flávio Fonseca.

Agostinho Fernandes Nelumba, o Vice-Ministro da defesa para a Administração e Finanças, é irmão do membro do comitê central, José Nelumba, que é esposo de Carolina Cerqueira, a nova “patroa” da comunicação social. Ambos Agostinho e José são irmãos do ex-PCA, da ENE, Eduardo Nelumba que também faz parte do CC. Estão ligados a vice-presidente da FESA, Maria Nelumba (Esposa de Eduardo Nelumba, a mesma é igualmente alta funcionaria do Ministério das pescas).

Archer de Sousa Mangueira, o vice ministro do Comércio , é familiar do embaixador angolano no Dubai Rui Mangueira e do antigo director executivo do COCAN 2010, Antonio Mangueira. Outro vice Ministro com familiar no partido no poder é o das relações exterior para a Administração e Finanças. O mesmo é primo da deputada do MPLA, Ângela Bragança. O vice dos petróleos para a Administração, José Gualter dos Remédios Inocêncio é irmão paterno de Aldina da Lomba, a Secretaria provincial da Reinserção social em Cabinda e igualmente membro do Comitê Central do MPLA.

Por sua vez, há dois “manos”, a integrarem o governo, o Vice-Ministro das Tecnologias de Informação, Pedro Sebastião Teta e o Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, João Sebastião Teta. Fonte: Club-k.net

Monday, 19 April 2010

O POVO ESTÁ ÁVIDO DA VERDADEIRA JUSTIÇA

-Afirma Tomé Makwelia, arcebispo de Nampula, na graduação de mais 274 estudantes da UCM

O arcebispo de Nampula, D. Tomé Makweliha, exortou com veemência, particularmente aos
estudantes graduados em Direito, para que não iludam e desiludam ao povo moçambicano no desempenho das suas funções, como juízes e advogados, por forma a que tragam a verdadeira justiça para o nosso país, onde, na sua percepção, ela ainda faz muita falta. O prelado fez esta exortação na cerimónia de graduação de 274 estudantes em
diversos cursos ministrados pelas Faculdades de Direito, Educação e Comunicação da Universidade Católica de Moçambique, em Nampula, acontecida sábado passado na capital
provincial.
Este que terá sido, segundo analistas locais, um dos discursos mais contundentes e muito comentado da história das graduações naquele estabelecimento de ensino superior
privado, nesta região do país, Mkweliha salientou que o povo moçambicano está cansado de ser usado como instrumento, de ser humilhado, iludido e desiludido, por
falta da verdadeira justiça.
Para Makweliha, o povo de
Moçambique tem direito à priorizaçao. É por isso que é igualmente necessário que
os novos graduados em Direito saibam defender os direitos desta grande nação e dos seus cidadãos, defender a verdadeira justiça, custe o que custar, a justiça para todos e sobretudo para os pobres.

Deveis saber e sabeis de certeza, que há muita expectativa do vosso povo a vosso respeito, expectativa que não tendes direito de desiludir. Na área da justiça bem sabeis como hoje ela está e o seu exercício no nosso país. O povo espera que sejais juízes e advogados, a engrossar a soma de tantos que o país tem, mas preocupados com o soldo e despreocupados com a justiça a que o povo tem direito. Deus queira que não
venham a ser advogados e juízes lobos. Juízes e advogados piratas, anotou.
Makweliha acrescentou, dizendo que até quando continuaremos dependentes de poder estranho, até quando continuaremos sendo humilhados. Vós fostes preparados
para para que este país conheça dias de melhorias, para que o cidadão deste
país se sinta orgulhoso de ser moçambicano. Para que cada cidadão viva de cabeça erguida e tenha um futuro de esperança.
Em relação aos graduados doutros cursos, como por exemplo da Educação e Comunicação, o arcebispo da Arquidiocese de Nampula disse que os problemas existentes nestes sectores são do conhecimento de todos, daí que os novos quadros devem ser capazes de
enfrentá-los, dando, desta forma, seu contributo na sua resolução, em prol do
desenvolvimento. Aliás, eles deverão lutar para a melhoria do sistema escolar, em
que uma criança possa saber ler e escrever desde o primeiro ano da sua escolarização.
Num outro desenvolvimento Makweliha salientou a necessidade de a Universidade Católica de Moçambique continuar a ser referência no nosso país, no capítulo referente à formação de quadros de qualidade para o mercado de emprego cada vez mais exigente.
Por seu turno, o governador da província de Nampula, Felismino Tocoli, referiu que ter formação universitária deve significar obediência e consciência às obrigações, uma mudança de atitude, aceitando as mudanças que se nos impõem, respeitando os outros, aos mais novos, aos mais velhos, aos nossos país e aos demais familiares.
Formação superior deve significar, também, identificar- se através do respeito à nossa cultura, às nossas tradições e, enfim, à nossa moçabicanidade. Deve, igualmente, significar a responsabilidade perante o Estado que investiu naqueles que nos transmitiram os conhecimentos e perante todos que directa ou indirectamente contribuíram para que conseguíssemos chegarmos até aqui, frisou.
Do total dos estudantes graduados, 111 são bacharéis, 105 licenciados e 3 mestres, em Ciências de Educação, Comunicação, Serviço Social, Comunicação Social, Relações Públicas e Comunicação Estratégica, Educação Social, Educação de Adultos, Direcção e
Gestão Educacional e Direito. Wf

