Cresce onda de protestos contra Regime de Mugabe
Joanesburgo (Canal de Moçambique) - O vice-presidente do Botswana, Mompati Merafhe, disse que tomando em consideração os relatórios dos observadores da SADC, da União Africana e do Parlamento Pan-Africano, o seu país não podia “conferir legitimidade ao governo do presidente Mugabe”. Falando durante uma sessão à porta-fechada em Sharm el-Sheikh, Egipto, país que alberga a cimeira da União Africana, Merafhe, vice-presidente de um dos bem sucedidos países africanos, membro fundador da SADC e uma das mais sólidas economias do continente africano, pediu que os “representantes do actual ‘governo’ zimbabweano” fossem excluídos de todas as reuniões futuras da SADC e da União Africana, afirmando que a sua participação “daria legitimidade não qualificada a um processo que não pode ser considerado legítimo”. A delegação da Nigéria à cimeira da União Africana manifestou a sua solidariedade com a posição assumida pelo Botswana, declarando que não reconheceria Robert Mugabe como presidente do Zimbabwe. O presidente da Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, considera que os Estados membros da União Africana deviam condenar sem rodeios a forma como Robert Mugabe foi reconduzido ao poder domingo último, na sequência da segunda volta das eleições presidenciais em que ele foi o único concorrente. Koroma declarou à BBC que aos zimbabweanos haviam sido negados os seus direitos democráticos. O governo italiano mandou regressar o seu embaixador acreditado no Zimbabwe. A medida segue-se a uma proposta feita em Kyoto, Japão, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Franco Frattini, para que os seus homólogos da União Europeia mandassem regressar os respectivos embaixadores em Harare como forma de protesto contra a forma como se realizou a segunda volta das eleições presidenciais no Zimbabwe.
(Redacção / IOL / SABC News)
(Redacção / IOL / SABC News)
No comments:
Post a Comment