Tuesday, 23 February 2010

A Opiniao de Noe Nhantumbo

VISITA DE PRIMEIRO MINISTRO PORTUGUÊS- Ocasiao de atencao especial

Parece que o de primordial importância para o parceiro de Moçambique é a extensão e o
aprofundamento dos negócios. Por isso se compreende que traga na sua comitiva cerca de cinquenta homens de negócio. Moçambique precisa de facto de investimentos e de uma participação cada vez maior de investidores portugueses.
Moçambique tem condições de receber mais investimentos e ver a sua economia crescendo por via de injecção de fundos e tecnologias no seu sector produtivo. Isso só pode acontecer se o governo e as demais autoridades souberem criar um ambiente que atraía e incetive os investidores colocar seus fundos no país. É preciso saber convidar e interessar as pessoas que possuem recuros para o país de tal modo que elas tragam seu saber e ensinem os nossos compatriotas a fazer diferente e melhor.
Mas todo este negócio de cooperação tem o que se lhe diga.
“Nem tudo o que vem a rede é peixe”. É necessári que se entre no jogo da cooperação com olhos de ver senão corre-se o risco de acumular prejuízos. Na pressa talvez de ver o investimento do gás natural andando para a frente Moçambique entrou em acordos
que não tem muito significado me termos financeiros para o país. Os cofres do estado não devem estar recebendo grande coisa da exploração de seus recursos
acordada com sul-africanos,
brasileiros, indianos ou irlandeses.
Houve uma facilidade tal
concedida aos investidores que em
troca acabamos por receber
migalhas daquilo que é bem
nosso. Não deve haver país em
desenvolvimento que esteja
oferecendo melhores
contrapartidas pela exploração de
seus recursos no mundo inteiro.
Numa situaçao em que os
governantes em geral pouco se
importam com as consequências e
mesmo aceitam ir contra o
internacionalmente estabelecido
não é de duvidar que haja
contratos de exploração assinados
que não oferecem vantagens
alguma ao país. Todo o secretismo
que rodeia os contratos de
exploração dos recursos naturais
moçambicanos deixa lugar a
muitas dúvidas e qestionamentos
que não são respondidos pelas
entidades governamentais
autorizadas. o governo
moçambicano está pouco
habituado a ir ao parlamento e lá
responder as perguntas
pertinentes sobre nossos recursos,
sua exploração e destino das
contrapartidas financeiras. Os
deputados do partido no poder,
obviamente em maioria naquele
fórum jamais criam embaraço ao
governo fazendo pergunats que
poderiam revelar ou mostrar o que
se faz com aquilo que é de todos.
As corporações estrangeiras que
exploram nossos recuros naturais
seguem completamente aquilo que
o governo lhes ordena acerca da
publicação de contratos e
contrapartidas. ninguém se atreve
a informar aos moçambicanos
sobre o dinheiro que está em jogo
nos negócios do gás ou petróleo. As
areias pesadas e o alumínio são
produzidos e exportados sem que os
moçambicanos saibam realmente o
que se passa e o significa para
opaís em termos financeiros.
A visita do Primeiro-ministro
português em Março próximo
significa uma oportunidade de
assinatura de mais acordos de
cooperação ams também de
consolidação de laços de
cooperação e amizade entre
governos e povos. Mas como se
pode depreender será uma
oportunidade para alguns fazerm
grandes negócios. Infelizmente acda
vez que se fazem grandes negócios
as vantagens não são
proprocionamente distribuídas pelos
moçambicanos. Acabamos quase
todos sendo empregados de jointventures
onde nos tratam pior que
no tempo colonial. As condições
oferecidas aos moçambicanos em
joint-ventures moçambicanoportuguesas
são do piorio. Salários
e condições de trabalho que não
obedecem aos padrões oferecidos
aos portugueses trabalhando no
mesmo empreendimento. patrões ou
chefes portugueses tratando com
desprezo e isultuosamente seus
contrapartes moçambicanos. parece
que a única coisa boa que
encontram aqui sãoa s facilidades
de exportação de capitais, o
camarão e as “garotas”. O resto que
importa é sacar o mais possível
como se fosse a realização de uma
vendetta. Esta é uma das faces da
cooperação entre Portugal e
Moçambique que não vale a pena
tentar negar com discursos politicamente correctos.
Que Sócrates traga uma equipa de
empresários informados e
preparados para estabelecer
pontes e projectos que beneficiem
as partes. Que traga uma nova
maneira de estar para a
cooperação entre estes dois
países que poderia estar rendendo
muito mais as partes.
Não faz sentido que não haja um
pleno aproveitamento de tantas
afinidades entre nós. Não se
compreende porque os consulados
de Portugal em Moçambique
continuam dificultando tanto na
obtenção de vistos. Para os
portugueses visitar Moçambique
ou aqui estabelecer negócios
nunca foi tão fácil. Sem
reciprocidade de tratamento pouco
sentido faz que se continue a mentir
e a considerar que os níeveis de
cooperação são altos.
Melhorar a cooperação e traduzir
isso em vantagens para os povos é
um exercício político de longo
alcance com vantagens mútuas que
se devem respeitar e assegurar. De
outro modo tudo não passará de um
fantochada...