UNIVERSIDADE LÚRIO

Solicitação de Doação de Computadores em Estado Inoperacional

A Universidade Lúrio vem por este meio solicitar as instituições ou particulares interessados, a doar computadores, que estejam em estado inoperacional.
Esta solicitação surge da nessecidade do Centro de Informática da Universidade Lúrio (CIUL), possuir computadores avariados para equipar o seu Laboratório de Hardware, a ser utilizado para efeitos de formação.
O número de computadores a doar pode ser acertado em coordenação com o CIUL, uma vez que só são necessários 20 computadores no máximo, nestas condições.
Na esperança de que esta solicitação merecerá de V. Excia a devida atenção, endereçamos nossos agradecimentos.
Contactos:
Centro de Informaática- 26218253/ 26216986 ou 823031945
Gabinete de Cooperacação e Relacções Públicas- 26218365/ 26216779 ou 823031923

Banda larga das TDM ficou curta

· Quelimane sem sistema de comunicação, não há emissão de voz nos telefones móveis,
no caso particular do “amarelinho” e tudo funciona na base de “sms” até dá para dizer: “Tá-se mal”
Quelimane (DZ) -Foi de repente que tudo parou. Os que usam telefones celulares,
começaram a ver as suas chamadas a caírem. Uns até pensando que não tem saldo
suficiente para efectuar chamadas, mas quando tentavam recarregar, também
não conseguiam. O problema foi se arrastando e depois dai, vimos também que as agencias bancárias deixam de pagar quer na boca das caixas assim como nas maquinas
automáticas, vulgos “ATMs”.
Era notório ver mensagens destas nas máquinas dos diversos bancos existentes na
cidade de Quelimane: “Desculpem-nos, neste momento, o ATM está fora de
serviço”. Noutros bancos ainda conseguimos ver palavras simples como estas:
“ATM está fora de serviço, tente mais tarde”. Mas tarde, mas tarde, até anoitecer e
nunca mais. Diga-se, até a hora que o jornal fechou.
Aceder uma simples página na internet foi difícil, mesmo usando o sistema da banda-larga das telecomunicações de Moçambique (TDM). Já a chamada internet
móvel da empresa Moçambique Celulares, pior.
A nossa reportagem tentou sem sucesso ouvir as entidades que velam pela área das comunicações ao nível do governo da Zambézia, neste caso a direcção provincial dos
Transportes e Comunicações, mas não foi possível.
Mas uma fonte próxima da TDM em Quelimane, disse nos que o problema prende-se com o sistema da banda-larga que teve algumas perturbações. Sem avançar detalhes
de ate quando tudo estará resolvido, tendo dito apenas que neste momento há técnicos no terreno para resolver.

Muitos cidadãos que usam os serviços de internet, telefones móveis e clientes dos bancos ficaram horas nas bichas, longas que são, a espera que o sinal
fosse restabelecido a qualquer momento. Mas esta espera foi em vão, porque quando chegou a hora normal do fecho das agências, os clientes tiveram que se retirar.
Outros utentes de televisão, ficaram privados de terem informação equilibrada, porque
uma dos estacões televisivas que transmite o seu sinal através da fibra-óptica da TDM, ficou off.
E no fim do mês, a factura para pagamento da internet é a mesma…………………………DZ

A Opiniao de Arrone Fijamo!

Fijamo said...
Distinto MA,

Agradecia a publicacao no seu/nosso blog desta singela homenagem aos ardinas (...)

O Ardina,

O ardina é um vendedor de jornais de rua que apregoando a notícia chama a atenção do potencial cliente. Figura muito retratada por artistas e muito popular pela sua exposição pública, a sua origem perde-se nos tempos e remete-nos à "notícia" que corria de boca em boca. O ardina difere do actual distribuidor de jornais gratuitos.

Preteridos pelo aparecimento de quiosques e outros meios de distribuição, já raramente se encontram ardinas pelas ruas de Quelimane, contrariamente as cidades de Maputo e Beira onde a tradição prevalece.

Aquele rapazinho que todas as manhãs, ao fim da tarde, anda a vender jornais por entre carros que estão quase a parar, que estão quase a arrancar, na faixa central da Avenida, não repara que a morte lhe passa tangentes Constantes. É decerto um rapazinho que ainda não conhece nada da morte, nem mesmo quer saber se ela existe.

Estes que apregoam a manchete do dia, e a informação fonte do seu sustento.

E lá vai o ardina, levando muitas vezes jornais cujo conteúdo não teve tempo de ver, isso, se é que o entenderia.

Em média os ardinas são jovens dos 15 aos 25 anos de idade (alguns chefes de família)! Ostentam um ofício dignificante embora pouco ou nada gratificante.

Entre estradas e cruzamentos, os jornais da manhã ajudam o tempo a passar, informando todos aqueles das novidades que circulam pelas principais vias entre outras.

A pouco e pouco a disposição matutina assenta nas mentes de quem se complementa com os sentimentos que flutuam no universo comum da circulação.

Em algumas esquinas mais frequentadas, os ardinas habituais espalham as notícias principais enquanto distribuem jornais aos transeuntes que hipnoticamente circulam em direcção ao seu universo laboral.

Assim é a vida matutina, e a de quem distribui a informação ser apenas isso... Distribuir sem usufruir!

