Thursday, 25 June 2009

Deputados da RUE foram eleitos para estarem na sala e não fora dela

PARA ALÉM DE SER FUGA ÀS SUAS RESPONSABILIDADES

-A critica é do antigo Presidente da República de Moçambique, Joaquim Chissano quando questionado sobre o boicote da bancada minoritária da Coligação Renamo-União Eleitoral na Sessão do Informe sobre o Estado da Nação pelo Chefe do Estado, Armando Guebuza.

A bancada minoritária da Renamo-União Eleitoral boicotou a sessão do Informe Anual sobre o Estado da Nação, apresentado pelo Chefe do Estado, Armando Guebuza, ao não se fazer presente na sala de sessões, acto considerado como sendo falta de sentido de Estado.

A atitude severamente criticado pelo deputado desta coligação, Máximo Dias único que esteve presente apenas nos primeiros momentos desta sessão especial, mas que acabou abandonando a sala antes do

Presidente da República iniciar a apresentação do informe, naquilo que ele considerou ter ido para exercer o seu direito de cidadania e saudar o Chefe do Estado.

Dias condenou a atitude dos seus correligionários, afirmando que não se veiculava nela, pois, “me oponho a posição assumida pela bancada de optar pela ausência”.

Esta posição foi corroborada pelo antigo Chefe do Estado, Joaquim Chissano que afirmou que a ausência dos deputados era sinal de fuga de responsabilidades, porquanto, “os deputados da Coligação Renamo-União Eleitoral foram eleitos para estarem dentro da sala e não fora dela”.

Entretanto, em comunicado distribuído após a apresentação do Informe pelo Presidente da República, a RUE tentou justificar a sua atitude de boicotar a sessão apresentando cinco pontos, os quais diz serem elucidativas para justificar o boicote.

Nos cincos pontos, segundo a bancada da RUE, tenta demonstrar, primeiro, que o Presidente da Frelimo, por sinal também Presidente da República não é verdadeiro Chefe do Estado.

Diz que o Presidente da Frelimo instruiu a sua bancada para não aceitar a revisão da Lei Eleitoral, principalmente, a revisão do artigo 85 da Lei 7-2007 que permite legalizar a fraude para ele, de modo a ser eleito, pois, o referido artigo permite algo como isto, se numa mesa de Assembleia de voto votarem apenas 100 eleitores e, no momento da abertura para o apuramento dos resultados aparecerem 200, 300,400 votos valem esses quando apenas votaram 100.

Noutro ponto, diz o comunicado que serve para protestar contra a instrumentalização da PRM, SISE e FIR, enquanto a Renamo pretende libertá-los, ainda a bancada quis repudiar o apetite do enriquecimento ilícito do Presidente da Frelimo que está dominando a todo custo, principais unidades económicas do País, como por exemplo, a banca (BCI), VODACM, Ernest Young, Corredores do Maputo e de Nacala, Kudumba, ARJ, Cimentos de Nacala, Cornelder da Beira, Interlect Holing, Interlect-Lights e Publicidade Luminosa. A utilização dos vulgo sete milhões para promover a sua imagem, bem como contra as manobras ditatoriais que, de um modo particular, eliminou o diálogo democrático no País.

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