Kibaki e Odinga trocam os termos do acordoQuenianos aceitam Governo de coligação
OS protagonistas da crise queniana assinaram, quinta-feira, um acordo para a formação de um Governo de coligação, após uma reunião entre o presidente Mwai Kibaki e o líder do opositor Movimento Democrático Laranja (ODM), Raila Odinga, sob a égide do chefe de Estado tanzaniano e presidente da União Africana (UA), Jakaya Kikwete, e do ex-secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan.
O acordo prevê a atribuição do posto de primeiro-ministro ao líder da oposição, Raila Odinga, que contesta a reeleição do presidente Mwai Kibaki em Dezembro de 2007.
O presidente da UA comprometeu-se a duplicar os seus esforços para livrar o Quénia do impasse político, após várias semanas de negociações.
O presidente tanzaniano, que chegou terça-feira a Nairobi, prorrogou a sua visita até quinta-feira para convencer o presidente Kibaki a aceitar um acordo de partilha do poder que tirará do impasse político este país da África Oriental.
Os distúrbios pós-eleitorais desencadearam-se a 30 de Dezembro último, quando a Comissão Eleitoral do Quénia (ECK) declarou Kibaki vencedor das eleições presidenciais, apesar de alegada fraude eleitoral.
Falando após a assinatura do acordo, Odinga estabeleceu a reconstrução do país, reconciliação nacional e a reforma agrária como suas prioridades. Esclareceu que o acordo reuniu o consenso de ambas as partes, o que “significa que reconhecemos Kibaki como presidente e que ele, está claro, admite que houve falhas nas eleições”.
“Temos que avançar e partilhar o poder, não apenas por sede de poder, mas para introduzirmos reformas que ajudem a evitar que esta situação se repita no futuro”, declarou Odinga, destacando ainda a urgência em reconstruir a propriedade destruída durante a onda de violência mas também de promover a reconciliação.
“Há que sarar as feridas abertas (...). Vimos o lado feio da confrontação étnica e por isso há que lançar bases sólidas para a construção de um país unido”, referiu.
Essencial também, segundo o líder da oposição, é a realização de novas eleições após um prazo de dois anos: “Nós dissemos que queremos ter uma nova Constituição dentro de um ano. Mas queremos ver também outras reformas. Kofi Annan estabeleceu um prazo de dois anos. No fim desse prazo faremos um balanço do que foi alcançado e se tivermos concretizado tudo vamos então querer realizar novas eleições”, disse.
A partir da Cidade do Cabo, África do Sul, o presidente Thabo Mbeki acolheu com satisfação a assinatura do acordo entre Kibaki e Odinga.
Para Mbeki, a assinatura do acordo é um exemplo notável da maneira como os africanos podem encontrar uma resolução pacífica para os seus problemas políticos.
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1 hour ago
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