Fraterno abraço à classe (...)

Fijamo

TAXATION DEBATE STUDENT' S FOR LIBERTY

http://studentsforliberty.org/news/president-of-wm-sfl-on-kudlow/

A Opinião de Noé Nhantumbo

Ainda sobre o Orçamento Geral do Estado

Clarificaram-se posições e agendas

Beira (Canalmoz) - É evidente e já está claro para todos que o Orçamento Geral do Estado vai ser aquilo que a liderança da Frelimo e os seus deputados na Assembleia da República querem. Qualquer tentativa de conferir àquele documento alguma legitimidade e substância que o faça reflectir os anseios do povo estão condenados ao fracasso, devido à ditadura do voto que vigora no parlamento moçambicano. Decerto que, se os deputados pudessem votar em consciência e não em obediência de orientações ou instruções, teríamos um OGE bem diferente.
As questões colocadas pelos deputados da oposição em geral vão ser ignoradas e vamos ver os deputados do partido no poder impondo o seu ponto de vista, se é que tal é o caso.
Aquilo que se viu e se ouviu sobre os discursos de alguns deputados da Frelimo leva facilmente a concluir que muitos deles e “muitas delas” estão decididamente dispostos a desempenhar um papel de seguidores disciplinados da palavra de ordem do seu partido. Se já era hábito ver deputados carimbarem como bom o desempenho do Governo, agora temos a tentativa de os mesmos mostrarem a sua obediência e servilismo, ao optarem por uma autêntica campanha de elogios à liderança. Em vez de se pronunciarem com lógica sobre o tema em discussão, vemos deputados pagos com os nossos impostos a gastarem o tempo produzindo elogios ao mais puro estilo estalinista ou maoísta. Guebuza deve estar farto da náusea de um tanto elogio. Cada deputado “camarada” que se levanta tem de, em primeiro lugar, tecer rasgados elogios ao chefe, num procedimento que tem a cor e a substância do culto à personalidade do chefe. Tanto elogio e “lambebotismo” já cheira que tresanda. É um esforço vil e de resultados embrutecedores o que se vê e se escuta os “deputados camaradas” fazendo. Não há objectivamente necessidade de tanta escova ao chefe. Compreende-se que a manutenção no lugar de deputado dependa em certa medida de obediência e disciplina em relação às instruções partidárias, mas sinceramente que julgamos exagerado tecer tantos elogios ao chefe.
Ser-se deputado é mais do que tomar a palavra para falar bem das realizações do chefe. Ser-se deputado requer, antes de tudo, uma capacidade de reflectir sobre os assuntos em discussão, capacidade de estudar com rigor os dossiers, escutar a voz dos cidadãos dos seus círculos eleitorais e tentar, em consonância com os outros deputados, trazer para a assembleia assuntos com significado de importância para a vida dos moçambicanos.
Pelo que se tornou evidente, da análise dos documentos em discussão, sobre o OGE nada mais se pode dizer senão que estamos em presença de um OGE que reflecte agendas conflituosas com o discurso oferecido aos cidadãos. Os governantes estão decididos a levar avante uma agenda que está centrada na concretização de objectivos que não correspondem exactamente aos os interesses dos cidadãos. Presidente e ex-presidentes, sector de defesa e segurança apresentam-se como os campos que merecem primazia orçamental, em detrimento de outras áreas que têm maior impacto para a vida dos cidadãos. Mostra-se uma super preocupação em satisfazer chefias e garantir que as coisas aconteçam de maneira rápida e célere para os chefes. A sua segurança é mais importante do que a fome dos cidadãos.
Se alguém ainda tinha dúvidas quanto à natureza e objectivos estratégicos do Governo, agora possui elementos suficientes para proceder a uma análise fundamentada.
Mesmo com uma massa crítica de conselheiros nacionais e estrangeiros, continua-se a não ter uma capacidade de influenciar as acções do Governo, de modo a que este seja mais efectivo e coerente.
É uma atitude de “mamar na porca enquanto esta dorme”. Entendem-se os constrangimentos colocados ao Governo, devido à dependência real que existe em relação a fundos externos para sustentar o OGE. É exactamente por isso que se julgava que os documentos submetidos ao parlamento seriam modestos e coerentes com o tal manifesto eleitoral propalado aos “quatro ventos”.
E, quando do parlamento se tem unicamente uma maioria que carimba sem questionar a razão de ser certos números, estão abertas as portas para um despotismo que lesa o país.
Parece que os doadores, que se negavam a apoiar o OGE devido a razões fundamentalmente políticas, vão ver os fundos que se dispõem a colocar em Moçambique mais uma vez utilizados para agendas obscuras.
As corridas de helicóptero em visitas de presidência aberta, em que o PR substitui ministros e governadores, vão continuar.
Pelos vistos e por tudo o que os actuais factos mostram, vamos continuar a ver o PR a inspeccionar a utilização dos tais “7 milhões” e a exigir o seu pagamento...
Até porque grande parte do “bolo” deste OGE se destina à Presidência...
Não se deve esquecer que o próprio PR já disse que, para governar, tem de gastar...
A austeridade vai continuar a ser uma palavra objectivamente ignorada com todas as consequências que isso tem. Os “camaradas” sabem que, basta quererem, que os créditos aparecem, sem preocupação de ter que amortizá-los.

