Quelimane (DZ) - Nos últimos tempos a questão da criminalidade tem sido debatida em quase todas esquinas da cidade. Na verdade é que os índices de crime ao nível da cidade de Quelimane e da província da Zambézia em geral têm sido assustadores. A população clama por uma melhor segurança. Agora não basta gradear casa ou procurar um guarda-nocturno mesmo que tenha uma arma de fogo, mesmo assim, os amigos do alheio invadem a privacidade e fazem das suas. Roubam, violam e por vezes matam as vítimas. Mas porque isso tudo? Será que é pobreza mesmo?
A Polícia da República de Moçambique (PRM), diz que tem feito a sua parte. Prende os ditos criminosos e depois dai, instaura processos encaminhando-os para o Ministério Público (MP).
É partir daqui onde então os problemas começam. Dois dias depois se não for exagero, os ditos criminosos são vistos a passearem a sua classe nos locais onde em menos de uma semana cometeram crime.
Quando se pergunta a polícia sobre o que terá acontecido, esta sacode o capote e diz que as instâncias superiores, neste caso, da justiça é que soltaram alegando insuficiência de provas.
A população olha na polícia como o elo mais fraco e por vezes chega mesmo a dizer que esta polícia não trabalha e em algumas vezes anda em esquemas.
Por seu turno, o ministério Público diz que não se pode prender alguém sem que hajam provas suficientes que o incriminem. A presunção de inocência ate que se prove o contrario é um direito, dai que muitas vezes aquele órfão não é compreendido.
Assim vão se defendendo, neste caso a Polícia assim como o Ministério Público. Quando é assim, os criminosos agradecem e vão mostrando que eles não estão desorganizados como o sistema de defesa está.
As queixas da população ao governador
Em quase toda província, quando o Governador passa em visita de trabalho, a população chora e diz que não é possível viver com tanta criminalidade assim. Pedem socorro ao Itai Meque.
Milange, foi exemplo disso. A população disse não entender como é que um criminoso sai da cadeia mesmo depois de ter sido encontrado a matar alguém.
Na sua recente visita a cidade de Quelimane, Itai Meque, voltou a ser confrontado com a mesma situação de criminalidade na cidade. A população diz que já não vale pena ter segurança, porque os ladrões e criminosos são os mais fortes e não perdoam. “Estamos com medo senhor governador, ajude-nos”-clama a população. A população diz ainda que já não há convívio familiar, porque basta os malfeitores saberem que naquela casa havia uma festa ou outra cerimónia, ai os ladrões pensam que há muito dinheiro ou bens.
“Crime só tem um culpado, os magistrados”-Itai Meque
Como dissemos em parágrafos anteriores, a polícia e o ministério Público parece que andam cada um para o seu lado. Dai que a gestão do assunto da soltura dos supostos malfeitores tem sido rematado para cada um destes.
O governador da Zambézia, Francisco Itai Meque, tem uma visão em volta deste assunto. Ele (Itai Meque), diz que os crimes só andam agudizados por causa da atitude dos magistrados. A fonte explica o porque das suas afirmações. Na sua recente aparição nos órgãos de comunicação social, o governador não teve papas na língua, e disse em voz alta que “os crimes só têm um culpado, neste caso, são os magistrados”. De acordo com aquele governante, não se justifica como é que um cidadão mata outro e depois de ser preso é solto mediante pagamento de caução. Reconheceu no entanto que podem haver crimes caucionáveis, mas matar alguém mesmo como provas e depois dizerem que saiu porque pagou caução, isso não, deplora o chefe do executivo da Zambézia.
ainda o governador, alguns malfeitores ate usam o dinheiro dos crimes para pagarem a dita caução. “Isso não ajuda e a população anda com medo, temos que reverter o cenário”-sugere Itai Meque.
Refira-se que este assunto de soltura de supostos malfeitores mediante pagamento de caução, pelos vistos fará correr muita tinta, e não, sabido que está para breve a reunião entre o governo e os órgãos de justiça, isso ainda vai animar. Nos próximos tempos, valerá a pena, ouvir o que diz a direcção provincial da Justiça e também o ministério público. (DZ)
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of Greenland was a "necessity".
1 hour ago
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