Sunday 13 December 2009

Militares oferecem-se para integrar governo malgaxe

O presidente de Madagáscar, Andry Rajoelina, disse que já não é possível trabalhar com os seus rivais políticos.

O país está mergulhado num impasse político desde que Rajoelina assumiu o poder em Março e ontem o Exército disse que estava disposto a integrar o Governo, se necessário.

Três dos antigos presidentes malgaxes reuniram-se em Moçambique para tentar resolver a crise num encontro boicotado por Andry Rajoelina. Um deles, Albert Zafy, disse que foi alcançado um acordo sobre a composição de um governo de transição.

Segundo notícias, Rajoelina reagiu com irritação à proposta, acusando os três homens de alta traição e impediu aviões de transportar a delegação de Zafy de regreso a casa.

Encurralados

Em entrevista à BBC, o medidador do processo malgaxe, o antigo presidente moçambicano Joaquim Chissano, confirmou que 28 pessoas continuavam em Maputo, enquanto prosseguem os esforços para tentar convencer o governo de Madagáscar a autorizar a entrada no país do avião proveniente da capital moçambicana.

Segundo Joaquim Chissano, a decisão de Antananarivo terá sido motivada pelo facto da ronda de Maputo ter feito um acordo sobre a composição do governo de transição.

“Concluimos que Rajoelina não teria gostado desta reunião em Maputo e que teria mesmo chegado a acusar os seus participantes de uma tentativa de golpe de Estado. Mas nós não temos nada de oficial”, explicou.

Chissano reiterou que todos os esforços estavam a ser feitos para que a delegação dos antigos presidentes pudesse regressar e que a mediação há-de continuar, a nível da SADC e das outras organizações envolvidas no processo.

BBC – 11.12.2009

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