Friday, 31 December 2010
Thursday, 30 December 2010
Dois ataques de ‘piratas’ repelidos ao largo da costa moçambicana
O petroleiro NS Africa, registado na Libéria, e o cargueiro Majestic, do Panamá, repeliram os dois ataques, que tiveram lugar na véspera e no dia de Natal a norte do Porto da Beira, indicou um porta-voz da Atalanta, Paddy O´Kennedy
Pretoria (Canalmoz) - Piratas tentaram atacar dois navios mercantes ao largo de Moçambique na véspera e no dia de Natal, anunciou ontem a força naval europeia de combate à pirataria Atalanta, noticiou ontem a Lusa.
O petroleiro NS Africa, registado na Libéria, e o cargueiro Majestic, do Panamá, repeliram os dois ataques, que tiveram lugar na véspera e no dia de Natal a norte do porto da Beira, indicou um porta-voz da Atalanta, Paddy OKennedy.
“Os navios foram atacados 19 graus a sul (do Equador), muito abaixo do que é habitual”, sublinhou o porta-voz em declarações por telefone à agência France Presse.
Seis piratas tentaram abordar os navios a bordo de embarcações ligeiras, indicou. O NS Africa escapou ao ataque com uma manobra evasiva e o Majestic ripostou aos tiros dos assaltantes.
Estes incidentes revelam que os piratas, muitas vezes somalis, estão a atacar mais a sul do que é habitual.
Até agora o ataque de piratas mais a sul tinha decorrido a 10 de Dezembro ao nível da fronteira entre a Tanzânia e Moçambique.
Segundo um balanço da Atalanta, os piratas somalis detêm actualmente 26 navios e 609 reféns.
(Redacção / Lusa / France Press
Questionada acumulação de funções de Carvalho Muária
Oposição exige nomeação de novo governador para província de Sofala
Maputo (Canalmoz) – O actual vice-ministro das Obras Públicas e Habitação e governador substituto da província de Sofala, Carvalho Muária, está a acumular dois cargos incompatíveis nos termos da Constituição. Esta “flagrante violação” do que preceitua a Constituição da República no número 01 do artigo 137 está a ser questionada pelos dois partidos da oposição parlamentar. Para o MDM e para a Renamo é “inconstitucional” o facto de Muária continuar a acumular dois cargos no mesmo Governo, tanto mais que Maurício Vieira, o titular do cargo que Carvalho Muária exercia interinamente, já faleceu. A Frelimo saia em defesa do governo do seu presidente, Armando Guebuza, que acumula as funções de líder do partido no Poder com a de chefe de Estado, e alega que não há nada de errado no facto de Carvalho Muária ser simultaneamente vice-ministro e governador. Ainda que interino está há muitos meses, pelo menos há mais de meio ano, a acumular cargos que a Constituição considera taxativamente “incompatíveis”.
Hoje, quinta-feira, passam 24 dias após a morte do ex-governador da província de Sofala, Maurício Vieira, mas o Presidente da República ainda não indicou um substituto definitivo para ocupar a vacatura deixada pelo finado.
O vice-ministro das Obras Públicas e Habitação, Carvalho Muária vem ocupando o cargo interinamente desde quando Maurício Vieira teve que abandonar o posto para se tratar de doença no estrangeiro. Acabou por perder a vida na África do Sul.
O número 01 do artigo 137 da Constituição da República de Moçambique é taxativo: “os cargos de Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, Primeiro-Ministro, Presidente do Tribunal Supremo, Presidente do Conselho Constitucional, Presidente do Tribunal Administrativo, Procurador-Geral da República, Provedor de Justiça, Vice-Presidente do Tribunal Supremo, Vice-Procurador-Geral da República, Deputado, vice-ministro, Secretário de Estado, Governador Provincial, Administrador Distrital e Militar no activo são incompatíveis entre si”.
Ser-se simultaneamente vice-ministro e governador provincial “no activo, são (cargos) incompatíveis entre si.”
Carvalho Muária foi nomeado por despacho presidencial governador interino a 02 Julho de 2010. Ele está a exercer as duas funções há seis meses sensivelmente.
É grave e inconstitucional
Para Ismael Mussa, secretário-geral do MDM e deputado à Assembleia da República pelo partido liderado por Daviz Simango, que é presidente do Conselho Municipal da Beira, a capital da província de Sofala, “o vice-ministro das Obras Públicas e Habitação a acumular este cargo com o de governador da Província de Sofala, é inconstitucional”.
“Reitero que é inconstitucional e bastante grave num Estado que é de Direito Democrático. É mais grave ainda quando se tem em conta que não é a primeira vez que isso acontece”, disse Ismael Mussa ao Canalmoz e Canal de Moçambique - Semanário..
Recordou que no passado foi nomeado o ministro do Turismo, Fernando Sumbana, para governador substituto da província de Inhambane, e houve “barulho” no parlamento, alertando para a inconstitucionalidade do acto.
“O PR foi abrigado a recuar e a repor a constitucionalidade. E agora o facto volta a se repetir, num acto de reincidência, o que é bastante grave”, acrescenta o Secretário-geral do MDM.
Ismael Mussa considera que exercendo o cargo de governador ainda que interinamente, as actividades desenvolvidas por Carvalho Muária podem ser anuladas caso um cidadão requeira a nulidade de algum despacho feito pelo vice-ministro/governador ao Tribunal Administrativo. E isso pode acarretar elevados custos ao Estado. “Coisas deste género não podem acontecer, uma vez que o Presidente da República jurou respeitar a constituição”, rematou Mussa.
Não existe a figura de governador interino
O deputado da Renamo e membro da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade disse por seu turno ao Canalmoz que a se seguir estritamente a lei “ver-se-á que não está previsto na Constituição da República de Moçambique a figura do substituto interino do governador”. Para Francisco Machambisse, se a Constituição não abre espaço para a tal figura pode-se dizer “com alguma segurança” que a permanência de Muária naquele posto é inconstitucional.
“Enquanto o malogrado ainda estava doente, podia ser substituído porque o lugar não estava vago. Agora com a morte do Dr. Maurício Vieira, o lugar ficou vago, o que já não justifica a permanência do vice-ministro”.
Machambisse disse ainda que devem ser accionados mecanismos para repor a legalidade. “Entendo a interinidade conjugada com a incapacidade, e neste caso a doença, mas já com a morte confirmada não se justifica a interinidade. Há que accionar mecanismos para que a situação não permaneça por mais tempo”, concluiu.
Não é inconstitucional e há procedimentos legais
Já Alfredo Gamito, deputado da Frelimo, não vê inconstitucionalidade no caso. Fala de procedimentos legais que caracterizam um governador substituto. “Não é ilegal, porque o actual vice-ministro é apenas um substituto legal. O ilegal seria se houvesse um despacho que o nomeasse governador. O que acontece é que ele é governador substituto ou interino, se quisermos. Ele apenas faz gestão de assuntos correntes”, disse Alfredo Gamito.
Analisando aquilo que classificou de “outro ângulo”, disse: “veremos isso como um prática do Estado”. Gamito referiu que ele próprio já foi nomeado governador substituto da província de Nampula, quando na altura era Secretário de Estado do Caju.
“Eu não era governador, mas sim governador interino. Já aconteceu com Eneias Comiche, quando substituiu interinamente Raimundo Bila, no Governo provincial de Maputo, tendo ele outras funções. Já aconteceu com Lázaro Vicente que por motivos de saúde foi substituído pelo ministro do Turismo, Fernando Sumbana”, alegou Gamito.
Este deputado à Assembleia da república pelo Partido Frelimo, em defesa do seu ponto de vista disse ainda que o que acontece é que os governadores substitutos têm uma série de restrições, que vão desde a redução da escolta, não fixação de residência/palácio provincial, e não deslocamento com a bandeira nacional, entre outras restrições.
(Matias Guente)
Obama bypasses Senate to name new envoys
Reuters – President Barack Obama listens to a question during his news conference in the Eisenhower Executive Office …
WASHINGTON – President Barack Obama has bypassed the Senate and directly appointed four new U.S. ambassadors whose nominations had been stalled or blocked by lawmakers for months.
The White House announced Wednesday that Obama would use his power to make recess appointments to fill envoy posts to Azerbaijan, Syria and NATO allies Turkey and the Czech Republic. Recess appointments are made when the Senate is not in session and last only until the end of the next session of Congress. They are frequently used when Senate confirmation is not possible.
Specific senators had blocked or refused to consider the confirmations of the nominees for various reasons, including questions about their qualifications. But in the most high-profile case, that of the new envoy to Syria, Robert Ford, a number of senators objected because they believed sending an ambassador to the country would reward it for bad behavior.
"Making underserved concessions to Syria tells the regime in Damascus that it can continue to pursue its dangerous agenda and not face any consequences from the U.S.," Rep. Ileana Ros-Lehtinen R-Fla., the incoming chairman of the House Foreign Affairs Committee, said in a statement. "That is the wrong message to be sending to a regime which continues to harm and threaten U.S. interests and those of such critical allies as Israel."
The administration had argued that returning an ambassador to Syria after a five-year absence would help persuade Syria to change its policies regarding Israel, Lebanon, Iraq and support for extremist groups. Syria is designated a "state sponsor of terrorism" by the State Department.
President George W. Bush's administration withdrew a full-time ambassador from Syria in 2005 after terrorism accusations and to protest the assassination of former Lebanese Prime Minister Rafik Hariri, killed in a Beirut truck bombing that his supporters blamed on Syria. Syria denied involvement.
Obama nominated Ford, a career diplomat and a former ambassador to Algeria, to the post in February but his nomination stalled after his confirmation hearings and was never voted on.
The other Obama nominees announced Wednesday are Matthew Bryza for Azerbaijan, Norman Eisen for the Czech Republic and Francis Ricciardone for Turkey.
Bryza, a career diplomat, was opposed by some in the Armenian-American community because of comments he made in his previous position as deputy assistant secretary of state for European affairs while trying to negotiate an end to the Nargorno-Karabakh conflict between Armenia and Azerbaijan.
The nomination of Ricciardone, another career diplomat who served as ambassador to Egypt during the Bush administration, had been held up by outgoing Sen. Sam Brownback, R-Kan., who had concerns about his work in promoting democracy while he was stationed in Cairo.
The nomination of Eisen, a lawyer who has worked in the Obama White House on ethics and reform, was being held up by Sen. Charles Grassley, R-Iowa, who said the nominee had made misrepresentations to Congress about the firing of a federal official.
Wednesday, 29 December 2010
Proprietário do Hotel Radisson baleado por desconhecidos
O proprietário do Hotel Radisson, o empresário Mansar Abase, foi baleado por desconhecidos, na passada sexta-feira, por volta das 19 horas, na zona da marginal, perto da Escola Náutica de Maputo.
Após o baleamento, Abase foi transportado para a ‘Trauma Clinic’, na Sommerschield, onde acabaria por permanecer até estabilizar e foi depois evacuado para África do Sul, onde se encontra em tratamento.
Mansar Abase teria recebido uma chamada da cunhada, que tinha sido interpelada pelos agentes da Pólícia da República de Moçambique na avenida da Marginal. O empresário meteu-se na sua viatura em socorro da cunhada.
Estranhamente, chegado ao local, foi baleado por desconhecidos que supostamente se faziam transportar numa viatura não identificada.
O empresário contraiu ferimentos graves na zona de nuca e no ombro. Suspeita-se que Abase tenha sido seguido pelos malfeitores desde a saída da sua residência ao local onde se encontrava a sua cunhada.
Este acto acontece nove meses depois do mesmo empresário de origem paquistanesa ter escapado a um atentado à bomba armadilhada numa motorizada, também no centro da cidade de Maputo, no luxuoso bairro de Sommerschield.
Fonte: O País / Club of Mozambique
Tuesday, 28 December 2010
O mano Mutisse dedicou-me este poema!
Daqui ha pouco, Manel estara a fazer coros com Valete a cantarem Anti Heroi, nos seguintes termos (hehehehehe)
Los que le cierran el camino a la revolución pacífica,
le abren al mismo tiempo el camino a la revolución
violenta
Só se pode fazer isto uma vez
Eu cresci trancado num quarto com livros de Marx e
Pepetela
Alimentado com parágrafos de Nélson Mandela
Foi esta a fonte do ódio que agora já não escondo
Este é o som que eu inalei na voz de Zeca Afonso
Ninguém me separa deste Guevara que eu tenho em mim
E podes ver na minha cara a raiva de Lenine
Eu choro este sangue que devora o espírito
E choca os mais sensíveis, e torna-me num monstro como
Estaline
Valete a.k.a Ciclone Underground, nigga
O filho do bastardo da vossa opressão, nigga
Eu tenho nos meus olhos a cor da insurreição, nigga
Sou como Malcom-x com o microfone na mão
Eu desenterro vítimas de genocídio capitalista
E levo mais comigo pa rebelião
Eu sou o primeiro a marchar pa esta revolução
Tu és o primeiro a bazar na hora da intervenção
Eu vim para ressuscitar Lumumba, Ghandi e Arafat
E os nossos homens de combate através desta canção
Pai, eu tatuei no meu peito a Tua imagem
Pa respirar através dela a Tua batalha e a Tua
coragem
Hoje eu trago nos meus braços a Tua alma e a Tua
mensagem
E esses escumalhas não sabem que jamais irão levar
vantagem
Nós vestimos a farda de Xanana
E levamos drama de terceiro mundo à casa branca
Desfilamos com a mesma gana que tropas em Havana
E com a resistência suburbana desssa convicção cubana
Toma, esta ira psicopata deste filho de Zapata
Activismo de vanguarda é o registo do som
Eu trago a obstinação com que Luther King abalou
E a mesma solução todo o meu people sonhou
Eu sou aquele mundo novo que Bob Marley cantou
Esboço desse sofrimento todo meu povo guardou
(Refrão)
Eu sigo este caminho que o ódio abriu para mim
E serei um dos guerreiros que aplaudirão no fim
Este é o som da revolução que em breve chegará
Eu sou anti-herói, que nunca se renderá
Eu sou um dos filhos deste mundo que a Luta inspirou
No mesmo trilho da mensagem que Cabral deixou
Esta é a voz da justiça que um dia se afirmará
Eu sou o anti-herói que o povo aclamará
Enquanto eu me enveneno com este rancor
Vou pondo balas no carregador pa abater esses
opressores
Esta é a missão dos peronistas, que eu assumi na hora
Com a determinação que herdei da minha progenitora
Ninguém pára a frente armada que eu comando agora
Combate a escória na alvorada como fez Samora
Eu trago nesta oratória a história dos filhos que
viram a morte inglória dos pais
E que hoje anseiam desforra
Na Palestina, no Cambodja, Vietname, Angola
No Iraque, Na Somália, Afeganistão e Bósnia
Esse é o grito desse mundo que chora e implora
Pela justiça dos homens porque já viram que Deus não
acorda
Vítimas de quem fez de todo o mundo seu património
Da hipocrisia assassina do FMI e da ONU
É o povo anónimo cobaia do liberalismo económico
Que sai das amarras eufórico para combater o demónio
Eu sou aquele que vocês chamaram de fundamentalista
Quando eu disse que era um trotskista belicista
Posicionei-me assim contra a América imperialista
Aqui está o vosso kamikaze terrorista
Farto de vos ver sentados, manipulados
Por uma televisão que vos deixa impávidos e
formatados
Asnáticos inconformados, fechados e enganados
Otários e atrasados, inválidos e atordoados
Nós estamos do lado contrário nesta jornada cheia de
gente angustiada
Traumatizada por um passado onde foram pisadas,
martirizadas
Apedrejadas, excluídas, extorquidas, extropiadas
Cuspidas
Por uma brigada Desalmada de parasitas
Que devastaram arrasaram vidas
E agora vão pagar com a descarga
Desta entifada criada pelos homens que vocês flagelara
E sobraram com guerra para vingar aqueles que não ficaram
(Refrão)
Eu sigo este caminho que o ódio abriu para mim
E serei um dos guerreiros que aplaudirão no fim
Este é o som da revolução que em breve chegará
Eu sou anti-herói, que nunca se renderá
Eu sou um dos filhos deste mundo que a luta inspirou
No mesmo trilho da mensagem que Cabral deixou
Esta é a voz da justiça que um dia se afirmará
Eu sou o anti-herói que o povo aclamará
A Opiniao de Jorge Oliveira
Suleiman Cassamo
PALESTRA PARA UM MORTO
por Jorge de Oliveira
1. Imortalizado com o livro O Regresso do Morto, escrito em 1988, Suleiman Cassamo, escritor, cronista, tem-se mantido, com regularidade, presente na publicação de obras com conteúdos puramente moçambicanos. Este livro, Palestra para um Morto (mais uma vez o Morto), é um dos frutos dessa produtividade. Bom, pode-se procurar estabelecer alguma relação – inspiração – ligação nesse que é um denominador comum nas suas obras mais significativas: O Morto, que ora regressa ora é presenteado com uma palestra.
2. Mas a escrita do SC é feita de outros denominadores comuns, animais, que se encontram como um aspecto transversal na sua narrativa - Cão (cachorro), boi, burro, cabrito, pastagens; ou uma zona, onde, na verdade, se desenrola toda a trama, a zona sul, com incidência para a saída de Maputo em direcção ao Norte do país (ele é oriundo de Marracuene, o que explica as tendências).
3. “A morte é uma cooperativa. Hoje, sou eu; amanhã, és tu. A maior cooperativa que se conhece. Uma lágrima, uma quota. Este invento é o fim da cooperativa. O fim, entendes? Acabou. Cada um passa a enterrar-se a si próprio”.
4. Esta literatura é ainda temperada com a colocação/repetição de palavras-sons-expressões para dar um ar da realidade, do bater à porta ou do arfar do comboio: gou, gou, gou; tchê-dê, tchê-dê, tchê-dê; chuva vem, chuva vai, chuva vem, chuva vem; pulo-que-pulo, pulo-que-pulo.
5. Um dos momentos de maior inspiração neste livro é o que uma alma foge do colono e torna-se numa espécie de Homem das Cavernas à moda africana. Isso faz refletir sobre se esse fenómeno do ser humano fora da convivência que seria normal/comum tem alguma localização específica, se pertence a algum lugar, alguma civilização, determinada zona, ou se pode ser encontrado e qualquer lugar – é uma figura do universo?
6. “Foi assim que, ainda no sonho, me lembrei: burro nunca puxa carroça com morto; e logo vi que era um sonho. E rezei que fosse ali, na facilidade do sonho, o desembarque desses caixões e o teu respectivo enterro”.
7. Os recursos estilísticos, associados ao culto da palavra e frase, colocam a obra num patamar dos de maior exigência na cultura moçambicana. SC é um dos mais criativos escritores moçambicanos e um das suas maiores armas é que nunca traz o óbvio.
8. As palavras não rolam nem deslizam sózinhas, só têm pés se o autor nelas puser pés (dedos, músculos, ossos). Neste texto não se tem só uma palestra; dir-se-ia que pode ser igualmente uma carta, oração, e até (porque não?) um mensagem para o morto.
9. “Um dia deixei os santos, para ver outra vida. Virei mainato. Das minhas poucas leituras, guardava segredo, sabes porquê? Para não encrencar com os brancos. Viam-me a espantar o pó dos livros, sem saber que era ladrão de leituras”.
10. Tem-se aqui um diálogo entre vivos e mortos que tem como pano de fundo os acontecimentos que foram marcando o desenrolar de uma época, por exemplo, a construção de uma linha férrea. É um estilo meio diferente do usual. Enquanto outros contam contos, romances, crónicas, SC escreve algo que não sendo usual, é uma descrição que saltita da primeira para a terceira pessoa, da simples descrição de factos para a apresentação de sentimentos.
11. A dinâmica que coloca nas palavras, nas obras, na relação entre as pessoas, coisas, animais, remete-nos para a ousadia e para o atrevimento que nos deveria acompanhar, dia a dia, minuto a minuto, segundo a segundo, com vista a alcançarmos a melhoria que se pretende no nosso nível e qualidade de vida.
12. Uma economia só se move se houverem pessoas com ideias e iniciativas, com visões e coragem, que se tornam empresários. A economia vive de inovações, de marcas conceituadas que servem de exemplo e referência. Temos que ter mais empresários, temos que ter mais ricos. Quanto mais inércia, quantos mais cidadãos esperarem o salário no fim do mês, que outro tem que produzir, menos desenvolvimento teremos. Instala-se o conformismo e, por vezes, a preguiça (a mãe de todos os vícios e da pobreza). Um país sem ricos, empresários, iniciativa, não pod
Mid-life crisis for Amnesty? By Sir John Tusa
Radio 4: Amnesty at 50
Peter Benenson's letter writing to dictators formed the foundations of Amnesty Continue reading the main story
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Iraq wife in charge or free plea
To understand Amnesty International at all, you need to think of this: an ordinary citizen sits in an ordinary home, writing an extraordinary letter on behalf of somebody they don't know, to a dictator who doesn't care.
The letter says: "We know you have imprisoned X. We know they are illegally detained. Be warned. We will go on writing until you have freed them."
The absurd act of faith that writing letters about prisoners of conscience might have an effect on the most hardened of dictators was first made by one man 50 years ago - the British lawyer, Peter Benenson.
He was so incensed at the imprisonment of two Portuguese students for a trivial insult to a dictator, that it stirred him to set up an international campaign on behalf of all political prisoners.
Incredibly, it caught on.
Political prisoners, prisoners of conscience, were acutely of their time in the 1960s, in a world thick with dictatorship and totalitarianism - fascist dictatorships in Spain, Portugal and much of Latin America, despots aplenty in Africa, communism from East Germany through the Soviet Union to China. The letters started to flow in all directions, as well as the evidence of their impact.
Prisoners released
Within three years of its foundation, Amnesty members had "adopted" 770 prisoners and no fewer than 140 were released.
By 1970, Amnesty could claim 2,000 prisoners released, membership in the tens of thousands and acceptance by the international community.
It was Amnesty's three-year campaign against torture that led to the unanimous UN adoption of the Declaration against Torture in 1975.
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Moving forward
Stephen Hopgood, the author of Keepers of the Flame - Understanding Amnesty sets out his vision of the future for Amnesty under new Secretary General, Shalil Shetty.
"He is a continuation of the reforming trend, so he is a Secretary General that will want to take Amnesty even more into social, economic and cultural rights.
"The individual casework focus may be kept less on those core traditional issues of prisoners of conscience and torture. The international human rights movement is so broad now and so much focused on issues of poverty, social exclusion etc, that I would expect to see more of that work.
"He has also been brought in undoubtedly to try to realise the great dream of Amnesty, which is a truly global membership.
"Throughout 50 years, it singularly failed to establish any serious membership outside western, northern, southern Europe, the United States, Canada, Australia, New Zealand.
"Mr Shetty is an Indian Secretary General. One of his main goals will be to try to decentralise Amnesty.
"It has long been a dream to move it away from London. Peter Benenson the founder, when he left, wanted it moved."
And the awards kept pouring in, such as the Nobel Peace Prize in 1977. As Amnesty's profile grew, so did its ambitions.
In 1985, it took on the plight of refugees, in 1989 the death penalty. By 1996 Amnesty was campaigning for a permanent International Criminal Court.
Amnesty's own rhetoric grew - by 2001 it spoke of pursuing the "full spectrum of human rights", including economic, social and cultural rights. By 2009, it decided to campaign against "poverty, insecurity and exclusion".
But Amnesty's very success has brought problems with it that surround the organisation on its 50th anniversary.
Mission creep?
To campaign for prisoners of conscience is one thing, very tangible. To enlarge the campaign to concern itself with "prisoners of poverty" makes it so large and all-embracing as to be virtually meaningless.
Has it become a body more concerned with feeling good rather than doing good? Has it fallen foul of "mission creep"?
The broader remit is both a good and a bad thing, according to documentary film maker, Roger Graef, whose promotional fundraising work helped make Amnesty a household name.
He welcomes Amnesty's involvement in more causes but also has worries.
"I don't think the image you convey with the brand of Amnesty is anything like as clear as it was for the people who are behind bars for speaking out against oppression.
"The proposition was so clear and irresistible for anybody who had a conscience that even the dictators were moved by the letters."
The controversies have multiplied in recent years, particularly the way it campaigned against Guantanamo Bay, highlighting the rendition of detainees and their treatment in Guantanamo Bay.
When Amnesty UK began using the released Guantanamo detainee, Moazzam Begg as more than a victim of ill treatment, rather a representative of human rights, it provoked a full-scale row.
Gita Saghal, Amnesty's long standing head of gender, protested publicly and left the organisation.
Amnesty UK faced criticism over its relationship with Guantanamo detainee Moazzam Begg She charged that Amnesty was soft towards non-state organisations, however violent they might be; and that with Moazzam Begg, it failed to follow its own advice on "making the distinction between supporting what he went through in Guantanamo and treating him as a human rights advocate".
More problematically, in a letter responding to supporters of Ms Saghal, Amnesty UK used the phrase "defensive jihad" as if the organisation itself condoned any violence that might be committed under its terms. Even supporters of Amnesty think the phrase was incautiously used.
Throughout this time, Amnesty UK has played a straight bat, explaining that a full internal inquiry revealed nothing that required significant change in the way it behaved or presented itself.
"Amnesty has been a tremendous defender of victims of state abuses where there have been few such about," says human rights lawyer, Conor Gearty. He argues that is what Amnesty should do because that is where it is most needed. Other bodies will inevitably come under scrutiny
"What is very dangerous," he says, "is if Amnesty or any other human rights organisation allows itself to be persuaded that it needs to police the actions of third parties on an equal level."
Secular church
Striking the balance sheet on Amnesty at 50 is a complex activity.
Its new Secretary General, Shalil Shetty, finds a big agenda awaiting his attention.
It is still largely a Northern, white-liberal body with its roots in Christianity, Judaism, and Quakerism. Its members are mostly in Britain, the United States and Holland.
It is rather like a secular church, though many would feel uncomfortable with such a thought. Even its friends say it is a bit colonial too. Can it be truly internationalised?
More simply, is Amnesty trying to do too much? Is it now simply: too much about everything?
Does it need to reconnect to the original single simple improbable vision of its founder Peter Benenson?
Fifty years ago he believed that ordinary people could do good by personal acts of faith, by bearing witness through an act of conscience; he believed that if you wrote your letter someone else might be set free?
The idea still retains its original power.
Amnesty at 50 can be heard on BBC Radio 4 at 8pm on Tuesday 28 December 2010 and after on BBC iPlayer
A Opiniao de Jorge Oliveira
Alexandre Chaúque
INHAMBANE SEM O BADALO
Por Jorge de Oliveira
1. Pequeno livro de crónicas que marcou a estreia do AC em livro, como o próprio título o refere, esta é uma coletânea de textos sobre a cidade de Inhambane, um lugar que, não fosse o facto de se encontrar longe da Estrada Nacional, poderia ser hoje uma das mais desenvolvidas e bonitas cidades deste país.
2. Inhambane foi perdendo pessoas, hábitos, lugares, e, no fundo, beleza e mística; Isso preocupa o autor, um manhambana que se preza. Hoje, os ventos da modernidade limparam os resquícios dessa forma peculiar, fechada, de ser da cidade; onde todos se conhecem, todos são familiares uns dos outros, de dia impera o silêncio e à noite a multidão. Seria interessante trazer uma nova edição destes textos (com nova roupagem), o que sempre ajudaria a acender um debate que se impõe sobre este Município.
3. “Os cineastas deviam captar imagens do Mangoba nas suas câmaras. Transferi-las para as gerações que ainda virão. Sacralizá-las. Encaixá-las num enredo inteligente. Porque este é um animal que passará. E depois dele não haverá outro que carregará nos seus ombros um historial desta baía mítica”.
4. É uma obra histórica. Relembra noites de glória de músicos e bandas, uma das pedras de toque desta cidade da boa gente. Não explica, porém, se agora, 500 anos depois de lhe ter sido atribuído esse epíteto, ainda se mantém a gentileza e a hospitalidade das suas gentes.
5. Tembém não explora as praias. Na falta de tanta coisa, poderia ter falado sobre essa grande arma que parece não desaparecer facilmente: a beleza e o íman que as praias do Tofo e da Barra (dentre outras também bonitas, mas não tão conhecidas) exportam por esse mundo fora.
6. “A juventude desta cidade jamais conhecerá a harmonia porque ela nunca existiu nesta terra. As mulheres sáfaras daqui enlouqueceram. Comportam-se como feras enjauladas. Já não têm espírito. Até o futebol degenerou para fossas abissais. E já não resta nada. Senão a luta aqui e acolá, pela sobrevivência cultural. Que se tornou uma masturbação de loucos inveterados”.
7. AC escreve bem; poetisa as palavras, embeleza o texto – dá-nos o gosto da leitura e da literatura; cultivou-se como um excelente cronista. É só ver que este livrinho saiu em 2001, mas ainda hoje, quase 10 anos depois, as suas crónicas ainda são das mais lidas no país: o bitonga blues, no A verdade e agora o que escreve no Calowera. Do mesmo modo, trabalhos com dignidade para sair em livro. A ver vamos.
8. Não existe um escritor que não ame as palavras: Esta é uma prova. Mas, mais do que amar as palavras, a escrita, a literatura, este escritor ama a sua cidade e, por isso, fala na primeira pessoa, chora publicamente os sons que já não ouve, as danças que já não vê, as pessoas com as quais já não se cruza, ou as infraestruturas a ruir todos os dias. Um livro de saudade.
9. “Alguém considera este produto como sendo rival do vinho. E é mesmo, com a vantagem de ser um pouco mais forte. A sura bate, tanto doce como fermentada. Aliás, se você a bebe doce, ela se tornará traiçoeira. Fermentará mais tarde no seu estômago. E ao ser devolvida para a boca, ela recusará sair por onde entrou e invadirá o seu cérebro que ficará fortemente deprimido e sem vontade para a actividade, sobretudo sexual”.
10. Todas as palavras que AC escreve são válidas. E um dos seus grandes méritos é pegar num tema ou num episódio aparentemente simples e inofensivo e contar uma história. Aliás, nisso os manhambanas são exímios – quase que são uns dramaturgos por natureza.
11. A Literatura é uma arte para todos, mas, temos que aceitar, só alguns a tocam com mestria. Este nosso cronista é um deles. Influência do Blues que se canta em bitonga?
A Opiniao de Jorge Oliveira
Eduardo White
ATÉ AMANHÃ, CORAÇÃO
1. Este livro apela-nos à descoberta de duas questões. Uma, a personagem principal é um poeta (narrador na primeira pessoa, participante), o que permite ver, sem dúvidas, que, afinal, o poeta, pese embora a sua muita maluquice, também (como nós) é feito de carne e tem uma mulher para aturar e um carro para meter combustível. Depois, a palavra coração é colocada de modo a servir como esse músculo-órgão-carne, no sentido denotativo, e, ao mesmo tempo, na sua função estilística onde quer dizer paixão, no sentido conotativo. É um encaixe perfeito feito ao nível de um poeta com lugar na CPLP e que se tem mantido na dianteira da actividade poética nacional.
2. O silêncio e o frio presentes de forma acentuada denunciam a solidão do ato de escrever em contraposição ao gélido que assola o poeta quando se expõe ao exterior. Por isso EW, na obra, sente muito frio e reclama esse facto sem se eximir de exteriorizar o barulho tão alto que ouve quando o silêncio impera. Uma espécie de barulho do silêncio.
3. “Num país onde se rouba quase tudo, já nem tempo há para se roubar a poetas. E logo poetas, meu caro, e logo poetas roubados num país onde eles são mais pobres do que por natureza. Tomara os poetas aqui o fossem. Mas são, num certo sentido, ou porque são maus ou estão demasiadamente ocupados a ... (imagine-se) roubar”.
4. EW não cria uma terminologia própria nem um discurso inédito, mas é muito forte nos trocadilhos, no jogo entre as palavras ou expressões. Não (re)inventa termos, só que com base na grafia, umas vezes, e na sonoridade, noutras, vai dando novos significados à fala e aos sentidos. Traz outras ligações que as palavras criam, umas com as outras, ou que outros enquadramentos uma expressão/frase pode ter para além daquilo que é habitual.
5. É um grande desabafo da sua condição de poeta e é uma leitura e uma crítica à sociedade. Tem outras personagens de raspão, mas centra-se nesse grito que o poeta faz, para dentro de si, sem deixar de atingir todos que o rodeiam. O amor a que já nos habituou EW está neste título (parece duma carta, ou mensagem, mas não se concretiza nisso), só que misturado com alguma crítica social: criminalidade, política, dificuldades sociais e a aversão aos livros e à cultura. Faz uma grande digressão como adepto ferrenho do amor, passando, porém, sempre que possível pelo ambiente envolvente exterior à sua relação com quem ama (em particular). Ama sem nunca esquecer que é um ser social. No que tange à crítica social não poderia ter palavras mais ferozes.
6. “Tenho um país que respeito. Um país quente. Um país cujas gentes eu amo em sua humildade. Um país onde não se pode ler, onde a pobreza é notável, sofrível, cavernosa e doente. Como posso pedir-lhes que leiam, como posso pedir-lhes que ao invés dos pratos ponham livros à sua frente?”.
7. Não concordo que a maluquice vive com o poeta como norma; ou que todo poeta é maluco. Nada mais falso. Isso é uma falácia. Rezou a história que alguns poetas (de tempos remotos) fossem paulados, o que não significa que, hoje, passados séculos, a sina permaneça do que deve resultar que todo poeta seja louco. Nada disso. Nem bêbado, nem louco, nem boémio.
8. Pensa-se muito que a poesia é fácil – é um panfleto ou (pior) que é redigir difícil através de termos rebuscados. Não é. Poetizar é escrever fácil com a mensagem escondida. A beleza do texto poético encontra-se na descoberta dos significados escondidos por detrás das palavras. A descoberta dos recados e sobretudo das emoções/sentimentos é uma das virtudes nesta prosa poética whiteana. Este título sugere uma despedida quando o autor nem sequer chega a fechar a porta.
9. “Banais somos nós, todos, a olhar da indiferença esta miséria que se não nos apaga, esta que queríamos tivesse um interruptor para desligarmos. Ou, melhor, um remoto controlo para mudarmos a realidade sempre que nos aprouvesse fazê-lo”.
10. Assume-se como um sobrevivente às amarras sociais, mostra que não vive, mas sobrevive, pois o poeta é, nesta sociedade, sempre pobre. Se for para viver somente da poesia concordo; temos um país onde impera a falta de cultura de leitura poética, com poucos poetas a escreverem para as massas e no qual o livro é uma carta fora do baralho. Resultado: Miúdos do Secundário a dizerem, na tv, que o 7 de Setembro foi a assinatura do Acordo G de Paz, entre Governo e Renamo, em 93.
11. Na sua peça O libreto da Miséria os ataques ao poder atingem o êxtase; batem num ponto que nos leva a pensar que depois disso nada mais será possível criticar. Neste livro não foi tão violento, mantendo, no entanto, o xipoco do anti-poder. Livro de sonhos onde se vê o lado da ficção da palavra, do culto da beleza da frase. Esse lado visionário opõe-se ao que mais precisamos hoje: o do pragmatismo, soluções, de fazer as coisas andarem. É isso, as coisas têm que acontecer.
Sir Elton John becomes father via surrogate
28 December 2010
The couple said they were overwhelmed with happiness at news of the birth Continue reading the main story
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Elton 'cannot adopt in Ukraine'
Sir Elton John and his partner have become parents to a son born to a surrogate mother in California.
Zachary Jackson Levon Furnish-John was born on Christmas Day, the UK musician and his Canadian husband David Furnish told the Usmagazine.com website.
"Zachary is healthy and doing really well, and we are very proud and happy parents," said the couple.
They provided no details about the surrogacy arrangement.
"We are overwhelmed with happiness and joy at this very special moment," the couple told the website in a statement.
They said the boy weighed 7lb15oz (3.6kg).
A representative for the couple said they intended to protect and respect the privacy of the surrogate mother, and would not be discussing any details relating to the surrogacy arrangements.
Last year, the couple, who were married in 2005 after 12 years together, tried to adopt an Aids-infected orphan in Ukraine.
However, Ukrainian officials said Sir Elton, 62, was too old and his civil partnership with Mr Furnish, 48, would not be recognised as a marriage by Kiev.
Monday, 27 December 2010
Agente da PRM morto na Beira
UM agente da PRM morreu esta semana na cidade da Beira depois de espancado, em plena esquadra, por dois homens que entraram no posto, confirmou à Imprensa fonte policial.
Maputo, Sábado, 25 de Dezembro de 2010:: Notícias
Segundo foi relatado, os indivíduos agrediram na madrugada de sábado o oficial da Polícia, de 50 anos, que se encontrava sozinho na esquadra, vindo a perder a vida dois dias depois. Os agressores não retiraram nenhum bem pessoal ou de trabalho da vítima. O porta-voz da Polícia na cidade da Beira, Mateus Mazive, disse que a corporação trabalha para apurar com veracidade o “estranho caso” de morte do agente
Técnicos chineses agredidos em Namacurra
SEIS CIDADÃOS de nacionalidade chinesa foram na madrugada de quinta-feira última vítimas de assalto e agressão física protagonizados por um grupo de malfeitores ainda a monte no distrito de Namacurra, na Zambézia.
Maputo, Sábado, 25 de Dezembro de 2010:: Notícias
O Director do Hospital Provincial de Quelimane, Jorge Arrojo, para onde depois foram levados os feridos, confirmou a ocorrência, tendo dito que dos seis agredidos, cinco já tiveram alta, faltando apenas um que sofreu traumatismo craniano, encontrando-se ainda em observação.
As vítimas fazem parte de um grupo de técnicos envolvidos na construção da futura fábrica de processamento de arroz no distrito de Namacurra.
Até com Valdemiro José, “ta-se mal”?
Este título em epígrafe não vem ao acaso. É que durante a semana passada, as rádios locais, andaram a passar um spot publicitário de um suposto espectáculo que teria lugar no pavilhão do Benfica a partir das 22 horas do dia 24 de Dezembro, portanto, tudo como dizia o spot, para animar a noite que antecedia o natal.
Ora bem, o valor de entrada até não era tanto, embora reconheça que não foi fácil arranjar estes 200 paus ditos.
Mas quem seriam os músicos que iriam subir ao palco? De entre os nomes anunciados, estava o de Valdemiro José, este dono da letra “ta-se mal”, o qual usei como titulo para este meu pensamento. Haviam outras tantos, como a banda Garimpeiros e para alem dos músicos locais e como se diz em gíria que estão a bater.
Eu e mais alguns amigos, lá fomos para não sermos apontados como aqueles que não gostam de coisas de casa e por ai fora. Estava eu ciente que o espectáculo iniciaria as 22 horas. Mas enganei-me. Chegada a esta hora, quando cheguei ao pavilhão, local da realização do referido espectáculo, ainda experimentava-se a qualidade do som. Ora bem, muita gente como eu, estávamos ansiosos e ver músicos como Valdemiro a cantar em casa e receber aplausos de gente que lhe conhece. Mas nem com isso. A hora marcada já ia passando, quando olhei o relógio de um amigo, vi que já marcava 23horas. Não perdi esperança, porque sabia que pelomenos não estávamos muito longe do espectáculo começar. Começa, começa você. De 23horas o relógio nunca parou, já era meia-noite. Valdemiro vem, vem você. Um amigo meu que estava na organização viu um carro e disse: “Está ali o Valdemiro a passar”. Isso por volta da meia-noite.
Não aguentei, sai para dar umas voltas porque havia coordenado com alguns amigos que lá estavam que em casos de o show iniciar me dessem um toque. “Esperei, esperei nada”-como dizem os Afro Man. Tive que pegar no meu telemóvel e escrever uma mensagem questionando se havia começado o espectáculo e como estava o ambiente. A resposta não tardou. Sem receio os meus amigos disseram que não havia nada de jeito e o cartão-de-visita neste caso o Valdemiro, não havia ainda chegado.
Uff, a esperança já ia desaparecendo. Quase duas horas da madrugada, chega um amigo também e pergunta se havia iniciado o show e disse lhe que não sabia e logo de seguida disse que o Valdemiro ainda estava a dormir. Meu Deus, pensei logo errado. Como é que os músicos locais querem servalorizados pelo seu trabalho desta maneira? No dia que for um espectáculo de um músico estrangeiro e os Quelimanenses forem aplaudir, dirão que o pessoal de casa não respeita algo local?
Eu penso que, aquilo que aconteceu foi uma autêntica burla as pessoas que pagaram os seus 200 meticais para irem ouvir uma ou duas músicas por volta das 3 horas. Muita gente como eu ficou arrependida e desiludida pela forma de ser de um músico como Valdemiro, que sabendo que está em casa, tinha obrigação de fazer de tudo para não defraudar o pessoal que bem conhece. Nem com isso, parece que o jovem é mesmo ESTRELA e esqueceu de que tudo o que voa começa de baixo.
No meio daquilo tudo que assisti naquela noite, também ficam inúmeras perguntas. Será que alguém controla a realização de espectáculos neste país e na província em particular? Se controla então controla aonde e a quem? Já é chegada a hora de pôr ordens aos promotores de espectáculos que admitem que o público seja burlado desta maneira. Por favor CHEGA e pior ainda com músicos como Valdemiro que bem tudo poderia fazer para agradar os seus conterrâneos que lutam para lhe verem bem. Mas nem com isso, dai que na minha modéstia opinião eu remato em jeito de fecho que até com Valdemiro José ta-se mal.
Governo de Itai um por um
A partir desta edição
A partir desta edição, passaremos em revista o desempenho de cada um dos membros do Governo da Zambézia, sob liderança de Itai Meque.
Esta análise que pretendemos fazer, basear-se-á naquelas que foram as realizações e os fracassos de cada sector neste ano prestes a findar. E no fim, atribuímos uma nota na escala de 1 a 10 valores.
Como pontapé de saída, comecemos pelo sector de agricultura, visto que este sector foi definido como um motor para o desenvolvimento do país.
Ora, no ano prestes a findar fica difícil fazer uma leitura profunda sobre este sector, visto que a campanha agrícola foi lançada em Outubro e os camponeses estão ainda a cultivar a terra. Mas isso não isenta apontar algumas coisas que o sector teve.
Sabe-se de antemão que o sector de agricultura é dotado por um pessoal técnico qualificado, estamos a falar de engenheiros, técnicos e por ai fora. Porém, este sector não pode trabalhar sozinho, visto que de conhecimento de todos que o grande problema que os produtores deste país e da província em particular tem tido é a comercialização agrícola, dai que tem havido muita produção, mas não há como escoar estes produtos. Aqui, chama-se a responsabilidade do sector da agricultura para junto das outras direcções como a da Indústria e Comércio, Obras Públicas, juntos encontrarem saídas para que a população não passe a vida toda a produzir só para comer.
Quantas vezes já vimos produtos a deteriorarem-se nos celeiros porque não há como escoá-los? Quantas vezes não ouvimos produtores a reclamarem com qualquer dirigente, ate ministros de outros sectores que produzem tanto, mas não tem como escoar os seus produtos? São várias vezes, dai que, chama-se aqui a responsabilidade do sector dirigido pelo Momed Valá, para agir em conjunto com os sectores atrás mencionados. Nos próximos anos, não queremos voltar a ouvir a música de sempre que, não maneiras de escoar a produção.
Outra coisa que não passa despercebida é a definição dos preços de compra dos produtos no camponês. Muitas vezes quem define os preços dos produtos são os compradores e quando é assim, a oferta é ao gosto de quem compra.
Por outro lado, também há que mencionar aqui o grande esforço que o sector tem empreendido, embora muitas vezes este esforço seja de ocasião. Todavia é preciso também que o sector deixe de exibir relatórios bonitos, slides com coisas de anos passados, porque os mais atentos sabem que as coisas não são assim como são ditas em sessões ou reuniões do governo.
Sabe-se que quando se está perante um governador há tendência é mostrar que as coisas estão a correr bem, mas meia volta, o sector vive numa lástima. Dai que não se pode usar capa de que as coisas vão bem, mas na verdade não. Há bolsas de fome, mas em contrapartida há produção agrícola que basta. O que se passa? Como sair disto?
Dai que o director provincial Momed Valá, tem que olhar bem antes de falar, embora reconheçamos o seu grau de maturidade em convencer quem quer que seja, mesmo em casos de que as coisas não estão bem. Quem tem Vala enfrente, espera palavras doces, mas na machamba, os agricultores vivem de amargura. Mas mesmo assim, pode ficar com esta nota 9, aguardando pelos resultados da campanha em curso. (DZ)
Choveu pouco em Quelimane
Depois de tanto calor
Quelimane (DZ) - Aqueceu tanto nos últimos dias em Quelimane, com temperaturas a rondarem por ai 38 graus célsius. Era difícil aguentar, pior nem sequer soprava pelo menos uma ventania. As árvores não abanavam e tudo estava parado.
Os que puderam, foram a praia. Enquanto que, outros nada podiam fazer se não desfrutarem das varias cervejas em diversos locais, de principio abertos.
E este domingo, portanto, ontem por volta das 13horas, a temperatura mudou e caiu chuva por alguns minutos. Não foi suficiente sim, mas deu para atenuar o calor. Até ao fecho desta edição, o céu estava coberto e havia tendência de que mais dias ou menos dias, a chuva cairá, mas também o calor continua. (DZ)
Natal de crime em Namacurra
Chineses que vão construir fábrica de processamento de arroz foram assaltados
• Isso acontece depois do Bispo da Diocese de Quelimane e o Comandante da PRM terem entrado em ping-pong sobre níveis de criminalidade na Zambézia
Quelimane (DZ) - Os cerca de vinte cidadãos de nacionalidade chinesa envolvidos na construção da fábrica de descasque de arroz no distrito de Namacurra, não se vão esquecer daquela noite fatídica da quinta-feira, 23 de Dezembro, quando em plena noite, todos a dormirem, foram visitados com cerca de sete homens, empunhando armas de fogos e também brancas. Veja-se cerca de sete homens com armas de fogo, até parecia um exército que vai a um combate.
Uma fonte que nos facultou a informação a partir de Namacurra disse que os cerca de vinte cidadãos de origem chinesa foram colhidos pelo susto de arrombamento das portas do acampamento, situado a poucos metros da vila. Na tentativa de resistirem, ouviram disparos e dai nada mais tinham que fazer. Para além de armas de fogo, os cerca de sete bandidos traziam consigo também armas brancas e outros instrumentos contundentes com os quais feriram alguns daqueles que tentaram resistir.
Ainda de acordo com o nosso informador, os malfeitores roubaram computadores para além valores monetários. Todavia, sabe-se que no meio desta confusão toda de quem é forte, três chineses ficaram gravemente feridos e neste momento, encontram-se no Hospital Provincial de Quelimane (HPQ), recebendo cuidados intensivos.
Comandante da PRM lidera operação
Na tarde da última sexta-feira, o nosso jornal viu o Comandante Provincial da Polícia da República de Moçambique na Zambézia, o General Manuel Filimão Zandamela, ao volante da sua Mahindra, acompanhado por alguns homens da Forca de Intervenção Rápida (FIR), indo a Namacurra, local do crime.
Certamente que o objectivo do General Zandamela era de saber no terreno e usando toda perícia policial que tem, como é que isso aconteceu e sobretudo o paradeiro dos malfeitores. Pior ainda, quando se falam de cerca de 7 homens, com armas de fogo, isso tira sono quem quer que seja.
Mas até aqui, ainda não há mais dados sobre este crime que deixou os chineses sem força e a passarem um pior natal e fora de casa.
Coincidência ou realidade?
Este crime de Namacurra acontece três dias depois de o Bispo da Diocese de Quelimane, Dom Hilário Massinga, ter dito a Rádio Moçambique que o crime na província da Zambézia tira sono a qualquer que seja.
Para Dom Hilário, nos últimos anos a criminalidade tem vindo a tomar conta da província toda e da cidade em particular, dai que na sua óptica é preciso que hajam esforços coordenados para que se estanque esta onda. Aquele prelado foi mais longe ao afirmar que só neste ano, duas casas pertencentes a igreja católica foram assaltadas, contra tantas outras de pessoas singulares.
Todavia, o Comandante Provincial da PRM na Zambézia, General Manuel Filimão Zandamela, veio desmentir estas afirmações do Bispo da Diocese de Quelimane, alegando que tudo está sob controlo das autoridades policiais. Zandamela disse a mesma estacão emissora que entrevistou ao bispo que não se pode afirmar que o crime está em alta, porque a polícia não está sentada e muito menos cruza os braço e tudo faz para conter esta onda de crime.
Quando estas duas vozes vieram cada um dizer o que sente, eis que em menos de três dias, os malfeitores vieram fazer vida cara aos chineses em Namacurra.
Polícia segue pistas
Num contacto telefónico este domingo com o porta-voz daquela corporação nesta parcela do país, ficamos a saber que neste momento a polícia está seguindo pistas e neste momento encontra-se estacionada em Namacurra, uma força especial para investigação de crimes, por parte da FIR.
Ernesto Serrote foi muito cauteloso e não avançou muitos dados, sublinhou apenas que a polícia está a trabalhar para esclarecer este caso.
Bastidores de Namacurra
Não há conversa nenhuma em Namacurra se não deste assalto que aqueles cidadãos de origem chinesa sofreram. Os que conhecem bem a vida de Namacurra equacionam este assalto como um ajuste de contas, isto porque segundo estas mesmas pessoas, nos últimos dias, ou seja, desde que os chineses arrendaram uma residência mesmo na vila, registava-se um movimento de mulheres naquela residência e algumas destas, são esposas de naturais de Namacurra. O tempo foi passando e o cenário foi aumentando, dai que supõe-se que este assalto pode estar ligado a um ajuste de contas. A polícia no local, diz que faltaram meios circulantes para se fazerem ao local do crime na hora que este estava sendo cometido porque tiveram alerta.
Circula um vídeo em Namacurra
Na vila sede distrital circula um vídeo discreto, retirado da residência dos chineses, cujo teor tem a ver com cenas de pornografia que foram acontecendo durante este tempo todo. Este vídeo segundo nossas fontes, foi retirado neste dia de crime, e algumas das personagens que se podem ver no referido vídeo, são mulheres residentes naquela vila distrital. E a ser verdade?
Pelo sim ou pelo não, vale pena aguardar pelas investigações que a polícia está a efectuar e só depois do esclarecimento do caso, ai sim, saber-se-á o que estará por detrás deste crime.
Mas mesmo assim, há uma pergunta que se faz depois daquele ping-pong entre o Bispo da Diocese de Quelimane e Comandante da PRM: De onde está a razão? (DZ)
Governo da Provincia da Zambezia
DISCURSO DE SUA EXCELÊNCIA FRANCISCO ITAI MEQUE, GOVERNADOR DA PROVÍNCIA DA ZAMBÉZIA, NA RECEPÇÃO OFERECIDA POR OCASIÃO DO NATAL E DO FIM DO ANO DE 2010.
SENHOR PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA PROVINCIAL;
SENHOR JUÍZ-PRESIDENTE DO TRIBUNAL JUDICIAL PROVINCIAL;
SENHOR PROCURADOR-CHEFE PROVINCIAL;
SENHOR PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL DA CIDADE DE QUELIMANE;
SENHOR REPRESENTANTE DO ESTADO NA CIDADE DE QUELIMANE;
SENHORES DEPUTADOS DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA,
EXCELÊNCIAS;
CAMARADA 1º SECRETÁRIO DO COMITÉ PROVINCIAL DO PARTIDO FRELIMO;
SENHORA SECRETÁRIA PERMANENTE DO GOVERNO PROVINCIAL;
SENHORES ADMINISTRADORES DISTRITAIS;
SENHORES MEMBROS DO GOVERNO PROVINCIAL;
SENHORES CONVIDADOS PERMANENTES DO GOVERNO PROVINCIAL;
SENHORES REPRESENTANTES DAS EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVADAS;
SENHORES REPRESENTANTES DAS CONFISSÕES RELIGIOSAS;
SENHORES REPRESENTANTES DE PARTIDOS POLÍTICOS;
SENHORES REPRESENTANTES DAS ONG’S NACIONAIS E ESTRANGEIRAS;
SENHORES REPRESENTANTES DOS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL;
DISTINTOS CONVIDADOS;
MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES!
É com grande alegria e renovada honra que nos dirigimos a V. Excias para desejar a todos Festas Felizes, nesta ocasião especial de celebração do ano de 2010 que finda, e do limiar do ano de 2011.
Permitam-nos que enderecemos a nossa saudação especial ao Presidente da República de Moçambique, Sua Excelência ARMANDO EMÍLIO GUEBUZA, pela forma sábia, didáctica, abnegada e clarividente como tem conduzido os destinos desta nossa bela Pátria Amada, a que ele, carinhosamente, apelida de “Pérola do Índico”. Estendemos as nossas saudações a todos os presentes e por vosso intermédio à toda população da Província da Zambézia.
MINHAS SENHORAS,
MEUS SENHORES!
O término de um ano e a transição para um outro suscita em cada de nós, motivos para uma introspectiva reflexão no que respeita ao alcance dos propósitos que tencionávamos atingir, bem assim, perspectivarmos as prioridades e desafios para o ano que inicia.
Neste contexto, no quadro da implementação do Programa Quinquenal 2010-2014, o Governo Provincial direccionou as suas acções e recursos para factores que consolidaram a prossecução do desígnio nacional de lutar contra a pobreza.
Permitam-nos aproveitar a preciosa e prestigiada presença dos ilustres convidados, para sucintamente neste momento de balanço, lograrmos exaltar os sucessos alcançados na implementação do Plano Económico e Social de 2010 na nossa Província, nas diversas áreas de actividade:
Na área económica e de infra-estruturas
A produção global passou de 18.5 milhões de contos em 2009 para 21.4 milhões de contos em 2010, o que representa um crescimento de 15.3%. Em termos de estrutura da produção global, o sector da agricultura e pecuária teve uma contribuição de 70,1%, seguido da indústria e pescas com 27,8% e Transporte e Comunicações com 2,1%;
Foram arrecadados 519.9 milhões de contos de receitas fiscais contra 374.6 milhões de contos em 2009, registando-se um crescimento na ordem de 38.8%;
Aprovados pelos Conselhos Locais Distritais um total de 2.254 projectos, dos quais foram financiados 1.430, destacando-se 629 de produção de comida e 801 de geração de rendimento. Os projectos financiados permitiram a geração de 4.755 postos de emprego, dos quais 2.254 fixos e 2.501 sazonais.
No sector da agricultura:
Foram produzidas 3.586.168 tons de culturas diversas contra 3.347.916 tons de 2009, registando-se um crescimento de 7.3%;
Alocados 20 moto-cultivadoras para os distritos de Namacurra, Nicoadala, Chinde, Mocuba e Maganja da Costa;
Alocadas 20 motobombas para os distritos de Morrumbala, Mopeia, Chinde, Maganja da Costa, Gurué, Namacurra, Mocuba, Nicoadala e Alto Molócue;
Concluída a reabilitação da segunda fase do regadio de M´ziva, no distrito de Nicoadala, numa área de 100 ha e reabilitados ainda 1000m do canal principal de rega deste regadio;
Reabilitado parcialmente o regadio de Morrire de 200 ha, no Distrito de Morrumbala, para beneficiar 150 famílias camponesas;
Reabilitadas 5 comportas que dão acesso aos 3 blocos do regadio de Sombo numa área de 100 ha e Chacuma 50 ha, no Distrito de Chinde;
No Sector de Pescas
Foram capturadas 26.607 toneladas de produtos de pesca, contra 26.274 tons capturadas em 2009;
No Sector Indústria e Comércio
Foram licenciadas 43 unidades industriais, das quais 4 de pequena dimensão e 39 micro-industrias. A Província conta actualmente com um total de 1.205 unidades industriais;
Licenciados 200 estabelecimentos comerciais, passando a província a contar com 5.435 estabelecimentos, dos quais 3.682 são do comércio urbano e 1.753 do comércio rural;
Comercializadas 766.100 toneladas de produtos diversos contra 537.100 tons de 2009, registando-se um crescimento de 40.3%;
Implantado o Núcleo Provincial da Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE);
A conquista pela Província do 2º lugar na FACIM 2010.
No Sector do Turismo
Foi Realizada a 3ª Edição do Festival de Zalala com a participação de mais de 18.000 pessoas;
Financiados 3 operadores turísticos com o micro-crédito do INATUR;
Concluídas as obras de construção do Hotel Capulana Resorts no distrito de Alto-Molócuè;
Assinado o contrato de exploração das Ilhas Casuarinas e Epidendron com a Small Island Development, Lda, num investimento orçado em 30 milhões de dólares americanos;
Criadas 3 reservas de espaço para o desenvolvimento do turismo nos distritos de Pebane, Guruè e Milange;
No Sector dos Recursos Minerais e Energia
Foram produzidas 251.3 tons de minerais diversos;
Concluída a electrificação na base dos grupos geradores, os Postos Administrativos de Muabanama e Megaza, nos distritos de Lugela e Morrumbala;
Registados 61.250 novos consumidores de energia eléctrica contra os 10.405 registados em 2009, elevando o número de consumidores para 122.064, dos quais 121.061 estão interligados a Rede Nacional e 1.004 são dos sistemas de isolados ou seja, os grupos geradores.
Sector dos Transportes e Comunicações
Construída a rampa de acostagem de Recamba, em Inhassunge;
Concluída a expansão da rede de telefonia fixa para os distritos de Chinde, Pebane e Maganja da Costa;
Iniciada e na fase conclusiva a reabilitação do Aeroporto de Quelimane.
No Sector das Obras Públicas e Habitação:
Foram reabilitados 12.7 Km de estradas na Cidade de Quelimane;
Iniciada a construção e reabilitação do sistema de drenagem da Cidade de Quelimane;
Concluída a reabilitação da ponte sobre o Rio Molócuè no Gilé, numa extensão de 200m;
Em curso a asfaltagem da estrada Zero-Mopeia;
Assinado o contrato para asfaltagem da estrada Mocuba-Milange;
Concluída a construção da ponte sobre o Rio Cuacua 1, no distrito de Mopeia;
Em curso, as obras de construção das pontes sobre os Rios Licungo 2 e 3, nos distritos de Maganja da Costa e Namacurra;
Em curso, a asfaltagem de 4 km de estrada na Vila Autárquica de Alto-Molocuè;
Concluída e inaugurada a portagem sobre o Rio Lugela;
Construídas e reabilitadas 202 fontes de água, aumentando a taxa de cobertura da água rural de 38.5% em 2009 para 39.3%. A Província conta actualmente com 2.945 fontes de água que beneficiam 1.465.808 habitantes;
Aumentada a cobertura na taxa de abastecimento de água na Cidade de Quelimane passando de 66% em 2009 para 79% em 2010, servindo cerca de 205.930 habitantes;
Construída uma nova estação de tratamento de água em Licuar, distrito de Nicoadala;
Reabilitados os Pequenos Sistemas de Abastecimento de Água de Maganja da Costa e Pebane;
Área social
Sector do Trabalho
Foram formados 2.302 pessoas, das quais 643 mulheres, nas especialidades de gestão de Recursos Humanos, Informática, Secretariado, Contabilidade, Relações Públicas e Marketing, Elaboração de Projectos, Manutenção de Computadores, Corte e Costura.
No Sector da Saúde:
Entrada em funcionamento de 7 novos Centros de Saúde nos distritos de Chinde, Morrumbala, Alto-Molócuè, Lugela, Mocuba, e Namacurra, elevando para 214 Unidades Sanitárias existentes na Província;
A recepção de 18 médicos, dos quais 5 especialistas e 13 generalistas, passando a Província a contar com 77 médicos;
À excepção dos distritos de Chinde, Inhassunge e Lugela que têm 1 médico cada, os restantes distritos têm 2 ou mais médicos;
A razão médico/habitante passou de 65.410 habitantes por médico em 2009 para 55.436 habitantes/médico em 2010;
Em curso a construção de 4 Centros de Saúde Tipo 1 com internamento, em Luabo (Chinde), Nauela (Alto-Molócuè), Naburi (Pebane) e Alto-Ligonha (Gilé);
No Sector de Educação e Cultura:
Foram matriculados 1.350.903 alunos nas escolas públicas contra 1.252 mil alunos matriculados em 2009, registando-se um crescimento de 7.8%;
Contratados 2.522 novos docentes, perfazendo um total de 20.131 docentes na Província;
Concluída a construção da Escola de Artes e Ofícios de Mugeba, no Distrito de Mocuba;
Em curso a construção da Escola Secundária Geral de Sangariveira, na Cidade de Quelimane;
Em curso a construção de uma Escola Secundária, em Milange;
Em curso a 2ª fase de construção e reabilitação do Instituto Médio Agrário de Mocuba;
Em curso a reabilitação do Instituto Industrial e Comercial 1 de Maio de Quelimane;
Em curso a reabilitação das casas de cultura dos Distritos de Ile e Milange;
Em curso a construção do Lar de Estudantes, em Inhassunge;
A participação da Província no VI Festival Nacional da Cultura;
No Sector da Mulher e Acção Social
Foram atendidas 818 crianças em situação difícil nos 6 Centros de Acolhimento existentes na Província;
Atendidos 768 idosos em 3 Centros Abertos nas Cidades de Quelimane e Mocuba e distrito de Nicoadala;
Atendidos 20.457 beneficiários no Programa Subsídio de Alimentos;
No Sector da Juventude e Desportos:
Foi revitalizado o sector desportivo, com particular destaque para o Futebol, face a crise de direcção que abalou a Associação Provincial desta modalidade;
A conquista do primeiro lugar pela Província do Festival Nacional Juvenil Music Crossroads.
Na área da Ordem e Segurança Públicas
Recuperados ou apreendidos 90 meios circulantes, 13 armas de fogo, 310 metros de cabos eléctricos, 180 diversos tipos de aparelhos electrodomésticos e 75.375 kg de cannabis sativa, vulgo suruma;
Interpelados 642 estrangeiros ilegais, os quais alguns foram repatriados e outros encaminhados ao Centro de Refugiados de Marretane, na Província de Nampula.
Na área de Administração da Justiça
Estão em curso as obras de construção dos Tribunais Judiciais dos Distritos de Ile e Gilé, e reabilitação das instalações do Tribunal Judicial do Distrito de Pebane;
Inaugurada as novas instalações da Delegação Provincial do Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica (IPAJ) e a expansão destes serviços para os Distritos de Mocuba, Maganja da Costa, Milange, Pebane, Guruè, Alto-Molócuè e Ile;
Concluída a reabilitação da Procuradoria Distrital de Ile;
Em curso a reabilitação das Procuradorias Distritais de Milange, Mocuba e Guruè;
Iniciada a construção da Procuradoria Provincial.
Distintos convidados,
As realizações que acabamos de enumerar foram possíveis graças ao engajamento, participação, colaboração e a manifestação do espírito de auto-superação de todos segmentos e sectores de que a responsabilidade pelo bem-estar depende em primeiro lugar, de nós próprios como moçambicanos e que ajuda externa deve servir de complemento e não um imperativo para deixarmos de ser pobres.
Foi impressionante constatar, registar e sentir durante as nossas visitas de governação aberta como cada cidadão ou grupo social, empresas, produtores, camponeses e toda a população assumiu a ideia de que produzir, alimentar e viver bem não está predestinado somente para algumas pessoas ou grupos, mas sim a todos àqueles que encaram o trabalho como a arma para superar adversidades e privações.
Permitam-nos caros presentes, aproveitar esta soberana oportunidade para uma vez mais reiterar os nossos agradecimentos às instituições e entidades públicas e privadas, desde Agentes Económicos, Personalidades Influentes, Organizações Não-Governamentais Nacionais e Estrangeiras, Governos Distritais, Municípios, Deputados da Assembleia da República, artistas, Órgãos de Comunicação Social, Organizações da Sociedade Civil, Confissões Religiosas, Partidos Políticos, Idosos e Idosas, Homens, Mulheres, Jovens, Crianças, Camponeses e a População em geral, pelo inestimável apoio, solidariedade e de carinho demonstrados, os quais permitiram que a VI Gala Beneficente, realizada na nossa Província fosse de facto um grande sucesso a nível nacional.
MINHAS SENHORAS,
MEUS SENHORES;
Caminhamos para o término do ano 2010, registando alguns constrangimentos na implementação do Plano Económico e Social, a saber:
A deficiente cadeia de comercialização dos excedentes agrícolas;
O aumento da Imigração ilegal;
O registo de casos criminais, com particular destaque para os homicídios voluntários qualificados, roubos com recurso a armas de fogo e brancas, e assaltos a residências;
A redução da renda familiar devido a doença do amarelecimento letal do coqueiro;
A erosão nos distritos de Alto-Molocuè, Chinde, Guruè, Mocuba, Nicoadala e Cidade de Quelimane;
A demora na conclusão de construção de casas nos Bairros de Reassentamento;
Altos níveis de infecção pelo HIV/SIDA;
Atrasos na conclusão da Estrada Mocuba-Nampevo;
Assim, o Governo Provincial fará destes constrangimentos os desafios a vencer no ano que se avizinha, definindo dentre outras, como prioridades as seguintes acções:
A continuação dos esforços visando a alocação atempada dos materiais para a conclusão da construção de casas nos Bairros de reassentamento;
A prossecução da busca de soluções técnicas para o combate à doença do amarelecimento letal do coqueiro;
A implementação de acções no âmbito do Millennium Challenge Account (MCA), nas áreas de estradas, drenagem, saneamento e abastecimento de água, nas Cidades de Quelimane, Mocuba e Gùrué;
A execução da 2ª Fase de reabilitação das estradas da Cidade de Quelimane, bem como a 2ª fase da construção e reabilitação do sistema de drenagem;
A interligação dos Distritos de Chinde e Lugela à Rede Nacional de Energia Eléctrica;
O início da asfaltagem da estrada Mocuba-Milange;
A conclusão da avaliação do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Província, 2006-2010 e a consequente elaboração e Lançamento do 3º Plano Estratégico de Desenvolvimento da Província;
A entrada em funcionamento da Minas de Tantalite de Muiane, Distrito de Gilé;
A construção de Silos nos Distritos de Alto-Molocuè, Milange e Mocuba;
A plena utilização do regadio de Tewe II com capacidade de irrigar 227 ha, no Distrito de Mopeia para a produção de arroz;
O início da colocação de pavés na estrada Recamba-Abreus, no Distrito de Inhassunge.
Asfaltagem da estrada Quelimane-Zalala;
A conclusão da reabilitação da estrada Mocuba-Nampevo.
A implantação de fabriquetas de processamento de frutas e de mandioca nos distritos de Ile e Mocuba;
A construção de uma indústria de processamento de arroz no Distrito de Namacurra.
Estamos certos que a visão pragmática e o espírito de cumprimento de missão pautados pelo modelo de excelência continuarão a ser o guia estandarte do Governo, dai que tudo o que prometemos e comprometemo-nos a fazer será progressiva e integralmente cumprido, sendo que a persistência, a responsabilidade, o diálogo e o trabalho árduo constituirão os nossos indicadores e valores de sucesso.
Deste modo, ao entrarmos para o ano de 2011, queremos renovar o nosso apelo à toda sociedade zambeziana para que consolidemos cada vez mais o espírito de Unidade Nacional, Paz, cultura de trabalho, concórdia, auto-estima, orgulho, diálogo, tolerância e de vigilância contra os prevaricadores.
Aproveitamos, igualmente, esta ocasião solene para saudar calorosamente aos dirigentes, funcionários, trabalhadores e colaboradores dos sectores público e privado, e suas respectivas famílias e reiteramos votos para que redobrem os esforços visando fazer a pobreza constar futuramente somente nos livros de história.
Às organizações da sociedade civil, às personalidades influentes, aos líderes religiosos, comunitários e políticos, aos agentes económicos, aos operários, intelectuais, camponeses e a toda população, vão os nossos votos para que no próximo ano, continuem a dar o melhor de si, contribuindo com o seu valioso trabalho para a geração da riqueza.
A todos os doentes desejamos rápidas melhoras e aos que se encontram hospitalizados, um breve regresso para junto de suas famílias.
Saudamos as forças de defesa e segurança pelo seu empenho e esforço empreendido na garantia da ordem e tranquilidade dos cidadãos. Encorajamos a continuarem a serem implancavéis contra todos actos que atentam contra a Ordem e Segurança Públicas, bem como no estreitamento da parceria polícia-comunidade.
Aos profissionais de comunicação social, nossos parceiros e colaboradores na agenda de desenvolvimento vão igualmente, os nossos ensejos para que continuem a ser os agentes de transformação social, económica, política e cultural, consolidando cada vez mais o profissionalismo e o patriotismo que vos caracteriza na relação com os diversos públicos.
Aos nossos parceiros de cooperação, reiteramos a nossa vontade férrea de contar com a vossa parceria e sinergia para o contínuo crescimento e desenvolvimento sócio-económico da Zambézia.
A terminar, gostaria de, em nome do Governo Provincial, da minha família e em meu nome pessoal, endereçar a toda a População da Zambézia, nossos sinceros votos de, um Feliz Natal e Dia da Família, Festas Felizes e um Ano Novo cheio de saúde, amor, paz e prosperidade.
Zambézia Hoye!
POR UMA ZAMBÉZIA, UM DIAMANTE EM LAPIDAÇÃO:
Convido a todos para me acompanharem num brinde:
À saúde de Sua Excelência do Presidente da República, Armando Emílio Guebuza;
À saúde de toda a população da Zambézia;
À saúde de todos presentes e vossas famílias.
Pela atenção dispensada, o nosso muito obrigado!
Quelimane, 23 de Dezembro de 2010
Assange signs book deals worth over £1m
December 26, 11:35pm
Assange signs book deals worth over £1m
Julian Assange has signed book deals worth more than £1m in the US and UK, to allow the WikiLeaks founder to cover his legal fees and maintain the whistleblowing site.
http://www.ft.com/cms/s/e0d0e164-1142-11e0-a26b-00144feabdc0.html
Sunday, 26 December 2010
alculete8.araujo@blogger.com -37% 0FF on Pfizer!
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Finalmente chove na cidade de Quelimane!
Depois de mais de um mes de calor abrasador, a chuva surpreendeu na tarde de hoje a mais de um milhar de banhistas que se encontravam a destrutar a praia de Zalala!
Em menos de cinco minutos os banhistas tiveram de desfazer-se dos seus haveres, que incluiam tendas de campanha, fogoes a carvao e outros utensilios uteis.
Ainda na manha de hoje o calor chegou a atingir mais de 35 graus para de repente e quando menos se esperava a chuva, violenta e com trovoadas escalar aquela parcela do pais. Os camponeses da cintura de Quelimane e que respiram de alivio! Apesar de tardia, a esperanca volta a reinar no seio dos municipes e citadinos desta urbe no que se refere as machambas para o cultivo de arroz, mandioca, batata doce e feijoes!
Para mim particularmente a chuva vem baixar a poeira que impedia o transito de veiculos nao 4 x 4 de Zalala a Supinho!
Bem haja a chuva!
Um abraco de Zalala/Supinho
MA
Festas Felizes!
Prezadas/os amigas e amigos!
Desenho-vos festas felizes e um ano novo prospero! Que 2011 seja aquele ano com que todos sonhamos! Cheio de amor, felicidades, muito trabalho e sobretudo muito dinheiro!
A voces que diariamente tem me visitado, de varios pontos do pais e do mundo, nao tenho palavras para vos agradecer! Mas prometo que dia a inspiracao divina e assim poderei lavrar um texto digno da vossa amizade!
Aos que ofendi, aqui ficam as minhas sinceras desculpas! Quero que compreendam que nao sou perfeito! Sou feito de carne e osso e tenho muitos, mas muitos defeitos! Mais do que imaginam!
Neste momento de penitencia e reflexao Peco a vossa indulgencia e perdao!
E como diz o Sueia, FACAM O FAVOR DE SEREM FELIZES!
Estao pois convidados a um mergulho na linda e 'caliente' praia de Zalala/Supinho!
Ate 31 de Maio o mergulho sera 'mahala' ou seja free of charge!
Agurado vossas sugestoes, criticas, ameacas, conselhos! dizia meu pai que 'quem te critica e porque quer ver-te crescer'!
Um abraco,
Manuel de Araujo
Saturday, 25 December 2010
Friday, 24 December 2010
Reflectindo sobre Moçambique: O EMBAIXADOR EXTRAORDINÁRIO E PLENIPOTENCIÁRIO DA ...
Reflectindo sobre Moçambique: O EMBAIXADOR EXTRAORDINÁRIO E PLENIPOTENCIÁRIO DA ...: "MIGUEL COSTA MKAIMA Convida os Exmos. Senhores Secretários das Células do Partido FRELIMO em Portugal, para um encontro, que terá lugar no d..."
ZAMBÉZIA - Mão-de-obra afecta colheita do chá
A FALTA de mão-de-obra está a comprometer a colheita do chá verde na presente campanha agrícola no distrito de Guruè, na Zambézia. As empresas chazeiras dizem que uma grande parte da sua força laboral sazonal, constituída pelos camponeses que residem nas redondezas dos seus campos de cultivo daquele produto, está envolvida em actividades de preparo da terra para a safra agrícola de 2010/2011 para a produção de milho, feijões e soja.
Maputo, Quinta-Feira, 23 de Dezembro de 2010:: Notícias
O problema, que não é novo no subsector do chá, agudizou-se este ano devido ao facto de algumas culturas, como soja, algodão e feijões, terem ganho maior aderência dos produtores em virtude de contribuírem de forma significativa para o aumento das rendas das famílias e, consequentemente, para a melhoria das condições sociais.
Outro factor que provavelmente esteja a contribuir para o fraco recrutamento da mão-de-obra sazonal pode estar associado aos baixos salários, longas horas de trabalho, falta de ração e meios de trabalho, como capas e botas.
Apesar destes factores, as empresas dizem ter espaço para dar emprego na campanha agrícola. A Sociedade de Desenvolvimento da Zambézia (SDZ), por exemplo, tem disponíveis 700 vagas para admissão imediata de trabalhadores sazonais.
O director de Produção da SDZ, Ian Larking, pediu ao Executivo durante o encontro entre o Governo e as empresas agro-industriais para que este use a sua capacidade de mobilização da população, através das autoridades comunitárias, por forma a que as vagas sejam ocupadas para que se possa produzir mais.
A sociedade tem 300 trabalhadores permanentes que não estão a dar vazão ao trabalho que têm pela frente, daí que o desafio da empresa em repetir o volume de 1200 toneladas anuais.
As empresas chazeiras apresentam essa preocupação ao governador da Zambézia, Francisco Itae Meque, que escalou a região norte da província para monitorar e avaliar o decurso da campanha agrícola 2010/2011. O governante apelou aos jovens para aproveitarem essa oportunidade de se empregarem para resolver os seus problemas sociais.
Entretanto, as outras empresas presentes no encontro indicaram que o mau estado das estradas afecta o processo de escoamento da produção agrícola dos campos para os centros de consumo. David Maciel, da Mozambique Leaf Tobacco, disse que as rodovias do distrito de Guruè obstaculizam o escoamento da produção, sendo necessária uma intervenção urgente do Governo na sua reabilitação.
Em jeito de resposta, o governador da Zambézia, disse haver boas perspectivas quanto à reabilitação de estradas no distrito. Indicou que o troço Guruè/Magigi, numa extensão de 40 quilómetros, será reparado no próximo ano. Explicou que o concurso para o efeito já foi lançado.
Para além daquele troço, Itae Meque disse que o governo aloca anualmente um milhão e duzentos e cinquenta e mil meticais para a reabilitação de estradas dos principais centros de produção agrícola para os centros de consumo. A fonte afirmou que há um plano de intervenção do governo de Guruè que visa, efectivamente, fazer uma intervenção nesses troços.
A Opiniao de Elisio Macamo
A Nação do Estado
DO estado da Nação fala o Chefe do Estado. É sua função. Aliás, só ele é que pode dizer em que estado – ou em que estado ele gostaria que os moçambicanos pensassem que – a nação se encontra. Neste sentido, o discurso do estado da nação vale o que o nosso sistema político permite que ele valha. Pouco. Isto é, como a atribuição principal do Chefe do Estado é garantir o funcionamento do aparelho estatal, o estado da nação sobre o qual ele pode falar é o que lhe permite fazer a reportagem das suas realizações para garantir, entre outras coisas, que o favor do povo continue do seu lado. Sendo assim, a pergunta que se coloca é de se saber quem, nestas circunstâncias, pode, então, falar da nação do estado, isto é daquilo que está acima, muito acima, na verdade, da máquina estatal. A resposta a esta pergunta constitui o tema deste texto.
Maputo, Quinta-Feira, 23 de Dezembro de 2010:: Notícias
A nação é a moral. Leia-se bem: é a moral, não amoral. A nação é a convivência de todos os dias que nos permite dar sentido ao que se passa em nosso redor. Não são as ideias abstractas de liberdade, direitos humanos, justiça e integridade que dão substância ao nosso sentido moral. É sim o significado denso que cada uma dessas ideias abstractas assumem no nosso quotidiano e que são o ponto a partir do qual torcemos o nosso nariz perante coisas que ofendem o sentido do que consideramos bom. O grande problema, porém, é que o que leva alguns a torcerem o nariz é o que leva outros a aspirar bem fundo com as narinas dilatadas. Não há, em minha opinião, um sentido moral comum a todos nós. Há apenas ideias abstractas que cada um de nós – em grupo ou individualmente – interpreta ao sabor das experiências quotidianas. Há muitos que, de certeza, intervêm na esfera pública, partindo do pressuposto de que interpretamos essas ideias abstractas da mesma forma ou, o que é pior, que pensam que só há uma interpretação possível e legítima dessas ideias.
É claro que não há. E ainda bem que é assim, pois é precisamente desse modo que a nação se pode constituir como uma comunidade moral que se afirma no debate de ideias centrado na interpretação do que significa ser moçambicano hoje. É no debate salutar de ideias sobre o significado da nação que ficamos menos indiferentes à sorte do país e nos colocamos em posição de interpelar, com legitimidade, o que – aos nossos olhos – não está bem. A ideia que estou a tentar desenvolver nestas linhas é a seguinte: cada um de nós é um potencial crítico social porque cada um de nós pode interpretar a nação, isto é pode procurar saber se o que ele vê feito em nome da ideia que tem de Moçambique se coaduna com a ideia que ele igualmente tem de Moçambique. Nenhum de nós fala do que está bem ou mal no país a partir dum ponto fora da comunidade moral que a nação é, ainda que muitos de nós se pronunciem com esse pressuposto.
AUSÊNCIA DE SENTIDO CRÍTICO
Maputo, Quarta-Feira, 22 de Dezembro de 2010:: Notícias
Em várias ocasiões ao longo deste ano – mas também nos anos anteriores – concentrei a minha atenção crítica sobre os chamados críticos. Como sempre, alguns interpretaram esse meu interesse como uma forma de cair nas graças do poder. Mesmo na minha intervenção mais recente – que procurou fazer uma distinção entre o desabafo inoportuno de Jorge Rebelo e a crítica refrescante de Carlos Nuno Castel-Branco – houve quem foi ainda capaz de vislumbrar um académico lambe-botas, algo que, naturalmente, deixou de me incomodar há muito tempo. Mas o olhar sobre como fazemos a crítica no país parece-me importante como contribuição para um melhor entendimento da forma como nos posicionamos em relação ao que é nosso e nos define. Duma forma geral as nossas posições parecem-me bastante confusas, contraditórias e contraproducentes – algo muito próximo do que Tomás Vieira Mário chamou recentemente de “bypass” na revista “Prestígio” e que o grupo musical “Ghorwane” já havia em tempos descrito como típico dum país que está de avesso. As nossas posições parecem isto tudo porque temos dificuldades em ver na crítica o exercício de introspecção que ela exige de cada um de nós. É duma destas dificuldades que vem a apetência pela concentração da crítica nos governantes em detrimento do que está geralmente mal em toda a sociedade.
Um exemplo trivial: já concedi entrevistas a órgãos independentes de imprensa que, a meu pedido, prometeram mandar-me (algumas nem responderam ao meu pedido) um exemplar do que eles publicaram. Nunca cumpriram com essa promessa, mas, também, nunca poupariam críticas ao aparelho do estado pela sua ineficiência ou falta de brio profissional. O mais fácil para mim seria de considerar a imprensa independente moçambicana má, mas o sentido profundo da crítica impede-me de fazer isso. Não é a imprensa que está mal; é a seriedade entre nós que obrigaria uma boa parte de nós a respeitar o que promete. É difícil, entre nós, fiar-se em alguém. Saber porque isto é assim e, acima de tudo, articular isso com a ideia que nós temos do nosso país é uma condição essencial da crítica útil. E poderia dar mais exemplos. Muita gente que grita bem alto (e por vezes com razão) contra a corrupção não vê nenhum problema em favorecer os seus próprios familiares e amigos ou esperar que lhes sejam prestados favores na base de seja qual for o mérito social, económico e político que julga ter. Funcionários públicos com regalias completamente desmesuradas em relação ao tamanho financeiro do país não se coíbem de criticar o esbanjamento dos outros mais acima. E por aí fora. Não se trata de dupla moral. Trata-se de ausência de sentido crítico.
A questão é bicuda. A crítica que fazemos refere-se a ideias abstractas – integridade, transparência, boa governação – que não fazem parte do nosso verdadeiro quotidiano. No nosso dia-a-dia somos constantemente confrontados por familiares, amigos e até mesmo estranhos que nos encorajam (ou forçam com argumentos morais chantagiosos) a violar o espírito dessas ideias abstractas. O polícia que exige suborno fá-lo não só porque é ganancioso, mas também porque tem um sentido moral muito apurado. Há gente – no seu círculo de amigos ou familiar – que espera isso dele. Ou melhor, não espera que ele seja corrupto, mas sim que se aproveite da situação em que se encontra para benefício dos outros. A força normativa do ditado do cabrito que come onde está amarrado vem daí. Esta situação pode se multiplicar por várias outras, incluindo pessoas que fizeram da luta anti-corrupção sua razão de existência. Há sempre gente à espreita que quer isto mais aquilo deles. É, curiosamente, a mesma situação em relação aos escalões mais altos do poder. E porque esta situação se tornou particularmente conspícua este ano com as revelações relativas ao narcotráfico talvez seja útil usá-la para ilustrar melhor as questões.
COMO AGEM AS PRESSÕES
Maputo, Quinta-Feira, 23 de Dezembro de 2010:: Notícias
Há dois tipos de pressão que agem sobre os nossos governantes. O primeiro é o que cada um de nós sofre no seu quotidiano, isto é a expectativa do seu meio mais imediato – família, amigos, etc. – que ele use a sua posição em benefício desse meio sob pena de ser considerado “kakata”, parvo ou associal. No caso dos governantes estas pressões são gigantescas porque as expectativas são enormes. E não só. Eles trabalham com gente que sofre este tipo de pressões também. O seu quotidiano profissional está repleto destas armadilhas e um pequeno descuido em jeito de ajuda a alguém para conseguir emprego aqui ou acolá solta a avalanche dum meio institucional regulado mais pelos favores, compromissos, conluios, etc. do que pela lei. E quanto maior for o controlo do aparelho de estado por uma única força política, maiores serão as probabilidades de institucionalização destes mecanismos informais. Neste aspecto não somos excepção. Vivi perto de duas décadas num estado alemão (Baviera) controlado até há bem pouco tempo por um único partido. Apesar da maior independência das instituições jurídicas, o nepotismo e a incúria grassaram explendidamente. Muita coisa que se passa no nosso país é-me, em virtude desta experiência, extremamente familiar. No Estado da Baviera aprendi como é possível encenar a transparência. Em cada esquina do nosso aparelho estatal e do nosso sistema económico encontraremos sempre alguém que não ocupa a posição que ocupa por mérito profissional próprio, não tem a posição que tem no mercado por mérito económico próprio, etc. E isto cria uma teia terrível de favores que mais do que a ganância individual são a razão fundamental do desfasamento entre o ideal do serviço público regulado por lei e o desempenho profissional do dia a dia.
O segundo tipo de pressão é político. O pano de fundo sobre o qual ele evolui é a abertura política. Partidos políticos são, na essência, organismos bastante parasitários. E o pior é que eles vivem essencialmente do erário público e, quando não é assim, do jogo de influências. Isto coloca sérios problemas a todas as democracias. Nos EUA o problema é menos sério porque lá se legalizou a corrupção. Governa quem consegue arrecadar mais dinheiro das empresas e pessoas ricas. Noutros países, sobretudo nos países europeus, as limitações jurídicas impostas aos financiamentos de partidos por terceiros não conduzem, em princípio, a um maior respeito das regras de jogo. Antes pelo contrário, elas conduzem a verdadeiros malabarismos financeiros que envolvem – no caso do CDU da Alemanha de Helmut Kohl, só para citar um exemplo – a abertura de contas estrangeiras, fuga ao fisco e, inclusivamente, ligações perigosas com negócios sujos (venda de armas). Quem diz Alemanha, diz também França, onde um dos principais responsáveis pela política errática africana desse país é o financiamento de partidos políticos franceses por multinacionais francesas e, curiosamente, por autocratas africanos como Omar Bongo, Paul Biya e até mesmo José Eduardo dos Santos.
O nosso país não podia ser excepção. O acordo que firmou a paz em 1992 ofereceu o Estado de presente ao vencedor das primeiras eleições. Para além da legitimidade conferida pelos dinheiros do auxílio ao desenvolvimento o controlo do Estado significa, acima de tudo, a transformação dum partido em vector de influências. E como o jardim de Deus que nós chamamos terra tem todo o tipo de bichos as pessoas e empresas que querem comprar influências são também de toda a espécie. As piores espécies sentem-se naturalmente muito mais à vontade em ambientes intransparentes com a agravante de que são elas que movimentam os maiores montantes de dinheiro. Não estranha, portanto, esta ligação (infundada ou não) entre altas personalidades da nossa política e o narcotráfico. Só a ganância individual não explicaria a ligação. A necessidade de garantir o financiamento do partido – que na nossa concepção algo doentia de política implica também a eliminação dos outros partidos – constitui um dos principais motivos que tornam a nossa classe política – sobretudo o partido no poder – vulnerável à gente má e suja. Mas antes de içarmos o dedo em riste contra a cúpula devemos também perguntar porque os outros – as famosas bases – nunca procuraram saber donde vem o dinheiro que financia os seus congressos, as suas campanhas e tudo o mais. Nenhum militante do partido no poder pode franzir o sobrolho hoje com o tipo de revelações que andam por aí, pois nenhum deles jamais levantou a voz. E se o fez, ninguém ouviu. Mesmo depois de se saber que alguns dos seus membros – como é o caso do proprietário do MBS – estão sob suspeita de envolvimento no narcotráfico nenhum membro activo do partido no poder viu a necessidade de distanciamento em relação a esse indivíduo até pelo menos o esclarecimento dessas suspeitas. Alguém já o convidou a depôr o seu cartão de membro enquanto limpa o seu nome? Mas algo assim seria tão importante para limpar a imagem do partido.
INTERPRETAR A NAÇÃO
Maputo, Quinta-Feira, 23 de Dezembro de 2010:: Notícias
Mesmo aqui, porém, o mais fácil é gritar corrupção do que realmente procurar desenvolver uma atitude mais crítica. O que torna estas ligações perigosas (e vergonhosas) possível não é apenas a ganância individual. É um emaranhado de relações em que estamos todos envolvidos ao nível do quotidiano e que nos dizem o que realmente é moralmente correcto. Não é possível combater corrupção que seja quando o nosso sentido moral nos diz que a nossa primeira obrigação é perante os nossos amigos, familiares, correligionários, partido, etc., mesmo que isso implique a contravenção das leis. É por isso que tenho também feito uma cruzada pessoal contra o discurso anti-corrupção, pois ele afasta-nos do que é essencial. Não há nada de cultural nesta concepção da moral. Há, isso sim, uma reacção conjuntural à experiência política que desde sempre – começando pelo período colonial – sempre nos definiu como súbditos e não cidadãos, para usar a distinção útil feita pelo intelectual ugandês Mahmood Mamdani. A Frelimo gloriosa não mudou esta situação. O actual sistema político também ainda não conseguiu mexer com esta situação. Temos um enorme déficit de cidadania que deveria ser o principal alvo da reflexão crítica.
Nestas circunstâncias, o que tem acontecido é que temos gente que circula pelos meios de comunicação de massas com discursos amuados. Esses discursos procuram em ideias abstractas o sustento moral de que necessitam para ter impacto na sociedade. Só que para essas ideias abstractas terem realmente impacto seria necessário converter a sociedade moralmente para que deixe de dar sustento à moral que considera a lei um empecilho. Estranhamente, algumas das pessoas que veiculam este tipo de discursos receberam a sua formação intelectual em meios marxistas. Referem-se, por exemplo, ao conceito de hegemonia de Antonio Gramsci mais no sentido de acusar os que têm ideias diferentes das deles de serem intelectuais orgânicos que defendem o status quo. Se lessem Gramsci com mais atenção haviam de se dar conta de que ele procurava nas contradições (em bom jeito marxista) do discurso hegemónico a abertura para a crítica social. Dois bons exemplos recentes do que Gramsci tinha em mente foram os comentários críticos de Carlos Nuno Castel-Branco em relação à pobreza – quando ele interpelou a legitimidade do discurso de combate à pobreza face às políticas económicas seguidas – e Mia Couto num texto sobre a detenção dum portador de passaporte moçambicano na Suazilândia com avultadas quantias de dinheiro – quando ele perguntou se a má imagem que o país adquiria lá fora se coadunava com o interesse político de promoção da auto-estima. Este tipo de interpelações abre espaço para discussão e isso é bom.
O lado trágico da nossa situação é que as ideias abstractas não têm quem as possa transportar no nosso quotidiano e isto pelas mesmas razões que mataram a construcção do socialismo no país. Sem classe operária para fazer a revolução e equipados apenas dum partido de vanguarda as possibilidades de revolução estavam desde o início condenadas ao fracasso. Quem, no Moçambique de hoje, pode ser o portador duma revolução de valores? Não quero ser pessimista em quadra festiva, mas também confesso que não vejo muitas opções. Na Europa as revoluções e o sindicalismo funcionaram porque havia fábricas onde um bom número de pessoas já trabalhava em fortes condições de organização. Curiosamente, a fragilidade do movimento sindical hoje em dia é, em parte, resultado da erosão deste tipo de organização. No Irão quem fez a revolução foram os comerciantes lá nos bazares; eles queriam maior segurança de contracto, previsibilidade nos negócios, etc. e, por isso, criaram o espaço social para que o discurso moral dos mullahs tivesse campo fértil. No Brasil foi uma classe média emergente e à procura de afirmação num contexto social esclerocisado que levou Lula ao poder. No nosso país o único potencial de mudança moral encontra-se no aparelho de Estado, sobretudo nos escalões médios e inferiores. Enquanto, porém, for possível sacar o máximo de todo o tipo de gente – cidadãos, chefes, comerciantes, doadores, etc. – este pessoal não terá, suponho, nenhum verdadeiro incentivo para mudar seja o que for.
Uma parte do sucesso do MDM deveu-se em minha opinião, também em parte, ao potencial que ele tinha de mobilização deste sector da nossa sociedade. Não conseguiu fazê-lo bem porque ao invés de articular o sentido moral deste grupo com potenciais ideias abstractas – que nunca chegaram a ficar claras – preferiu hostilizá-lo como instrumento do partido no poder. Esta hostilização, aliada ao discurso revanchista, regionalista e triunfalista de alguns dos seus membros acabou alienando uma potencial força de mudança que cerrou fileiras em torno da manutenção do diabo já conhecido.
Esta é, portanto, a nação do nosso Estado. Na medida em que este Estado cria espaço para a instrumentalização da desordem em benefício dos nossos interesses imediatos está mesmo bom. Reclama apenas aquele que não consegue uma posição a partir da qual ele próprio iria instrumentalizar a desordem a seu favor. Este é, no fundo, o sabor amargo que fica quando se percorre a crítica no nosso país. Temos muitos missionários, mas ninguém para converter. Crítica não é revelação de nenhuma verdade transcendal, nem descoberta de valores universais. Crítica é interpretação da ideia que temos do país face aquilo que é feito em nome desse país. Os valores abstractos aos quais apelamos quando fazemos a interpretação estão em conflito muito grande com a nossa conduta no quotidiano. Lembra o Evangelho de João, versículos 7:53-8:11, onde se relata a história dos que queriam apedrejar a mulher adúltera e a interpelação de Jesus ao seu sentido moral: estariam eles próprios livres de pecado? Quem dentre nós está?
•Por E. Macamo