(Noé Nhantumbo)

Um caso dentre muitos! Quem poem o guiso ao gato?

Um ditador chamado Fábrica http://bit.ly/9dEWrB

Sunday, 18 April 2010

Mocuba debaixo da cólera

· Já há quatro óbitos, mas as autoridades sanitárias falam de apenas dois
Quelimane (DZ)- A cólera voltou ao convívio familiar dos residentes do distrito de Mocuba, desde o último sábado. Uma fonte disse nos que a doença já fez quatro óbitos
desde a sua eclosão, ou seja, dos casos que deram entrada no Centro de Tratamento de Cólera (CTC), aberto no Hospital Rural daquele distrito.
Mas, contactado o director distrital de Saúde naquele distrito, Eduardo Arame, este disse que até agora a doença fez apenas dois óbitos.
Arame, confirmou que os casos vêm aumentando desde sábado, razão pela qual, a saúde está neste momento fazendo campanhas de educação cívica no seio da população para que se usem as medidas de higiene colectiva e pessoal.
Sobre as possíveis causas que levam com que a cólera ecluda em Mocuba, Arame disse que um dos grandes focos é a falta de água que o distrito enfrenta. A fonte
sublinhou também que a falta de higiene tem sido outra dor de cabeça, dai que neste momento, não há mãos a medir.
A fonte fez saber também que em média, dão entrada no CTC, uma media de 20 casos da doença, dai que todos mecanismos foram accionados para que a doença não
se alastre para os outros pontos.
Refira-se que anualmente o distrito de Mocuba tem sido assolado por esta doença, mas tudo centra-se no deficiente sistema de abastecimento de água, mesmo no
meio de discursos bonitos, que vem dos governantes, mas a realidade dita contrário.
Enquanto os discuros não se transformam em realidade, a cólera esta sim, vai sendo realidade……DZ

População quer “Sete Milhões” práticos

“Queremos este dinheiro aqui para desenvolver o distrito, mas parece que só se fala e nós não estamos a ver”- disse uma cidadã em pleno comício de Armando Guebuza
Quelimane (DZ)- A presidência aberta já começou depois da maratona eleitoral.
Armando Guebuza, mais uma vez, voltou a voar ou sobrevoar o país real, quer dizer, está vendo a pátria amada de cima para baixo. Muito tempo no ar, pouco tempo na terra. Um verdadeiro astronauta. Depois de Tete, Guebuza, está já na província nortenha do Niassa, onde foi recebido logo a sua chegada pelo respectivo governador da província, David Malizane, como se vê na imagem.
Num comício que realizou na localidade de Entre-Lagos, Guebuza, foi recebido com
pedidos da populacao daquela localidade, sendo a alocação prática do Fundo de Iniciativas Locais (FIL), ou seja, os vulgos “Sete Milhões”, seja feita para desenvolver o distrito e não para outros interesses.
Foi sobre os sete milhões de Meticais, que uma mulher pediu a palavra e apelou ao
PR para que a alocação deste dinheiro seja célere e sobretudo seja, para pessoas
que realmente querem trabalhar para desenvolver o distrito. De acordo com a mesma mulher que interviu no comício orientado pelo PR, este valor não é visto na prática
o que faz no distrito, dai que ainda não há nada que se considere desenvolvimento.
Mais adiante, a mesma mulher disse que “Senhor presidente, os sete milhões de Meticais devem ser bem distribuídos para pessoas que querem trabalhar”-sublinhou para depois acrescentar que “Aqui em Entre-Lagos, não se vê que entrou muito dinheiro, devia haver desenvolvimento, mas nada,” disse uma popular perante enormes aplausos.

A população de Entre-Lagos, distrito de Mecanhelas, quer que na linha-férrea Cuamba-Entre-Lagos circule também o comboio de passageiros para facilitar o desenvolvimento económico da região. Este pedido foi feito no último sábado, no primeiro dia da
presidência aberta ao Niassa de Armando Guebuza.
A Localidade de Entre-Lagos faz fronteira com o Malawi e tem o privilegio de nela passar a linha férrea do Corredor de Nacala em direcção ao vizinho Malawi.
Num outro desenvolvimento a população local pediu mais fontes de água potável porque não existem em número considerável para os 27 mil habitantes.
A visita de Guebuza à província do Niassa termina no próximo dia 22, portanto na
próxima quarta-feira.
*Colaboração de Suizane Rafael e Redacção do DZ

