Tuesday 2 February 2010

Reconhece Zeferino Martins, Ministro da Educação


Levantadas pelos encarregados sobre o Ensino Primário: Fraca leitura e escrita preocupações legítimas -

A FRACA capacidade de leitura e escrita por parte dos alunos do Primeiro Grau do Ensino Primário constitui uma preocupação legítima da sociedade, dos pais e encarregados da educação, segundo afirmou Zeferino Martins, Ministro da Educação. Falando recentemente em Gilé, distrito da Zambézia, onde orientou as cerimónias centrais da abertura do Ano Lectivo, o Ministro da Educação disse que, por ser uma situação inquietante, o pelouro lançou um grande debate e à escala nacional visando encontrar estratégias concretas para a contínua melhoria da qualidade de ensino, com particular enfoque para a leitura e escrita nas classes iniciais do Ensino Primário.Maputo, Terça-Feira, 2 de Fevereiro de 2010:: Notícias
As jornadas pedagógicas levadas a cabo visam dotar os professores das classes iniciais de conhecimentos e capacidades que possam garantir a introdução de novos mecanismos de ensino e aprendizagem para que os alunos saibam ler e escrever. Para ele, o desafio é enorme, daí que se vai continuar com o debate aberto e franco sobre a promoção por ciclos de aprendizagem com a sociedade, em geral, e os professores, em particular.

Ao que acrescentou, nenhum programa de reforma na Educação pode ser bem sucedido se não contar com a força principal do Sistema Nacional de Ensino: os professores. Uma das medidas em curso está relacionada com o facto de se voltar a apostar nos melhores professores para leccionarem as classes iniciais.

“Continuaremos a criar condições para a sua permanente actualização profissional e exortamos para que renovem o compromisso de fidelidade à nobre função de ser professor e bons professores, renovando igualmente o juramento de fidelidade à causa da educação e da pátria amada, dando o melhor para que os alunos alcancem sempre os melhores resultados. O apelo é extensivo aos pais e encarregados de educação, para que acompanhem os trabalhos dos filhos através dos cadernos, livros e também através do comportamento e atitudes. Encorajamos, por conseguinte, o funcionamento pleno dos conselhos de escola, um órgão que representa todas sensibilidades da comunidade escolar e capaz de apoiar na gestão e na monitoria das actividades da escola” - disse.

Desde 2004, com a introdução do novo currículo no Ensino Primário, muitas crianças das classes iniciais perderam a faculdade de saber ler e escrever, ao que, apercebendo-se da preocupante situação, o Ministério da Educação está agora a introduzir medidas que possam corrigir o mal. Para este ano, o sector conta com mais de um milhão e 200 mil crianças que entram pela primeira vez, para a escola e que espera que até ano final do ano estas crianças saibam ler e escrever correctamente.

Para ele, a esta preocupação juntam-se as que também foram levantadas pela sociedade, de forma particular e em 2009, da necessidade de se ter uma educação de qualidade, uma escola que ensina a ler, escrever e contar correctamente; uma educação profissionalizante, para que os educandos adquiram habilidades e competências que os tornem empreendedores; e um Sistema Nacional de Educação bem administrado e gerido aos diferentes níveis. Ainda, segundo ele, a sociedade quer do sector uma escola que ensine os valores morais e do exercício da democracia, em conformidade com a nossa cultura; o respeito pelo próximo, pelos mais velhos, a solidariedade, a auto-estima, o respeito pelos colegas e pelos governantes aos diferentes níveis.

O presente Ano Lectivo, que conta com mais de seis milhões de alunos, decorre sob o lema “Educar Com Qualidade é Plantar Para Colher.

2 comments:

Fijamo - Quelimane said...

Distinto MA,

O processo de ensino/aprendizagem e um processo dialectico, do Qual resulta uma contradicao: - o professor Quer ensinar e o aluno nao Quer aprender. O mesmo se verifica na leitura: o professor deve desenvolver o habito de leitura nos alunos. Os alunos muitas vezes levam tempo a ler coisas Que nao tem nada a ver com a escola (revistas estrangeiras Bravo, MARIA, Ana, etc e nunca um Bom romance nacional ou estrangeiro, visitar os medias, numa altura em Que estao espalhados jornais em Quase todas as bibliotecas de Cidade (embora quase nenhuma publica em Quelimane! Portanto, e necessario desenvolver o habito e interesse de leitura ha HIStoria, principalmente relacionada com as datas nacionais (hoje na praca dos herois alguns alunos do secundario nao sabiam o significado do 3 de Fevereiro - diziam Que e dia da tomda de posse de Itai MeQue). Acontece Que por vezes, deixamos os alunos sem acompanhamento, na medida Que nao basta dizermos Que o aluno nao le, e nos, o Que fazemos?

Fraterno Abraco e Viva o Carnaval Machuabizado (Samba a Nhambaro)

MANUEL DE ARAÚJO said...

Prezado Fijamo,

Agradeco o seu comentario. Entretanto, penso que o onus da qualidade de ensino nao deve ser depositada nos alunos apenas. O processo ensino aprendizagem tem varias vertentes: a qualidade do professor, sua formacao, condicoes de trabalho, salarios, material didatico, condicoes do estudante, o curriculo, incentivos ao professor, mudancas constantes no curriculo etc etc etc.

Portanto se queremos debater qualidade de ensino precisamos alargar o debate! E ainda bem que o bom do Mano Zeferino reconhece, pois a identificacao e reconhecimento de um problema e ja em si um passo! Um abraco aos nossos dancarinos de Samba/Nhambarado! MA