ILAÇÕES DO 19 DE NOVEMBRO: OS RECADOS DO POVO!
Estava até a madrugada me informando sobre o decorrer do processo eleitoral e nem mais, como já se esperava, a conclusão é obvia: Há vários motivos para preocupação! O oposição está em apuros. A democracia está em apuros, pois enfraquece-se um dos fundamentos da democracia: o equilibrio de poderes. Em certas autarquias não haverá oposição na Assembleia Municipal. Noutras a oposição perde os poucos assentos que tinha conquistado em 2003. Estamos perante uma redefinição do xadrez politico-partidario no país. Se em 2003 houve municipios que deram o beneficio da dúvida aos candidatos da RENAMO porque até então não tinham tido a oportunidade de governar, nestas eleições estes mesmos municipios mandaram um recado à RENAMO: TEM QUE MUDAR A MANEIRA DE FAZER POLITICA! Tem que gerir melhor a coisa pública, tem que melhorar a capacidade das lideranças, tem que fazer trabalho de base desde já, quer no que se refere à renovação das lideranças onde se encontram figuras com a imagem muito desgastada na opinião publica (até na mais incauta) como no que se refere aos mecanismos instituicionais de funcionamento.
Pelo que tudo indica, a RENAMO tem hoje o menor número de membros e simpatizantes desde 1992, e os poucos que restam estão hoje mais divididos do que nunca, a julgar pelos resultados destas eleições, dá para notar que caso o Deviz Simango na Beira fundassse um novo partido (e ainda vai a tempo), ou concorresse por outro partido, PCN por exemplo, a RENAMO corria sérios riscos de perder o seu bastião, (ainda não o perdeu?). É o cumprimento da profecia há algum tempo pregada em coro em toda comunicação social e opinião publicada.
Neste caso à RENAMO e suas lideranças restam 2 alternativas:
1. Continuar com a actual liderança e forma de fazer politica, com a consequente derrota esmagadora nas eleições gerais de 2009, com a FRELIMO a garantir maioria qualificada (mais de 2/3) na Assembleia da Republica, nas Assembleias Provinciais, bem como em eleições subsequentes.
Neste caso, independentemente da opinião e pronunciamento da actual liderança da RENAMO, a democracia estará estagnada. E mais anos menos anos o lider deverá deixar no lugar alguém que goze de mais “simpatia pública” que por sua vez se continuar com as politicas actuais do “mestre Dhlakama”, em nada poderão dar, e aí sim, será o fim da RENAMO!
2. A segunda alternativa é MUDAR! Mudar em todas as vertentes, mudar a maneira de pensar na politica, mudar a maneira de fazer politica, mudar a forma de organizar e interagir na politica, e com isso mudar também (e obrigatoriamente) as lideranças da propria RENAMO a todos os niveis, oferecendo aos actuais o respeito pelo que fizeram em prol do país mas afastando-os (a grande maioria dos lideres) do combate politico diário pois já demonstraram e denontram inadaptação, pois hoje como nunca no Moçambique em paz, o combate politico exige dureza, coerencia e consequencia.
E se esta mudança, depois de tudo acima mencionado for suficientemente visivel e as figuras que surgirem em frente delas forem de suficiente consenso, não tenho duvidas de que a oposição poderá se unir e o povo verá, porque o povo não é ingenuo, só precisa de ser despertado da aparente letargia e a Beira é exemplo disto. O povo verá e Moçambique terá oposição refundada com novos principios, nova roupagem e acima de tudo com nova dinâmica que poderá até fazer tremer os pilares do seu principal adversário pilitico, fazendo-se sentir até nos pontos mais recondidos de Gaza e Inhambane (eleitorado tradicional da FRELIMO).
Evidentemente que nesta segunda alternativa, poderão aparecer muitas propostas como provaveis figuras de consenso, uma delas será com certeza Deviz Simango, haverão outras? Acho que sim! E quais serão?...
Estas são simples cogitações sobre um processo que está a seguir o seu rumo, cabe as lideranças dar o melhor destino, mas o povo já deu o seu aviso, porque este processo como muitos outros na historia, pode ser lento mas é irreversivel!
Maputo, 20.11.2008
Archbishop of York 'regrets' that abuse scandal priest had role renewed
twice
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Stephen Cottrell knew former priest David Tudor had paid compensation to a
woman who says Tudor abused him as a child.
46 minutes ago
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