A Opiniao sobre a Politica Nacional de Habitacao por Rafael

Associados aos factos mencionados, tenho a destacar outro constrangimento de realce: O Financiamento a Habitação. De acordo com Charlotte Allen e Vibe Johnsen (Massala Consult), em “Um panorama dos constrangimentos ao desenvolvimento do sector de financiamento a habitação”, em virtude de um passado de crédito malparado nos empréstimos à habitação sem garantias, durante a década de 90, todos os bancos têm
requisitos rígidos para garantia dos empréstimos e exigem as seguintes formas de caução quando concedem um empréstimo: (a) Seguro de vida do mutuário; (b) Seguro da propriedade contra risco de incêndio ou danos de inundações; (c) Uma procuração do
mutuário a favor do banco, concedendo ao banco o poder de vender a propriedade, caso o mutuário não cumpra os pagamentos; (d) Uma Livrança emitida pelo mutuário a favor
do banco, que pode ser utilizada pelo banco como ordem de pagamento da dívida. A legislação geral sobre crédito imobiliário consta do Código Civil de 1966, que está desactualizado mas ainda é a base dos contratos de hipoteca para casas. E quando
analisam os pedidos de empréstimo imobiliário, os bancos seguem os procedimentos seguintes: (1) Fazem uma peritagem da propriedade; (2) Investigam a propriedade no Registo Predial: primeiro pedem uma certidão quanto à situação da propriedade e,
depois, verificam a certidão consultando os assentos originais nos livros de registos relevantes; (3) Dependendo dos resultados da peritagem e da pesquisa, negoceiam, preparam e assinam o contrato de empréstimo; (4) Registam a hipoteca na Conservatória do Registo Predial. Pelo cenário descrito nos parágrafos precedentes, ainda que de maneira sucinta, vem ao de cima as motivações que tem causado um défice habitacional nacional em termos qualitativo e quantitativo, levando milhões de famílias a ficarem excluídas do acesso a habitação digna, quer no meio urbano,
quer em áreas rurais. Alterar este cenário não é somente o passo certo a tomar, mas o mais sensato. E para que tal ocorra, constitui consenso que essa alteração devera ocorrer por intermédio de uma intervenção multissectorial e multidimensional. As
políticas que produzem resultados positivos para as pessoas sem habitação num determinado cenário podem fracassar noutro. No entanto, algumas lições gerais podem ser retiradas de intervenções de políticas publicam no sector de habitação de
sucesso. A primeira, e talvez mais relevante, é que a liderança política é Associados aos factos mencionados, tenho a destacar outro constrangimento de realce: O Financiamento a Habitação. De acordo com Charlotte Allen e Vibe Johnsen (Massala Consult), em “Um panorama dos constrangimentos ao desenvolvimento do sector de
financiamento a habitação”, em virtude de um passado de crédito malparado nos empréstimos à habitação sem garantias, durante a década de 90, todos os bancos têm
requisitos rígidos para garantia dos empréstimos e exigem as seguintes formas de caução quando concedem um empréstimo: (a) Seguro de vida do mutuário; (b) Seguro da propriedade contra risco de incêndio ou danos de inundações; (c) Uma procuração do
mutuário a favor do banco, concedendo ao banco o poder de vender a propriedade, caso o mutuário não cumpra os pagamentos; (d) Uma Livrança emitida pelo mutuário a favor
do banco, que pode ser utilizada pelo banco como ordem de pagamento da dívida. A legislação geral sobre crédito imobiliário consta do Código Civil de 1966, que está desactualizado mas ainda é a base dos contratos de hipoteca para casas. E quando
analisam os pedidos de empréstimo imobiliário, os bancos seguem os procedimentos seguintes: (1) Fazem uma peritagem da propriedade; (2) Investigam a propriedade no Registo Predial: primeiro pedem uma certidão quanto à situação da propriedade e, depois, verificam a certidão consultando os assentos originais nos livros de registos relevantes; (3) Dependendo dos resultados da peritagem e da pesquisa, negoceiam, preparam e assinam o contrato de empréstimo; (4) Registam a hipoteca na Conservatória do Registo Predial.
Pelo cenário descrito nos parágrafos precedentes, ainda que de maneira sucinta, vem ao de cima as motivações que tem causado um défice habitacional nacional em termos qualitativo e quantitativo, levando milhões de famílias a ficarem excluídas do acesso a habitação digna, quer no meio urbano, quer em áreas rurais. Alterar este cenário não é somente o passo certo a tomar, mas o mais sensato. E para que tal ocorra, constitui consenso que essa alteração devera ocorrer por intermédio de uma
intervenção multissectorial e multidimensional. As políticas que produzem resultados positivos para as pessoas sem habitação num determinado cenário podem fracassar noutro. No entanto, algumas lições gerais podem ser retiradas de intervenções de políticas publicam no sector de habitação de sucesso. A primeira, e talvez mais
relevante, é que a liderança política é importante. A segunda é que o progresso
depende do estabelecimento de metas realísticas, apoiadas por financiamento e
estratégias para superar o défice de habitação.
Soluções locais para problemas locais podem constituir o ponto de partida para a
mudança do cenário. Mas cabe ao Governo Moçambicano criar as condições atractivas para solucionar o problema do défice habitacional em qualidade e quantidade necessária, através da mobilização de financiamento e da criação de condições para que o mercado de material de construção civil possam oferecer material e tecnologia adequada e apropriada a um preço acessível.

MA AT LINCOLN MEMORIAL, Washington DC

PROCANA; HAVERA MAIS EXEMPLOS? ESTAMOS PREPARADOS PARA EVITAR MAIS CASOS DESTES?

http://globalvoicesonline.org/2010/01/06/mozambique-demise-of-a-massive-biofuels-project/

Homenagem ao Grupo 1o de Maio!

Exmo Senhor

____________________________

Maputo

Assunto: Homenagem ao “Conjunto 1º de Maio”



Há 30 anos atrás, um grupo de jovens integrando trabalhadores e estudantes, amantes da cultura, e, principalmente, da música, resolveu se juntar e fundar um grupo musical. A ideia foi amadurecida, e no dia 1º de Maio de 1980, na Cidade Zambeziana de Quelimane, foi fundado o conjunto musical que foi baptizado pelo nome de 1º de Maio, em homenagem aos trabalhadores de todo o mundo, que, a cada 1º de Maio, comemoram o dia de luta por melhores condições de trabalho, melhores salários, segurança social, etc.

