Thursday 3 May 2012

Denuncia: Estudantes moçambicanos na universidade internacional de África Cartum






Os estudantes moçamabicanos na universidade acima citada, vêm por este meio apresentar a situação em que se encontram.

Antes porém, queremos dar a conhecer ao governo que nesta universidade encontra-se um número de quarenta e cinco estudantes moçambicanos, sendo trinta e sete homens e oito mulheres admitidos em diversas faculdades, nomeadamente: enginharia, ciências puras e aplicadas, Informática, Medicina, Economia, Letras, Educação e Direito. De salientar que a vinda dos estudantes a esta universidade ocorre atravez de um concurso(exames de admissao), por intermédio de algumas personalidade a citar:

Yussufo Fabula- cell- 827073520

Tayob da Silva cadango-cell- 824516760

Tembo Luís-cell- 823881430

Adamo-cell- 843405061

Estas entram em cordenação com a universidade para os referidos processos.

É de confessar que de facto carecemos de termos apropriados para descrever o estilo da nossa vida neste país em geral e nesta universidade em particular, pelas dificuldades em que nos encontramos afogados, queremos nos referir de problemas financeiros assim como sociais.

Quanto aos problemas financeiros, a situação é extremamente caótica, que reflecte na falta de fundos para pagamento de vistos de estadia, propinas, material escolar, material de higiene individual, seguro de saúde, e não deixando de lado a falta da variação alimentar, visto que os estudantes têm único tipo de alimentação de um de janeiro a trinta e um de Dezembro de cada ano, Arroz e um caril muito esquisito(batata doce e abobora).

Como filhos de pobres somos obrigados a fazer trabalhos domésticos nas residências dos nativos para arrecadar, um certo valor para suportar a vida, e isso é um grande risco para nós, uma vez que é proibido exercer qualquer tipo de trabalho neste país, como prova disso temos alguns colegas que foram processados pela polícia por terem sido encontrados a fazerem biscatos nos arredores da capital.

Quanto aos problemas socias, é de aproveitar esta oportunidade, informarmos ao governo que os estudantes dividem-se em dois grupos totalmente opostos. Um destes grupos é constituido por quinze(15) estudantes a citar: Chame Chimo Chande, Nuhi Selemane Mubipili, Mamudo Ibraimo Ussumane, Jamilo Atumane Atibo, Aquil Aly Eugénio Raibo, Uaido Atumane Salimo, Suale Mustafa Adamo, Magide Rachide Equada, Saide Momade, Saide Abdul Aziz Cadango, Abdul Razak Alaue, Aminudin Nordine tayob, Anissa Juma Aliasse, Sabira jose Inácio, Fátima Abudo Amade, estes defendem as acções incorrectas dos responsáveis pelo envio dos estudantes, devido as relações existentes entre eles, visto que alguns são irmãos, sobrinhos e outros foram estudantes deles e sairam das suas mãos para este país. Daí que qualquer estudante que tenta falar das acções incorrectas dos responsáveis, estes ficam em defesa dos mesmos.

E o outro grupo é formado por estudantes que nao teem nenhuma relação com os responsáveis e sempre tenta trabalhar no sentido de eliminar este tipo de anarquías, e é constituído por trinta(30) estudantes a citar: Abdul Latifo Teixeira da Silva, Abacar Munonia Usseine, Agida Issufo, Alcamate Daial Dossa, Amiro Manuel Marques, Antonio Pedro Romão, Assane Ali Age, Adelia Alberto Manhamanha, Baptista João Botoelas, Benedita Atulale Muhemed, Crimildo Constantino Biriate, Farhanah Mohammad Anifo, Geraldo Francisco Viano, Humberto Pedro Amade, Ismael Rema Mussaia, Iate Anafa Iate, Julio João da Costa, Magaia João Albino, Mahomed Abdul Mitipo, Martinho Antonio Mualeleiane, Massude Abdala Imamo, Nequeirão Jacinto Adriano, Nino Jose Daudo, Nuro Alfredo Abacar Raja, Ossufo Abranches, Ossifo Abdul Razak Mahomed, Ruquia Abdulai, Saide Assumane Natala, Saide Muchade Rachide, Scharmila Mamudo Abdul Jalilo.

para sermos directos, os responsáveis pelo envio dos estudantes, estão contra o bem estar deste segundo grupo, isto porque depois da chegada dos estudantes no Sudão, descobrem que não se beneficiam de nenhuma bolsa de estudo, ou seja o funcionamento da bolsa esta associado à muitas obscuridades e intransparências, sendo a única condição de adquiri-la, aceitar a enquadrar-se no grupo dos tais responsáveis, grupo este que desconhecemos os seus objectivos. Daí que nao temos a referida bolsa.

De salientar que os referidos responsáveis e o seu grupo teem relações fortes aqui no Sudão em particular dentro desta universidade em que nos encontramos, de tal maneira que não somos capazes de enfrenta-los, porem tentamos por varias vezes comunicar com eles para o solucionamento da situação e não houve nenhum efeito, e o mais incrivel, mostram superioridade e protagonizam grandes ameaças de modo a não falarmos a verdade, alegando que, qualquer tentativa de queixa não teremos certificados após a graduação frizou isso perante os estudantes um dos filiados de nome Mamudo Ibraimo Ussumane, depois duma reunião que tivemos com um dos responsaveis. Ainda Mamudo adiantou que os nomes dos estudantes que intreviram na reunião foram entregues a direcção da universidade e aos responsáveis em Moçambique,tudo isso por termos pedido ao tal responsável para velar a nossa situação .

Sendo que as nossas reclamações não são levadas em consideração, optamos em fazer chegar ao governo um pedido de ajuda para a resolução do problema, atravez de uma carta enviada para o ministério de Educação e ministério da justiça e para o Intituto Nacional de Bolsas de Estudo, que tivemos somente uma resposta do INBE da parte do senhor director-adjunto nacional do INBE ''Miguel Inácio'', onde constava um pedido urgente da lista nominal dos estudantes e a localização dos referidos responsáveis, os quais enviamos a tempo e hora.

Passado quase um mes enviamos um pedido de parecer, para as instituições onde direccionamos as nossas cartas, com a excepção do ministério da Educação, que ate então não tivemos nenhum parecer .

Este silêncio e falta de parecer aumenta-nos atristeza e concretiza as palavras proferidas perante os estudantes por um dos responsáveis de nome Yussufo Fabula dizendo: “...VOCES ...ACORDEM...ESTÃO ADORMECIDOS...E NÃO LAVEM A CARA PARA BAIXO , MAS SIM PARA CIMA, PARA PODEREM VERAFRENTE...QUEM É O GOVERNO? NÓS SOMOS O GOVERNO, SE FIZEREM A CARTA AO GOVERNO, A CARTA VEM A NÓS ...QUEM DO GOVERNO QUE VAI JULGAR-NOS ? EU SOU ADVOGADO, ESTOU EM CONDIÇÕES DE ME DEFENDER A QUALQUER HORA, E VOCES ?QUEM E O VOSSO ADVOGADO ? E COMO SE NAO BASTASSE SOIS POBRES E MEDROSOS, QUEM DE VOS ESTÁ CAPACITADO PARA FALAR COM GOVERNO ? VEREMOS QUEM SERA OUVIDO PERANTE O GOVERNO...” as palavras foram muitas e magoantes.

Devido a gravidade da situação em que nos encontramos, pedimos ao governo que interfira na resolução do caso, o mais rápido possível.

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