Foram ontem a enterrar no cemitério de Lhanguene, os restos mortais do músico João Paulo. Figura célebre do universo cultural moçambicano, João Paulo, ou Jee Pee, para os mais próximos, deixa um vazio gigante nas noites de Maputo. O “blues man”, como também era chamado, ontem definitivamente partiu, e com isso, como diria o poeta, “A noite de Maputo está de luto”. Ontem, fui lhe despedir, e a moldura humana que praticamente lotou os espaços da Associação Moçambicana dos Músicos, também em peso foi dizer adeus ao Jee Pee. A minha relação eminentemente cultural com o ex-vocalista dos «Monstros», banda que em tempos não muito recuados se afirmou em pleno regime colonial, remota dos tempos em que editava as páginas culturais do semanário «SAVANA». Várias foram as noites desanoitecidas pelas suas perfomances, numa voz algo transcendental depois de alguns tragos de um bom whisky, que pude saber dos caminhos e experiências que ele colheu como um errante inveterado deste planeta, onde a cada dia que passa a vida começa a não ter muito sentido ter os pés aqui. Sobre a hipocrisia universal, perpetrada geralmente por políticos /empresários, vezes sem conta junto a notificamos, e como terapia, nos riamos deles nos seus Mercedes C Class. Entre as muitas histórias por ele contadas, sóbrio ou ébrio, e diga-se num pais normal dariam um verdadeiro “best seller”, houve uma que me marcou. “Mano” diria ele “O Melhor dueto que este país viu foi aquele que fiz com a Neima”. A Neima, quando viu a luz do sol pela primeira vez, o Jee Pee, já, tenho a certeza, dava a segunda volta ao mundo feito um Concorde, este majestoso aparelho já saído de circulação. Esse dueto, consta do Tributo que se prestou a Fany Mfumo. Ontem vi o Jee Pee, naquela caixa grande e disse-lhe, baixinho: Good Bye Jee Pee.
Can RFK Jr make America's diet healthy again?
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Kennedy's plans to ban dyes in cereals and fluoride in water could get
major pushback from the food industry.
1 hour ago
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