Thursday 29 April 2010

Parceiros discutem doença do coqueiro

A NECESSIDADE de proceder ao diagnóstico dos prejuízos provocados na cultura do coqueiro, pela doença do amarelecimento letal, constitui motivo de uma reunião nacional a ter lugar próximo mês na cidade de Quelimane. O encontro irá juntar à mesma mesa sensibilidades relevantes no sector, nomeadamente cientistas e investigadores, sociedade civil, bem como representantes do Governo, dos camponeses e organizações não-governamentais que operam na área.
Maputo, Quinta-Feira, 29 de Abril de 2010:: Notícias

A produção de copra na província da Zambézia, outrora maior palmar do mundo, caiu de mais de 500 mil toneladas por ano para cerca de 100 mil toneladas há cerca de cinco anos, reflectindo, em grande medida, a morte de cerca de seis milhões de coqueiros devido à conjugação da doença do amarelecimento letal e os danos causados pelo insecto oryctes que tem como hospedeiro os caules secos dos palmares.Este encontro, organizado pela Millennium Challenge Account Moçambique (MCA-Moçambique), em coordenação com o Governo Provincial da Zambézia, tem em vista reforçar as actividades actualmente em curso para o controlo da doença mediante o estabelecimento de um “cordão sanitário” para evitar o seu alastramento.
De acordo com Josef Pudvitr, coordenador do projecto de Apoio à Renda do Agricultor na MCA-Moçambique, o objectivo do encontro, a decorrer entre 12 e 13 de Maio, é procurar envolver os camponeses no abate e queima dos coqueiros doentes, ao contrário do que acontece actualmente, em que esse trabalho está a ser levado a cabo apenas pelo grupo Madal, empresa contratada para o efeito.
Tendo em conta a gravidade da devastação dos palmares na província da Zambézia e o facto de a cultura de coqueiro constituir a principal fonte de renda dos camponeses, sobretudo da zona costeira e da economia da província, Josef Pudvitr não põe de lado a hipótese de propor ao Governo a decretação de um estado de calamidade na zona.
Embora o projecto de controlo da doença do amarelecimento se incida exclusivamente no sector familiar, Josef Pudvitr defende a necessidade dos privados colaborarem fazendo a sua parte, nomeadamente controlando o amarelecimento letal e assim evitar que o fenómeno se propague para as machambas dos camponeses

No comments: