A partir desta edição
A partir desta edição, passaremos em revista o desempenho de cada um dos membros do Governo da Zambézia, sob liderança de Itai Meque.
Esta análise que pretendemos fazer, basear-se-á naquelas que foram as realizações e os fracassos de cada sector neste ano prestes a findar. E no fim, atribuímos uma nota na escala de 1 a 10 valores.
Como pontapé de saída, comecemos pelo sector de agricultura, visto que este sector foi definido como um motor para o desenvolvimento do país.
Ora, no ano prestes a findar fica difícil fazer uma leitura profunda sobre este sector, visto que a campanha agrícola foi lançada em Outubro e os camponeses estão ainda a cultivar a terra. Mas isso não isenta apontar algumas coisas que o sector teve.
Sabe-se de antemão que o sector de agricultura é dotado por um pessoal técnico qualificado, estamos a falar de engenheiros, técnicos e por ai fora. Porém, este sector não pode trabalhar sozinho, visto que de conhecimento de todos que o grande problema que os produtores deste país e da província em particular tem tido é a comercialização agrícola, dai que tem havido muita produção, mas não há como escoar estes produtos. Aqui, chama-se a responsabilidade do sector da agricultura para junto das outras direcções como a da Indústria e Comércio, Obras Públicas, juntos encontrarem saídas para que a população não passe a vida toda a produzir só para comer.
Quantas vezes já vimos produtos a deteriorarem-se nos celeiros porque não há como escoá-los? Quantas vezes não ouvimos produtores a reclamarem com qualquer dirigente, ate ministros de outros sectores que produzem tanto, mas não tem como escoar os seus produtos? São várias vezes, dai que, chama-se aqui a responsabilidade do sector dirigido pelo Momed Valá, para agir em conjunto com os sectores atrás mencionados. Nos próximos anos, não queremos voltar a ouvir a música de sempre que, não maneiras de escoar a produção.
Outra coisa que não passa despercebida é a definição dos preços de compra dos produtos no camponês. Muitas vezes quem define os preços dos produtos são os compradores e quando é assim, a oferta é ao gosto de quem compra.
Por outro lado, também há que mencionar aqui o grande esforço que o sector tem empreendido, embora muitas vezes este esforço seja de ocasião. Todavia é preciso também que o sector deixe de exibir relatórios bonitos, slides com coisas de anos passados, porque os mais atentos sabem que as coisas não são assim como são ditas em sessões ou reuniões do governo.
Sabe-se que quando se está perante um governador há tendência é mostrar que as coisas estão a correr bem, mas meia volta, o sector vive numa lástima. Dai que não se pode usar capa de que as coisas vão bem, mas na verdade não. Há bolsas de fome, mas em contrapartida há produção agrícola que basta. O que se passa? Como sair disto?
Dai que o director provincial Momed Valá, tem que olhar bem antes de falar, embora reconheçamos o seu grau de maturidade em convencer quem quer que seja, mesmo em casos de que as coisas não estão bem. Quem tem Vala enfrente, espera palavras doces, mas na machamba, os agricultores vivem de amargura. Mas mesmo assim, pode ficar com esta nota 9, aguardando pelos resultados da campanha em curso. (DZ)
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