PARA JA MEUS AGRADECIMENTOS A TODOS OS PARTICIPANTES!
Para mim as consequencias de uma eventual queda da Africa do Sul seriam mais economicas, embora haja sempre o risco de um contaminaccao ideologica, especialmente com as fronteiras abertas. Eu nao confio na viabilidade daquele pais, e e tambem por isso que ligaccoes economicas ao mesmo me desagradam profundamente... Acho que nao e a altura certa.
Posted by: Miguel Sousa 05-01-2008 at 09:32
Tambem acho que a Africa do Sul ja esta com ha-de ir. Para mim, o Zuma e apenas mais um sintoma do que se esta a passar nas bases. Aconselho quem la esta a sair rapidamente. A Jugoslavia e um optimo exemplo, uma vez que foi delineada de acordo com alguns dos principios que definiram as fronteiras africanas. Era tambem multi-etnica, pelo nao era um estado nacao.
Posted by: Miguel Sousa 05-01-2008 at 09:24
Eu pessoalmente acho que uma democracia saudavel assenta em pelo menos 3 pilares:Uma economia pujante e equilibradaUm sistema de educacao abrangente e eficazUm Estado de Direito onde ha o respeito pela Lei.Convem tambem lembrar as que nacoes Europeias guerreavam outras nacoes Europeias enquanto que os paises Africanos dilaceram-se internamente, com excepcoes.
Posted by: Miguel Sousa 05-01-2008 at 09:12
Caro irmão umBhalane...Não me canso de admirar a sua lucidez quando comenta! Não faz concessões nem tripudia sobre a verdade! É justo e correto de tal forma que às vezes seu escrito mesmo parecendo um libelo, soa com tal elegãncia e forma que me faz invejar o estilo! Parabéns, professor, por essa sua resposta ao "nobre deputado". Homens como você, meu caro umBhalane, me fazem acreditar num futuro melhor para a adorada Moçambique e quiçá para toda a África.
Posted by: JJLABORET 05-01-2008 at 07:50
Hoi, caro JJLABORET
Tudo bem?Estava laborando o meu "post", um pouquinho comprido, me deu uma insónia, sabe, e aí, quando postei, dei com o seu.
Que leio sempre com agrado, diga-se.
Me intrigrou uma coisa."...é preciso primeiro do que tudo, estabelecer uma língua comum a todos os cidadãos...mas a mágica está no estabelecimento de uma só língua, de norte a sul do país."
Gostaria imenso de uma resposta sem preconceitos, de um irmão Brasileiro.Sinceramente.
Muito obrigado.
Inté.
Posted by: umBhalane 05-01-2008 at 05:44
Começo por informar que visitei o seu blog e li, entre outros, o extracto de "Diálogos Quenianos (retirados do blog do Professor Serra)."Mas como bom pedagogo, e 'macaco velho' nestas andancas, o professor soube escapulir-se da minha armadilha (sem malicias)! Parabens!"
As respostas que dou são muito simples, sem defesas:
1 – Com a nossa África passa-se o mesmo que se passou com a nossa Europa, numa perspectiva geral.Apenas os tempos são diferentes.Explicando.Há uma evolução do homem e das sociedades no qual está integrado, um compasso histórico, que não é homogéneo à escala continental, muitas vezes nacional, ou mesmo menor.Quanto mais à escala global.Há estádios de desenvolvimento escalonados no espaço, e no tempo.
Na própria Europa isso verifica-se com certa facilidade, atenuada é certo, por meios de comunicação e informação poderosos, mobilidade muito acessível, ensino universal disseminado, exigências sociais mais elevadas, competição mais acelerada, necessidades e sua satisfação mais prementes.
Quando nos referimos à Europa temos a tendência de dizer a Velha Europa, e Novo Mundo às Américas.
Isso mesmo, a Velha Europa tem alguns anos de evolução política e sociológica. Alguns anos!Burilada a ferro e fogo, qual vulcão em erupção jorrando e gerando guerras horrorosas, invasões, genocídios, escravidão, conquista, feudos, principados, reinos, impérios, expansão, contracção, …normalização. Normalização. Na generalidade. Ainda há bolsas em aberto, por ex. – ex-Jugoslávia (Tito).Porque, de um momento para o outro, pode haver momentos de “reconstrução”.Nada é definitivo, nada é adquirido, pese embora os mecanismos de prevenção e escape implementados, apreendidos após 2 brutais guerras.
E com a Nossa África?
Vai se passar o mesmo. De modo diferente. Com outros contornos. África não é imune à globalização, ao calendário. África tem que correr mais.Atrás do prejuízo, como dizem os meus irmãos Brasileiros.África tem que fazer tudo mais depressa, e melhor será fazê-lo bem.Não se pode dar ao luxo de ser autista, sob pena de ser presa, e soçobrar.
2 - “O QUE DIZER DE PAÍSES COMO O NOSSO QUE TEM FERIDAS PROFUNDAS DE MAIS DE 26 ANOS DE GUERRA?”Não sou apologista da guerra, antes pelo contrário.Mas, foi graças à guerra de mais de 26 anos que o Sr. pode ter um blog, e assinar Manuel de Araújo, Deputado pela RENAMO-EU.Nunca se esqueça disso, nunca.Morreu muita gente para o Sr., e muitos outros, se poderem dar a esse luxo.Quando governantes e deputados se esquecem dessas coisas, aparentemente sem importância, e começam a olhar apenas para o umbigo da sua enorme e insaciável barriga, estão a ficar prenhes de novas guerras, que forçosamente eclodirão a todo o momento.E depois admiram-se. E perguntam-se – como é possível? Ou fingem.
