Tuesday, 22 April 2008

Estrangeiros podem vir a ser expulsos em 24 horas

Estrangeiros podem vir a ser expulsos em 24 horas

Governador de Inhambane insurge-se contra racismo

Todo o operador turístico que tem estado a fomentar todas as formas e práticas de racismo nas instâncias turísticas fique a saber, desde já, que terá 24 horas para arrumar as suas malas e voltar ao seu país de origem. Estamos fartos e vos conhecemos muito bem.

O mau trato para com os trabalhadores e a ocorrência de casos de racismo, são alguns dos aspectos que caracterizam o sector do turismo na província de Inhambane problemas que o governador local, Itai Meque, afirma estar cansado das queixas dos utentes, razão pela aquela vai inicial um trabalho energético visando o seu combate.
Conforme dados colhidos pelo Alternativa, no terreno, a situação é mesmo desolador e as autoridades dizem ter conhecimento de maus tratos reportados pelos clientes numa situação em que reina também o nepotismo.
É que, apesar de existir no país, instrumentos legais que regulam o exercício da actividade não existem, no terreno, acções concretas visando impedir ou castiga atitudes de descriminação. Há casos em que os menus são apenas em inglês, num país onde a língua do colonizador é português, por exemplo.
Não obstante, o crescimento animador que a Indústria Hoteleira ao nível da província tem estado a registar avaliando pelos números, as práticas de discriminação para com os moçambicanos são perceptíveis no comportamento de alguns investidores de raça branca, na sua maioria sul-africanos.
Informação indica que em 2007, o turismo rendeu cerca de 45 milhões de meticais contra os cerca de 42 milhões de meticais colectados em 2006, o que corresponde a um incremento na ordem de 7%. E o volume de investimento passou de 18 milhões de dólares em 2006, para 89 milhões de Usd no último ano, um crescimento de 49,4%.
Porém, este crescimento considerado não sadio facto justificado pela violação da Constituição da República não agrada aquele que diariamente recebe reclamações de casos de descriminação.
Foi neste ambiente de inquietação popular, que o governador local, Itai Meque aproveitando- se da reunião do sector do turismo prometeu endurece a mão para com os infractores tendo fixado apenas 24 horas para correr com àqueles que querem o desafiar.
Meque que falava num encontro com operadores turísticos há dias em Inhambane exigiu a observância da Lei do Trabalho no que concerne a contratação e pagamento de salários. “É obrigatório que os menus sejam elaborados em duas línguas: refiro-me ao português e inglês bem como, a prestação de informação às estruturas competentes sobre o movimento turístico, número de hóspedes, dormidas e receitas”, disse.
Neste encontro, que tinha como objectivo a reflexão da actividade do sector e busca de estratégias para o seu desenvolvimento, o governador lembrou aos gestores das empresas turísticas sobre a necessidade de organizarem a sua contabilidade e sistema de gestão por forma a maximizarem os seus rendimentos e cumprir com as suas obrigações fiscais.
Mas, mais do que isso, o que Meque exige é a formação dos trabalhadores do sector justificando que, estes, desempenham um papel fundamental na qualidade dos serviços. “Queremos que haja uma protecção dos recursos culturais, naturais e marinhos que constituem o património básico para o desenvolvimento do sector neste ponto do país”. (Uqueio)

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