Wednesday 14 July 2010

Iniciada deportação de prisioneiros políticos para Espanha

CUBA

Pretoria (Canalmoz) - Os 52 prisioneiros políticos que o regime de Havana concordou em deportar para Espanha estão a ser concentrados no calabouço de Havana mais conhecido por «Combinado del Este» antes de deixar o país. A transferência dos dissidentes cubanos de cárceres em diversos pontos do país começou a processar-se sábado último. Tal como nas deportações ocorridas em Fevereiro de 2008, quanto 75 dissidentes cubanos deixaram o país com destino a Espanha, a nova leva de desterrados processa-se sob forte aparato policial. Os familiares das vítimas, alguns dos quais separados há cerca de 7 anos, apenas poderão reunir-se com os seus entes queridos no momento da partida no aeroporto de Havana.
Enquanto os dissidentes são agrupados na gigantesca prisão do «Combinado del Este», os seus familiares estão a ser concentrados numa unidade militar do Ministério do Interior nos arredores de Havana. O regime cubano proibiu quaisquer contactos ou visitas às famílias dos dissidentes concentradas na referida unidade militar, conhecida por “Instituto Capitão San Luís”.
As primeiras deportações para Espanha coincidiram com a chegada a Madrid da selecção de futebol espanhola, proveniente da África do Sul, país onde se realizou o Mundial de 2010. Não foi apenas uma coincidência, mas antes uma manobra do regime visando desviar as atenções da comunicação social. Com o mesmo objectivo, o regime organizou o aparecimento em público do ex-ditador cubano, Fidel Castro.
Entre os dissidentes a serem deportados pelo regime de Havana conta-se Ricardo González Alfonso, dirigente da organização Repórteres sem Fronteiras, e o jornalista independente, Pablo Pacheco.
Entretanto, o grupo de pressão, «Damas de Branco», disse que prosseguira com as suas marchas de protestos até que todo os prisioneiros de consciência sejam restituídos à liberdade. Em 2003, as esposas de 75 prisioneiros de consciência cubanos, empunhando gladíolos e fotos dos seus maridos nas mãos, deram início a marchas de protesto, exigindo o fim da repressão do regime contra os que apenas haviam cometido o “delito” de pensar e informar o Mundo sobre a penosa situação que o país atravessar.

(Redacção /ABC / www.damasdeblanco.org)

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