Este grupo, cedo revelou-se como uma sensação nacional, pela qualidade da música que tocava e o conteúdo das suas mensagens. E os espectáculos que realizava em cada canto deste país, cativava o público, que sentia as suas aspirações, sonhos e ambições reflectidos nas letras das músicas do conjunto.

Dois anos após a sua fundação o conjunto 1º de Maio gravou o seu único LP, intitulado Verdes Campos, que foi sucesso absoluto a nível nacional, tendo esgotado no mercado em menos de 30 dias. Alguns temas deste álbum foram bastante executados em festas e convívios da época, e em estações internacionais, como é o caso da BBC, da Voz da América e da Radio França Internacional.

Este grupo, que conheceu diversas renovações no seu elenco, manteve sempre a sua qualidade, cantando as histórias do seu povo e encantando o seu público, até o ano de 1992, altura em que, por várias razões, o grupo se desintegrou.

É em reconhecimento da contribuição que este conjunto deu, na arena cultural de Moçambique, que um grupo de fãs decidiu organizar-se, para recordar os 30 anos da fundação do conjunto 1º de Maio, tido como um dos patrimónios culturais do país.

Para o efeito, a homenagem será feita em duas ocasiões, uma, sob forma de convívio musical, a outra, sob forma de espectáculo musical.

O primeiro evento (o convívio musical) terá lugar na cidade de Maputo, no Centro Social do Desportivo, localizado na baixa da cidade, junto à piscina do Grupo Desportivo de Maputo, a partir das 19:00horas do dia 1º de Maio, até o amanhecer do dia 2 de Maio.

O segundo evento está marcado para ter lugar em Agosto próximo, na cidade de Maputo. Este será sob forma de espectáculo musical, com a participação dos ex-integrantes do Conjunto 1º de Maio.

Neste sentido, os organizadores vêm pela presente convidar a V.Excia. a participar deste evento cultural, que oferecerá aos participantes muita música dos anos 80, e diversificados pratos da culinária moçambicana.


Entradas por apenas 100,00MT para cada pessoa

NÃO FALTE!

CONTAMOS CONSIGO


A organização do evento



Informações:

António Álvaro Francisco 827273580
Hortêncio Lopes 845635782
Armindo Salato 823271050

Gurue: Casa Presidencial ou de Noivos Hoje!


Gurue quem te viu, e quem te ve! MA

Gurue: Casa Presidencial ou de Noivos, ONTEM!

DIOCESIS GURUENSIS


CLIQUE AQUI PARA OBTER MAIS INFORMACAO SOBRE A DIOCESE DO GURUE! E aqui sobre o que o wikipedia diz sobre Gurue!

Ainda sobre o (sub)desenvolvimento do Gurue!


Continuamos com a serie sobre o (sub)desenvolvimento do Gurue! Participe!

Para ler participacoes anteriores clique aqui

Ainda sobre a Residencial Palmeiras na Cidade de Quelimane!


Participe, deia ideias, opinioes, criticas, sugestoes!

Para ler participacoes anteriores clique aqui e aqui

Adams Morgan

Visitar Washington sem ter ido a Adams Morgan e/ou Georgetown e o mesmo que tomar banho com fato e gravata! De facto Adam Morgan e Washington, sao dois nomes que fazem de Washington uma cidade de referencia mundial.

Ontem a noite, um amigo mocambicano convidou-me a visitar Adam Morgan! Jantamos num restaurante Turco onde o MEZZE e o menu preferido. Depois da termos dado voltas ao menu, e como bons costeiros que somos nao resistimos ao prato do dia: peixe grelhado! A escolha das bebidas vai de agua, aos cocktails, passando pelos mojotails (cocktails sem alcool), cerveja latino americana, americana, e como nao deixaria de ser belga, etc.

Uma sobremesa turca de que me esqueci do nome, de tao saborosa! A surpresa veio com a conta. Nao no montante! QUe ate foi modesto, mas pela sugestao do empregado de mesa que nos sugeriu uma segunda sobremesa, a sala de dancas, por cima do restaurante! Passava ja da meia noite e a vida noturna de Adams Morgan comecava a mostrar os seus segredos.

Nao resistimos a tentacao e la fomos. A musica a principio, Turca, foi evoluindo ate chegar a salsa, passando pelo tango, hip pop, antilhas! A sala explodiu quando o DJ decidiu passear algumas das mais famosas musicas de Michael Jackson!

Perto da uma e meia e com a temperatura ja a rondar os cinco graus centigrados (recordar que os americanos usam Franheit) soltamo-nos e demos uma passeata pelas ja vibrantes ruas de Adams Morgan. O mais interessante e o inusitado movimento de peos e carros bem como a desproporcao homem/mulher! Poderia afirmar sem grande margem de erro que a proporcao seria de um para dez! Na 18th Street veem-se enormes filas de jovens esperando pacientemente pela sua vez de entrar numa das inumeras discotecas! Definitivamente apesar das centenas de bares e discotecas a procura continua maior que a oferta, o que significa que ter bar/restaurante em Adams Morgan deve ser um bom investimento!

