A juventude é mais do que apenas uma fase de transição entre a infância e a idade adulta. É um período cheio de potencialidades de grandes sonhos e realizações. Tanto a história geral, assim como a da Igreja Cristã contam-nos sobre as épocas de sucessos e de relaxamento e degradação sócio-cultural e espiritual em qualquer sociedade ou organização.
Em qualquer situação deste género, quem pode fazer uma renovação ou criar um movimento de reavivamento e revolução é o jovem, porque o velho é, pela natureza do seu estado de idade muito tradicionalista e muito conservador. Contudo, também existem velhos que são mentalmente jovens e jovens que são mentalmente velhos. Este tipo de jovens é, muitas das vezes, fácil de ser manipulado em virtude da sua mentalidade não ser criativa por falta de visão e autoconfiança.
A Igreja Cristã, por exemplo, quando começou a perder a sua moralidade e se degradar, foi o jovem Martinho Lutero que teve uma visão de iniciar um movimento de renovação e mudanças, propondo a implementação de novas tradições. No século VIII, movido pela imoralidade, corrupção da sociedade inglesa e perda cada vez mais do espírito religioso da Igreja Anglicana, o jovem João Wesley começou um movimento de renovação evangélica fervorosa. Trouxeram novas e grandes mudanças e transformações na vida social e religiosa e tornaram-se em grandes homens, tanto na história secular, assim como na história da Igreja Cristã. Assim, na história da Igreja Cristã abriram-se as portas para que o homem tivesse acesso à Bíblia e o relacionamento directo com Deus e não através de intermediários. Na história secular abriram-se as portas para que o sistema de escravatura chegasse ao seu fim.
Os jovens de hoje vivem num mundo em crise, que embora não sejam eles os autores envolve-os e afecta profundamente uma triste herança pois ataca todas as nações do mundo e todos os níveis da sociedade e é especialmente amarga para as camadas mais pobres materialmente e espiritualmente. Sim, é verdade, afecta o homem por fora e por dentro. Por fora depara com a injustiça social, desemprego, fome, miséria, violência e corrupção. Por outro, não há esperança, não há objectividade, há apenas solidão, infelicidade, intranquilidade, angústia e desespero.
Na sua maioria os jovens querem um mundo novo, diferente, que lhes traz a esperança de um futuro melhor, pois não se conformam nem aceitam os valores que geraram a crise que agora envolve o globo terrestre. Querem um novo modo de vida, mais pleno, mais transparente, mais verdadeiro, mais autêntico, mais justo e mais equilibrado. Querem respostas. Querem soluções. Mas, apesar disso, correm o risco de serem os continuadores de tudo o que de errado contemplam.
Para poderem mudar a situação actual e criar uma nova realidade, os jovens de hoje devem ser criativos e não apenas consumidores; devem apoiar-se em novas ideias e em novas formas de agir. Devem cultivar e examinar os valores que foram criados no passado, mas que hoje são desprezados. Para mudar o Mundo, os jovens devem, antes de tudo, serem os primeiros a mudar. Deixarem de querer resolver os seus problemas e a crise mundial através do consumo de álcool, drogas e reivindicações prematuras com base no ódio e na vingança. O jovem de hoje, antes de tudo, deve aprender a ver, pensar, examinar, analisar, reflectir e tirar conclusões certas e maduras.
Está bem claro que a principal causa dos males que abundam hoje na nossa sociedade é o resultado da falta de espiritualidade e amor ao Mundo. A moral e a disciplina só se tornam realmente eficazes quando a nossa vida espiritual interior tiver sido aperfeiçoada e transformada (Rom. 12, 2; 2Cor 3, 17-18; 1Cor 2, 10-12).
O século XXI conheceu um avanço extraordinário nas condições de vida material e social da humanidade. Contudo, o conhecimento técnico e científico não tem conseguido estabelecer mais justiça, mais paz, mais tranquilidade e mais solidariedade entre os homens. Portanto, a crise que o mundo enfrenta não é de conhecimentos técnicos e científicos, mas sim uma crise interna de valores éticos e morais. A realidade social é resultado dos valores que orientam os homens, individualmente e colectivamente. Assim, para mudar a sociedade é necessário que, antes de tudo, se mudem os valores sobre os quais ela se apoia.
No mundo de hoje predomina uma postura materialista que coisifica o homem, que menospreza sentimentos como amor e fraternidade, que estimula a competição, o individualismo, o egoísmo, a inveja e o conflito. Por isso, há uma necessidade de direccionar os nossos corações e as nossas mentes para uma redescoberta de nossa dignidade humana, do nosso equilíbrio íntimo, de valores como altruísmo, justiça, honestidade e amor ao próximo. É necessário mudar a mentalidade do homem para que busque a paz, não a guerra; para que promova o bem social, não a exploração; para que deseje a unidade, não o espírito divisionista.
Em todas as épocas, a juventude sempre representou a vanguarda questionadora e a maior força construtora de novos valores na sociedade. Os jovens são os primeiros a exigir mudanças, a abandonar os velhos conceitos e a desprezar as velhas noções. Portanto, o papel da juventude como porta-estandarte de uma nova ordem social é extremamente importante. Os jovens podem, com os seus pensamentos e as suas acções, denunciar a falência de velhos valores e criar novas realidades sociais e religiosas. Podem actuar como arautos e divulgadores de uma nova era. Podem representar o fim de um tempo e o início do outro.
A actual condição do mundo - sua instabilidade económica, a insatisfação política e a desconfiança internacional - deveriam despertar os jovens do seu sono e da sua inércia e fazê-los questionar o que haverá de trazer o futuro. São eles, seguramente, que irão sofrer se alguma calamidade se abater sobre o mundo. Deveriam, portanto, examinar as forças prejudiciais que estão em jogo e então num esforço conjunto, levantarem-se e realizar-se as reformas necessárias- reformas que deverão abarcar, em seu escopo, tanto os aspectos espirituais quanto os sociais e políticos da vida humana.
Construir um futuro melhor sobre os alicerces que recebem prontos do passado é um desafio à juventude. Para isso precisa compreender a época em que vive, avaliar as possibilidades de mudanças e realizá-las. Se os jovens não se capacitarem para questionar com sabedoria e profundidade as grandes questões do nosso tempo, jamais poderão dar alguma mudança nas estruturas que os envolvem. Serão apenas imitadores e perpetuadores das ideias do sistema opressor e explorador.
A sociedade moçambicana é hoje caracterizada pela imoralidade, corrupção, contendas, agressões físicas e psicológicas e perda cada vez mais do espírito religioso.
Esta situação afecta também em alto nível a vida da Igreja Cristã como um grupo social dentro da sociedade em geral. Perante esta situação, qual é a reacção do jovem moçambicano e principalmente o jovem cristão? Que plano está traçando para mudar esta situação? Será que o jovem moçambicano hoje tem uma visão da renovação e mudanças ou é apenas imitador e perpetuador das ideias destruidoras?
Leonardo Lasse, In NOTICIAS, Maputo, Segunda-Feira, 3 de Novembro de 2008.
Danes struggle with response to Trump Greenland threat
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Copenhagen's grey winter skies match the mood among politicians and
business leaders in the face of a crisis.
47 minutes ago
3 comments:
Oi sou Orlanda du mal
gostei muito msm
bem interessante
bonitao s2
!!!!
me liga 32422300
bjs lindaoooo
sou uma dilicia
Oi sou Orlanda du mal
gostei muito msm
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bonitao s2
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bjs lindaoooo
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aff a pessoa aproveita pra fazer programa ate aki!
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