Em Copenhaga

Moçambique vai defender posição assumida na UA

Maputo (Canalmoz) - Moçambique vai defender, na 15ª Conferência sobre Mudanças Climáticas - a ter lugar entre os dias 7 e 18 de Dezembro próximo, em Copenhaga, Dinamarca - a posição assumida pela União Africana, a qual pretende que no fórum sejam tomadas decisões que contribuam para a redução de emissões de gases de efeito estufa no continente, segundo indicou a ministra para a Coordenação da Acção Ambiental.
Alcinda de Abreu falava à margem da última reunião preparatória da 15ª Conferência de Copenhaga, realizada há dias em Maputo, na qual participaram técnicos de diferentes sectores do Governo, do sector privado, da investigação e pesquisa e da sociedade civil, com o objectivo de “harmonizar o posicionamento do País em relação às questões que se colocam no âmbito da problemática das mudanças climáticas”.
Segundo aquela governante, o continente africano é o mais vulnerável ao problema do aquecimento global que está a produzir mudanças do clima, tornando as temperaturas insustentáveis com as condições naturais: “Essa situação tem contribuído de maneira adversa aos esforços que o nosso Governo, agentes económicos e a sociedade civil têm estado a fazer para a redução da pobreza”, referiu.
Ajuntou que “as mudanças climáticas têm estado a trazer-nos retrocessos e desgastes, pelo que pensamos que Copenhaga é um fórum, onde deve haver responsabilização para a compensação de países como Moçambique, em termos de transferência de recursos financeiros que nos possam ajudar na implementação da nossa agenda de adaptação às mudanças climáticas e acções de mitigação”.
Num outro desenvolvimento, Alcinda de Abreu realçou que “a transferência de tecnologias dos países desenvolvidos para os que ainda estão em via de desenvolvimento podia ajudar-nos a gerir melhor esta problemática das mudanças climáticas e a adaptarmo-nos melhor a esta triste realidade que estamos a viver nos últimos anos no País”, nomeadamente secas, cheias e ciclones tropicais, originando perdas humanas, destruição de infra-estruturas.

(Redacção)