Subsídio de combustível aos semi-colectivos Em vista brechas de corrupção
Alerta a OTM-Central Sindical que afirma não ser possível o controlo do subsídio dos milhares de chapeiros que existem nas grandes cidades moçambicanas, mesmo a partir das gasolineiras. Aquela organização sindical propõe que a solução passa por o Governo investir na compra de mais autocarros e alocá-los nas transportadoras públicos do país com uma garantia da sua permanente manutenção por forma a incentivar a oferta e assim ter, efectivamente, o controle do problema das tarifas de transportes.
O porta-voz da OTM-Central Sindical, Francisco Mazoio, disse durante uma entrevista ao «Canal Moçambique» que subsídiar os transportadores semi-colectivo de passageiros, mesmo a partir das gasolineiras, nos grandes centros urbanos não é resolver a situação das tarifas por eles praticadas. Para Mazoio, a solução desta grave situação que afecta a maioria dos trabalhadores passa por o Governo
investir na compra de mais autocarros e alocá-los nas transportadoras públicas urbanas e garantir a sua permanente manutenção de forma a incentivar a oferta.
O nosso interlocutor deu um exemplo no caso da cidade de Maputo
com cerca de dois milhões de habitantes em que a transportadora pública de
passageiros, vulgo TPM, só funciona com trinta ou quarenta autocarros. “
Esta cidade devia ter cerca de uma centena de autocarros a circularem em
todas as suas rotas.Assim, a frota dos chapas não teria muito impacto. Os
Transportes públicos podiam ser a solução tendo em conta que a sua tarifa
é de cinco meticais contrariamente à dos chapas que é superior, disse Mazoio
acrescentando que assim para o Governo seria fácil controlar melhor o
subsídio dos combustíveis pois só teria que o fazer através das empresas públicas.
Para o porta-voz da OTM-Central, com a proposta em vista para se subsídiar
o combustível aos semi-colectivos de passageiros será muito difícil para o
Governo ter um controlo sério pois são milhares de chapas existentes que na sua
maioria funcionam em moldes muito desorganizados. “ Isto vai permitir a
existência de brechas de corrupção.O Governo vai drenar muito dinheiro que não
será aplicado para os devidos fins. Nas gasolineiras poderá haver desvio de
milhares de litros de combustível para fins obscuros.Para nós a solução seria de se
controlar a situação a partir das transportadoras públicas urbanas”, disse
Francisco Mazoio.
Ele repisou, visivelmente agastado, que para a sua organização, as manifestações do passado dia 5 de Fevereiro tiveram objectivos justos tendo em conta a subida das tarifas dos semicolectivos de passageiros e do pão que inquietaram as populações das cidades de Maputo e Matola. O nosso interlocutor é ainda de opinião que o Governo procure outras medidas para mitigar os próximos aumentos dos preços e o seu consequente impacto social.
“ A OTM-C Sindical considera ser necessário que seja feita uma reflexão
profunda sobre a possibilidade de redução da carga fiscal dos combustíveis mais
usados, de subsídio de preços de combustíveis para a agricultura e transportes, implementação de tecnologias que permitam o uso de gaz produzido no país nos transportes e maior celeridade na busca de combustíveis alternativos”, disse,
entretanto, chamando ainda à atenção do perigo do impacto com profunda gravidade
que os aumentos descontrolados dos preços podem provocar na vida social dos
trabalhadores e na estabilidade laboral no país. (Alexandre Luís)
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53 minutes ago
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