Friday 11 March 2011

CENTRO DE ESTUDOS MOÇAMBICANOS E INTERNACIONAIS

Comunicado de Imprensa
“É necessária ousadia, mas com responsabilidade para fazer as melhores reportagens" Roberto Cabrini
“É proibido algemar as palavras no exercício desta função” Carlos Cardoso.
O Centro de Estudos Moçambicanos e Internacionais (CEMO em colaboração com a Universidade Politécnica e a Fundação para o Desenvolvimento da Zambézia, promovem amanhã Sexta-Feira, 11 de Março de 2011, a partir das 16.00 horas uma palestra/mesa redonda subordinada ao tema ‘Os Desafios e Perspectivas do Jornalismo Investigativo –O Caso da Provincia da Zambezia. A palestra terá lugar no Anfiteatro da Universidade Politécnica na Cidade de Quelimane e terá como orador principal o conceituado jornalista moçambicano Luís Nhachote, Prémio Jornalismo de Investigação CNN Multichoice em 2009, com moderação do Prof. Dr. Manuel de Araújo, Presidente do Centro de Estudos Moçambicanos e Internacionais.
A palestra/mesa redonda é destinada a jornalistas, estudantes, funcionários públicos e de ONG’s, membros da sociedade civil, confissões religiosas, empresários e o público em geral.
Entende-se por Jornalismo Investigativo (ou de Investigação) a prática de reportagem especializada em desvendar mistérios e factos ocultos do conhecimento público, especialmente crimes e casos de corrupção, que podem eventualmente virar notícia. O ‘jargão’ jornalístico para notícias publicadas em primeira mão é "furo", que é muitas vezes fruto do trabalho do jornalismo investigativo.
Modalidade especializada
O jornalismo investigativo, para muitos jornalistas e pesquisadores da área, é uma modalidade especializada de jornalismo, calcada em características específicas, e se diferencia da rotina habitual das redacções pelos seguintes aspectos:
• A investigação minuciosa dos factos, pelo tempo que for necessário, até elucidar todos os meandros, possíveis ângulos, pontos de vista e personagens envolvidos em determinado assunto;
• Disponibilidade de recursos específicos: tempo, dinheiro, paciência, talento e sorte;
• Precisão das informações (o jornalismo de investigação é também conhecido como jornalismo de precisão), implicando a exactidão dos termos utilizados, e a ausência de distorções ou citações fora de contexto.
Algumas destas áreas serão abordadas durante o evento tendo em conta a realidade e o contexto Zambeziano.
O jornalismo investigativo, em geral, se concentra na investigação de crimes, como por exemplo a fraude numa licitação ou concorrência, o desvio de verbas públicas, o contrabando de pedras preciosas, crimes ambientais praticados pelas madeireiras, trafico de influencia ou prostituição de menores.
Ousadia e responsabilidade pautam o trabalho do jornalista.

Quelimane, aos 10 de Março de 2011

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