Tuesday, 23 June 2009

Chissano medeia crise malgaxe




O ANTIGO presidente moçambicano, Joaquim Chissano, foi nomeado pela Comunidade para o Desenvolvimento da Africa Austral (SADC) para liderar e coordenar o diálogo com vista à solução da crise política que se abate sobre o Madagáscar.

Chissano foi nomeado na Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e Governo da SADC, realizada no último sábado na África do Sul, com o propósito único de avaliar a situação política e de segurança naquele país insular.

Esta cimeira, segundo o seu comunicado final ontem enviado à nossa Redacção pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, foi dirigida pelo chefe do Estado sul-africano, Jacob Zuma, na sua qualidade de presidente em exercício da SADC.

Os líderes desta organização regional, que apreciaram os relatórios das diferentes missões, com particular destaque o do enviado especial da SADC para Madagáscar e o da Troika para Política, Defesa e Segurança, manifestaram preocupação com o agravamento da situação política em Madagáscar, caracterizado pelo aumento das hostilidades entre os diferentes grupos políticos.

Os dirigentes da SADC lamentaram, por outro lado, os fracos progressos que o diálogo malgaxe tem estado a registar e instaram o povo daquele país para usar as suas estruturas políticas para forçar um diálogo inclusivo e refrear quaisquer formas de exclusão no processo negocial.

Desta forma, na qualidade de novo mediador da crise malgaxe, o antigo estadista moçambicano vai trabalhar com a sua equipa em estreita colaboração com a União Africana, as Nações Unidas, a Organização Internacional dos Estados Francófonos e outros intervenientes.

O encontro decidiu que a próxima Cimeira Ordinária da SADC vai ter lugar em Kinshasa, RDCongo, na primeira semana de Setembro próximo.

O Madagáscar mergulhou numa forte crise política resultante da disputa entre o deposto Presidente eleito, Marc Ravalomanana, e o auto-proclamado líder, Andry Rajoelina, antigo edil da cidade capital, Antananarivo.

A crise viria a provocar mais de uma centena de mortos e danos incalculáveis nas infra-estruturas da capital, assim como ditou a suspensão de Madagáscar da União Africana.

Maputo, Terça-Feira, 23 de Junho de 2009:: Notícias

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