A Opinião de Aunicio da Silva

Na cidade e província de Nampula
População agastada com a atitude da polícia contra manifestante

A situação a que vive a cidade de Maputo e a da Matola, desde o passado dia 1 do corrente mês, estando deixando preocupado as populações de outros pontos do país, como é o caso da cidade e província de Nampula.
Aliás, o que mais preocupa a população não é o facto de os outros moçambicanos estarem a desenvolver uma manifestação em repúdio do constante aumento do nível de vida pela subida constante dos produtos de primeira necessidade, mas sim a maneira como o governo, ou seja, a Frelimo, partido no poder tem vindo a responder o descontentamentoda população com a Polícia da República de Moçambique ao seu favor.
A quem diga que a manifestação não é apenas movida pela actual subida de preços de produtos básicos de primeira necessidade, ou seja, os preços de combustíveis, pão, energia, água e um quase de tudo, mas trata-se sim do auge de todo um cumulo de situações que resultam de um sistema de governação favorável a corruptos e aos lambebotas .
Denre várias hipoteses que a população por estas bandas da região do norte exigem é que o Presidente da República, o camarada Armando Guebuza devia tomar uma decisão mais celere dentro da time dele de governação.
No partidão também há críticas, pelo menos ao nível do Cómite Provincial de Nampula. Muitos camaradas entendem ser um fogo cruzado o que se está passando neste momento na cidade de Maputo e na da Matola, por estarem nas narinas do presidente do batuque e da maçaroca.
Outros ainda dizem que esta devia ser a oportunidade impar para o Chefe do Estado mostrar o seu amor pelo povo moçambicano, passando necessariamente por se demitir a si e ao seu elenco, por não estar a responder com as expectativas do eleitorado que o reconduziu, se for o caso, ao segundo mandato.
Tirando estes entendimentos ilados pela população, cá por mim entendo que algo há de errado dentro da própria máquina governativa, porque não se entende o porque da reacção desumana da nossa polícia, quando o artigo 254 da Constitução da República define no seu número 1 que “A Polícia da República de Moçambique, em colaboração com outras instituições do Estado, tem como função garantir a lei e ordem, a salvaguarda da segurança de pessoas e bens, a tranquilidade pública, o respeito pelo Estado de Direito Democrático e a observância estrita dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos” e, pelos vistos, este não é o caso. Porque, senão vejamos, no lugar de defender a população esta mesma polícia oprime e mata cruelmente, não garantindo de maneira alguma a segurança de pessoas e bens.
E, como se não bastasse, o governo insistentemente avança a não redução dos preços de produtos de primeira necessidade e, de viva voz assume que o povo deve sofrer e isto não é para menos.
Aqui nas províncias, se calhar pelo baixo nível de informação as pessoas, que na sua maioria comentam a manifestação em grupos com números não superiores a dez elementos dizem que não tarda para que o mesmo se suceda.