Ministro da Indústria e Comércio contesta pesquisa da KPMG
“A criminalidade e a corrupção constituíram um dos empecilhos para uma maior confiança dos empresários” – conclui estudo da KPMG “A balança comercial, a posição externa do país deteriorou-se em 2,8 por cento aumentando o défice para 795 milhões de dólares reflectindo-se na conta parcial de bens decorrente do aumento das importações relativamente às exportações totais de bens e também da evolução negativa de 6,7 por cento verificada na conta de serviços” “Há avanços que o Governo conseguiu, mas que não estão reflectidos na pesquisa” – António Fernando, ministro da Indústria e Comércio.
Maputo (Canal de Moçambique) – Foi ontem divulgada, aqui em Maputo, a pesquisa da KPMG sobre o ambiente de negócios em Moçambique no exercício de 2008 e primeiro trimestre de 2009. A pesquisa aponta, em suma, que “o ambiente de negócios em Moçambique melhorou 7,08 por cento entre Outubro de 2008 e Março deste ano, mas a criminalidade e a corrupção constituíram um dos empecilhos para uma maior confiança dos empresários”. Entretanto, o ministro da Indústria e Comércio, António Fernando, na altura da apresentação da pesquisa, mostrou-se insatisfeito com os resultados. Considerou que a pesquisa não reflecte à realidade das acções e dos esforços que vêm sendo desenvolvidos pelo Governo com vista a melhorar o sector.
O ministro considera, no entanto, que a mesma “devia reflectir uma percepção mais próxima da realidade. Há avanços que o Governo conseguiu, mas que não estão reflectidos na pesquisa”.
A pesquisa que já tinha sido divulgada pelo Canal de Moçambique (vsff Canal nº 734 de 12.01.09; Canal nº 735 de 13.01.09; Canal nº 736 de 14.01.09 e Canal nº 740 de 20. 01.09), aponta que a corrupção, a burocracia, a falta de quadros qualificados e a inexistência de infra-estruturas adequadas, continuam a ser os maiores entraves aos investimentos, fazendo com que Moçambique enfrente elevados custos de oportunidade em relação aos países circunvizinhos. Contudo, não obstante este cenário, acredita-se que, com a redução de custos estruturais, reforma e simplificação dos processos, entre outros aspectos, os investimentos poderão continuar a fluir no país.
Concretamente e sobre o exercício de 2008, a pesquisa KPMG refere que no âmbito da balança comercial, a posição externa do país “deteriorou-se em 2,8 por cento aumentando o défice para 795 milhões de dólares reflectindo-se na conta parcial de bens decorrente do aumento das importações relativamente às exportações totais de bens e também da evolução negativa de 6,7 por cento verificada na conta de serviços”, documenta a KPMG.
Por outro lado, a pesquisa aponta para a necessidade de o Governo continuar a providenciar novas infra-estruturas e serviços, entres eles estradas e pontes e telecomunicações, para influenciar de forma positiva as expectativas dos actores económicos nestas e outras áreas. “Ainda muito que tem que ser realizado”.
No inquérito que abarcou 938 empresas de todo o território moçambicano, a pesquisa da KPMG aponta também que a criminalidade, “principalmente o crime organizado, a burocracia, corrupção, têm retraído a aposta dos empresários ao mercado nacional”.
Apesar do cenário descrito, “os dados mostram, no geral, uma melhoria nas expectativas dos agentes económicos mercê de esforços que têm sido feitos, tanto no sector público, quanto na sociedade, na sua acção de monitoria das acções do Governo”, escreve a KPMG.
(Emildo Sambo)
2009-07-14 05:49:00
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