A QUARTA conferência nacional da CTA “Antena Regional Sul” realizada semana passada na vila autárquica de Vilankulo, em Inhambane, não passou de uma daquelas reuniões dos governadores, pois o que se viu é que estavam mais presentes na sala de reuniões do Instituto de Formação de Professores de Chiboene membros dos quatro governos do que propriamente homens de negócios. Até mesmo os investidores da província, apenas alguns na sua maioria nacionais foram à reunião.
Não vimos naquele encontro empresários que convidam o Governo para discutir o chamado ambiente de negócios, os famosos influentes desta zona do país, não estiveram lá os maiores accionistas ou mesmo patrões das luxuosas estâncias turísticas a começar pela província de Inhambane, anfitriã da reunião. Não vimos lá os estrangeiros que exploram as atraentes potencialidades de Vilankulo, Inhassoro, Bazaruto, Bilene, Tofo, Tofinho, entre outras zonas turísticas mais procuradas nesta região do país.
Primaram pela ausência os proprietários dos grandes centros comerciais deste país, não vimos nem se apresentaram na reunião de Vilankulo os accionistas nem mandatários das grandes firmas, por exemplo, Maputo Shopping, Shoprite, Home Center, Custódio Irmãos, Soares da Costa, MOZAL, entre outros empresários que representam grande peso na economia deste país, principalmente da região sul.
Vimos muitas cadeiras vazias. Poucos estrangeiros que exploram a nossa riqueza foram àquela reunião de Inhambane. Rogério Manuel, o número dois da CTA que presidiu ao encontro, disse que a sua agremiação não tem culpa nisso, porque foram convidados todos para este encontro.
Como se isso não bastasse, a reunião que só começou perto das quinze horas do dia 16 deste mês terminou às 14 horas do segundo dia. Não cumpriu na íntegra o planificado. Foi tudo feito às pressas. Aliás, Itae Meque, o governador anfitrião, lançou uma achega à organização do encontro, dizendo que nas próximas ocasiões deve haver tempo para discutir coisas sérias e não fazer tudo às pressas. O governador de Inhambane insurgia-se de forma diplomática, à pressa com que eram feitas algumas apresentações. Eram apenas leituras de documentos sem tempo sequer para debate. Na verdade, a reunião de Vilankulo não produziu nenhumas recomendações se não arrolar uma série de preocupações.
O cúmulo da vergonha aconteceu na tomada de posse dos chamados órgãos dirigentes da região sul, pois a acta de tomada de posse vinha com o nome de Rogério Manuel e não das pessoas eleitas nas províncias. Havia tanta pressa em despachar o encontro de tal forma que não houve tempo sequer para verificar as formalidades dos documentos apresentados. A reunião foi realizada em Vilankulo, mas a acta de tomada de posse, tinha o nome de Maputo. Foi o cúmulo da desorganização.
Pela positiva destacou-se o Governo, pois as quatros províncias estiveram em peso, não só pela presença dos governadores, mas sim grande parte dos membros dos executivos provinciais foi a Vilankulo para ouvir as preocupações dos empresários que, entretanto, não se fizeram ao local do encontro.
* Victorino Xavier
Maputo, Quarta-Feira, 22 de Julho de 2009:: Notícias
Paul Adams: A significant move ahead of another long hard winter
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The move may not change the course of the war but it could restore balance,
writes the BBC's Paul Adams.
2 hours ago
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