Tuesday, 6 July 2010

Negligência trama Sargento da PRM

“Ele conhece as normas só não quis cumprir”-Ernesto Serrote, porta-voz da PRM
Quelimane (DZ)- O caso do agente da Polícia da República de Moçambique, que foi detido por não ter dado continência ao Governador da Zambézia, já tem explicação
oficial no seio daquela corporação.
Num contacto esta segunda-feira com o porta-voz da PRM nesta parcela do país, Ernesto Serrote, a propósito deste caso, este afirmou que não era um qualquer agente,
mas sim o detido, tinha a patente de Sargento e por sinal, conhecia bem as normas.
De acordo ainda com Serrote, aquilo que o seu colega fez, resume-se em simples negligência e nas regras militares, a medida correcta que há quando se viola uma norma que todos sabem é só detenção.
Num outro passo, ficamos a saber do porta-voz que até agora, o agente está ainda
encarcerado nas celas e que o processo vai correr, sobretudo olhando que ele é conhecedor destas normas.
Questionado sobre a pena máxima, o nosso interlocutor fez saber que a pena máxima
nestes casos varia entre os cinco dias como mínimo e cinquenta dias como máximo.
Mas neste caso concreto deste Sargento que estava com as mãos no bolso quando
Itai Meque estava passar, poderá ser de pouco mais de 20 dias.
Por outro lado, a nossa fonte reconheceu que nos últimos tempos, a polícia perdeu a auto-estima, o prestígio, por causa da falta de cumprimento e respeito da disciplina no seio da corporação, dai que isto é um exemplo claro de alguém que conhece as normas e simplesmente não quis cumpri-las como as regras mandam.
Mais alem, este assegurou que a corporação vai continuar a fazer cumprir as normas
vigentes no seio da PRM.

Um agente da Policia de Transito, também está nas celas do Comando Provincial da PRM nesta parcela do país, epois de extorquir dez mil meticais de um camionista no
posto de fiscalização de Nicoadala, a calada da noite.

Segundo soubemos, o agente, pediu que o automobilista lhe entregasse 10 mil meticais, porque este não tinha licença de transporte de carga e de
passageiros.
Tudo isto aconteceu depois de uma intensa negociação entre os dois, visto que o camionista havia assumido claramente receber a multa e pagar no local apropriado,
mas o agente diz que deveria pagar naquela noite e caso não, a viatura ficaria parqueada.
Mesmo com pedidos de favor e reconhecimento da infracção, o agente ora detido, nem quis dar ouvido.
Ai começou o cenário. O camionista teve que ligar para sua esposa em Quelimane, para ver se conseguia encontrar o valor solicitado pelo agente e dai livrarse.
Dia seguinte, logo as 06 horas, estavam ali os 10 mil meticais e foram entregues ao agente. E este por sua vez repartiu o valor ao meio, devolvendo metade, sob
alegação de que estava a oferecer o camionista. Sem entender o “jogo”, o cidadão
rejeitou e disse que a única coisa que queria naquele instante era levar o recibo de pagamento da multa com este valor. Não saia papel nenhum. O pior ainda, o agente disse ao camionista que chamava-se fulano e qualquer coisa poderia lhe contactar.
Chegado a cidade, a vítima não pensou duas vezes, dirigiu-se ao Departamento da PT para expor o caso. Analisado, um dos big boss da PT nada mais fez se não
encaminhar o caso as instancias superiores, mas depois de ter conversado com o agente que logo a prior teria dito ao seu superior que caso fosse assunto de dinheiro ele poderia devolver. Isto logo deu sinais de que “há um gato” .
Não sendo uma matéria de ânimo leve, o caso chegou ao Comando Provincial e que este por seu turno, encaminhou-o ao Gabinete de Combate a Corrupção na Zambézia.
Neste momento, segundo o que sabemos, o agente poderá incorrer por dois processos, sendo um disciplinar e outro criminal………DZ

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