Quando eram volta das duas da manha regressamos aos respectivos aposentos! Nao sem uma dor de cotovelo pois vontade de ficar nao faltou, mas porque a sobrecarga da semana anterior junta as obrigacoes profissionais da semana de trabalhos que iniciava ja, brigavam a recolher a base, pois coincidentemente para ambos, o Domingo profissional comecaria cedo, exactamente as 08.00 da manha!

A dica esta dada, nao va a Washington sem visitar Adams Morgan.

Para mais testemunhos sobre Adams Morgan por favor clique aqui

Friday, 16 April 2010

O debate sobre o (sub)desenvolvimento do Gurue continua!

Participe! Clique aqui para seguir a conversa sobre o desenvolvimento do Gurue!

SUDAN


An election victory that widens the North-South gapWestern governments accept the regime’s rigged victory in exchange for what they hope will be a Southern referendum

Long before voting started on 11 April, it was clear that the ruling National Congress Party (NCP) in Khartoum would maintain its iron grip on power and that interested governments would accept this, despite the widespread evidence of fraud produced by Sudanese and foreign observers alike (AC Vol 51 No 7). The opposition decision to boycott spoiled the plan.

For Khartoum, internationally accepted elections would counter the International Criminal Court’s arrest warrant for Sudanese President Omer Hassan Ahmed el Beshir. For Western governments, the elections were an essential building block in an orchestrated peace process which would culminate in next year’s referendum on independence for Southern Sudan.

After the opposition threatened a boycott, the United States Special Envoy, Air Force General (Retired) J. Scott Gration, flew in to ‘save’ the elections, initially due to run on 11-13 April but then extended due to the chaos. He declared them ‘as free and fair as possible’. A triumphant Field Marshal Omer told a 3 April rally in Blue Nile: ‘Even America is becoming an NCP member. No one is against our will.’ The ruling NCP (the rebranded National Islamic Front, NIF) cheered. Sudanese democrats felt betrayed.

Other concerns at this early stage include the growing estrangement between North and South and the divisions within the Sudan People’s Liberation Movement (SPLM), linked to this widening gap. Meanwhile, the Northern opposition has surprised itself (and others) by its defiance of the NCP regime and will seek to use the coming year, when Khartoum will attempt to sabotage the Southern and Abyei referenda, to rebuild itself and strengthen its challenge to the NCP. Foreign governments and non-governmental organisations will focus on the South, leaving a victorious Khartoum more scope in its war in Darfur and in combating the Northern opposition’s attempts to restore democracy – and itself.

The NCP’s victory celebrations took flight in the week between the initial SPLM boycott and the start of voting. Its victory, it told the public in rallies and the media, would be the people’s victory, marking the democratic transformation (a key phrase) they had been waiting for since 1986 (date of the last multiparty elections, which were generally free – in the North, at least). A 6 April release by the very official Sudan News Agency (Suna) used the term ‘free and fair’ three times in three paragraphs.



Playing the crowd

The story was about the Ministry of Foreign Affairs Under-Secretary, Mutref Siddig Ali, briefing European Union ambassadors. ‘He also emphasised the legal and logical necessity of an elected government to precede carrying out of the referendum to determine the future of south Sudan and realising the aspired democratic transformation in the country,’ said Suna of Mutref, a stern inner-core NCP man who frequently travels abroad to lay down the party line. This line has never included democracy, for throughout its brutal two decades in power, the party would have lost any fair election. Now, it will claim it has just won one.

The NCP has also been careful to link the elections to the Comprehensive Peace Agreement of 2005, which formally ended the war between the NCP and the SPLM/Sudan People’s Liberation Army. The culmination of the CPA is January’s Southern referendum on independence, along with the often forgotten one in Abyei on whether the District should join the South or stay in the North. The governments involved in the CPA, especially the ‘Troika’ of Britain, Norway and the USA, insisted these elections precede the referenda and see them as a crucial precursor. This is why they were endorsing the elections before they happened. In turn, Southerners widely see the referendum as the means to their liberation, with the elections as secondary.

This allowed the NCP to present itself as an enthusiastic proponent of both elections and peace. Omer el Beshir may have threatened to cut off the fingers, heads and tongues of foreign election monitors but the party calculated that, in the name of the CPA, it could get away with such threats and, indeed, with the aerial bombardment of Jebel Marra and Jebel Moon in Darfur that same week.

Another NCP tactic has been to present boycotts as merely reflecting the opposition’s fear of failure. ‘It is obvious that the opposition parties want to escape the competition because its leaders discovered that they are unable to convince the voters after two decades of splendid isolation during which they lost most of their active cadres,’ trumpeted the government’s Sudan Vision on 7 April.

The isolation and loss of activists is true – regime harassment and cooption combined with opposition ineptitude and poverty have ensured that. Yet despite all this, it is clear that much traditional support remains for the religiously based mega-parties, the National Umma Party and the Democratic Unionist Party (DUP), and that in transparent elections they would do well. So would the main secularist alternatives, the Sudan Communist Party (SCP) and, most of all, the SPLM, which among Northerners has taken off from nowhere. This was fed by the ecstatic welcome for the late SPLM Chairman, John Garang de Mabior, in Khartoum in July 2005 and the fact that many Northerners embrace his vision of a ‘New Sudan’, politically secular and giving some of the Nile Valley elite’s power to the country’s marginalised peoples.

