Monday, 19 May 2008

NELSON BATA: FORMADO NO ICS E EXPULSO DO ESTADO

No Noticias da Quarta Feira aparece o seguinte texto, que achei interessante partilhar:
A HISTÓRIA deste vigarista começa na cidade da Beira, na província de Sofala, onde diz ter nascido. Segundo suas próprias palavras, fez o ensino básico numa das escolas do distrito de Gorongosa, formando-se depois no Instituto de Ciências de Saúde da Beira, em 1997. Após a sua formação diz ter sido afectado como técnico de farmácia em Caia e mais tarde em Marromeu. Lá, segundo ele, cometeu graves irregularidades e depois foi expulso, tendo regressado à cidade da Beira, já como um desempregado. Em princípios de 2006, Nelson Bata escala Maputo e vem residir em casa de uma sua irmã. Enquanto fazia reconhecimento da cidade, encontrou-se com vários amigos de infância e conterrâneos seus e, a partir destes foi criando outras novas amizades. A uns dizia que tinha se especializado em ginecologia na França e África do Sul e que só estava em Maputo por curto tempo, e a outros dizia que já estava a trabalhar no Hospital Central de Maputo e que só faltava a sua admissão efectiva. Nas suas novas amizades, o trapaceiro foi recolhendo vários contactos e passou a frequentar a roda de amizades onde se identificava como médico recém-formado no estrangeiro. Teria sido nessas suas relações que ele encontrou-se com um amigo de infância, de nome Clésio Ilton Zaqueu e que estudara com ele em Gorongosa. Depois de ter sabido que Clésio Zaqueu é formado em Medicina Geral, pela Universidade Eduardo Mondlane, Bata apresentou-se como médico e a partir disso reataram uma antiga relação de amizade quanto mais não fossem todos médicos.
Nelson Bata não explica como é que conseguiu arranjar o crachá que ostentava o logotipo do HCM e as suas funções, mas diz que o estetoscópio, a bata e as calças de médico pediu-os emprestado a Clésio Zaqueu, alegando que o seu uniforme ainda estava por receber, algo, segundo ele, prontamente aceite pelo amigo, porém na condição de que os devolveria. A partir daí começou a ir com mais frequência ao hospital que já o conhecia muito bem, pois lá estivera vezes sem conta na condição de paciente. E quando lá chegou 'encartado' a médico ginecologista diz que os funcionários do hospital não desconfiaram nada, pois a indumentária, o crachá e o estetoscópio conferiam-lhe o ar de um médico especializado em ginecologia.E assim foi enganando meio-mundo até que a bomba rebentou.

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