Tuesday 27 October 2009

A Opiniao de António de Almeida

Terminou a campanha eleitoral, mas a Frelimo ainda faz campanha em Quelimane


A campanha eleitoral em Moçambique terminou as zero horas em que o domingo transitava para a segunda-feira. Esse é um conceito lógico e não prático, porque até as 14 horas desta segunda-feira ainda viam-se viaturas com panfletos e bandeiras do batuque e da maçaroca em plenas avenidas da cidade de Quelimane.

Este facto levou os cidadãos a fazerem vários comentários sobre o comportamento dos camaradas, de não respeitarem a lei.

Mas para isso existem autoridades neste país, mas que nada fazem para que essa lei se cumpra.

A Frelimo nos seus discursos, sempre disse que fez e faz; isso leva a crer que está lá nesse fez e faz, o não cumprimento da lei e o não respeito pelas autoridades.

Sobre essa situação, a nossa reportagem conversou com alguns jovens da cidade de Quelimane, que revelaram estar revoltados com toda essa situação que se vive em Moçambique e em Quelimane.

Os jovens que falavam a voz da América quebraram o silêncio do segredo a quem vão votar, revelando que não vão votar em partidos caducos e acreditam no emergir de uma grande força politica que possa de facto resolver os problemas dos moçambicanos.

Apenas para fazer referência, para ilustrar o diálogo com os jovens, parou uma viatura de marca Lande Rover, com a chapa de inscrição MMF – 38-37 repleta de panfletos do partido Frelimo, em plena 12 horas desta segunda-feira e os jovens que conversavam ficaram paranoicos apontando e comentando sobre a viatura que alguns deles acharam ser do estado.

Mas nós não paramos por ai; procuramos junto de alguns condutores, saber o porquê de ornamentarem até hoje as suas viaturas com panfletos do partido no poder? Ao que nos responderam que isso é mais para não apanhar multa nos postos de fiscalização.

Entretanto, um estudante de filosofia da universidade pedagógica que declinou ser identificado por temer represálias, disse no seu comentário que este comportamento do partido dos camaradas tem dias contados e todos eles irão pagar pelos crimes que tem cometido.

Para o pequeno filosofo, esse modo de governação é uma anarquia que se pode comparar ao tipo de governação dos grandes ditadores da história, que para se sentirem respeitados, impuseram normas e até mataram o povo para impor medo.

Todavia, um dia antes do fecho da campanha, portanto sábado, chegava a terra do palmar o candidato da Frelimo Armando Guebuza, que desembarcaria no final da tarde no aeroporto de Quelimane.

Não se pode negar que o aeroporto estava coberto por uma moldura humana considerável, que interditava a passagem.

Naquele dia estava no aeroporto uma segurança com dentes de fora que impediam toda gente de entrar no aeroporto, fazendo recordar a época samoriana em que ninguém mandava somente os senhores do poder e quem reclamasse seria chicoteado e mandado para a prisão.

Hoje já a faltar pouco mais de um dia e meio para o povo moçambicano decidir sobre os destinos do país, jovens estudantes questionam:

“Se fosse um partido que não seja a Frelimo a agir desse modo, qual seria a reação da autoridade?”

Para os jovens em Moçambique, as autoridades estão ligadas aos camaradas, facto que faz que tenham o rabo atado e sem reações.

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