QUENIA: ODINGA CEPTICO QUANTO AO GOVERNO DE UNIDADE NACIONAL

Que saidas para o conflito Queniano?

O povo falou, os observadores falaram e o mundo falou! Houve irreglariades e fraude nas eleicoes Quenianas!

Qual e a saida mais efectiva e justa? Uma nova eleicao, recontagem dos votos, Governo de Unidade Nacional ou manutencao do status quo?

Que ilacoes e licoes para Africa poderemos tirar destas eleicoes ,uma vez que para 2008 ainda restam-nos, nada mais e nada menos, que 18 eleicoes em Africa? Vamos assistir impavidos a repeticao do cenario Quenia, onde o povo tem de sair a rua, centenas sao mortos e milhares sao desojados de seus bens, criando uma crise humanitaria?

E onde andam os governos africanos? Ninguem condena a chacina e violencia contra inocentes? Onde anda a sociedade civil africana?

Se nao tivesse havido problemas teriams governos de quase todo o mundo a congratular os vencedores, e agora que nao ha vencedores ficam calados, ficamos mudos de repente?

Salvo distraccao minha, a excepcao parece ter sido a intervencao atempada do arcebispo Desmond Tutu da Africa do Sul! Os meus Parabens ao arcebispo Desmond Tutu!

Sera que um nao de um Ministro de um govern em conflito ou em crise e suficente para abortar uma viagem do presidente da Uniao Africana?

E aqui fica para historia a sabedoria popular' 'Quando a casa do vizinho arde..., ..., ...!


O LÍDER da oposição do Quénia Raila Odinga mostrou o seu cepticismo quanto a uma proposta de formar um Governo de união nacional avançada no fim-de-semana pelo Presidente queniano, Mwai Kibaki, declarado vencedor das eleições presidenciais, um resultado contestado pelo seu adversário.

O Presidente Kibaki declarou em mensagem que está “pronto para formar um Governo de unidade nacional que possa não apenas unir os quenianos, mas também ajudar no processo de recuperação e reconciliação”.
Em resposta, Odinga, que acusa Kibaki de ter trapaceado nas eleições, disse que um Governo de unidade nacional seria “enganar os quenianos, afastando-os dos seus direitos”.
“Nós sabemos como o Governo de unidade nacional funciona. Nós estivemos nessa antes com Kibaki”, disse.
Ele disse que está disposto a negociar com o presidente, mas não por meio da Imprensa, e que apenas levaria a sério um convite oficial para participar de negociações – o que ele diz ainda não ter recebido.
“O nosso ponto de partida é que Kibaki não está lá legalmente. Ele não deve vir à mesa de negociações como presidente”, disse.
Odinga também exigiu que um mediador internacional intervenha para resolver a disputa.
Entretanto, o alto representante para a política externa da União Europeia, Javier Solana, e os líderes da União Africana (UA) decidiram, no sábado, apoiar o diálogo interno no Quénia.Solana conversou por telefone com o chefe de Estado do Gana e presidente em exercício da União Africana, John Kufuor, e com o presidente da Comissão da UA, Alfa Omar Konaré.
Os três “decidiram incentivar o diálogo interno e ajudar o Quénia a superar as dificuldades”, indicou um porta-voz do responsável europeu.
A Cruz Vermelha queniana quantificou quinta-feira em cerca de 100 mil o número de deslocados devido à onda de violência e referiu que mais de 360 pessoas já foram mortas em todo o país.
A queniana Wangari Maathai, Prémio Nobel da Paz-2004, responsabilizou a oposição pela “violência brutal” no Quénia depois das eleições presidenciais, mas considera que a raiz do problema está na política de segregação étnica do Governo.
Numa entrevista ao semanário alemão “Der Spiegel”, que será publicada hoje, Maatahi apela para que a oposição queniana peça moderação aos seus seguidores.A oposição “tem de conseguir que os seus seguidores acabem com os assaltos, assassínios e ondas de destruição. Os líderes da oposição têm de falar no seu idioma com o seu povo”, afirmou a ecologista e antiga vice-ministra do Governo de Mwai Kibaki.

In NOTICIAS