Thursday 28 February 2008

CHIMOIO: mais um linchamento!




MAIS um cidadão que em vida respondia pelo nome de Domingos Raimundo foi morto à pancada, na madrugada de ontem, no Bairro Centro Hípico, arredores da cidade de Manica, por ter sido encontrado a roubar milho nas machambas dos residentes daquela zona. Entretanto, na mesma cidade, outros dois supostos malfeitores escaparam à morte por linchamento, depois de terem sido capturados numa falhada operação de roubo a uma residência.Maputo, Quinta-Feira, 28 de Fevereiro de 2008:: Notícias
Os supostos larápios escaparam ao linchamento graças à intervenção dos membros do Conselho de Policiamento Comunitário e das autoridades locais que trataram de encausurar os delinquentes numa casa de banho de uma escola primária local.

Esses indivíduos e os outros treze detidos foram apresentados ao juiz de instrução para a legalização da sua prisão e são acusados de prática de assaltos a residências, violações de mulheres, agressões físicas e de outros actos em diferentes bairros da cidade de Manica.

Com a morte deste indivíduo sobe para seis o número de supostos criminosos linchados desde a eclosão, a 23 de Fevereiro, das manifestações violentas que igualmente culminaram com o ferimento de 22 pessoas, seis das quais em estado grave, danificação de cinco viaturas, entre elas duas da Polícia, destruição de 11 casas entre outros actos de vandalismo.

A Polícia da República de Moçambique convocou a imprensa para informar que 83, das 98 pessoas detidas em conexão com as manifestações do último sábado, foram libertas por não ter se encontrado evidências do seu envolvimento nos tumultos.

Dos libertos 70 tinham sido detidos por incitamento à violência e desobediência civil e 23 foram encontrados numa reunião conotada com os tumultos, no Bairro 7 de Abril.

O porta-voz do Comando Provincial da PRM, Pedro Gemusse, disse que a polícia não encontrou provas que justificassem a manutenção dos detidos nas celas.

“Foram detidos para averiguações e preventivamente para controlar a situação, facto que na altura se mostrava pertinente. Chegamos à conclusão que não havia relevância jurídica para mante-los sob custódia policial”, declarou Pedro Gemusse.

Acrescentou que permaneceram nas celas 15 supostos criminosos, doze dos quais neutralizados no dia anterior às manifestações e os restantes no domingo e ontem depois de escaparem à tentativa de linchamento.

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