Tuesday 3 November 2009

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1 - Redes Sociais Unem Activistas Africanos

Comunidades on-line reforçam democracia, exigem responsabilidades

2 - Missão dos EUA Na União Africana Mostra Empenhamento em África

Entrevista com Embaixador Americano Michael Battle

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1 - Redes Sociais Unem Activistas Africanos

Comunidades on-line reforçam democracia, exigem responsabilidades



Página do America.gov no Facebook promove discussão sobre boa governação.

Por Laura Henderson
Redactora

Washington – “O futuro de África está nas mãos dos africanos”, disse o Presidente Obama a uma audiência em Accra, Gana a 11 de Julho. Uma audiência mundial, incluindo muito membros de África, respondeu a essa afirmação no site do Facebook do America.gov.


“Vocês têm o poder de exigir responsabilidades aos vossos líderes e de criar instituições que servem o povo”, declarou Obama. Em África e noutros lugares, as redes sociais estão a criar uma oportunidade para as pessoas trabalharem conjuntamente nesse sentido.

Durante as viagens separadas de Obama e da Secretária de Estado Hillary Rodham Clinton à África Subsariana e a reunião do Presidente com líderes africanos nas Nações Unidas em Nova Iorque, a mensagem sobre a importância da boa governação e a convicção de que o futuro de África depende dos africanos foram essenciais. Em Agosto, Clinton abriu caminho na África Subsariana, reunindo-se com líderes de sete países africanos e dizendo às audiências no Quénia “Os EUA não podem resolver os problemas do Quénia… Não podemos dizer-vos como governar; não nos compete a nós… As respostas para os desafios do Quénia competem aos quenianos”.

Utilizadores da Internet em todo o mundo acompanharam a viagem de Clinton através da página do America.gov no Facebook, participando numa conversa mundial sobre os desafios mais importantes que a África enfrenta hoje. Durante um mês, fãs do jornal electrónico dos EUA colocaram mais de 700 comentários, respondendo a perguntas sobre o papel de cidadãos americanos e africanos no desenvolvimento do continente.

Dos que participaram na conversa no site, 57% disseram que o desafio mais importante enfrentado pelos africanos é ter boa governação. Muitos participantes exortaram os Estados Unidos a pressionar os seus governos para acabar com a corrupção e promover maior transparência. Discutiram também as implicações económicas e sociais de governos mais abertos, eleições livres e justas e regimes estáveis.

A conversa foi viva e mordaz. À pergunta “O que é boa governação?” os participantes responderam:

· “Boa governação depende de transparência, responsabilidade e igualdade de modo a responder às necessidades do povo”.

· “Boa governação para mim é o acto de viver em paz com o povo, ser amado pelo povo que se governa, pensar no que fazer para que aqueles que se governa possam beneficiar”.

· “Boa governação significa o maior bem para o maior número”.

· “Boa governação começa em mim”.


A conversa completa, reunida numa publicação on-line, pode ser vista em http://bit.ly/AF_Comments (PDF, 2.4MB).

EXPANDIR A SOCIEDADE CIVIL NO CIBERESPAÇO

Muitos consideram a capacidade de Obama de galvanizar o apoio das massas através de instrumentos on-line como um factor importante nas suas vitórias nas eleições primárias e gerais em 2008. Como presidente, continua a usar fóruns na Internet e a inspirar movimento social no qual os cidadãos possam discutir políticas e acções do governo. A sociedade civil expandiu-se para o ciberespaço, ajudando a democratizar o debate político.

A utilização de novas tecnologias da comunicação e de redes sociais como Facebook, Twitter, blogs, YouTube e MySpace está a ganhar terreno em África e os africanos descobriram que as redes sociais são instrumentos úteis para promover a mudança.

Um grupo do Facebook, This African Can, liga africanos a outros africanos para troca de ideias e incentiva a participação activa no processo de desenvolvimento. O grupo afixa discussões sobre tópicos como “informar o presidente da câmara da sua cidade, governador estadual ou governador local”, “desenvolver relações estratégicas” e “apresentar ideias de negócios” e os membros partilham blogs africanos e recursos da Internet.

A criadora do grupo, Kim Hannah Moran, disse “Acredito e conto com aquilo que os africanos fazem melhor e que é interligar… Isto é natural nos africanos; o ciberespaço apenas o tornou mais simples, melhor e mais rápido para eles”.

Uma campanha recente levada a cabo por nigerianos, “Light Up Nigéria”, utilizou redes sociais para chamar a atenção da diáspora nigeriana para a infra-estrutura eléctrica inadequada e exigir mudança. Através do site de Facebook, Twitter e blogs, reuniram uma comunidade virtual mundial para tomar medidas acerca duma questão. Para saber mais sobre isto consulte “Can Nigeria Live Up To Its Promise?” no blog do America.gov.

As plataformas de redes sociais aprenderam que podem adaptar-se a banda estreita. Segundo dados recolhidos por O’Reilly Media Inc., de Janeiro a Abril, o número de utilizadores africanos do Facebook aumentou 86.9%. Em Agosto, o Facebook lançou Facebook Lite, uma versão para utilizadores com ligações à Internet menos seguras, oferecendo a possibilidade de abrir muitas áreas de banda estreita às oportunidades de acolher no Facebook diálogos entre africanos e no estrangeiro. O Facebook também introduziu recentemente uma versão em Swahili do seu site.

A discussão sobre democracia, boa governação e questões afins continua na página do Facebook do Departamento de Estado e nos blogs do America.gov onde todas as ideias são bem-vindas.

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