Saturday, 8 November 2008

A HORA DO FECHO DO SAVANA

ULTIMA
A hora do fecho
* O país está em êxtase, em verdadeira Obamania. E os manos Mucave, um pé em Moçambique, pés e pegadas em vários países da África Austral, a pretexto do aniversário da revista Capital, fizeram questão em celebrar a vitória do afro-americano num dos bares bem badalados junto à marginal de Maputo. Como na noite das Arábias... go Obama go...
* Menos mediático, o país acompanhou pelos escribas habituais a visita do chefe ao país dos vikings. Depois foi informado que o chefe começava uma visita ao país que domina a tecnologia dos celulares e da vodka esta terça-feira. Só que perdeu o rasto do cachimbo entre as duas visitas. E os escribas ficaram bem mudos ... ou será que se perderam do chefe?
* O que está muito embrulhado é o acordo sobre o Zimbabwe. Agora o antigo ministro da mola que se mudou para o Botswana e mete os pés pelas mãos cada vez que tem que explicar as tropelias de mad Bob, veio reconhecer que o acordo de 5 de
Setembro não era bem o que tinha acordado previamente. Vamos ver se a próxima cimeira na África do Sul consegue harmonizar os papéis...
* O ministro do 5 de Fevereiro lá foi finalmente ser ouvido na procuradoria esta terça-feira. No dia seguinte fez questão em aparecer num dos hotéis mais luxuosos da capital para mostrar claramente que não foi parar à pensão da Kim il Sung.
* Filipe Paúnde parece não conhecer a história do partido que ele é secretário-geral. Na abertura da campanha de David Simango disse que a Frelimo era responsável por tudo de bom que existia em Moçambique, incluindo até a diversidade religiosa, porque o colono não queria saber nada das igrejas. Esqueceu-se Paúnde, das perseguições que a Frelimo empreendeu contra as igrejas pouco depois da independência nacional. Chama-se a isso tentar reescrever a história...
* Meios de transporte públicos, spots publicitários na televisão e rádio públicos bem como nos jornais pró-governamentais têm sido vistos com muita frequência sempre a favor dos candidatos do “batuque e maçaroca”. Agora falta saber se as facturas das
respectivas empresas são canalizadas ao partidão ou tudo não passa de arranjos de camaradas.
* A campanha eleitoral já começou e a violência também. Mas para o azar da Frelimo, os seus membros é que são vítimas, a avaliar pelas averiguações da polícia. Sempre que há detenções nunca se inclui um membro da Frelimo, caso para perguntar
porque é que os membros de outros partidos andam a provocar os bem comportados membros do “batuque e maçaroca”?
* Se a Renamo perder em Nacala, deverá queixar-se da parcialidade da tecnologia. É que a nossa tv cortou as tremidas imagens que transmitia sobre a campanha, justificando que tal se devia a problemas da fibra óptica. Curioso é que logo a seguir passoua peça do partidão. Aqui a fibra óptica comportou-se bem…
* Apesar dos códigos de conduta que os editores aprovaram para as eleições, um antigo delegado da rádio pública lá para o norte, levantou vivas e mais vivas num comício popular do partidão, voltou a repetir o episódio, agora no planalto de Manica, mas desta vez com traje de praia.
* Um seu colega, ex-delegado da televisão rural em Chimoio, ora transferido para o sul, voltou para responder em juízo, sobre umas “guias de marcha fantasmas”, nas quais os mesmos jornalistas trabalharam em pontos bem distantes mas à mesma data,
hora e minuto. Ingenuidade demais porque acabou por ser apanhado.
Em voz baixa
* Em Marromeu, a electricidade chegou uns dias antes da campanha eleitoral. Dizem que é a arma secreta para destronar a
perdiz num dos seus bastiões tradicionais.

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