Thursday 23 September 2010

Painel do Senado aprova tratado sobre controle de armas nucleares

16 de setembro de 2010



Legenda: O presidente Obama, à esquerda, e o presidente russo, Medvedev, assinam o Novo Start em 8 de abril, em Praga

Merle David Kellerhals Jr.
Da equipe de redação

Washington – Um painel do Senado aprovou um tratado histórico de controle de armas nucleares entre os Estados Unidos e a Rússia que reduzirá os arsenais de cada país ao seu nível mais baixo em mais de 50 anos.

O Novo Start, que substitui o Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Start) de 1991, irá agora ao plenário do Senado para consideração, mas sua votação não é esperada antes das eleições de meio de mandato de 2 de novembro. Para que o tratado receba a aprovação definitiva, uma maioria composta de dois terços do Senado — 67 votos — deve votar pela ratificação, e o tratado deve também obter a aprovação da Duma russa (câmera baixa do parlamento).

O Comitê, formado por democratas e republicamos, aprovou por 14 votos a 4 o tratado, que passou por intenso escrutínio durante meses.

As autoridades russas disseram que estão prontas a ratificar o acordo sobre armas nucleares ainda este ano, mas estão esperando para votar na mesma ocasião em que o Senado dos EUA o fizer.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, John Kerry, disse ao comitê em 16 de setembro que esse tratado é essencial para a segurança nacional dos EUA. “Os interesses são enormes”, acrescentou.

O presidente Obama e o presidente russo, Dmitry Medvedev, assinaram o tratado em 8 de abril, em Praga. O tratado limitará as ogivas estratégicas em 1.550 para cada país, menos que o limite atual de 2.200 ogivas.

Segundo Kerry, ao ratificar esse tratado os Estados Unidos redobrarão o apoio internacional aos esforços de não proliferação de armas. “Em um momento em que o mundo impôs sanções ao Irã em razão de suas ambições nucleares, esse tratado corrobora a liderança americana e faz o mundo dar um passo importante rumo à redução da ameaça das armas nucleares”, continuou.

A Rússia e os Estados Unidos possuem 90% das armas nucleares do mundo, e o Novo Start visa substituir o Tratado de Redução de Armas Estratégicas de 1991, que expirou em dezembro de 2009, e o Tratado de Moscou de 2002.

As forças nucleares americanas continuarão a ter como base a tríade de sistemas de lançamento — mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) terrestres, mísseis balísticos lançados por submarinos (SLBMs) e bombardeiros estratégicos de longo alcance. Porém, o tratado contempla um limite máximo de 1.550 ogivas de prontidão para cada país e até 700 ICBMs, SLBMs ou bombardeiros pesados posicionados. Além disso, o tratado permitirá até 800 mísseis e lançadores de mísseis submarinos ou bombardeiros pesados, posicionados e não posicionados.

O tratado concede aos Estados Unidos e à Rússia o prazo de sete anos para reduzir suas forças, e permanecerá em vigor por 10 anos após a ratificação. O documento contém definições e regras de contagem detalhadas que ajudarão as partes a calcular o número de ogivas permitido segundo os limites do tratado.

O primeiro Start de 1991 reduziu o número de armas nucleares posicionadas de aproximadamente 12 mil ogivas em cada lado para cerca de 6 mil, e o Tratado de Moscou de 2002 reduziu esse número para uma variação entre 1.700 e 2 mil.





Para mais informacoes queiram por favor consultar o seguinte endereco electronico:

http://www.america.gov/st/peacesec-english/2010/September/20100916135856dmslahrellek0.5824091.html&distid=ucs

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