A guerra civil, no caso de Moçambique, não nasceu, não se fez, para sentar no Parlamento apenas mais alguns, ou alguns outros deputados. Também.Mas fez-se essencialmente porque o Povo Moçambicano estava sufocado por uma ditadura acéfala.Moçambique era um enorme campo de concentração, com outros campos mais especializados onde morreram muitos moçambicanos e estrangeiros, maioria portuguesa.Único crime – delito de opinião.Foi para ter voz que o Povo Moçambicano fez a guerra civil.Acabar com a opressão Afro-Sino-Soviética & Cª.
Que apenas foi recauchutada, maquilhada. Porque continua. Mais sofisticada.
O Quénia aí está para lembrar.Infelizmente.Aprendam, todos, a lição.
3 – A democracia não é, nem pode ser nunca, um modelo acabado. Não é definitivo. Está em constante mutação, adaptação a novas exigências sociais e materiais.Não é pacote de pronto serviço, estático.É antes ser vivo, uma horta que precisa de ser cuidada, afagada com cuidado, muito peculiar.As ervas daninhas invadem-na, se dela não cuidarmos.Não é pronto-a-vestir. Nunca foi. Vendem-na como tal, mas…Fato à medida, fica melhor.Repensar os modelos democráticos e de desenvolvimento é uma constante necessária em todo o lado, quanto mais em África.Quem pode estar parado nos tempos actuais?Ou se fazem as reformas, os ajustes, os aperfeiçoamentos constantes…Ou se tem que correr mais, e depressa…quando ainda há tempo.É por demais evidente que não se pode governar a Europa como a América do Norte, ou a América Latina. Nem governar esta, a América Latina como a América do Norte, ou vice-versa.África, não é por isso diferente.
Mas, já agora, gostaria de umas dicas sobre o que é isso da democracia africana, e modelos de desenvolvimento africanos. Sinceramente.
É que conheci na pele alguns, de 1974 a 1979, com anos de experiência e implantação, mormente o importado da Tanzânia, e não gostei.Há outros? Utopia? Mitologia? Ou algo concreto?
4- África é realmente um barril de pólvora.Toda a gente o sabe. Toda? Não! Há uma imensa mole de gente, imensa, que sem voz, sem acesso à informação, só sabe que tem de viver no dia a dia, com a sua machamba de agricultura de sobrevivência, quando os deixam…Há gente que se amontoa em pirogas, a afundar já à partida, na fuga do desespero supremo, rumo à quimera europeia.Escravos que pagam, e bem, do seu próprio bolso, e dos familiares, o lugarzinho que os levará? algures, com regresso, ou à morte, muitas vezes já anunciada.Quem escraviza, quem trafica os seus irmãos?Qual a resposta que África, continente riquíssimo, dá a estes, e outros seus concidadãos?Modelo de Desenvolvimento Africano? A roda já está inventada há muito tempo! Muito tempo.
5 - Quanto ao mecanismo é bom que ele exista. A falta dele seria bem pior.É preciso pô-lo, e querer pô-lo, a funcionar.Leva tempo.
6- Se a África do Sul arrebentar, Moçambique, a África Austral, apanham com os estilhaços.Provavelmente iremos cair no ponto 1, em rearranjos internos, que poderão explodir para o exterior, e então a alma de África será violentamente dilacerada.Não faltarão amigos a vender armas, e a conceder créditos para os efeitos convenientes.Armas, muitas armas. Novas. Testes de tecnologia, quiçá bacteriológicos.Abutres, e outras aves de rapina, a pairarem sobre os despojos.Jogadas de bastidores. Negociatas de milhões. Contas chorudas na Suiça e Off-Shores diversas.ONG’s, diplomatas, conselheiros políticos, militares e religiosos.Mercenários, ladrões, vigaristas, comerciantes, empresários, capitalistas…Médicos, enfermeiros, experiências, laboratórios médicos…O nefando circo já visto e revisto enumeras vezes.Sobre este assunto já avisei o Sr. Jacob Zuma, no Moçambique para Todos.
E o Povo?Esse será a farinha que alimentará tudo isso, bem amassado com muitas mortes, e muito sangue.
Há por aí uns “Africanos” que não gostam.Dizem que a RSA tem brancos a mais!“Em Moçambique resolvemos o problema.Ainda não acabou…vamos acabar por resolver.”
NOTA: Não precisaria de o dizer. Não tem a mínima importância.Sou branco nascido e criado na Zambézia (Luabo-Chinde), Moçambique.Para clarificar. Para ajudar a compreensão. Nem que seja a de um Sociólogo.
Posted by: umBhalane 05-01-2008 at 05:26
Caro Manuel de Araújo...As nações africanas são divididas estruturalamente por etnias tribais. Logo, para se perpetuar a paz interna, é preciso primeiro do que tudo, estabelecer uma língua comum a todos os cidadãos e uma constituição que os façam iguais perante a Lei, sem quaisquer distinções! Pode haver o rico e o pobre, mas nunca pode haver um cidadão com mais direito que o outro em face da lei, seja esse um comerciante, um assalariado, um agricultor, um professor, um engenheiro ou médico.mas a mágica está no estabelecimento de uma só língua, de norte a sul do país. Tem ainda que haver juízes e promotores públicos em quantidade, sendo esses comprometidos com a defesa da lei e dos direitos do cidadão. Só assim, evitar-se-á a luta de classes, tribais, e de facções alijadas do direito da igualdade política e de poder.Abraço.jjlaboret@ig.com.brSantos, SP, Brasil
Posted by: JJLABORET 05-01-2008 at 05:23
3 hours ago
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