Friday 2 October 2009

Savana: A hora do fecho

ULTIMA

u No Ministério da Agricultura causou muita indignação o facto do respectivo chefe do pelouro não se ter feito presente nas exéquias fúnebres do Director Nacional de Terras e Florestas, Raimundo Cossa, que morreu no dia 18 de Setembro, vítima de um acidente de viação. Os trabalhadores daquele Ministério defendem que o Ministro-sindicalista poderia ter dispensado alguns dias da campanha em que está envolvido na província do Niassa para prestar a última homenagem àquele que em vida deu muito suor, saber e sacrifício para o desenvolvimento da agricultura neste país. Só que o futuro melhor vem dos vivos; não dos mortos.

u Os venerandos que na segunda-feira mandaram à vida as reclamações da oposição, até parecia que não estavam completamente convencidos da legitimidade de seus pareceres. No fim, a caminho das suas “limousines” brancas, optaram sair pela porta do cavalo, ao invés de o fazer pela frente como habitualmente acontece.

u Para que não fosse o diabo arquitectar alguma marosca lá chamaram a “intervenção rápida” para proteger o edifício. Os únicos inimigos visíveis eram os políticos descontentes, os escribas e o famoso porta-voz da CNE que, famosamente, perdeu o pio durante a semana logo a seguir à publicação das listas partidárias.

u Os juristas da praça interrogam-se sobre a opinião de um douto venerando que no acordão anterior , o das candidaturas presidenciais, se resolveu distanciar dos seus pares, para agora estar em unanimidade. Os mais cáusticos dizem que é o efeito Frenamo...

u Os insectos que andaram infiltrados na augusta sala das plenárias dos ditos doutos, dizem que, mesmos nas unanimidades, se aplicou a máxima quem vê caras não vê corações, decidindo-se os indecisos pelo “voto útil” e reservando a artilharia pesada para outras batalhas futuras. Como se voto não fosse arma.

u O efeito Frenamo parece não existir apenas na CNE e no CC. Na Beira, segundo um flagra da espetaculosa, “voluntários” com camisete da perdiz fazem “jornadas voluntárias” arrancando cartazes do puto Daviz, mas deixam os cartazes do cachimbo e da maçaroca. Quem diria ...

u Puto Daviz tem outros azares, embora outros dizem que é tendência de vitimização. Não há “pavez” para acabar a pavimentação das ruas porque estão a dizer que a máquina foi sabotada pelas perdizes. O mesmo sucedeu com o icenerador dos lixos hospitalares.

u Mais para o norte, reapareceu o professor primário que já foi governador a fazer campanha pela maçaroca. Não se sabe se irá a Cafunfe, lá onde o tabaco azedou, animou relatórios e portas a bater. Pode ter mesmo custado a cadeira no palácio. Como as cotoveladas do seu sucessor

u Em Marromeu ainda estão a digerir a última visita de tsunami 2. Depois de dar mais um 24/20, a administração dos açucares ainda está a fazer as contas às botas, óculos e máscaras que tem de comprar para os milhares de sazonais descontentes.

u Mais para sul os bosses, os donos da mola dos ditos açucares, têm Assembleia Geral marcada para os próximos dias e vão decidir se de facto o “doing business” em Moçambique é atractivo ou é melhor fazer voar os investimentos para outro lado.

u O administrador do sítio também está preocupado, mas também por outros motivos. Para agradar ao governador, mandou caçar ilegalmente cabritos numa coutada e foram apanhados por uma espécie rara. Um fiscal não corrupto. O motorista da expedição apontou o dedo para o responsável das actividades económicas e este por seu turno para o administrador. O açucar está mesmo a arder.

Em voz baixa
u Os da anti-corrupção estào indecisos com as notícias que vêm de Londres. Houve mesmo luvas para o antigo boss das estradas ou o dinheiro foi parar à Casa Branca, como é ‘hábito nas empresas públicas?

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