UM grupo de estudantes não identificados da Faculdade de Engenharia da Universidade Eduardo Mondlane espalhou, na última segunda-feira no recinto daquela unidade de ensino, panfletos cujo conteúdo apela a uma greve para exigir alterações no calendário académico. Mesmo admitindo que se trata de uma preocupação justa de se colocar o Núcleo de Estudantes de Engenharia distancia-se do método adoptado pelos colegas, afirmando que “não há necessidade de recorrer à greve, muito menos à afixação de panfletos com conteúdo chocante …”
Maputo, Quinta-Feira, 28 de Fevereiro de 2008:: Notícias
Basicamente, segundo dados apurados pela nossa reportagem, os referidos panfletos apresentam reivindicações sobre o estágio profissional dos estudantes do último ano, exigindo que o mesmo seja realizado no último semestre, e que se abra a possibilidade de, aqueles que tenham cadeiras em atraso, as frequentarem em paralelo com a realização do estágio. Igualmente, instavam os funcionários da faculdade a não se apresentarem, hoje, ao trabalho.
De acordo com Vidal Muchanga, presidente do Núcleo de Estudantes de engenharia da UEM, o regulamento em vigor naquela faculdade estabelece que os estudantes realizam o estágio profissional no penúltimo semestre do curso, regressando aos bancos da escola no último semestre, o que, de acordo com a nossa fonte, produz cortes no “namoro” entre o estudante e a unidade produtiva na qual desenvolve o estágio.
Por outro lado, segundo Muchanga, considerando que alguns estudantes chegam ao último ano do curso com uma ou mais cadeiras em atraso, seria de considerar a possibilidade de estes cumprirem com estas disciplinas durante o último semestre, em paralelo com o estágio profissional, para o que a direcção da faculdade teria de encontrar mecanismos de operacionalização da ideia, em articulação com as empresas onde os estudantes prestam o estágio.
“ Tudo isso é justo e seria benéfico para os estudantes se assim fosse, porque reduziria o tempo de permanência dos estudantes na faculdade. O que nós desencorajamos é o método usado pelo grupo, que infelizmente não conseguimos identificar, apesar do esforço que fizemos nesse sentido. Como núcleo de estudantes, temos a dizer que não temos nada que ver com os panfletos, tanto é que convocamos os estudantes de emergência para tentar perceber o que se está a passar. Quisemos ouvir a opinião dos autores dos panfletos mas, infelizmente, ninguém quis dar a cara. Ora, assim é difícil porque como estudantes precisamos de falar a mesma língua e, definitivamente, esta não é a língua que nos identifica como grupo e não é a mais recomendável para resolver problemas…”, disse.
Vidal Muchanga garantiu que hoje (ontem) os estudantes vão se apresentar à faculdade, e que as aulas vão decorrer normalmente, pois “ não haverá nenhuma greve”.
Acrescentou que a direcção e o núcleo já estão a trabalhar na busca de soluções negociadas não só para este como para outras preocupações dos estudantes, tanto é que, segundo Muchanga, “muitos problemas já foram solucionados com base no diálogo”.
Abordado sobre o assunto, o director daquela unidade de ensino, Jorge Nhambiu, disse não ter nenhuma informação oficial de alguma reivindicação dos estudantes, que normalmente se comunicam com ele através do respectivo núcleo.
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