Thursday 16 July 2009

Em conferência na cidade de Maputo

Guebuza convida empresários americanos a investir em Moçambique

Maputo (Canal de Moçambique) – O presidente da República, Armando Guebuza, disse, ontem, durante a abertura da Conferência sobre Negócios e Investimentos entre Moçambique e os Estados Unidos que as distâncias que a geografia criou entre Moçambique e os Estados Unidos da América podem ser encurtadas pela força da vontade dos moçambicanos e dos americanos de estreitarem as suas relações de amizade e cooperação. Armando Guebuza considerou ainda que para a satisfação desse desejo, os empresários têm um papel de grande relevo a desempenhar no reforço e na diversificação das relações entre povos e países.
“Na verdade, eles estabelecem um contacto mais intenso com os nossos povos, através dos seus trabalhadores, e promovem o nome do seu país, através dos seus produtos e serviços. Sobretudo pela via do seu investimento, introduzem novas tecnologias e propiciam a sua transferência para o país através da formação dos quadros”, disse Armando Guebuza acrescentando que o estado moçambicano encara a realização da Conferência sobre Negócios e Investimentos, que reúne empresários moçambicanos e americanos, em Maputo, como mais uma oportunidade para os empresários dos dois países darem o seu contributo no aprofundamento e na diversificação das excelentes relações politico-diplomáticas entre os dois estados.
No seu discurso Armando Guebuza deu a conhecer aos empresários americanos as oportunidades e potencialidades de negócios que o país oferece. Disse que Moçambique com uma costa de mais de 2700 quilómetros constitui uma porta de entrada e de saída para os países do interior. “ Através das estradas e das linhas férreas, estes países têm acesso aos nossos portos que lhes dão a vantagem de encurtar as distâncias para a África Oriental, a Península Arábica e o Sul da Ásia”, disse o Chefe do Estado. Este acrescentou ainda que esta costa é salpicada por ilhas paradisíacas e por praias de águas quentes e cristalinas que também propiciam não só a prática da pesca desportiva como da industrial e da aquacultura.
“No interior ergue-se o nosso potencial faunístico, sendo de destacar a Reserva dos Elefantes, o Parque Nacional da Gorongosa concessionado a um empresário americano, os parques do Zinave, Banhine e do Limpopo, todos eles integrados no Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo que junta os parques Kruger, da África do Sul e de Gonarezou, do Zimbabué”, disse o presidente da República de Moçambique.
Para as áreas dos recursos minerais o chefe de Estado destacou as potencialidades que o país tem nas áreas do gás natural, carvão, titânio, grafite, pedras preciosas, mármore e ouro. “Presentemente a Anadarco, uma empresa americana, está licenciada para ao lado de outras multinacionais realizar pesquisas de gás e petróleo”, informou.
Armando Guebuza disse igualmente que Moçambique tem potencial para agro-processamento, bio-combustíveis, exploração florestal e produção de energia. “ Os produtos derivados de investimentos nestas áreas não serão apenas para o nosso mercado interno como servirão para abastecer a região da SADC e o mundo. A nossa longa costa potencia a exploração da cabotagem e no interior abrem-se oportunidades em áreas como a construção de infra-estruturas sendo exemplos indicativos as vias de acesso e a geração e transportes de energia”, disse o presidente da República acrescentando ainda que no país existem exemplos que demonstram que as parcerias público-privadas têm viabilidade e ilustram como o Estado e o sector privado podem trabalhar juntos para o desenvolvimento desta pérola do Índico.

Estado apostado para melhorar o ambiente de negócios

No seu discurso ainda durante a abertura da Conferência sobre Negócios e Investimentos entre Moçambique e os Estados Unidos, o presidente da República deu ainda conta de que o Governo tem estado a melhorar o ambiente de negócios no país, no cumprimento do seu papel de facilitador da actividade empresarial em Moçambique. Neste quadro, segundo Armando Guebuza, foram aprovados vários instrumentos que visam facilitar a instalação, funcionamento e protecção dos investimentos.
“Ainda no mesmo âmbito foram introduzidas politicas de incentivos para o desenvolvimento da indústria têxtil e de confecções bem como benefícios fiscais mais competitivos para as zonas francas industriais e para as zonas Económicas especiais.

(Alexandre Luís)



2009-07-16 06:14:00

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