Friday 12 February 2010

Maputo e Matola: Ligação marítima passa a custar metade do preço

A TRANSMARÍTIMA vai reduzir para a metade o custo das tarifas das embarcações que fazem a ligação entre as cidades de Maputo, Matola e o distrito de Boane. Desta feita, o bilhete passará dos actuais trinta meticais para quinze, valores que serão apenas aplicados nos dias úteis da semana.

Maputo, Sexta-Feira, 12 de Fevereiro de 2010:: Notícias

A medida visa, primeiro, permitir que maior número de pessoas tenha acesso àqueles serviços e, por último, rentabilizar a circulação das embarcações, evitando que estas permaneçam atracadas.

Ernesto Nhambi, administrador da Transmarítima, explicou que a proposta de redução das tarifas já foi apresentada ao ministro dos Transportes e Comunicações, esperando-se que a mesma seja aprovada dentro dos próximos dias para que possa entrar em vigor.

A ideia é permitir que os trabalhadores, estudantes e o público em geral encontrem nas embarcações uma alternativa aos problemas de transporte que ainda se verificam em quase todas as partes de Maputo.

Segundo disse, a questão dos horários vai permanecer tal como foi inicialmente estabelecido, para não baralhar os utentes, que muitas vezes reclamam, pelos atrasos dos barcos.

“O que muitas vezes acontece é que os barcos posicionam-se na Matola-Rio logo às 6.30 horas e apenas aparece um passageiro. Nestas condições não podemos nos arriscar a movimentar uma embarcação daquela natureza com apenas um cliente, daí os atrasos que se verificam”, explicou Nhambi, acrescentando que habitualmente a tripulação tem sensibilizado os clientes a compreenderem que a movimentação destas unidades requer elevados custos.

O que acontecia desde que o Governo inaugurou essa rota é que as embarcações estavam a circular de forma limitada devido à falta de utentes daquele serviço, daí não se justificar, segundo a Transmarítima, a colocação de todas as unidades a navegar.

Na ocasião, a medida visava conter os gastos da movimentação destas unidades quando não fosse necessário. Designadas “Mulauze”, “Baía” e “Paulo Santos”, cada uma destas embarcações consome 130 litros de gasóleo em cada uma hora de viajem efectuada numa distância de doze milhas.

Estas embarcações têm uma capacidade para perto de 70 pessoas cada e têm como terminais as pontes-cais de Maputo e Matola-Rio, com uma paragem intermediária na Escola de Pesca, locais onde foram instalados atracadouros para a acostagem dos barcos.

Ernesto Nhambi afirmou que a Transmarítima está a trabalhar para aumentar a qualidade dos serviços prestados aos passageiros durante a viagem, por forma a melhor a atrair mais clientes e fazer com que estes se sintam confortáveis durante a viagem.

ALCIDES TAMELE