Edilidade diz-se preocupada com fraco abastecimento de água
O edil define o abastecimento de água, o melhoramento das vias de acesso e a construção de uma morgue no hospital rural local como sendo os grandes desafios para o presente ano
Quelimane (Canalmoz) – Na vila municipalizada de Alto Molócuè, na província da Zambézia, continua a haver falta de água potável. A crise arrasta-se há anos. O abastecimento de água de qualidade aos seus habitantes é deficiente. A edilidade local reconhece este problema, diz-se inquieta com a situação e promete revertê-la.
O edil desta vila autárquica está já há um ano no cargo. Sertório Fernando disse em entrevista ao Canalmoz e Canal de Moçambique-Semanário que enquanto não chegarem os apoios para a resolução do problema – que passa exactamente pela reabilitação e ampliação do Pequeno Sistema de Abastecimento de Água (PSAA) – a edilidade vai localmente tentar minimizar o problema. “Para já estão sendo abertos poços convencionais em zonas onde há lençóis freáticos perto para melhorar a água consumida”.
Diz o presidente do Município que “no total, só no ano passado e a título experimental, foram construídos seis poços de água, os quais estão ajudando sobremaneira na vida dos munícipes; e o projecto ainda vai continuar neste ano”.
O nosso entrevistado disse que o presente ano, o segundo ano do mandato autárquico, a edilidade por si dirigida “vai continuar a priorizar a resolução do problema de abastecimento de água e reabilitações; construção de mercados e de estradas do município”.
Sertório Fernando, eleito como candidato do Partido Frelimo, avançou ainda que em relação ao primeiro ano na dianteira dos destinos da vila autárquica de Alto Molócuè, “o plano de actividades concebido foi cumprido na ordem dos 97%”. “Um plano que tinha como prioridade a instalação da própria edilidade, o que aconteceu, numa primeira fase, com sucesso”, segundo o nosso entrevistado.
O edil de Alto Moloquè disse haver “necessidade de ter que se agir com muita prudência porque estamos a começar com a constituição do município”. “Devemos ter muita cautela pois qualquer erro poderá colocar o município torto para o resto da história”.
Durante o ano passado, Sertório Fernando diz que o Município “reabilitou o parque infantil local, oito mil e oitocentos metros de estradas nas vias urbanas e suburbanas da autarquia, bem como a casa mortuária do hospital rural local”.
A fonte reconheceu, no entanto, o estado precário em que ainda se encontram as vias de acesso na zona suburbana da autarquia. Admitiu que “o desafio é maior”, mas acredita que “o mesmo será ultrapassado com êxito”. “Até porque se as nossas negociações surtirem efeitos positivos, como esperamos, poderemos alcatroar a nossa vila”, conclui.
A edilidade chefiada por Sertório Fernando, diz, “adquiriu um carro funerário, um protocolar, um basculante e quatro motorizadas para permitirem que os vereadores possam fazer o acompanhamento devido às actividades dos respectivos pelouros”.
Ainda no seu primeiro ano de governação, as autoridades do município da Vila de Alto Molócuè construíram, “embora com material precário”, e segundo o presidente da autarquia, “seis salas de aulas em duas escolas locais para que as crianças deixem de assistir às aulas ao relento e passem a fazê-lo em outras condições”.
“A edilidade construiu ainda um posto de saúde na margem direita do rio Molócuè com o propósito de descongestionar o hospital rural local que é uma unidade de referência na zona”.
Terminal de pessoas e cargas
Um outro projecto ambicioso que a edilidade se desafia a concretizar é a construção de uma terminal de pessoas e cargas próximo da Estrada Nacional número 1 (EN1) no Município de Alto Molócuè.
As obras envolvem um valor alto mas a edilidade deixou de sonhar e passou às concretizações. Fez negociações com os seus parceiros tais como a empresa de construção CMC África Austral, que está a concluir as obras na EN1 no troço Mocuba/Alto Molócuè – obra que assumiu em substituição da empresa Tâmega.
Segundo Sertório, “com a conclusão das obras da terminal, o congestionamento que se regista na entrada da vila vai terminar porque todos os vendedores serão transferidos para o local”.
“A ideia vai contribuir na redução de acidentes de viação que se têm registado no local e poderá igualmente contribuir de uma forma positiva nas receitas da autarquia”, disse ainda o nosso interlocutor.
Receitas
“Nos dias que correm, a edilidade cobra uma média de 200 mil meticais ao mês contra os 84 mil do segundo mês de governação, ou mesmo, os 66 mil no primeiro mês”.
O presidente do município acredita que “as receitas poderão subir ainda mais nos próximos tempos, bastando recordar que algumas taxas ainda não estão a ser cobradas e a Assembleia Municipal tem ajudado o executivo da edilidade a promover campanhas de sensibilização e informação dos munícipes acerca da necessidade de pagamento das mesmas taxas e/ou impostos”.
Entretanto foi-nos dito que, durante o ano passado, o Conselho Municipal da Vila de Alto Molócuè colectou um total de um milhão e quatrocentos e sessenta mil meticais de receitas autárquicas.
O que dizem os munícipes
A nossa reportagem conversou com alguns munícipes desta autarquia, e a sua maioria acredita, para já, que a edilidade está a trabalhar para melhorar e resolver os problemas, mas todos são de opinião que perante as dificuldades não vai tardar que vai começar a fricção entre munícipes e a direcção do município porque as exigências são muitas e os problemas acumulados vem de há anos.
Mário Gracindo, munícipe de Alto Molocué, disse que “agora está tudo indo muito bem mas é um grande desafio começar a implantar um município, tendo em conta as dificuldades financeiras”. Este interlocutor acha que “vai chegar a vez de nos aborrecermos com o presidente e os vereadores pois as dificuldades são enormes”.
A sensibilidade de Gracindo é partilhada por muitos munícipes em Molócuè, como é o caso de Maria João que diz que “para já não há muitas queixas mas deve-se fazer ainda muito mais”.
(Aunício da Silva)
2010-01-26 06:03:00
£90,000-a-year patient safety role remains unfilled
-
A law creating a Patient Safety Commissioner post was passed last year -
but no-one has yet been found to take it on.
6 hours ago
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