O governo do ditador Muammar Kadafi, que governa a Líbia com brutalidade há 41 anos, sofreu dois grandes reveses neste domingo, contam testemunhas. Segundo relatos à agência de notícias Reuters, as ruas de Benghazi (segunda maior cidade, que fica a cerca de 1.000 km a leste da capital, Trípoli) estão agora sob o controle dos manifestantes antigoverno, sofrendo ataques periódicos das forças de segurança, que atiram de dentro do seu quartel murado. Há poucos jornalistas no país, uma vez que a entrada deles foi vetada pelo governo.
Caso os manifestantes consigam realmente tomar a cidade, este será o segundo grande revés do dia contra Kadafi. Hoje, o representante permanente do país na Liga Árabe (uma associação que reúne as principais nações da região e tem peso político considerável), Abdel Moneim al Honi, disse que vai se demitir do cargo para "se unir à revolução" e protestar contra "a repressão e a violência contra os manifestantes", segundo relato da agência AFP. O ditador do Egito, Hosni Mubarak, começou a cair quando funcionários do alto escalão do governo começaram a deixar seus postos e a se unir aos manifestantes.
Porém, ainda é cedo para dizer que o ditador está ameaçado. A Líbia é um dos países mais fechados do mundo, fortemente controlado pelo seu ditador, e há poucos observadores internacionais analisando a situação política local.
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