Parque industrial da Zambézia realidade ainda este mandato - garante Luisa Diogo, Primeira-Ministra, afirmando que há um trabalho no terreno
O GOVERNO continua empenhado na mobilização de recursos financeiros necessários para a implementação do parque industrial na cidade de Mocuba, na província da Zambézia, prometido durante a campanha eleitoral para as terceiras eleições gerais. A Primeira-Ministra, Luísa Diogo, disse há dias à nossa Reportagem que o Governo está a trabalhar a todo o vapor por forma a que o parque industrial surja conforme a realidade socoeconómica da província da Zambézia.
De acordo com Luísa Diogo, neste momento decorre um trabalho no terreno que era reservado para o funcionamento da fábrica Têxtil de Mocuba ao nível das empresas que se irão instalar no local. Referiu que o parque industrial não está organizado de forma integral, mas apesar disso há unidades industriais que estão a fazer o seu trabalho de forma separada.
Tudo indica que no terreno são poucas as acções visíveis que dão claras indicações de que existe algo que visa a concretização do empreendimento socioeconómico que iria contribuir para uma significativa absorção de maior de mão-de-obra da região centro do país. A primeira-ministra acrescentou que há um trabalho em curso e prometeu que o parque industrial da Zambézia irá funcionar dentro deste ano. Nós estamos a trabalhar para que aquele sítio seja integralmente aproveitado, disse Luísa Diogo.
O parque industrial da Zambézia seria um conjunto de pequenas e médias industrias de agro-processamento e empresas de prestação de serviços que se completariam entre si.
O parque industrial foi prometido pelo partido no poder durante a campanha eleitoral, mas passam quatro anos e meio que a província da Zambézia aguarda ansiosamente a implantação desse empreendimento socioeconómico que iria contribuir para o agro-processamento de cereais produzidos na região norte da Zambézia.
Entretanto, a região norte da província da Zambézia continua a produzir grandes quantidades de cereais, feijões, oleaginosas e castanha de caju. Esta produção tem sido cotada e registada na província de Nampula e exportada a partir do Porto de Nacala. Nos dados estatísticos, essa produção pertence à província de Nampula.
O governador da Zambézia, Carvalho Muária, reconheceu o problema e afirmou que o seu Executivo tem fragilidades no controlo dessa produção. Temos essa frangilidade; pelo menos deveríamos ter a capacidade de registo da produção que sai; não são apenas os cereais, como também as oleaginosas e a castanha, disse.
Os académicos da Zambézia afirmam que com o parque industrial da Zambézia seria possível processar toda esta produção, o que daria um valor acrescentado à produção e valorizar os esforços dos camponeses. Abdul Carimo, académico da Zambézia, faz uma observação crítica desse aspecto económico. A província está a produzir muito, mas em termos de processamento não está acontecer nada; a economia continua a registar índices bastante baixos de crescimento, disse, para depois acrescentar que é preciso dar valor acrescentado à produção da província e valorizar os esforços dos camponeses. Tudo isso passa pela materialização do Projecto do Parque Industrial da Zambézia.
JOCAS ACHAR
Maputo, Terça-Feira, 7 de Julho de 2009:: Notícias
'Storm Bert left me with just the clothes I'm wearing'
-
Residents hit by flooding describe what it has been like in the aftermath
of Storm Bert.
4 hours ago
No comments:
Post a Comment