Monday, 19 May 2008

NELSON BATA: INSOLITO NA SAUDE: MECANICO COM BATA DE GINECOLOGISTA


PELO MOCAMBIQUEONLINE RECEBI VARIOS TEXTOS SOBRE O INSOLITO CASO DO GINECOLOGISTA. Com a devida venia passarei aqui alguns desses textos. O primeiro foi publicado pelo Noticias!
Salvo desatencao minha nao vi, nem soube de nenhum pronunciamento da Ordem dos Medicos. Sera normal? Tambem nao ouvi nem li nenhum pronunciamento do mediatico Ministro da Saude! Silencio estrategico ou ...

'UM jovem de mil e uma profissões, entre as quais a de mecânico, foi denunciado, desmascarado e posto fora de acção, depois de ter assistido, durante três anos, várias pacientes na qualidade de médico especialista em ginecologia do Hospital Central de Maputo (HCM). Nelson Bata, de 29 anos de idade e natural da Beira, em Sofala, está detido desde segunda-feira numa das esquadras da capital, local para onde se dirigiu, ainda na qualidade de médico ginecologista, a fim de prestar declarações sobre o crime de agressão física à sua esposa, de nome Isa, por sinal, quem o denunciou às autoridades policiais e forneceu pistas para a descoberta da farsa. Maputo, Quarta-Feira, 14 de Maio de 2008:: Notícias
Entretanto, na sua reacção, a Direcção do Hospital Central de Maputo diz ter tomado conhecimento do caso através da Polícia da República de Moçambique, daí precisar de pelo menos 48 horas para investigar o caso e se pronunciar.
A esposa do falso médico, com quem tem um filho de apenas um mês, está a formar-se em Direito, na Universidade Eduardo Mondlane.
Nelson Bata revelou ontem ao nosso Jornal todas as suas artimanhas usadas ao longo desses três anos. Referiu, por exemplo, que já perdeu a conta do número de pacientes que atendeu no período em que vestiu a bata de falso médico. Confessou também que mentiu para os seus pacientes, amigos e alguns familiares, dizendo que trabalhava no maior hospital do país e em clínicas privadas de referência na cidade, tal é o caso da '222', onde o fazia na qualidade de reputado ginecologista moçambicano formado na Europa.
O mecânico, de sangue frio, não só teve a veleidade de entrar na sala de ginecologia e observar pacientes como também improvisava gabinetes em locais como Urologia, Medicina e Anatomia Patológica para atender aos pacientes que, segundo dizia, não ter tempo.
Quanto aos medicamentos que receitava, o trapaceiro disse que os tirava na farmácia, onde já era conhecido como médico. Em relação a este ponto, um dos técnicos de farmácia, de nome Bernardo Fernando Mulhanga, ouvido ontem pela Polícia, confirmou que conhecia Nelson Bata como 'Doutor', e que pela forma como se apresentava e o seu à-vontade na abordagem de assuntos da saúde com outros funcionários nunca chegou a desconfiar que se tratasse de um burlão.
Para além de observar pacientes no HCM e circular livremente em diversas enfermarias onde se apresentava como especialista em ginecologia, Bata angariava pacientes fora e cobrava avultadas somas em dinheiro, e depois pedia aos seus 'colegas' para que os atendesse, alegando estar bastante ocupado. Era assim que sempre agia.
Questionado sobre a facilidade de circulação naquele hospital, o mecânico disse que isso deveu-se às amizades que havia criado com alguns funcionários. Fala, por exemplo, de um enfermeiro de nome Freedson Lourenço Chuanga e do médico generalista Clésio Ilton Zaqueu, que os acusa de terem facilitado toda a sua movimentação, aquisição de medicamentos e tratamento a alguns pacientes.
Entretanto, após a descoberta e denúncia deste indivíduo pela respectiva esposa, várias pessoas dirigiram-se ontem à esquadra para reclamar uma série de burlas cometidas pelo 'médico ginecologista'. No conjunto destas estão uma paciente que foi atendida por Nelson Bata, um outro jovem que reclama mais de 17 mil meticais, quantia referente à compra de indumentária para a sua boa imagem, bem como o pagamento de alguns tratamentos que não chegaram a surtir nenhum efeito.
Quem ficou boquiaberta com esta 'novela' de Nelson Bata foi a sua segunda parceira, de nome Ester Joaquim Neves, 24 anos, que acompanhou a história, via televisão. Mãe de gémeos (com um ano e meio de idade) partiu para testemunhar in loco o que não acreditava ter visto pelos ecrãs.
Chegada à esquadra onde o burlão está encarcerado, foi difícil convencê-la sobre esta história que ouvia pela primeira vez, já que, para ela, Bata, não passava de um simples mecânico de automóveis. Bastante emocionada, chorou copiosamente diante do comandante da esquadra, procurando digerir a nova realidade em que havia caído, já que na véspera haviam estado juntos. 'E agora, o que será de min e os meus filhos?', indagava a jovem entre soluços.

1 comment:

Anonymous said...

Caro amigo, o Ministro pronunciou-se, mas faltou-lhe a etica e a humildade necessarias para se lidar com um assunto daquela envergadura.
A representante da AM tambem pronunciou-se, mas antes tivesse ficado calada. nao acrescentou valor ao que a STV sabia.
Abraco.