Quarta, 16 Março 2011 08:12 Redacção
Empresário bilionário Mohammed Ibrahim considerou “completamente exagerado” insinuar que as empresas chinesas praticam a corrupção à grande escala em África
O empresário bilionário de origem sudanesa Mohammed Ibrahim, mais conhecido por Mo Ibrahim, considerou segunda-feira “completamente exagerado” insinuar que as empresas chinesas praticam a corrupção à grande escala em África e que o seu país se comporta como predator das matérias-primas do continente.
“A China não é um obstáculo à transparência em África, muito menos um Estado criminoso. Os europeus não têm lições a dar aos chineses nesta matéria” , afirmou o empresário durante um encontro com um grupo de jornalistas na capital francesa, Paris.
Ele acusou vivamente os europeus de exagerar a presumível corrupção das empresas em África para cobrir as suas próprias depravações e a sua recusa da transparência.
“Ouve-se aqui e acolá europeus dizerem que eles não podem inscrever-se numa lógica de transparência em África porque os seus concorrentes chineses não o fazem. É um argumento inaceitável”, indicou Mo Ibrahim, que fez fortuna na telefonia celular.
Segundo ele, várias empresas chinesas operam, actualmente, sob a legislação americana sobre a transparência que lhes impõe a rejeição do recurso à corrupção e às práticas desleais.
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