Wednesday, 2 July 2008

BUROCRACIA MINA TURISMO NA ZAMBEZIA

Ex-governador da Zambézia após as 1ªs eleições contraria discursos e diz:

· Orlando Pedro Candua, deixa ainda um recado: “Se querem que o
turismo seja realidade, deixem os que tem dinheiro explorarem”

Quelimane (DZ) – A exploração turística na Zambézia é um assunto que já divide opiniões a todos níveis, desde o órgão de tutela, empresários do sector privado e a própria população utente. O governo por exemplo, diz que já estão criadas todas condições para que a Zambézia seja aquele verdadeiro local turístico apreciável. Os empresários não cansam de pedir socorro a quem de direito para lhes dar uma mão.
E agora, numa entrevista em exclusivo a este diário, Orlando Pedro Candua, aquele que foi
governador desta província, após as primeiras eleições, já destampa o veu e diz que a “excessiva
burocracia da actual máquina do governo da Zambézia, sob batuta de Carvalho Muária, mina o
desenvolvimento do turismo nesta parcela do país”.
Candua, agora Inspector Nacional do Turismo, não parou por aqui, disse muito mais acerca do
turismo ao nível da província e também não deixou de mencionar aquilo que é o desempenho de
alguns departamentos que compoem a direcção provincial de Turismo nesta província.
De acordo com a nossa fonte, a província não tem locais turísticos atraentes. Se é que existem, então não são devidamente explorados, ou porque há falta de investimento ou porque este ”cancro” da burocracia que se instalou na Zambézia.
Por outro lado, aquele Inspector disse que a Zambézia tem um grande desafio pela frente, desafio este que visa trazer para esta província o que ela precisa em termos turísticos.
Porém, fez saber ainda que a província possui um grande potencial turístico invejável que apenas carece de uma exploração séria e objectiva.
Como exemplo, a fonte do «Diário da Zambézia», mencionou o caso das águas termais, praias, lagoas e outro tipo de paisagem que dia a dia vem surgindo, mas como não são exploradas devidamente, elas ficam entregues a sua sorte. Por vezes, algumas destas instâncias turísticas,
que se consideram supostamente abandonadas, dizem que pertencem a alguém, cujo este alguém nada faz para reviver ou explorar o que lá existe. São estes e outros exemplos que podem ser vistos um pouco por toda província da Zambézia.
Desigualidades Se algumas provincias deste país são consideradas locais turísticos invejáveis, Zambézia já não é vista da mesma forma. Os motivos, aquele que foi o segundo governador natural que dirigiu esta província, não quis revelar. Só que Candua, fala com um
conhecimento de causa, sabendo de tudo o que ele foi ao nível desta província e pelo tempo e período que ficou naquela casa que está ao longo da avenida Josina Machel, mesmo aqui
nas vistas da escola primária como nome da cidade.
Fazendo uma radiografia daquilo que foi o potencial turístico nesta província, já nos tempos idos, Candua, não atou e nem desatou, mas lembrou ao autor destas linhas, que algo está mal agora.
Recados a direcção do Turismo Candua conhece bem a casa. Não foi director provincial do Turismo, mas sim governador da Zambézia. Mas antes esteve na Educação também como
director. Agora é inspector nacional do Turismo (como?)...
Nas novas funções que desempenha, Orlando Candua, também não vê com bons olhos o
funcionamento da direcção provincial de Turismo nesta parcela do país, concretamente o departamento que vela por estes assuntos de turismo.
Para além deste departamento, o Inspector Nacional de Turismo, também foi até aos recursos humanos e recomendou que aquele departamento seja imparcial e coeso para evitar alguns aspectos considerados graves que tem vindo a pôr água abaixo vários investimentos nesta área. Candua, centra-se na burocracia, que segundo ele, é o que se vive na direcção do Turismo.
Ainda no decorrer da nossa entrevista, a fonte disse que o tratamento daqueles que pretendem
incrimentar o turismo não deve ser desigual, por forma que não haja discriminação de modo algum, porque todos merecem o mesmo tratamento.
Segundo suas palavras, a província da Zambézia, ainda está muito aquém de atingir um grande potencial turístico desejável. Para sustentar seus argumentos, Orlando Candua, não se fez rogar dizendo que “ainda temos muito por fazer nesta área”, rematou para depois acrescentar que “há que correr atrás do prejuizo”.
Afinal não é só burocracia que mina o turismo?
A esta pergunta, o inspector nacional do turismo, respondeu que sim para depois acrescentar que não se pode fazer turismo sem planos sérios. Como exemplo, Candua pegou no tal plano estratégico existente na direcção provincial do pelouro. Aqui, o nosso entrevistado, sugere que este plano saia do gabinete para a rua, de modo que seja implementado na base da realidade
da província, olhando sua localização geografica.
Ainda de acordo a fonte do DZ, a outra causa tem haver com o último conflito armado que deixou muitos recursos destruidos o que condicionou a falta de investimento do empresariado do sector privado local.
Questionado sobre as novas projecções para este sector, o nosso interlocutor disse esperar que hajam melhorias, porque segundo nos disse, para além da província deter de um grande potencial, o órgão de tutela já tem em mão um plano estratégico específico do sector que
possivelmente poderá trazer um outro dinamismo, claro, se for bem explorado e executado pelos
responsáveis. Refira-se que a província da Zambézia consta nas provincias que vão acolher o projecto de impulso turístico, denominado “capulana” que será financiado pelo Banco Mundial. (Artur Cassambay e António Zefanias).

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