Friday 12 February 2010

Mocuba em festa! Parabens municipes de Mocuba!

Mas...festa sem água não é festa!

Quelimane (DZ)- Hoje (sexta-feira), há festa em Mocuba, por sinal a segunda maior cidade da província central da Zambézia.
São 39 anos de elevação a categoria de cidade, que aquela vila um pouco montanhosa, atravessado pelo rio Licungo, vai comemorar. O ambiente é de festa nas hostes
governamentais, claro que até falam de realizações de vulto, como se fossem promessas
eleitorais.
Mesmo com tantas palavras bonitas que hajam, há um problema crónico que nem
sequer precisa de ser embelezado. Falta de água para os munícipes. Dai que
festa sem água, não é festa e nem sequer anima. Será que só as bebidas alcoólicas e
refrigerantes são suficientes?
Não, precisa-se de água, mas água boa, ou seja, água potável para consumo. Não
aquela turva, que sai hoje no Marmanelo, amanhã sai no Sacras, depois de amanhã sai
nas Moradias, depois dai não sai em nenhum bairro.
E mais, para além de deficiente sistema de abastecimento de água, a cidade de Mocuba tem uma doença que se chama erosão de solos, cuja a solução, financeira cabe aos cofres do Conselho Municipal local, sob égide de Rogério Gaspar, já no seu
segundo mandato.
Esta quinta-feira, num contacto telefónico com a nossa Reportagem, o edil de Mocuba,
Rogério Gaspar, disse que esta satisfeito pelos ganhos obtidos até agora como presidente.
Mesmo antes da metáde do seu segundo mandato, Gaspar, aponta a reabilitação das estradas da cidade, abertura de novas vias de acesso ao nível do bairro, construção de salas de aulas, etc.
Isto na óptica do edil de Mocuba, são ganhos incontestáveis razão pela qual, ele sente-se homem até agora feliz com estes ganhos.
Mesmo assim, a fonte diz que o crónico problema de abastecimento de água, vem
sendo resolvido paulatinamente.
Para o edil, neste momento, aquele precioso líquido indispensável a vida humana e
não só, sai de uma forma alternada. Ou seja, um dia sai num bairro, noutro jã não sai naquele, vai sair num outro. Isto porque de acordo com o nosso entrevistado,
o sistema de abastecimento de água a cidade de Mocuba, tem 56 anos de existência e tinha sido concebido para um número muito menor. Mas devido a explosão demográfica que se regista nas cidades, aquele sistema, já se revela incapaz de responder com a
demanda dos munícipes, dai que, há esforços para inverter este cenário.

Neste momento, por aquilo que soubemos do edil daquela autarquia, o governo central
drenou já cerca de 30 milhões de meticais para reabilitar o sistema de abastecimento de água naquela autarquia.
Para Gaspar, esta injecção financeira que o governo central deu, vai ajudar, mas frisou que, a edilidade espera num futuro não muito distante encontrar uma
solução definitiva para este problema, com a chegada de uma empresa do tamanho daquela que abastece água na cidade de Quelimane. Sem precisar de tempo necessário, Gaspar é optimista e diz que ainda neste quinquénio esta empresa poderá actuar em Mocuba e resolver assim uma vez por todas a crise de água.
Se por um lado é o crónico problema de falta de água que a cidade de Mocuba enfrenta,
principalmente neste período considerado de verão (porque não chove), também há um outro que não só ameaça as autoridades, mas a toda população residente. A erosão dos solos. Paulatinamente, Mocuba vai sumindo do mapa e claro se medidas urgentes não
forem tomadas a situação daqui a mais quinze anos, será pior.
Houve ruas que desapareceram e até agora a nova geração nem sequer sabe que aqui ou acolá havia uma rua que dava acesso ao local X. Tudo isso por causa da erosão. Os bairros Central, 25 de Setembro, CFM, só para citar alguns exemplos, podem
ser o expelho do crónico problema de erosão que assola Mocuba.
Mesmo assim, o edil local, diz que este também é um mal a ser combatido nos próximos anos.
Sem dinheiro ainda nos cofres, o edil Rogério Gaspar, só diz que encomendou estudo de viabilidade para ver a dimensão do problema, mas reconhece que o mesmo
ultrapassa as suas capacidades.
Nesta entrevista que concedeu ao Diário da Zambézia, o edil diz que depois de resolver o problema de água, sem dúvida vai atacar a erosão até conseguir combater.
E para fazer com que os planos sejam cumpridos, o edil local diz que conta com apoio de todos seguimentos da sociedade civil, para que os valores de Mocuba sejam
cada vez mais valorizados..........DZ

Senhor presidente Rogério Gaspar, desejamos felicidades pela passagem de mais uma aniversário de Mocuba a categoria de cidade.
Neste momento de festa, certamente ninguém gosta de falar de coisas más. Mas queremos aqui em nome dos munícipes de Mocuba mais atentos, dizer lhe que a tal
reabilitação das estradas da cidade, nunca foi obra da edilidade e muito menos os fundos sairam dos cofres da edilidade. Ao que sabemos é que a empresa construtora TÂMEGA que tinha sido adjudicada as obras de reabilitação da estrada Namacurra-Rio Ligonha e que não cumpriu com os prazos, foi lhe retirada a obra e dai, como tinha o
seu equipamento na cidade onde a V.Excia é presidente, então os donos da obra, neste caso o Governo central, com fundos a União Europeia, decidiram que a TÂMEGA deveria reabilitar as estradas da cidade, como forma de compensar ao estado. Reiterámos,
que nem sequer e edilidade gastou um tostão nestas obras, por isso também a fiscalização era da Administração Nacional de Estradas (ANE). Por isso,
protagonismo pode haver para os que pouco entendem esta coisa de política. Mas, nós em nome de cidadãos atentos de Mocuba que hoje festejam, condenamos o protagonismo barato.
Tadavia, desejamos que hajam festas felizes e nada de exageros.................DZ