A Aquapesca interrompeu por tempo indeterminado a produção de camarão, após o aparecimento no rio dos Bons Sinais, província da Zambézia, centro de Moçambique, do Sindroma de Mancha Branca, refere um comunicado da empresa franco-moçambicana hoje divulgado.
Segundo o documento, enquanto a produção estiver interrompida, grande parte dos 800 trabalhadores da Aquapesca terá os seus contratos rescindidos.
O Sindroma de Mancha Branca (WSS, na sigla inglesa), um vírus extremamente mortal para o camarão e que também pode dizimar outras espécies de crustáceos, foi detetado em Setembro último e provocou a morte maciça do camarão nos viveiros de aquacultura da empresa em Inhassunge, na Zambézia.
Segundo a empresa, que não avança com estimativa de prejuízos, o vírus não representa nenhum risco para a saúde humana.
As primeiras epidemias do género foram declaradas no Sudeste Asiático e, mais tarde, ao longo das costas do Pacífico tendo-se propagado, de seguida, a quase todos os grandes países produtores de camarão em aquacultura.
Moçambique, Madagáscar e Austrália eram, até ao momento, as únicas zonas consideradas livres deste vírus de declaração obrigatória, realidade que levou à escolha de Inhassunge para a instalação em 1994 da aquacultura.
Segundo refere a Agência de Informação de Moçambique, a empresa já investiu cerca de 50 milhões de dólares (cerca de 36,3 milhões de euros) na concretização do empreendimento, que produz camarão e caranguejo.
LAS.
Lusa – 17.10.2011
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