Foreign optimists also constructed the edifice of the CPA on the broad shoulders of the stubborn and charismatic Colonel Garang. This is one reason many Sudanese nation-wide believe ‘Doctor John’ was assassinated by the NCP. The crash of the Ugandan presidential helicopter in Equatoria on 30 July 2005 has never been fully explained.



Electoral gifts for the NCP

After the complicity of foreign governments and the United Nations, the biggest electoral gifts to the NCP are the indecisiveness of the Northern opposition and of its ally in the National Consensus Forces (NCF, aka Juba Alliance), the SPLM. Confusion followed the SPLM’s 31 March announcement that it would boycott the Darfur and national presidential elections. Doubt had already spread earlier that day after SPLM Chairman Salva Kiir Mayardit had denied in a BBC interview that any such boycott would occur. The explanation was reluctantly proffered that he had not wanted to announce the boycott, agreed at an SPLM Political Bureau meeting, before it was discussed with the SPLM’s NCF allies.

His Deputy, Riek Machar Teny Dhurgon, had gone ahead and told the world anyway. Yet SPLM sources had already told Africa Confidential that, after meetings with the Northern opposition, a joint boycott was planned. When the SPLM made its unilateral announcement, some oppositionists accused it of doing a deal with its CPA ‘partner’, the NCP: ‘You can win the elections, as long as we get our referendum’. Such a bargain of course implies both that the NCP was not already sure of winning the elections and that it would stick to such an agreement when it has broken all previous ones.

Various SPLM leaders then went on to contradict each other over the boycott, with a clear division between Khartoum and Juba, leading one Movement official to make an analogy with Janus, the Ancient Roman god with two faces, looking in opposite directions. Indeed, the elections have brought out a lack of cohesion in SPLM policy and the contradiction at the heart of the CPA: that the SPLM is in legal (though not de facto) partnership in the ‘Government of National Unity’ with the NCP, which doesn’t want the South to secede, while Southerners and most SPLM officials wait impatiently for January’s referendum – and independence.

There is still, though, a group in the SPLM that believes in the New Sudan that lay at the core of the CPA for many of its foreign architects, who counted on John Garang to carry this through. During the CPA negotiations, both Britain and the USA were opposed to the independence referendum, one Western diplomat involved told Africa Confidential recently.



The SPLM in the North

In the SPLM, the unity group is seen as led by Secretary General Pa’gan Amum Okiech and his deputy for the Northern Sector, Yasir Saeed Arman Saeed, who spearheaded the election boycott by withdrawing as national presidential candidate on 31 March. Asked whether, in the case of an independence vote, he would go North or South, Yasir (a Northerner) answered ‘North’. This has crystallised the idea of a Northern SPLM continuing after the referenda; till then, the SPLM theoretically remains a partner of the NCP, although relations seem unlikely to improve.

On 10 April, Yasir Arman sought to quash rumours of rifts: ‘Myself, First Vice-President Silva Kiir Mayardit and Secretary General Pa’gan Amum are comrades for a quarter of a century. We will not be taken apart by three day elections,’ he declared. Yasir, a former Communist from the Gezira, developed a charismatic campaign himself and Sudanese will hear more of him. It will be interesting to see which direction the equally articulate Pa’gan, a Collo (Shilluk) from Upper Nile, eventually takes. It is keeping SPLM strategists busy.

Differences in the Northern opposition are less grounded but more damaging: they prevented the NCF from presenting the united poll boycott that would have received a warm welcome in the North (contrary to the South, where a boycott was popularly perceived as threatening the referendum). Both the Umma Party and DUP have long suffered from factionalism but the boycott highlighted the ambivalence of their leaders. After much dithering, the Umma’s El Sadig el Sideeg el Mahdi had decided, eventually, not to boycott but was forced to cave in to pressure from senior party people. Over 100 wrote to him demanding a boycott, we hear. This may reflect the gradual internal democratisation that party sources say is now taking place in the dynastic institution.

Also dynastic is the DUP, now often called DUP-Original. Head of it and the Khatmiyya sect is Mohamed Osman el Mirghani, in the 1990s head of the then opposition umbrella, the National Democratic Alliance, and active in the mid-1980s peace talks with the SPLM which El Sadig long shunned and which the NIF coup was timed to terminate.

Mohamed Osman declared he would boycott but then, we understand, was approached by the NCP and changed his mind. His deputy, lawyer Ali Mahmoud Hassanein, had since December called for a boycott; he predicted to Africa Confidential this week that most Unionists would boycott polling and called for the united opposition to stand firm.

That will be the post-electoral challenge for the Consensus Forces, which were unable to maintain their consensus enough even to boycott a poll they had all agreed was rigged in advance (including Hassan Abdullah el Turabi and his Popular Congress Party, who surprised few by rejecting the boycott by the opposition of which he was theoretically part). The NCP will offer ministerial but power-free portfolios to a handful of NCF leaders and call this a democratic consensus government.

Nevertheless, the genie has been allowed out of the bottle and it will not return. The greatest opposition momentum lies with the secularist parties, notably the SPLM and SCP, which may well reinforce their ties to the leading Sudan Liberation Movement groups in Darfur. A strengthened NCP will divide its strategy between them and the South.