AS embarcações adquiridas para efectuar a ligação marítima entre as
cidades de Maputo, Matola e o distrito de Boane, na província do Maputo,
estão a circular de forma limitada devido à falta de utentes daquele
serviço, que recentemente foi colocado à disposição do público.
Maputo, Terça-Feira, 2 de Fevereiro de 2010:: Notícias
Informações da Transmarítima, instituição que gere as embarcações, indicam
que desde que os barcos começaram a operar são poucas as pessoas que
preferem este serviço, daí não se justificar a colocação de todas as
embarcações a navegar.
Ernesto Nhambi, administrador da Transmarítima, disse que as embarcações
não foram definitivamente retiradas da circulação, mas sim a medida visa
conter os gastos da movimentação destas unidades enquanto não for
necessário.
“Os barcos estão a circular, mas de uma forma limitada. Um deles fica
posicionado no atracadouro da Matola-Rio e está sempre pronto para iniciar
uma viagem quando houver um determinado número de passageiros que
justifique a sua movimentação”, disse Nhambi, para quem não se justifica
movimentar um barco daquela natureza com menos de dez passageiros quando a
sua capacidade é de 70.
Segundo explicou, cada uma das embarcações “Mulauze”, “Baía” e “Paulo
Santos” consome 130 litros de gasóleo, quantidades que requerem fundos
bastante elevados para serem adquiridos, “daí termos que conter os gastos
sempre que pudermos”, esclareceu.
A previsão, segundo o nosso interlocutor, era de que o “Mulauze”, também
chamado “Táxi Marítimo”, efectuasse oito viagens diárias e o “Paulo
Santos” apenas quatro, obedecendo a tarifas estabelecidas, que variam de
quatro a trinta meticais, dependendo do percurso.
Levanta-se a possibilidade de as tarifas praticadas serem uma das razões
que dita a falta de pessoas que optem por aquele serviço, se se tomar em
consideração que a maior parte dos moradores da Matola recorre ao
transporte rodoviário para chegar aos seus destinos.
Refira-se que para o “Mulauze” é cobrada a tarifa de 30 meticais entre os
dois extremos e 21 meticais para o “Paulo Santos”.
Estas embarcações têm uma capacidade para perto de 70 pessoas cada, terão
como terminais as pontes-cais de Maputo e Matola-Rio, com uma paragem
intermediária na Escola de Pesca, onde foi igualmente instalado outro
atracadouro.
A rota de transporte marítimo ligando as cidades de Maputo e Matola
completando as alternativas de transporte urbano de passageiros, que
combinam o modo rodoviário, ferroviário e marítimo foi aberta
recentemente.
Espera-se ainda que esta acção seja brevemente complementada com a
conclusão dos trabalhos em curso, de forma a estender esta rota até ao
bairro da Costa do Sol e ao Distrito Municipal da Inhaca, todos na cidade
de Maputo.
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29 minutes ago
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