Tuesday 18 August 2009

Turismo destaca-se na colecta de receitas

O Turismo está a assumir-se como um dos principais sectores que maior volume de contribuições canaliza aos cofres do Estado e a demonstração desse facto é a cobrança de um montante estimado em cerca de 190 milhões de dólares ao longo do ano passado, receitas que superam largamente o montante cobrado no exercício de 2004, que se situou em pouco mais de 95 milhões de dólares.


Segundo foi anunciado ontem pelo Ministro do Turismo, Fernando Sumbana Júnior, durante o sétimo conselho coordenador do seu pelouro, que decorre na Ilha de Moçambique, em Nampula, o incremento do volume de receitas deveu-se em grande medida à revitalização e modernização dos parques e reservas nacionais, bem como da melhoria do ambiente de negócios que tem atraído o investimento no sector.

Como consequência desse facto, segundo Fernando Sumbana Júnior, o número de visitantes aos parques e reservas nacionais cresceu de forma notável, situando-se até finais do ano passado em cerca de um milhão e quinhentos mil turistas ao nosso país, contra pouco mais de 954 mil registados em 2005.

Segundo a fonte, o aumento da entrada de turistas no país constitui um desafio para os operadores do turismo, que se confrontam positivamente com o índice de crescimento do número de camas nos seus estabelecimentos, actualmente estimados na ordem de sete por cento por ano.

Outro grande desafio com que se confrontam os operadores de turismo no país é o reforço dos efectivos de trabalhadores, para os quais foram desenvolvidos planos de formação interna, com enfoque paras as áreas de conservação, beneficiando funcionários públicos e nas componentes de hotelaria e turismo para os do sector privado, visando essencialmente atingir os padrões mais altos em termos de qualidade de serviços.

Actualmente o sector de Turismo emprega cerca de 40 mil trabalhadores, dos quais mais de metade são mulheres, sendo que as acções de capacitação desenvolvidas beneficiaram cerca de quatro mil trabalhadores, dos quais 3723 provenientes do sector privado e os restantes do estatal.

Num outro desenvolvimento, Fernando Sumbana recordou que o turismo no Continente Africano não será deveras afectado pela crise financeira global, como nas Américas e Europa. Este facto constitui um desafio para as autoridades do turismo no nosso país, que devem adoptar medidas de mitigação àquele fenómeno no tecido social e económico.

“A crise financeira global pode constituir uma oportunidade para o nosso sector, desde que a nossa estratégia represente uma mais-valia na atracção de turistas, através da aprovação de alguns instrumentos”, disse Sumbana, numa implícita referência aos pacotes de incentivos visando tornar mais atractivo o ambiente de negócios.

A liberalização do espaço aéreo para o acesso de voos internacionais, promoção de parcerias público-privadas e do turismo doméstico e regional, além da modernização dos aeroportos internacionais, processos que o governo está levar a cabo neste momento, incluindo a transformação da base aérea de Nacala em aeroporto civil, são actividades que o Governo deve dinamizar a sua implementação.
Maputo, Terça-Feira, 18 de Agosto de 2009. Notícias

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